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Autora:
Estudo de caso:
“Um diagnóstico definitivo não esperado”
Autora:
Carina Machado n.º 12445
Orientadoras:
Enf. Anabela Azevedo
Enf. Paula Costa
Enf. Elsa Silva
o
0. Introdução...........................................................................................................................6
1. História Clínica...................................................................................................................8
1.1. Alteração do diagnóstico provisório........................................................................8
2. Abordagem teórica das patologias da doente.............................................................10
2.1. Hipertensão arterial.................................................................................................10
2.2. Vagotomia.................................................................................................................10
2.3. Gastrojejunostomia..................................................................................................11
2.4. Esplenectomia por acidente de viação.................................................................11
2.5. Nódulo da tiróide......................................................................................................11
2.6. Litíase vesicular.......................................................................................................12
3. Processo de Enfermagem..............................................................................................14
3.1. Avaliação inicial........................................................................................................14
3.2. Diagnósticos de Enfermagem................................................................................18
3.3. Planificação de cuidados:.......................................................................................21
3.4. Execução das intervenções...................................................................................25
3.5. Avaliação..................................................................................................................25
4. Prescrições médicas não farmacológicas....................................................................26
5. Prescrições médicas farmacológicas............................................................................28
6. Conclusão.........................................................................................................................29
7. Bibliografia........................................................................................................................30
Sumário de tabelas
Tabela 1: Identificação de diagnósticos e respectiva justificação.................................20
Tabela 2: Plano de cuidados com diagnósticos, intervenções e avaliação/resultados. 24
Tabela 3: Identificação das prescrições médicas não farmacológicas e intervenções a
elas associadas........................................................................................................... 27
Tabela 4: Identificação e justificação das prescrições médicas farmacológicas..........28
Índice de Abreviaturas:
0. Introdução
No âmbito da elaboração de um portfólio de estágio, foi proposta a realização
de um estudo de caso em que fosse escolhido um doente do serviço em questão
(Cirurgia II – CHAA Guimarães) e se fizesse um estudo aprofundado da cirurgia a que
foi submetido, os cuidados que necessitou e o que levou e esta situação.
O nome deste estudo é “Um diagnóstico definitivo não esperado” e está
inteiramente relacionado com a situação que envolveu a cirurgia desta doente.
Inicialmente, quando foi internada, tinha lhe sido diagnosticado um GIST (gástrico) e
litíase vesicular mas durante a realização da cirurgia foi detectado que a doente não
possuía um GIST mas sim um baço (extra ao que já lhe tinha sido removido à cerca de
17anos) e era este que lhe estava a provocar os sintomas que referia e que seriam
indicadores de tumor. A imagem da capa sugere uma ecoendoscopia em que se
consegue ver (destacado) a presença de um GIST.
Os objectivos que traçados para este estudo de caso são:
1. Conhecer a história clínica do doente ao qual me dediquei para a realização do
trabalho;
2. Aprender mais acerca das patologias associadas à sua cirurgia;
3. Ter conhecimento do tipo de cirurgia a que foi submetido e tentar saber mais
sobre esta;
4. Desenvolver capacidade de adequação de cuidados mediante a cirurgia
apresentada;
5. Desenvolver capacidade de comunicação com o doente e com a família;
6. Obedecer à obrigatoriedade de realização desta parte do trabalho.
Este trabalho será realizado com base em informação obtida no processo
individual da doente, na pesquisa bibliográfica pertinente para o tema, em sites
científicos e fidedignos da internet, e em conhecimentos/informação adquiridos em
campo de estágio.
A norma utilizada para a realização do trabalho será a APA.
Ao longo do trabalho a maior dificuldade que será encontrada estará
relacionada com a diminuição do tempo de internamento da doente, e por
consequência o tempo de contacto também.
Assim, começa-se por fazer uma breve apresentação da senhora seleccionada
para o estudo seguida da história clínica, e o motivo que levou ao internamento no
serviço de cirurgia.
O Processo de Enfermagem é um instrumento muito importante para o
desenvolvimento dos cuidados prestados por um enfermeiro. Por esta razão, a
metodologia escolhida para enquadrar os cuidados prestados a esta doente foi o
Processo de Enfermagem. Desta forma, a seguir à abordagem das patologias da
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“Um diagnóstico definitivo não esperado”
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Estudo de caso:
“Um diagnóstico definitivo não esperado”
1. História Clínica
Doente do sexo feminino, com 64anos de idade. Teve menarca aos 18anos e
atingiu a menopausa em 2007 (com 62anos). Tem antecedentes de vagotomia e
gastrojejunostomia há cerca de 20anos. Por volta do ano 1993 foi submetida a
esplenectomia e cirurgia ao braço esquerdo por ter sofrido um acidente de viação e em
2002 realizou lipoaspiração. Tem sete irmãos dos quais 2 irmãs têm diabetes mellitus.
O pai faleceu com 84 anos de idade por causa desconhecida (refere que era
hipertenso) e a mãe faleceu com a mesma idade com patologia cardíaca.
Tem como antecedentes patológicos HTA, nódulo na tiróide e litíase vesicular
(diagnosticada em 2007). Tem como medicação habitual de domicílio:
Alprazolam 0,25 mg – 1xdia (manhã)
Lisial 2,5 mg - 1xdia (manhã)
Esomeprazol 40 mg - 1xdia (jejum)
Domperidona 10 mg – 2xdia (antes das grandes refeições)
Telmisartan 80 mg ou hidroclorotiazida 25 mg - 1xdia
O seu processo de doença actual iniciou-se em Junho de 2009, com uma dor
epigástrica intermitente de intensidade moderada, que se agravava com a ingestão de
alimentos. Associada a esta dor refere sensação de enfartamento e eructações. A
doente nega ter perdido peso ou apetite aquando destes sintomas e refere também
não ter identificado qualquer tipo de hemorragia digestiva alta ou baixa. Não refere
quaisquer outras queixas GI, urinárias ou cardio-respiratórias.
Em 10 de Dezembro de 2009 realizou ecoendoscopia, que revelou um tumor
mesenquimatoso gástrico, muito provavelmente do estroma, e com características
ecográficas de agressividade (GIST), localizado na grande curvatura do fundo do
estômago. Foi aconselhada a realização de PAAF guiada por ecoendoscopia, ou
ressecção cirúrgica. Foi então acordada e programada com a doente a cirurgia:
Gastrectomia e colecistectomia (litíase vesicular).
Desta forma a doente foi internada dia 2 de Março de 2010 para ser submetida
a gastrectomia e colecistectomia no dia 3 de Março do mesmo ano. Teve alta clínica no
dia 6 de Março de 2010.
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Estudo de caso:
“Um diagnóstico definitivo não esperado”
2.2. Vagotomia
A vagotomia é a incisão do nervo vago ou qualquer um dos seus ramos. É um
tratamento para a úlcera gástrica ou duodenal. (Weller, 2000)
Segundo Phipps, Sands, & Marek (2003), a vagotomia é a cirurgia da úlcera
mais frequentemente realizada. Ainda segundo os mesmos autores, a vagotomia
diminui a estimulação colinérgica das células parietais e limitando a resposta da
gastrina, o que reduz a produção ácida.
Existem várias abordagens possíveis à vagotomia:
Vagotomia troncular – corta o nervo vago no esófago distal, eliminando o
estímulo colinérgico, reduzindo a sensibilidade das células parietais à gastrina,
entre outras consequências.
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2.3. Gastrojejunostomia
Segundo Barbara Weller (2000), uma gastrojejunostomia é uma anastomose
cirúrgica entre o estômago e o jejuno, isto é, uma ligação artificial entre o estômago e o
jejuno. Esta cirurgia realiza-se, por exemplo, quando existe uma obstrução
gastroduodenal provocada por uma dilatação gástrica. Desta forma, a D. Margarida ao
mesmo tempo que realizou a vagotomia realizou também uma gastrojejunostomia, por
causa desconhecida, referindo que “à uns anos atrás não lhe explicaram o que iam
fazer” (SIC).
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2.7. Colecistectomia
Segundo Phipps, Sands, & Marek (2003) a colecistectomia é a cirurgia mais
usada no tratamento da colelítiase/litíase vesicular. Estes autores referem que a
principal vantagem desta cirurgia é o facto de interromper a doença e tendo taxa de
recorrência zero. A principal desvantagem desta cirurgia é o facto de ser uma grande
cirurgia abdominal com a incapacidade e dor a ela associada. O tempo de
internamento varia entre 3 a 7 dias e a convalescença demora 4 a 6 semanas. Esta
cirurgia também pode ser realizada por via laparoscópica que tem mais vantagens
perante a cirurgia tradicional, sendo elas:
Menos invasiva;
Cura e tempo de recuparação mais curto;
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Menos cicatrizes;
Menor dor.
(Phipps, Sands, & Marek, 2003)
A D. Margarida realizou esta cirurgia pelo método convencional ao mesmo
tempo que a exérese de um baço acessório, logo a desvantagem que este método
tradicional apresenta foi atenuado pelo facto que ter realizado duas cirurgias no mesmo
tempo cirúrgico.
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3. Processo de Enfermagem
Segundo Phaneuf (2001), o Processo de Enfermagem é científico, intelectual e
deliberado que requer capacidades cognitivas, interpessoais e técnicas. Este é
estruturado segundo etapas logicamente ordenadas, sendo utilizado para planificar
cuidados personalizados, visando a melhoria do estado de saúde da pessoa cuidada.
O processo de enfermagem encontra-se dividido em 5 etapas: colheita de dados,
análise e interpretação dos dados (diagnósticos), planificação de cuidados, execução
das intervenções e avaliação final. Estas etapas têm como objectivo, a prestação de
cuidados individualizados e de qualidade. Este processo no seu todo permite à equipa
de Enfermagem uma continuidade de cuidados desde o primeiro contacto com o
doente até à última vez que ele precisa de nós.
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2. Tensão Arterial
119/72mmHg, braço esquerdo.
3. Medicação Habitual
Alprazolam 0,25 mg – 1xdia (manhã)
Lisial 2,5 mg - 1xdia (manhã)
Esomeprazol 40 mg - 1xdia (jejum)
Domperidona 10 mg – 2xdia (antes das grandes refeições)
Telmisartan 80 mg ou hidroclorotiazida 25 mg - 1xdia
Padrão nutrição/metabolismo:
1. Peso Corporal
65Kg
2. Temperatura
15
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36,4ºC.
3. Hábitos Alimentares
Faz 4/5 refeições por dia;
Gosta de qualquer comida (sem preferência);
Tem prótese dentária superior.
Não tem hábitos etílicos.
Padrão eliminação:
1. Hábitos de eliminação intestinal/vesical
a) Eliminação intestinal
Dejecções diárias;
Última dejecção dia 01-03-2010.
b) Eliminação vesical
Sem alterações.
A urina apresenta-se amarela e límpida.
Padrão actividade/exercício:
1. Frequência Respiratória
Parâmetro não avaliado pelo facto de a doente se apresentar sem
alteração no padrão respiratório.
2. Avaliação da mobilidade
Mobiliza-se normalmente e sem qualquer dificuldade.
3. Hábitos tabágicos
Não tem.
Padrão sono/repouso:
Dorme, no máximo, 6h por noite e refere insónias.
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Padrão cognição/percepção:
1. Dor
Dor não mensurável.
2. Avaliação da percepção
Diminuição da aquidade visual;
3. Auxiliares de percepção
Usa óculos.
4. Avaliação de consciência
Consciente (Glasgow=15).
Padrão papel/relação:
1. Identificação do prestador de cuidados
Marido.
3. Avaliação da comunicação
Comunicação eficaz entre o doente e o prestador de cuidados.
Padrão sexualidade/reprodução:
Casada, e não tem filhos.
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Padrão crenças/valores:
Religião Católica.
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Auto-cuidado uso do Dependente em grau elevado no auto- A doente encontra-se algaliada e ainda não
6. 03/03/2010
sanitário cuidado uso do sanitário reúne condições para se dirigir ao WC.
A doente encontra-se num pós-operatório
Dependente em grau elevado no auto-
7. 03/03/2010 Auto-cuidado vestuário imediato e ainda não reúne condições para se
cuidado vestuário
auto-cuidar.
Auto-cuidado Dependente em grau reduzido no auto- A senhora necessita de uma
8. 03/03/2010
deambular cuidado deambular assistência/supervisão na deambulação.
Existe risco de infecção no local de inserção
do CVP, pois é uma “porta de entrada” para
Risco de Infecção por presença de
9. 03/03/2010 Infecção microrganismos existentes em todo o
[Cateter Venoso Periférico]
ambiente em que a pessoa está inserida
(principalmente no ambiente hospitalar).
Existe risco de infecção no local de inserção
do dreno abdominal, pois é uma “porta de
Risco de Infecção por presença de
10. 03/03/2010 Infecção entrada” para microrganismos existentes em
[dreno abdominal]
todo o ambiente em que a pessoa está
inserida.
Existe risco de infecção na região perineal,
pois o local de inserção do cateter vesical é
Risco de Infecção por presença de
11. 03/03/2010 Infecção uma “porta de entrada” para microrganismos
cateter vesical
existentes em todo o ambiente em que a
pessoa está inserida.
A doente refere dor na região abdominal que
12. 03/03/2010 Dor Dor
melhora que se administra analgésico.
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A senhora já possui
Dependente em grau capacidades para se
Auto-cuidado Vestir a pessoa – M
03/03/2010 elevado no auto- auto-cuidar apenas com 05/03/2010
vestuário Incentivar a pessoa a vestir-se – M
cuidado vestuário. supervisão.
Providenciar aparadeira – SH
Optimizar cateter algália – SH
Vigiar eliminação intestinal – SH
Dependente em grau A doente foi desalgaliada
Vigiar eliminação urinária – SH
Auto-cuidado uso elevado no auto- por prescrição médica e
03/03/2010 Trocar algália – SOS 04/03/2010
do sanitário cuidado uso do já reúne condições para
Remover algália – SOS
sanitário se deslocar ao WC.
Avaliar as características das fezes – SH
Avaliar as características da urina – SH
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Optimizar CVP – SH
Trocar CVP – SOS
Remover CVP – SOS Foi removido o CVP
Risco de infecção [por
03/03/2010 Infecção Vigiar sinais inflamatórios no local de porque a doente já não 05/03/2010
presença de CVP]
inserção do cateter. tinha medicação EV.
Monitorizar Temperatura corporal –
1xTurno
Optimizar algália – SH
Trocar algália – SOS
Risco de infecção [por Remover algália – SOS
03/03/2010 Infecção A doente foi desalgaliada. 04/03/2010
presença de] algália Vigiar sintomas de infecção – SH
Vigiar sinais de infecção nos [órgãos do
sistema urinário] – SH
Vigiar sinais de infecção no local de
Risco de infecção [por inserção do dreno – SH Foi removido o dreno
03/03/2010 Infecção presença de dreno Optimizar dreno – SH abdominal por prescrição 05/03/2010
abdominal] Remover dreno – SOS médica.
Monitorizar temperatura corporal - 1xTurno
Vigiar sinais de infecção no local de
Risco de infecção [por inserção do cateter epidural – SH
03/03/2010 Infecção presença de] cateter Optimizar cateter epidural – SH
epidural Remover cateter epidural – SOS
Monitorizar temperatura corporal – 1xTurno
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3.5. Avaliação
A avaliação do processo de Enfermagem mede a reacção do utente às acções de
Enfermagem e o seu progresso no sentido de serem atingidos os objectivos. Durante a
avaliação, decide se as intervenções de Enfermagem se revelaram eficazes para minimizar, ou
resolver, os problemas do utente. Um dos objectivos dos cuidados de Enfermagem é ajudar o
utente a minimizar, a resolver, problemas de saúde, que reage, a prevenir a ocorrência de
potenciais problemas, e a promover a manutenção de um estado de saúde. À medida que os
objectivos vão sendo avaliados, são feitos os ajustes no plano de cuidados, que se considera
serem necessários. (Potter & Perry, 2006)
Esta avaliação encontra-se na tabela 2, referente ao plano de cuidados.
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A doente já pode
Supervisionar [dieta zero] – 9, 11, 13, 16,
02/03/2010 Dieta Zero iniciar alimentação
20, 22
oral.
Sinais vitais
02/03/2010 Monitorizar sinais vitais – 1xturno
1xturno
Optimizar CVP – SH
Trocar CVP – SOS
Foi removido o CVP
Remover CVP – SOS
03/03/2010 CVP por já não possui
Executar penso ao CVP – SH
medicação EV.
Manter penso limpo e seco – SH
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1
Nesta tabela só são mencionados os medicamentos que eu administrei a esta doente, uma vez que
realizei um estudo mais aprofundado que incorpora o meu portfólio e lá estão todos os outros fármacos
mais frequentemente usados no sevrviço.
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6. Conclusão
Durante todo o tempo que estive a realizar este estudo acerca da D. Margarida aprendi
bastante. Não só pelas pesquisas que fui fazendo (por mínimas que fossem) mas também pela
aprendizagem que se consegue na prática e no contacto directo com a pessoa.
Posso dizer que com a realização deste trabalho consegui atingir todos os objectivos a
que me propus. O contacto com esta doente proporcionou-me oportunidade de entrar em
contacto também com o prestador de cuidados, conversar e esclarecer dúvidas. Apesar de a
senhora ser muito introvertida fiquei com a sensação que após o contacto mais prolongado
com ela consegui estabelecer uma relação favorável a ambos os lados. O facto de a senhora
ter uma maneira de ser reservada obrigou-me a criar estratégias de comunicação para poder
estabelecer laços com ela. Isto foi um desafio para mim, pois estou habituada a ser acelerada
nas conversas e nas acções. Esta doente obrigou-me a acalmar um pouco e a seguir o ritmo
dela, pois comecei a notar nela uma defesa inicial e percebi que estava a invadir o seu próprio
espaço.
O diagnóstico provisório desta doente cativou-me porque era algo de que nunca tinha
ouvido falar e incentivou-me à pesquisa. Quando regressou do BO e vi que o diagnóstico tinha
sido alterado fiquei um pouco desiludida, mas depois consegui dar a volta pensando que até
seria interessante revelar/estudar esta mudança de diagnóstico.
A única dificuldade que senti foi em cumprir um dos objectivos a que me propus
(objectivo nº3) pelo facto de não ter conseguido ir assistir à cirurgia no BO. Se tivesse ido até
teria percebido melhor tudo o que esteve relacionado com a alteração do diagnóstico da
doente.
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7. Bibliografia
Brunner, & Suddarth. (2002). Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica (9ª ed., Vol. II).
Guanabara Koogan S.A.
Carpenito, L. J. (1997). Diagnósticos de Enfermagem. Portalegre: Lusodidacta
Crawford, M. H. (2005). Cardiologia: Diagnótico e Tratamento. Brasil: McGraw-Hill.
Infarmed. (2008). Prontuário terapêutico. Lisboa: Infarmed
Infarmed. (2007). Simposium terapêutico. Lisboa: Edições Simposium.
Medipédia: Conteúdos de saúde. (2008). Obtido em 7 de Março de 2010, de
www.medipedia.pt: http://www.medipedia.pt/home/home.php?
module=artigoEnc&id=156
Phaneuf, M. (2001). Planificação de cuidados: um sistema integrado e personalizado.
Coimbra: Quarteto Editora.
Phipps, W., Sands, J., & Marek, J. (2003). Enfermagem Médico-Cirurgica. Loures:
Lusociência.
Potter, P. A., & Perry, A. G. (2006). Fundamentos de Enfermagem (5 ed.). Loures:
Lusociência.
Seeley, R. R., Stephens, T. D., & Tate, P. (2003). Anatomia e Fisiologia. Loures:
Lusociência.
Weller, B. (2000). Dicionário de bolsa para Enfermeiros (23ª ed.). Loures: Lusociência.
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