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HINDUÍSMO

DEFINIÇÃO
Diferentemente das outras religiões mundiais, o
hinduísmo não tem fundador, nem credo fixo nem
organização de espécie alguma. Projeta-se, ao
mesmo tempo, como uma filosofia e uma conduta de
vida e se caracteriza por sua imensa diversidade e
pela capacidade excepcional que vem demonstrando
através da história de abranger novos modos de
pensamento e expressão religiosa.
Talvez a melhor maneira de definir o hinduísmo
seja dizer que é o nome das várias formas de religião
que se desenvolveram na Índia. É mais um sistema
filosófico, moral e social do que uma religião no
sentido habitual.
PERÍODOS HISTÓRICOS
Vedismo [séc. XX a.C. – invasão ariana e
sincretismo entre árias e drávidas – ao XI a.C.] é o
primeiro período, baseado na mitologia e no ritualismo
dos Vedas, os textos sagrados que fundamentam
toda a tradição cultural hinduísta; embora politeísta,
guarda traços de monoteísmo (através do henoteísmo
= religião em que se cultua uma única divindade,
considerada suprema, mas sem negar a existência de
outros deuses) e panteísmo = doutrina filosófica
caracterizada por uma extrema aproximação ou
identificação total entre Deus e o universo.
Bramanismo [séc. X a.C. ao VII a.C.] é o
segundo período, marcado pela consolidação
do sistema de castas e pela hegemonia
religiosa da casta sacerdotal dos brâmanes e
também pela crescente importância do conceito
filosófico de brâman.
Hinduísmo [séc. VI a.C. aos dias atuais]
forma o terceiro dos três períodos da religião
indiana, caracterizado por um extremo
sincretismo e pluralismo de cultos, deuses e
seitas, os quais se encontram na origem da
própria religião indiana.
ETIMOLOGIA
O atual uso popular do termo “hinduísmo” não
corresponde a seu significado original. Ao invadir o
subcontinente indiano, Alexandre Magno cruzou o rio
Sindhu e o renomeou de Indus, que era mais fácil de
pronunciar na língua grega. As forças macedônicas de
Alexandre subseqüentemente chamaram a terra à leste
deste rio Índia. Dessa maneira, o termo “hindu” não
define precisamente as diferentes manifestações
religiosas da Índia. Na verdade etimologicamente o
termo denota uma região geográfica, que
posteriormente passou a designar toda a religiosidade
indiana.
Entre seus próprios seguidores, a tradição
hindu é geralmente conhecida como sanatana-
dharma, que significa “a religião eterna”, “a lei
eterna” ou “a função eterna da alma”. E seus
seguidores são tradicionalmente chamados de
“arianos” e sua terra “Bhárata”.
ESTATÍSTICA DA RELIGIÃO DA
ÍNDIA
População da Índia
1bilhão
Hinduísmo ortodoxo Religiões estrangeiras
800 milhões
Vishnuístas – 70% Zoroastrismo – 85 mil
Shivaístas – 25% Cristianismo – 18 milhões
Neo-hinduístas – 2% Islamismo – 110 milhões
Heterodoxos Judaísmo – 25 mil
Budismo – 6 milhões
Jainismo – 3 milhões
Sikhismo – 16 milhões
ESCRITURAS
SAGRADAS
Divisão das escrituras:

1.Shruti (escrituras reveladas):

Vedas (hinos em louvor aos semideuses;


descrição de sacrifícios e rituais) – Rig, Sama,
Yajur e Atharva

Upanishads (108 dissertações filosóficas)


2. Smriti (comentários):
Epopéias
Ramayana (narra as aventuras do príncipe
Rama)
Mahabhárata (Bhagavad-gita)
Puranas (18 textos que tratam
principalmente das atividades sobre-humanas
de Deus) (Bhagavatam)
3. Sutras (aforismos)
4. Vedanta-sutra (a conclusão dos Vedas)
Upavedas (ciências materiais)
MAHABHÁRATA (Grande Índia)
O Mahabhárata tornou-se o alicerce da
mitologia, religião e pensamento filosófico
indianos. Composto de 110.000 dísticos (7
vezes o tamanho da Ilíada e Odisséia juntas,
ou quase 3 vezes o tamanho da Bíblia), é a
grande epopéia da Índia.
Sua narração central foca principalmente a
luta pelo poder do império entre os Pandavas e
os Kauravas, dois grupos de primos de uma
família real, luta esta que culmina com a
Guerra de Kurukshetra.
Três níveis de interpretação:

Histórico – guerra fratricida;

Ético – conflito entre justiça e a injustiça, o certo e


o errado;

Espiritual – batalha entre o materialismo e a


transcendência.
BHAGAVAD-GITA (A Canção do
Senhor Supremo)
Famosa
universalmente como
a jóia da sabedoria
espiritual da Índia e
um dos livros mais
lidos do mundo em
virtude de seu
conhecimento
inesgotável, a
Bhagavad-gita é um
episódio do
Mahabhárata.
Em seus setecentos
versos narra-se o
diálogo entre o
mestre Krishna
(considerado uma
encarnação de Deus)
e seu discípulo
Árjuna na iminência
da devastadora
Guerra de
Kurukshetra. Seus
ensinamentos
estabelecem uma
orientação definitiva
para a ciência da
auto-realização e
constituem o pináculo
da ética e do
pensamento indianos.
Temas da Bhagavad-gita
Aspectos da Verdade Absoluta
“A Verdade Absoluta é percebida sob três
aspectos pelo conhecedor da Verdade
Absoluta, e todos eles são idênticos. Esses
aspectos da Verdade Absoluta são expressos
como Brahman, Paramatma e Bhagavan.” (SB
1.2.11)
Brahman – a energia espiritual impessoal e
onipresente;
Paramatma – a Alma Suprema no coração de
todos os seres vivos;
Bhagavan – o Deus pessoal supremo.
Monoteísmo
“Eu sou a fonte de tudo. Tudo emana de Mim.”
(10.8)
Não há verdade superior a Mim.” (7.7)
“Através de todos os Vedas, é a Mim que se
deve conhecer.” (15.15)
“Arjuna disse: És a pessoa suprema, a Verdade
Absoluta, a pessoa original, eterna e
transcendental, o não-nascido, o maior. Todos
os grandes sábios, como Nárada, Ássita,
Dêvala e Vyassa, confirmam esta verdade
referente a Ti.” (10.12, 13)
Politeísmo
“Neste mundo, os homens desejam sucesso nas
atividades materialistas, e por isso adoram os
semideuses.” (4.12)
“Aqueles que são devotos dos semideuses
prestam adoração inapropriada,
desautorizada.” (9.23)
Alma x Corpo
Sat – eternidade

Cit – conhecimento pleno

Ananda – êxtase
“Aqueles que são videntes da verdade
concluíram que o não-existente [o corpo
material] não permanece e o eterno [a alma]
não muda.” (2.16)
“Para a alma, em tempo algum existe nascimento
ou morte. Ela é não-nascida, eterna, sempre-
existente e primordial. Ela não morre quando o
corpo morre.” (2.20)
Reencarnação
“Assim como
neste corpo a alma
corporificada
seguidamente passa
da infância à
juventude e à
velhice, do mesmo
modo, chegando a
morte, a alma passa
para outro corpo.”
(2.13)
Karma
A mola propulsora da reencarnação é o
karma, que significa “ato”, mas não apenas
atos físicos, e sim pensamentos, palavras e
sentimentos. O karma não é uma punição ou
recompensa. É uma constante impessoal –
como uma lei natural de causa e efeito. A lei do
karma não é fatalista; o indivíduo sempre tem
livre-arbítrio para melhorar seu karma.
Liberação
O objetivo da vida humana é libertar-se
do ciclo de repetidos nascimentos e
mortes e restabelecer seu relacionamento
eterno com Deus.
Dharma
“É muito melhor cumprir os próprios
deveres prescritos, embora com defeito,
do que executar com perfeição os deveres
alheios. A destruição durante o
cumprimento do próprio dever é melhor do
que ocupar-se nos deveres alheios, pois
seguir o caminho dos outros é perigoso.”
(3.35)
Maya

“Esta minha energia divina, que consiste nos três


modos da natureza material, é difícil de ser
suplantada.” (7.14)
Gunas (Modos da natureza)
“A natureza material consiste em três modos
– bondade, paixão e ignorância. Ao entrar em
contato com a natureza, a entidade viva eterna
fica condicionada a esses modos.” (14.5)
Cosmologia

“Pelo cálculo humano, quando se soma um


total de mil eras, obtém-se a duração de um dia
de Brahma. E esta é também a duração de sua
noite.” (8.17)
Varnashrama (Sistema social)

Quatro Classes:
Brahmanas (cabeça) – Sacerdotes, intelectuais,
filósofos, cientistas;
Kshatriyas (braços) – Guerreiros, políticos,
administradores;
Vaishyas (estômago) – Agricultores,
comerciantes;
Shudras (pernas) – Operários, servos.
“Conforme as três divisões da natureza
material e as ações da pessoa, as quatro
classes da sociedade humana são criadas por
Mim.” (4.13)
Diferentes caminhos de liberação

Karma-yoga – Caminho da Ação

“Deve-se realizar o trabalho como um


sacrifício a Deus; caso contrário, o trabalho
produz cativeiro neste mundo material.” (3.9)
Jñana-yoga – Caminho do
Conhecimento
É a ignorância do homem que o amarra ao
ciclo da reencarnação. O conhecimento
espiritual será, portanto, um caminho para a
liberação da implacável roda da transmigração.
“Neste mundo não há nada tão sublime e puro
como o conhecimento transcendental. Um
homem fiel que se dedica ao conhecimento
transcendental e que subjuga os sentidos está
qualificado para conseguir este conhecimento,
e, tendo-o alcançado, obtém rapidamente a paz
espiritual suprema.” (4.38,39)
Astanga-yoga – Caminho do Yoga
“Para praticar esta yoga, é necessário
dirigir-se a um lugar isolado e sagrado, fazer
um assento de grama coberto com um pano. O
yogi deve então sentar-se nele e praticar yoga
para purificar o coração, controlando a mente,
os sentidos e as atividades e fixando a mente
num único ponto. Deve manter a coluna,
pescoço e cabeça eretos e deve olhar
fixamente para a ponta do nariz. Assim, com a
mente plácida e subjugada, sem medo, livre
por completo da vida sexual, deve meditar em
Mim dentro do coração e Me ver como a meta
última da vida.” (6.11-14)
Bhakti-yoga – Caminho da Devoção
Krishna ressalta que esse caminho de devoção
a Deus e a crença nele é o melhor, mais
seguro e mais fácil de todos. Se qualquer
pessoa, independentemente de sexo ou classe
social, dedica-se a Deus e age
abnegadamente, ele alcançará a liberação pela
graça de Deus.
“Pensa sempre em Mim e torna-te Meu devoto.
Adora-me e oferece-Me tuas homenagens.
Assim, virás a Mim com certeza.” (18.65)
Guru – Aceitação de um Mestre

“Tenta aprender a verdade aproximando-te de


um mestre espiritual. Faze-lhe perguntas com
submissão e presta-lhe serviço. As almas auto-
realizadas podem te transmitir conhecimento
porque viram a verdade.” (4.34)
Avataras –
Encarnações de
Deus
“Embora Eu seja não
nascido e Meu corpo
transcendental jamais se
deteriore, e embora Eu
seja o Senhor de todas as
entidades vivas, mesmo
assim, sempre que é
necessário Eu apareço em
Minha transcendental
forma original.” (4.6)
Supremacia de
Krishna
“Quem tem plena
consciência de Mim,
conhecendo-Me como o
Senhor Supremo de
todos os planetas e
semideuses, e o
benquerente de todas as
entidades vivas, alcança
a paz.” (5.29)
Ética
Quatro Princípios da Espiritualidade:

Ahimsa – Misericórdia, não-violência


Satyam – Veracidade
Shaucham – Limpeza
Tapah – Austeridade
Conclusão
Para alcançar a paz e a iluminação não é
preciso abandonar o mundo e renunciar às
próprias responsabilidades, mesmo quando elas
nos forçam a entrar na batalha. A vida no mundo
e a vida espiritual podem e devem ser cultivadas
simultaneamente. Tal é a essência de uma vida
plena e integrada. A substância da doutrina
ativista de Krishna transparece no seguinte
verso:
“Aquele que executa seu dever sem apego,
entregando os resultados ao Senhor Supremo,
não é afetado pela reação kármica, assim como
a flor de lótus não é tocada pela água.” (5.10)
ASPECTOS CULTURAIS
O aspecto feminino
Existe desde os primórdios da história
indiana a tradição da adoração à Deusa Mãe,
de tal forma que em algumas correntes
religiosas essa Deusa tem um papel mais
importante do que o Deus masculino. De
qualquer maneira todos os deuses têm a sua
contraparte feminina, que juntos formam a
divindade completa.
Sistema de castas

Não se sabe como surgiu o


sistema de castas, mas
trata-se de uma
degeneração do milenar
sistema védico de quatro
classes chamado
varnashrama-dharma.
“Os sábios humildes, em virtude do
conhecimento verdadeiro, vêem com a mesma
visão um sacerdote erudito e cortês, uma vaca,
um elefante, cachorro e um comedor de
cachorro [pária].” (5.18)

“Yogi perfeito é aquele que, através da


comparação com o seu próprio eu, vê a
verdadeira igualdade de todos os seres.” (6.32)
Rio Ganges

Para os hindus, a
água da vida é
corporificada
pelo Ganges,
que irriga as
maiores e mais
populosas
planícies da
Índia. Sua água é
considerada pura
do princípio ao
fim.
Vaca sagrada
Nos Vedas já se encontram
hinos à vaca, pois ela
supre tudo o que é
necessário para sustentar
a vida. A vaca se tornou
um símbolo da vida, e não
é permitido matá-la.
70% da população indiana
vivem da agricultura, logo
a vaca é muito importante
para auxiliar na tração da
terra. Seu excremento é
utilizado como fertilizante
e combustível.
Iconofilia

As imagens de
Deus e dos
semideuses se
expressam em
estátuas e pinturas,
as quais servem de
veículos para a
adoração do divino.
Vegetarianismo

As escrituras védicas
estabelecem a não-
violência (ahimsa), como o
fundamento ético do
vegetarianismo. De acordo
com os Vedas, Deus é o pai
supremo de todos os seres
vivos, e não apenas dos
seres humanos. Portanto, a
matança de inocentes
animais é considerada
equivalente ao assassinato.
Contribuições do Conhecimento e
Civilização da Índia
Além do misticismo, meditação, yoga,
medicina ayur-védica e astrologia, a civilização
védica deixou-nos um valioso legado.
Alistamos abaixo apenas algumas dessas
contribuições.
Na matemática: Teorema de Pitágoras;
sistema decimal; o procedimento de levar o
restante de uma coluna para a outra; divisão de
fração; uso de equações (Bháskara) e letras
para indicar incógnitas; os números indo-
arábicos.
Na astronomia: Conceito heliocêntrico.
Na ciência: Descrição sobre viagens
interplanetárias, seres extraterrestres,
aeroplanos, inseminação artificial, dimensões e
idade do Universo.
No comércio: Especiarias, pedras preciosas,
frutas, tecidos finos.
Na literatura: Influência em grandes escritores e
filósofos como H.D. Thoreau, R.W.Emerson,
T.S.Elliot, Irvin Babbitt, Aldous Huxley, Tolstoy,
Schopenhauer.
Na religião: Influência nos rituais da igreja cristã
primitiva.
CAITANYA MAHAPRABHU
Aceito como uma encarnação de Deus e
também como um grande reformador religioso,
o Senhor Caitanya estabeleceu um
revolucionário movimento espiritual baseado na
antiga literatura védica. Colocando de lado as
sufocantes restrições do sistema de casta, ele
permitiu que as pessoas de todas as classes
transcendessem as barreiras sociais e
alcançassem, através da entoação do mantra
Hare Krishna, a máxima plataforma de
iluminação espiritual.
BHAKTIVEDANTA SWAMI
PRABHUPADA
Pertencente a
uma milenar
sucessão de
mestres
espirituais,
Prabhupada veio
para o Ocidente
a fim de difundir
os ensinamentos
universais do
Senhor Krishna.
Em apenas doze anos no
Ocidente, entre 1965 e 1977,
Prabhupada traduziu,
comentou e publicou mais de
sessenta livros sobre a
literatura védica em vinte e
oito idiomas, com dezenas de
milhões deles distribuídos em
todo o mundo, fundou a
Sociedade Internacional para
a Consciência de Krishna,
estabeleceu cento e oito
templos e viajou muitas vezes
ao redor do mundo.
ISKCON
Fundado em 1966 no Ocidente, o movimento
Hare Krishna, oficialmente conhecido como
Sociedade Internacional para a Consciência de
Krishna (ISKCON), é uma organização mundial, não
sectária, formada por templos, escolas, centros
culturais, institutos, restaurantes, editoras e fazendas
comunitárias e dedicada à propagação do
conhecimento sobre Deus, em particular mediante a
prática ióguica de entoar o mantra Hare Krishna. Com
sólidos fundamentos baseados na literatura védica,
incluindo a célebre Bhagavad-gita, e nos
ensinamentos do Senhor Caitanya, sua filosofia
elucida detalhes sobre a natureza de Deus, da alma,
da criação e de suas inter-relações, bem como
fornece orientações práticas de como levar uma vida
feliz, pura e espiritualmente progressiva.
HARE KRISHNA

O cantar do maha-mantra Hare Krishna é


recomendado nos Vedas como o método mais
fácil para a auto-realização nos dias de hoje.

“Sempre cantando Meus nomes e glórias, as


grandes almas adoram-Me perpetuamente com
devoção.” (9.14)

“Dentre as formas de adoração, Eu sou a


recitação dos santos nomes.” (10.25)
Cante

Hare Krishna Hare Krishna


Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare

E seja feliz!

“Ó energia devocional, ó Senhor todo-atrativo, ó


fonte do prazer, ocupa-me em Teu serviço.”
CONTATO

Robson Guia Chepkassoff Chaves /


Radhanath das

E-mail: robsonguia@ig.com.br

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