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Contagem
2022
Vanessa Da Fonseca Braga
HINDUÍSMO
Contagem
2022
RESUMO
Esse trabalho teve como finalidade analisar o capítulo IV do Livro “As grandes Religiões do
Mundo” do Autor Stephen Protero. O Capítulo que faz uma análise da terceira maior religião
do Mundo: O Hinduísmo.
Indo até os dias atuais. Tendo em vista que o Hinduísmo é a terceira maior religião do mundo,
veremos acerca de sua forma politeísta e suas tradições relacionadas com a saúde e o bem-estar de
seus adeptos.
O Hinduísmo, além de ser uma das mais antigas religiões, é a terceira religião mais
difundida no mundo, sendo que a maioria dos hindus vivem na Índia. Vale ressaltar que essa
religião não possui um fundador como a maioria das religiões, contudo seus dovotos se espalham
para além das fronteiras da Índia. Tendo devotos no Nepal, Camboja, Indonésia, Estados Unidos,
dentre outros.
O Hinduísmo é a religião menos dogmática e diversificada dentre as grandes religiões.
Etimologicamente, a palavra “Hinduísmo” faz referência aos povos que viviam no Vale do Rio
Indo. A escrita dessa civilização, datada entre 2.500 a 1500 a.C., ainda não foi decifrada, desta
forma não se sabe o quanto essa civilização influenciou o Hinduísmo.
Uma pessoa é considerada hindu por questões de família, logo o hinduísmo é considerado,
tanto um povo, quanto uma religião. Haja vista que o termo "hindu" remete-se ao antigo vale do Rio
Indo. Uma cultura proto-hindu, que originou o Hinduísmo atual.
Caso considerarmos os Hinduístas em forma de camadas, metaforicamente, a mais antiga é
a do Vale do Indo, seguida da Religião Védica, o Hinduísmo Filosófico, o Devocional por último o
Hinduísmo Atual.
Embora a Índia seja caracterizada pela grande diversidade de deuses adorados, pode-se
inferir que Ganesha é o deus mais adorado. Quase todos os lares indianos possui uma imagem desse
deus que é considerado o Senhor dos Exércitos Celestiais de Shiva.
2. SAMSARA E MOKSHA
O objetivo religioso do Hinduísmo é sair do círculo vicioso de vida, morte e renascimento,
designado por samsara. Sair da samsara é o mesmo que sair da ignorância e alcançar a libertação.
É fundamental sair desse ciclo, visto que os hindus consideram o mundo sinônimo de
transitoriedades e impermanência, por isso deve-se alcançar o Moksha. Em consequência disso,
libertar-se do ciclo de reencarnações e alcancar a libertação espiritual.
Verifica-se ainda, para os Hinduístas, é importante alcançar o Moksha para se libertarem da
samsara e não do pecado.
Dado o exposto, é necessário acrescentar que os Hinduístas entendem que nem todos
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3.RELIGIÃO VÉDICA
A segunda camada do Hinduísmo é a Religião Védica, seu nome derivou-se do livro
Sagrado dos Vedas. Suas muitas escrituras são muitas escrituras são divididas em "sruti" (o que é
ouvido, autoria da divindade), e "Smti" (o que é lembrado), tais textos foram escritos em sânscrito
revelados aos homens pelos videntes, vishis e compilados pelo sábio Vyasa.
Em suma os Vedas se referem a quatro livros (Rig Veda, Sama Veda, Yahur Veda e Arharna
Veda). Acrescenta-se Brahamanas, os Aranyaskas e os Upanishads.
Os vedas são animais técnicos que instruem os sacerdotes no desenvolvimento correto dos
rituais.
No mundo politeísta dos vedas são encontrados deuses associados com a terra, o sol, o céu,
a água, o vento e a tempestade. Em suma são as antigas escrituras hindus.
O objetivo do hinduísmo Védico é criar e sustentar uma ordem social e cósmica. Contudo
isso não pode ser conseguido pelos humanos sozinho, por isso o sacerdote se invoca os deuses por
meio de rituais.
Convém frisar que no hinduísmo védico os rituais São primordiais para manter a sociedade
unida.
São rituais entre humanos e deuses, incluindo vários tipos de oferendas para conseguir
determinado objetivo.
4. HINDUÍSMO FILOSÓFICO
O foco do hinduísmo filosófico é a natureza e o destino humano, ou seja, o destino da alma
humana. Desta forma o sagrado está dentro de cada um, e não nos rituais.
O ritual cede lugar à filosofia, e os místicos substituem os sacerdotes.
O hinduísmo filosófico introduziu várias técnicas de yoga e meditação, com a finalidade de
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despertar nos praticantes o abandono do mundo e assumir abstinência, além de outras disciplinas
espirituais.
Nesse contexto surgem os renunciantes, pessoas que “morrem socialmente”, e dedicam-se
integralmente ao desenvolvimento da sabedoria espiritual, Jnana. Tornam-se ascéticos, dedicados a
meditação e a mendicância por alimento. Com o objetivo de sair da ignorância, livrando-se da
ilusão terrena e alcançando a sabedoria e assim, por consequência o Moksha. Os Hinduístas
denominam “Atma” como a essência do ser humano, como se designasse “eu” ou “alma”; já a
essência da divindade é Brahman. Nesse ínterim, a alma é individual e Divina.
Atma e Brahman a mesma coisa. Chegar a esse conhecimento é chegar ao Moksha.
5. HINDUÍSMO DEVOCIONAL
Ao contrário do hinduísmo filosófico, que não está acessível a maioria da população, haja
vista, a exigência de uma disciplina mais rígida. No hinduísmo devocional a meta não é alcançar o
Moksha, contudo alcançar um carma melhor.
Mas convém ressaltar que Samsara continua sendo problema e Moksha a solução, contudo
o caminho para essa libertação é mais fácil.
O amor é colocado em primeiro plano e a libertação é acessível a todos.
É imprescindível ressaltar que o Moksha deixa de ser o único objetivo, entretanto continua
sendo o principal.
Em virtude do que foi mencionado, as pessoas não queriam abrir mão da vida social e
tornarem-se ascetas e concluíram que a divindade estava em um nível inalcansável. O Hinduísmo
devocional tornou-se uma quarta camada dentro do Hinduísmo, caracterizado por ser mais popular e
pela adoração do deus de preferência de cada devoto.
Essa religiosidade é expressada com mais alegria e celebram o próprio corpo como um
templo. Assim descrevem suas divindades com leveza e alegria.
Percebe-se que ao contrário dos renunciantes filosóficos, que falavam de "Atma",
"Brahaman, Samsara e Moksha, os devocionais priorizavam a narração de histórias épicas. Recitam
poemas acerca do amor com devoção.
Evidencia-se portanto, que o extase que eles propunham era voltado para o mundo, esse
estilo designado coo Barkti, possui quase um bilhão de praticantes no mundo e encaram deus como
pessoal e emocional. Fundamentados no Mahabarata e Ramayana, o Bharki yoga se expandiu por
volta do século VII, no sul da Índia, tornando-se a trilha mais popular dentro do Hinduísmo. Danças
em louvor a Krishna permanece até hoje, e é considerado o Senhor Supremo do Universo.
6. A TRINDADE: VISHNU, SHIVA E MAHADEVI
Tradição Divina consiste de: Brahman, o Criador, Vishnu, o mantenedor e Shiva, o
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destruidor. Na prática a Trindade hindu é formada por: Shiva, Vishnu e Mahadevi, dessa maneira
formando as três principais vertentes hinduístas.
I. Vaishnavismo-Vishnu
II. Shaivista-Shiva
III. Shaktismo-Shakti
Vishnu é conhecido por seus dez Avatares: Peixe, Tartaruga, Javali, Meio Leão/Meio
Homem, Anão, Rama, Krishna, Buda e Kalki que ainda não renasceu. É o herói do Mahabharata e
na forma de Rama é o herói de Ramayaha. Krishna é conhecido e amado por suas travessuras,
mesmo sendo conhecido por suas trapaças. Famoso por sua história Rasa Lila. Uma noite que
Krishna dança com suas concubinas, que se estende por anos infinitos, caracterizada por ser um
jogo das emoções. Reafirmando e caráter teatral que os deuses incorporavam Mahadevi já é uma
entidade feroz, deusa dos locais de cremação e campos de batalha.
7. PUJA
Na Religião Védica as oferendas são sacrifícios de animais, já no hinduísmo devocional há
oferendas de flores, frutos e outras oferendas à imagem de um deus.
A prática hindu é o Puja, como forma de demonstrar o amor a determinada deus e em Bali,
as oferendas com características artísticas são colocadas em locais Públicos.
8. NARRATIVAS HINDU
8.1-O Mahabharata
Os referenciais Hindu, no Hinduísmo Devocional são o Mahabharata e o Ramayana e
exercem muita influência sobre os Hindu, ambos caracterizados como “Smirti”.
Mahabarata, significa “Grande Índia” e conta a história de uma rixa de família entre os
virtuosos “Pandavas” contra os malvados “Kauravas”. Ambos clãs descendentes de um Rei
Chamado Bharata. Nesse Livro é contada uma conhecida História: Bhagavad Gita que é a parte
mais conhecida e amada do livro. Conta o diálogo de Krishna com Arjuna, do clã Pandevas.
Krishna aparesenta os três caminhos para Moksha: Acresta o Bhakti Yoga como a via do amor e da
graça e basta confiar nas próprias ações e graça do deuses.
Esse livro possui maneira de se ler; portanto a maioria dos hindus lêem como uma alegoria
espiritual, onde a batalha real é pela liberação da alma.
Além disso, mostrar que todos podem alcançar o Moksha sem necessidade da renúncia.
8.2-Ramayana
Nessa história o herói é o deus Rama, um dos avatares Vishnu e tem como tema central os
sentimentos como amor, ciúme, fidelidade e ética no casamento.
Nesses dois livros, Mahabharata e Ramayana é possível perceber que as narrativas focam
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