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INTRODUÇÃO

Este trabalho, foi realizado no âmbito da Unidade Didáctica, ―Organização Educativa e


Desenvolvimento Curricular‖, leccionada pelo Prof. Dr. Henrique Teixeira Gil. Com a
sua elaboração, pretendemos analizar a mudança de paradigma educativo, no que diz
respeito ao ensino da Matemática no 1º e 2º anos de escolaridade do 1º Ciclo do Ensino
Básico.
Como objectivos, considerámos:
 Compreender a evolução curricular do sistema educativo português.
 Problematizar os diferentes conceitos de currículo.
 Adquirir competências para tomar decisões relactivas à acção didáctica em
diversos contextos escolares.
 Identificar e promover práticas inovadoras de intervenção pedagógica.
 Analisar a evolução do paradigma educativo da Matemática.
Como metodologia adoptada para o trabalho, iremos:
 Analizar comparativamente as perspectivas da Escola Tradicional/Escola Nova
segundo
 Objectivos
 Conteúdos
 Metodologia/recursos
 Avaliação
 Analizar comparativamente os programas do 1º e 2º anos de Matemática do 1º
Ciclo do Ensino Básico de 1991 e 2007.
 Analizar o actual Programa de Matemática dos 1º e 2º anos do Ensino Básico, no
que concerne aos:
 Objectivos
 Conteúdos
 Metodologia/recursos
 Avaliação
 Conclusão
 Aferição da coerência ou não da evolução paradigmática
 Aferição dos conhecimentos adquiridos

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ESCOLA TRADICIONAL/ESCOLA ACTUAL

A Escola Tradicional, como conceito, surge nos finais do sec. XIX, de inspiração militar
e fabril, ainda hoje subsistindo em muitas instituições escolares, sobretudo no que
respeita a prática quotidianas, eco da sua interiorização em métodos, sistemas e
professores...tradicionais. Esta orientação, reactiva à escola nova, negava pedagogias
novas, progressistas, inovadoras e modernas, ao nível das concepções, dos métodos e
das técnicas pedagógicas, das formas organizativas e disciplinares.
Existia uma completa dependência dos alunos em relação aos professores, que se
reflectia logo na organização da sala de aula, preparada para impor uma ordem em que
os alunos ouvem os professores, escrevem e tiram apontamentos. Não havia lugar para a
inquirição, criação ou construção. Aos alunos cabia o papel de absorverem de forma
passiva o ―material‖ que lhes era preparado pela autoridade escolar.
Promovia-se assim a passividade de atitudes, a massificação dos alunos
mediante a uniformização de currículos e métodos. Os programas eram estruturados
logicamente, tomando no entanto, o aspecto de séries de disciplinas autónomas
progressivamente alargadas, confundindo adestramento e educação, numa exaltação do
―esforço pelo esforço‖, mesmo que este pudesse ser inútil.
A cooperação e apoio entre colegas, não eram também estimulados,
incentivando-se a competição desenfreada como sistema para obter resultados em
termos de avalição.
Neste conceito de escola, não cabia a ―vida‖ do aluno, a sua experiência e
vivência resultando como um isolamento social relativamente à escola, esta por seu lado
isolada relativamente às várias instituições, e estas isoladas entre si. Desta posição
resultando um afastamento da escola em relação ao mundo exterior.
No que respeita ao professor, este, encarava a sua turma como um grupo
homogéneo, planificando para o aluno médio, não havendo a noção de que os alunos
tinham capacidades e ritmos de aprendizagem por vezes muito diversificados. Ele,
professor, era a figura centralizadora. A sua autoridade era incontestada e o seu
afastamento afectivo do aluno fazia parte incontestável da condição pedagógica.
Fundamentava a sua acção, no cumprimento de um currículo fechado com objectivos
bem definidos de desenvolvimento moral, cultura geral disciplina e treino profissional,
em que ele se apresentava como modelo.

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Como ―Escola Tradicional‖, entendemos hoje, a escola que segue modelos
pedagógicos que pertencem ao passado, ou que é obsoleta em relação às mudanças e às
inovações exigidas. Por razões psicológicas (métodos de ensino-aprendizagem apoiados
em concepções que estão superadas) ou por razões tecnológicas, apresenta deficiências
pedagógicas, não enquadradas na esperada qualidade do ensino-educação ministrada,
não está adaptada às mudanças sociais, culturais e das novas mentalidades. Orientada
sob o ponto de vista do aluno individual, ou seja, se o aluno não corresponde o
problema reside nele, e não sob o ponto de vista curricular.
O sistema de avaliação baseava-se na avaliação sumativa, incidindo sobre os
conteúdos expostos e a capacidade de retenção e acumulação do aluno. Era um controlo
da aprendizagem apoiado basicamente em chamadas para o lugar, fichas trimestrais e
exames finais, não relevando muitas vezes toda a dedicação e empenho.
Existem assim, ainda, muitas escolas ditas ―tradicionais‖ que efectivam
procedimentos, de concepções teóricas ou de conhecimento, contraditórias, com estilos
de professores tradicionais, em estruturas escolares que pretendem ser inovadoras, ou
vice-versa e que, por vezes o não são.
Teríamos então, uma escola livresca, que confundia memória e inteligência, e se
limitava a um ensino verbal e dogmático.
A nova realidade educativa, não parece apoiar-se, contrariamente a muitas
outras, em nenhuma corrente ou movimento social ou pedagógico de referência. Parece
apoiar-se em novas práticas pedagógicas que pretender ser inovadoras, renovadoras,
transformadoras, provindas de iniciativas do espaço académico, mas sem a referência a
discursos totalizadores sobre, a escola, a educação e a formação, alicerçados em
investigações e reflexões, de pedagogos e educadores emblemáticos.
Assim, na Escola actual, pretende-se que o ambiente de sala de aula e a postura
do professor, propiciem uma maior participação e intervenção do aluno. Há uma
preocupação de transmissão de conhecimentos, procurando respeitar as capacidades
individuais doa alunos, dando a cada um a medida certa. A escola não assume uma
posição niveladora mas diversificadora, em que cada grupo é entendido segundo a sua
heterogeneidade.
Cultiva-se a cooperação e o apoio entre colegas, sejam eles alunos, professores
ou órgãos de gestão. A escola sai igualmente das suas limitações físicas, no fundo
tentando a envolvência de toda a comunidade educativa. A cooperação, a livre troca de

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ideias, comentários e sugestões consideram-se fundamentais para o desenvolvimento da
criança/jovem.
Não é mais pensável, partir da igualdade de experiências e vivências, cada aluno,
tem de ser reconhecido como portador de conhecimentos muito próprios que lhe advém
da sua vida anterior e envolvimento ambiental e social.
Aposta-se na autoformação, no ecletismo em matéria de conhecimentos, fazendo
apelo aos interesses naturais dos alunos e ao êxito para motivar o esforço.
O isolamento do sistema escolar em relação à sociedade, não tem mais lugar
nesta interpretação escolar, já que faz com que as crianças/jovens não encontrem
aplicação entre o que aprendem na escola e a sua vivência do dia a dia, e por outro lado
não apliquem na sua aprendizagem escolar, a sua aprendizagem não escolar. Neste
domínio, muitas vezes se refere que uma das consequências é o abandono precoce dos
alunos do sistema escolar.
Assiste-se ao aparecimento de várias concepções curriculares com a deslocação
da pedagogia por objectivos e programações.
Assim, temos; o currículo como estrutura escolar ou plano de estudos; o
currículo como contexto normativo de interacção educativa; como experiência
educativa (efectiva e afectiva); e a designação de currículo oculto. As definições de
currículo emergem sempre como a realização de expressões sociais que se projectam em
técnicas educativas, na resposta aos ―porquê‖ e ―para quê‖ das suas concretizaçãoes
apoiada na qualidade da relação educativa.
É notória a aposta nas novas tecnologias, não apenas como utensílios mas como
parte integrante do desenvolvimento.
Em termos de avaliação, também é abandonado o critério da correcção da prova
em função de um nível, julgando o aluno, não pelos progressos que ele pôde fazer, mas
em comparação com os resultados obtidos pelo conjunto dos candidatos sujeitos à
mesma prova, sendo a sua nota comparada à média (Curva de Gauss).
No momento actual, seguem-se orientações suportadas pela Unesco (1976),
segundo as quais: ―A avaliação não é um fim em si próprio, o seu objectivo é
proporcionar maior domínio do processo educacional. O que interessa não é formular
um juízo: é ir para a acção, adaptar o trabalho educacional ao nível de uma turma,
adaptar os meios existentes aos objectivos às condições sociais, económicas ou
institucionais‖, ou ―Un proceso mediante el cual se recoge y usa información com

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objeto de tomar decisiones acerca de un programa de enseñanza-aprendizaje.‖ Cronbach
(1963). Num sentido mais lato:

Tabela I- (https://e-learning.ese.ipcb.pt/C/ese/BV/6344/aula_8_a__oedc_-_avaliacao.pdf)(17/02/2010)

Assim, sintetizando:

ESCOLA TRADICIONAL ESCOLA ACTUAL

MÉTODO
- Livresca, base no manual (livro) - Condena o ―Magister Dixit‖
- Transmissão de conhecimento, informação oral, - Saber fazer, capacidade de criação
na sala de aula, sem intercâmbio externo ou
- Integração com o mundo externo e com o
experimentação activa.
mundo interno do aluno
- Educação = adestramento
- Educação = autoformação
- Silêncio, receptividade, disciplina imposta.
- Actividade, cultura ―self government‖
ORGANIZAÇÃO -Interdisciplinaridade, grandes áreas
- Programa logicamente estruturado, disciplinas
funcionais,encadeamento dos conhecimentos
autónomas, divididas em pequenas unidades
sistematizadas.
- Ensino individualizado.
- Direcionada ao aluno médio e ao grupo.
- Dificuldades educativas centradas no ponto de
- Dificuldades educativas centradas sob o ponto de vista curricular.
vista do aluno individual. - Alunos solicitados a tomar parte da escolha.
- Lições decididas sem intervenção do aluno.
- Supressão da barreira entre a escola e a vida.
- Distinção rígida entre actividades escolares e
Actividades extra-escolares dentro da escola.
extra-escolares.
- Ensino por meio da coordenação e
- Ensino por meio de exercícios isolados e
generalização.
especializados - Corta-se com as sequências lógicas em proveito
- Domina a sequência lógica das matérias. do interesse. Plano flexível.
MOTIVAÇÃO
- A criança associa-se à decisão da tarefa a
- A criança/jovem é obrigada a fazer o que não
realizar, motivação. Intervem na eleição dos seus
escolheu ou desejou. objectivos. Interesse.
- Esforço pelo esforço.

CONTEÚDOS
- Toda a experiência humana.
- Só matérias académicas.
- Explora a comunidade local; utiliza material
- Ignora a comunidade (contexto).
extra-escolar.
- Utiliza apenas materal escolar. - Há uma constante adaptação.
- Primam os saberes definidos. - Base experimental
- Base filosófica intuitiva.

MATERIAIS DIDÁCTICOS
- Manuais e outros suportes convertidos em
- Contacto com conteúdos nos livros, informativos
projectos curriculares a desenvolver na prática de
e conceptuais, fragmentados de modo a serem mais aula. Adequação a todas as inovações
facilmente memorizados experimentais e tecnológicas.

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ESCOLA TRADICIONAL ESCOLA ACTUAL

Avaliação
- Espera-se que o aluno reproduza aquilo que lhe - Provoca-se o gosto de aprender e a
é transmitido autosuficiência na busca das respostas.
- Os erros recebem punição: - Os erros:
Até há pouco tempo, até física Indicam o estádio em que a criança/jovem se
Notas baixas, reprovação encontra.Denunciam necessidades.
- Emulação, competição. - Auto-emulação, cooperação.
- Testes, chamadas para o lugar, exames finais - Avaliação diagnóstica
- Avaliação sumativa, quantitativa, incidindo - Avaliação formativa
sobre os conteúdos expostos e a capacidade - Avaliação sumativa
retentiva e acumuladora do aluno. - Auto-avaliação

ATITUDES

ALUNO
- Depositário e alvo das informações. - Ser pensante, com existência e
- Exige-se dele: desenvolvimento.
Ordem, silêncio, atenção e obediência.

PROFESSOR
- Figura magistral.
- Desempenha a função de detentor e transmissor - Mediador no processo ensino-aprendizagem.
do conhecimento. - Facilita a aprendizagem criando situações
- Autoritário, distante. estimulantes e motivadoras de respostas.
- relação afectiva com os alunos.
ESCOLA
- Estática, conformista, essencialista.
- Dinâmica, progressista, existencialista.

PROGRAMAS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO BÁSICO

1º CICLO, 1º E 2º ANOS, 1991 E 2007


Ao abordar este ponto, não podemos deixar de referir alguns aspectos,
indissociáveis. Assim, um ciclo, é uma unidade de trabalho bem definida e
caracterizada, leccionada por profissionais especialistas desse ciclo que têm condições
para fazer uma gestão curricular global. Este aspecto, é reforçado no novo diploma
programático de matemática. Também o facto de todos os ciclos se encontrarem num
único documento, reforça desde logo uma visão global, que se pretende, e uma melhor e
maior articulação entre ciclos. Aliás, é expresso no documento que o ingresso em cada
novo ciclo, será sempre efectuado mediante o reforço do ciclo anterior, numa acção de
articulação temática.
Um dos aspectos mais importantes, em termos de mudança, centra-se na
necessidade de se indicarem, para além dos temas matemáticos, três capacidades
transversais, a estarem sempre presentes:
 Resolução de problemas

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 Raciocínio matemático
 Comunicação matemática
Outro aspecto fundamental, é o desenvolvimento programático em torno de 4
eixos: o trabalho com os números e operações, o desenvolvimento do pensamento
algébrico, o pensamento geométrico e o trabalho com dados.
Em termos comparativos com o programa anterior, no que diz respeito ao 1º
ciclo, de referir a criação de dois blocos constituídos por : 1º e 2º anos, 3º e 4º anos,
abandonando a organização anual tradicional.
Também a estrutura do programa, abandona a anterior, em 3 blocos:
 Números e operações
 Forma e espaço (iniciação à geometria)
 Grandezas e medida
para operacionalizar 4 Temas:
 Números e operações
 Geometria e medida
 Organização e tratamento de dados
 Capacidades transversais Resolução de problemas
Raciocínio matemático
Comunicação matemática

No novo documento são apresentados objectivos de forma mais esclarecedora e


concisa, mais facilmente interpretáveis, com maior especificidade, acompanhados de
notas auxiliares em termos de passagem à acção. No nosso entender esse instrumento
proporciona uma mais eficaz actuação docente. Também o maior número de objectivos
específicos pode auxiliar o professor na sua organização curricular.
Em termos metodológicos, cremos que a apresentação do novo programa
explicita melhor a atitude a tomar na apresentação das situações a propor, tanto numa
fase de exploração de um conceito como na fase de consolidação e aprofundamento.
Assim, devem envolver contextos matemáticos e não matemáticos e incluir outras áreas
do saber e sobretudo da realidade quotidiana, experimentada e conhecida dos
alunos.história da matemática, papel da matemática no mundo actual, recursos diversos
e diferentes formas de trabalho na sala de aula. Em termos de materiais, de salientar a
restrição do uso da calculadora que embora não seja bem definido o seu uso, indicia a
importância dessa mesma restrição.

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A introdução do tema ―Capacidades Transversais‖ é fundamental em termos
metodológicos para o seu desenvolvimento matemático, bem como, as representações,
exploração de conexões, valorização do cálculo mental.
No que concerne à avaliação, no anterior programa ela é abordada de modo
significativamente construtivo e formativo, centrando-se na evolução dos percursos
escolares e tendo como finalidade a gestão mais adequada do estado das aprendizagens
e realizações do aluno, com vista ao seu sucesso. Contudo no novo programa este
aspecto é mais abrangente e explorado. Acentua-se a necessidade de uma avaliação
continuada posta ao serviço da gestão curricular e de carácter formativo e regulador,
dinâmico e em muitos casos informal. Prevê a utilização de formas e instrumentos
diversificados, não priveligiando apenas o insucesso, mas realçando o que sabem e são
capazes de fazer. Acentua igualmente a necessidade de transparência e clareza de
informação. Realça a informação que o professor obtém e que lhe permite determinar
actividades a realizar com toda a turma e individualmente.

ANÁLISE DO NOVO PROGRAMA DE MATEMÁTICA – 1º E 2º ANOS DO 1º CICLO

1º E 2º ANO
ORGANIZAÇÃO E CAPACIDADES
NÚMEROS E OPERAÇÕES GEOMETRIA E MEDIDA
TRATAMENTO DE DADOS TRANSVERSAIS

Números naturais Orientação espacial Representação e Resolução de


• Noção de número • Posição e localização interpretação problemas
natural • Pontos de referência e de dados • Compreensão do
• Relações numéricas itinerários • Leitura e interpretação problema
• Sistema de numeração • Plantas de informação • Concepção, aplicação
Decimal apresentada em tabelas e justificação de
Figuras no plano e e gráficos estratégias
Operações com sólidos • Classificação de dados
números naturais geométricos utilizando diagramas de Raciocínio matemático
• Adição • Propriedades e Venn e de Carroll • Justificação
• Subtracção classificação • Tabelas de frequências • Formulação e teste de
• Multiplicação • Interior, exterior e absolutas, gráficos de conjecturas
• Divisão fronteira pontos e pictogramas
• Composição e Comunicação
Regularidades decomposição matemática
• Sequências de figuras • Interpretação
• Linhas rectas e curvas • Representação
Números racionais • Reflexão • Expressão
não negativos • Discussão
• Fracções Dinheiro
• Moedas, notas e
contagem
• Comparação e
ordenação
de valores
• Estimação

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NÚMEROS E OPERAÇÕES GEOMETRIA E MEDIDA ORGANIZAÇÃO E CAPACIDADES
TRATAMENTO DE DADOS TRANSVERSAIS

Comprimento, massa,
capacidade e área
• Medida e unidade de
medida
• Comparação e
ordenação
• Medição
• Perímetro
• Estimação
Tempo
• Sequências de
acontecimentos
• Unidades de tempo e
medida do tempo

GESTÃO CURRICULAR AVALIAÇÃO

A gestão curricular deve ter em conta: A avaliação deve apreciar o progresso dos alunos
as características dos seus alunos na disciplina e diagnosticar problemas e
os recursos existentes insuficiências na sua aprendizagem e no seu
as condições da sua escola
trabalho.
o contexto social e escolar
Especificamente, a avaliação deve:
Os temas matemáticos e os objectivos de
- ser congruente com o programa
aprendizagem (gerais e específicos) definidos no
programa para o ciclo, devem ser distribuídos - constituir uma parte integrante do processo de
pelos anos, períodos lectivos, unidades curriculares ensino e aprendizagem
e aulas.
- usar uma diversidade de formas e instrumentos
A planificação detalhada do professor deve prever de avaliação
vários momentos de trabalho e a utilização de
- ter predominantemente um propósito formativo
diferentes tipos de tarefas.
- decorrer num clima de confiança
As tarefas no seu conjunto devem proporcionar
um percurso de aprendizagem coerente. - ser transparente para os alunos e para as suas
famílias
O percurso de aprendizagem definido pelo
manual escolar nem sempre se adapta às
características dos alunos, pelo que os professores
têm de definir percursos alternativos,
estabelecendo uma ordem diferente na abordagem
dos assuntos.

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QUESTÕES EM SALA DE AULA

ASPECTOS A ATENDER:

• DAR TEMPO DE ESPERA AO PROCESSO DE PENSAR.

• EVITAR QUESTÕES DE SIM/NÃO — NÃO PROMOVEM O


PENSAMENTO OU A DISCUSSÃO.

• SUBSTITUIR A QUESTÃO, " ENTENDES?‖ POR ‖DÁ UM EXEMPLO


QUE PERMITA PERCEBER QUE ENTENDESTE.‖

• ASSEGURAR REQUISITOS E RECURSOS NECESSÁRIOS

• COLOCAR QUESTÕES ABERTAS E FECHADAS: AMBAS ÚTEIS


(PENSAMENTO CRÍTICO/ FOCO DE ATENÇÃO).

• SOLICITAR CLARIFICAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DE AFIRMAÇÕES, TÃO


IMPORTANTES COMO AS QUESTÕES.

• AJUDAR NA ORIENTAÇÃO NA ANÁLISE DAS RESPOSTAS POSSÍVEIS.

• COLOCAR QUESTÕES PARA TODOS OS TIPOS DE PENSAMENTO.

• AJUDAR A DESENVOLVER TANTO PENSAMENTO CRÍTICO COMO DE


CONHECIMENTO E DE COMPREENSÃO COMUNS.

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CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, fomos tomando consciência da interligação de alguns


aspectos que se revelarem muito importantes para a sua realização.
Desde logo, ao iniciar a análise entre conceitos tão distintos, de concepções de
escola, foi muito útil a sistematização de atitudes e sentimentos subjacentes, que
conduzem pedagogos e estudiosos à adopção de determinados sistemas educativos
consoante as necessidades sociais. A chamada Escola Tradicional desenvolve-se quando
necessário e posteriormente evolui, por vezes de modo abrupto e controverso, para
chegarmos a uma perspectiva escolar actual, que se tem de enquadrar no contexto socio-
económico.
Assim, cremos que o actual programa de Matemática para o Ensino Básico,
nomeadamente no que diz respeito aos 1º e 2º ano do 1º Ciclo, vem colmatar algumas
impresições e necessidades que eram notórias no anterior programa, sobretudo após a
revisão curricular de 2001. A maior flexibilidade de gestão do professor, a aproximação
mais efectiva ao contexto do aluno, a abertura ao desenvolvimento do pensamento
algébrico, a utilização de materiais mais variados, a maior especificidade de objectivos e
a melhor interpretação do propósito de avaliação, cremos contribuir de modo muito
eficaz e positivo, para uma entrega activa de todos os elementos intervenientes no
processo.
Consideramos também, que a inclusão no documento, de dois percursos
temáticos alternativos (em Anexo), contribui para uma mais segura atitude por parte do
professor.
Ao conferirmos o teor deste documento, com as expectativas relativas à
mudança que se deseja no panorama educativo nacional, temos a certeza de que
evoluímos em termos de conhecimento. Isto é, quando ligadas à educação pré-escolar,
por vezes não temos a dimensão exacta dos problemas que se colocam, noutros
ambientes.
Cremos que a realização deste trabalho, serviu para clarificar muitos desses
pontos, tendo, sem dúvida, contribuído para uma valorização pessoal e profissional.

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BIBLIOGRAFIA

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Básico – Competências Essenciais, Lisboa: Ministério da Educação -Departamento de
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(https://e-learning.ese.ipcb.pt/C/ese/BV/6344/aula_8_a__oedc_-_avaliacao.pdf)

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ANEXOS

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