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RESUMO PROBLEMA 08:

Objetivos:

1. Definir uso e dependência química

1. USO NOCIVO: É quando um padrão de uso de substância psicoativa


está causando dano à saúde. Tal dano pode ser físico ou mental,
como no caso do HIV adquirido através do uso injetável de drogas, ou
nos episódios de transtorno depressivo secundário a um grande
consumo de álcool.

2. USO RECREATIVO: É o uso de uma substância psicoativa, em geral


ilícito, em circunstância social ou relaxante, sem dependência ou
outro transtorno.

3. USO SOCIAL: É o uso em companhia de outras pessoas,


freqüentemente usado de forma imprecisa como indicação de um
padrão de beber não problemático.

4. ABUSO: É um padrão mal adaptativo de uso de substâncias psicoativas,


manifestado por conseqüências clínicas adversas recorrentes e significativas
relacionadas ao uso da substância.

5. SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA: É o conjunto de fenômenos fisiológicos,


comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe
de substâncias alcança prioridade muito maior para um indivíduo que outros
comportamentos que antes tinham maior valor. A característica central é o
desejo, freqüentemente forte, algumas vezes irresistível de consumir a
substância.

1. Discutir mecanismo de ação das principais drogas:

1.COCAÍNA: É o produto final das folhas de coca. A preparação é feita em


duas fases. A primeira à folha é prensada junto com ácido sulfúrico e
querosene, sendo transformada em pasta que contém cerca de 90% de
sulfato de cocaína. Na segunda fase a pasta é tratada com ácido clorídrico,
produzindo o cloridrato de cocaína, pó branco e inodoro, que pode ser
usado por via intranasal, oral e parenteral. Para ser fumada ela passa por
um processo chamado free-basing, onde é misturado o cloridrato de cocaína
com água, bicarbonato de sódio e hidróxido de amônia. A base é separada
da água por meio de um solvente orgânico volátil, como o éter. A base de
cocaína não é solúvel na água, podendo então ser fumada. Esse material é
chamado de crack, por causa do som feito pelos cristais quando
queimados.Na região centro-oeste brasileiro é comum o preparo artesanal
da pasta básica em laboratórios improvisados, onde são adicionados
produtos tóxicos como ácido sulfúrico, querosene ou gasolina. O produto
final é chamado de merla.

Mecanismo de ação:

A cocaína exerce efeitos sobre vários neurotransmissores, incluindo


liberação e bloqueio da recaptação de dopamina, noradrenalina e
serotonina. A explicação mais aceita para a euforia é que a inibição da
recaptação de dopamina provoca um aumento da concentração extracelular
de dopamina nas vias de gratificação mesolímbicas e mesocorticais do
cérebro. A abstinência resultaria de uma hipoatividade dopaminérgica.

Complicações clínicas:

Via intranasal: por ser fortemente vasoconstritor reduz o fluxo sanguíneo,


irritando e inflamando a mucosa do nariz, podendo desenvolver ulcerações
e eventual perfuração do septo nasal.

Via parenteral: risco de infecção e necrose local por vasoconstrição.

Via fumada: Têm sido descrito casos de pneumomediastino, sugerindo que


o crack pode causar rutura alveolar com conseqüente entrada de ar livre no
mediastino. Pode ainda ocorrer uma síndrome que é conhecida como
“pulmão de crack-cocaína” que consiste em dor no peito, falta de ar e/ou
tosse sanguinolenta. Há descrições de enfisema subcutâneo de pescoço e
mediastino, devido o efeito vasoconstritor da cocaína, capaz de produzir
necrose da mucosa da laringe.

Outras complicações: Cardiovasculares – pode ocorrer infarto do miocárdio,


hipertensão arterial e arritmias, assim como aneurismas dissecantes de
aorta, provocados por estimulação adrenérgica produzido pela cocaína.
Essas complicações ocorrer em qualquer via de administração.
Neurológicas – hemorragias intracranianas e subaracnóides têm sido
descritas. Como age na transmissão dopaminérgica, tem se apontada como
responsável pela exacerbação cocaína-induzida em alguns casos de
manifestação da síndrome de Gilles de la Tourette. Têm sido relatado crises
convulsivas , pois a cocaína reduz o limiar convulsígeno. Exames de
imagem tem mostrado atrofia cerebral e infartos cerebrais associados a uso
crônico de cocaína. Gastrointestinais: diarréia aquosa seguida de câimbras
abdominais dolorosas, com eventuais episódios de vômito, sem náuseas
tem sido relatado em usuário de crack, podendo ser explicado por isquemia
de mucosa catecolamina-induzida. Sexualidade: nos homens uso crônico e
em doses elevadas pode levar a dificuldade de ereção e ejaculação.Nas
mulheres pode ocorrer alteração do ciclo menstrual, galactorréia,
amenorréia e infertilidade.

Complicações Psiquiátricas:
Intoxicação: os sintomas inicialmente consistem em diminuição da
ansiedade, euforia e hiperatividade, com posterior desinibição eufórica,
sintomas de descarga adrenérgica, disforia, diminuição do juízo crítico,
idéias de grandeza, impulsividade, diminuição da necessidade de dormir,
podendo algumas vezes servir como gatilho de desencadeamento
de um quadro maníaco. Com acesso livre, podem fazer binges por vários
dias sem parar. Quando intoxicados com altas doses a concentração se
perde à medida que o indivíduo é dominado pela ansiedade craving por
mais cocaína. Em geral perdem a atenção com os cuidados pessoais, sinais
paranóides podem se tornar presentes, com idéias delirantes de natureza
persecutória, alucinações visuais e auditivas. As pupilas se dilatam e a
pressão arterial eleva-se. Há risco de arritmias, parada respiratória e
convulsões.

Dependência: Pode ocorrer rapidamente devido a potente euforia


produzida. A injeção intravenosa e o fumo estão mais intensamente
correlacionados à dependência do que a inalação. Tolerância se desenvolve
rapidamente, resultando em um uso de maiores quantidades com o tempo.
Isto está relacionado , freqüentemente com complicações como paranóia,
comportamento agressivo, ansiedade e agitação. Sintomas de abstinência
tem curta duração e desaparecem alguns dias após o término do uso da
droga.

Abstinência: ocorre após interrupção abrupta , pode ocorrer sintomas


depressivos, ansiedade e craving pela droga, seguida por sinais graves de
crash pós-euforia, com fadiga generalizada e necessidade de sono. No
estado agudo a intensidade e sintomas variáveis e com freqüência os
indivíduos são “automedicados” com mais cocaína. A síndrome pode durar
alguns dias, mas geralmente resolve-se sem tratamento.

Indução de estados psicóticos: tem sido freqüente em estados de


intoxicação crônica, sob a forma de idéias delirantes persecutórias,
associadas a alucinações auditivas e/ou visuais. As psicoses cocaínicas com
idéias delirantes esquizofreniformes, em geral, eclodem após consumo de
doses altas e repetidas, por exemplo, após binges. A vida média da cocaína
é inferior a 90 minutos, os binges são caracterizados por mais de 10
reintrodução/hora da substância no organismo, podendo levar a diferentes
seqüelas. O uso de cocaína pode acelerar o início de um transtorno
psicótico em um paciente vulnerável, pode exacerbar o curso da
doença precipitando uma recaída psicótica ou causando agitação e
agressividade.

Transtornos afetivos: pode simular qualquer transtorno afetivo,


sobretudo estados maniatiformes.

2. CANNABIS SATIVA: Conhecida popularmente como


maconha,cânhamo, erva, é a droga ilegal mais consumida no mundo.
Estima-se sua prevalência de uso em 2,45% da população mundial. A
cannabis é uma planta de sexos separados, as folhas e influorescencia,
principalmente da planta feminina, secretam uma resina que contém
princípios ativos chamados canacinóis, destes o delta -9- tetra-
hidrocanabinol, THC, é o principal responsável pelas atividades
psicofarmacológicas da planta.

Quando fumada, ações psicológicas já podem ser sentidas após as primeiras


baforadas. O efeito máximo ocorre depois de 30 a 60 minutos. O contato da
fumaça faz com que a imensa rede capilar pulmonar absorva a droga
imediatamente . Dos pulmões a droga atinge o lado esquerdo da circulação
cardíaca, e sendo lipofílica, é rapidamente absorvida por órgãos como o
cérebro. Acentuam-se a partir daí os efeitos psicológicos e diminuem os
teores sanguíneos. Só mais tarde atinge o fígado para ser metabolizada,
sendo difícil correlacionar níveis plasmáticos de THC e ações
farmacológicas. Por ser lipofílico, o THC pode se depositar em alguns
órgãos, e só bem mais tarde ser liberado na corrente sanguínea. Isso
explicaria o fenômeno do flash-back, o aparecimento de efeito quando a
droga não deveria mais está atuando.

Metabólitos dos canabinóis podem ser encontrados na urina, até dois a três
dias após o uso.

Modo de ação:

Os canabinóides inibem a atividade do adenilato ciclase


centralmente de uma forma rápida, reversível, potente e
estereoespecífica. Esta atividade parece está relacionada com a capacidade
desses compostos para a produção de efeitos sobre o sistema nervoso
central, sugerindo a presença de receptores canabinóides.

Foram identificados receptores centrais (principalmente) e


periféricos do THC. Os do cérebro estão localizados nos núcleos da base e
cerebelo (descoordenação motora) , no hipocampo (levando a alteração de
memória), córtex frontal (tomada de decisões, habilidades sociais, a
ocupação desses receptores levaria a euforia) e núcleo acumbens (sistema
de recompensa prazerosa, podendo está associada à formação de
dependência).

Ações:

O efeito é influenciado por fatores como: características da planta,


com maior ou menor quantidade do princípio ativo, suscetibilidade e
experiência prévia do usuário e meio onde é utilizada.

Ocorre alteração da noção de espaço, as cores tornam-se mais


brilhantes , a música é mais prazerosa e o tempo passa mais lentamente
que o real. Euforia, bem-estar, relaxamento e riso fácil. Em indivíduos
inexperientes e temerosos pode surgi ansiedade e disforia, por vezes
pânico. Esses sintomas são aliviados pelo reasseguramento ou com baixas
doses de benzodiazepínicos.

Dificuldade de concentração e alteração reversível da memória a


curto prazo são comuns. Alterações autonômicas como boca seca,
hiperemia conjuntival, taquicardia e hipotensão postural podem ocorrer.

Complicações:

a) Intoxicação
b) Dependência
c) Transtornos psicóticos: o transtorno psicótico é raro mas a ideação paranóide é a
mais comum, geralmente o transtorno é breve.
d) Transtorno de ansiedade é comum principalmente na intoxicação, são de curta
duração, podendo ocorrer ataques de pânico.Os sintomas de ansiedade estão
correlacionados com a dose e é a reação adversa mais comum.
e) Flashbacks
f) Síndrome amotivacional :é questionada o papel causal da maconha, caracteriza-
se por apatia, fraca concentração, retraimento social e perda do interesse por
desafios. Pode está relacionada ao decréscimo do fluxo sanguíneo cerebral que
tem sido documentado no uso da maconha.

3.ALUCINÓGENOS: São Drogas que em doses não tóxicas provocam


alterações da percepção (principalmente do campo visual), do pensamento
(sentir-se perseguido), e do humor (euforia, tristeza), com ações mínimas na
memória e orientação. Esses efeitos ocorrem com a consciência clara.
Apesar do nome, nem sempre alucinações evidentes são provocadas.
Estranhas alterações perceptuais podem ocorrer como as mirações, que são
visões que se sucedem com os olhos semi cerrados, ou sinestesias, quando
os diversos sentidos se misturam – ouvir uma luz, ver um barulho. Trabalhos
sugerem que o efeito alucinogênico se dá pela afinidade pelo receptor da
serotonina 5HT2. Tolerância estabelece-se rapidamente aos efeitos
psicodélicos e euforizantes, o mesmo não ocorre com os efeitos
autonômicos. O padrão de uso ocasional geralmente impede o
aparecimento de tolerância.

LSD: É o mais potente dos alucinógenos, 30 a 50 mg já são ativos. Por via


oral ela é rapidamente absorvida, começando a atuar mais intensamente
após 50 minutos, atinge um pico após 3 horas e praticamente desaparece
após 7 horas. A meia vida plasmática é de 3 horas, é metabolizada no
fígado.

Ectasy: Droga sintética mais recente, quimicamente se assemelha com a


mescalina e a anfetamina. Em doses menores tem ação semelhante à
anfetamina, e efeito alucinógeno em doses elevadas. É usada por via oral
em dose usual de 75 a 200 mg. Por provocar uma acentuação do prazer
sexual passou a ser chamada de droga do amor, do êxtase. Estimulados
pelo uso e em ambientes sem ventilação , alguns jovens tiveram
conseqüências fatais ao dançar, por períodos prolongados em festa.
Desidratados, teriam prosseguido sem perceber na atividade frenética, com
sérias conseqüências clínicas e morte.

Psilocibina: É encontrado em diferentes gêneros de cogumelo, foram


utilizados ritualmente por nativos do México, e nos últimos 40 anos
chegaram a ser cultivados para o abuso. Crescem em estrumo de gado e
de outros ruminantes. Diferenciar cogumelos que produzem psilocibina por
vezes é difícil, eles são confundidos com aqueles que são tóxicos, daí
intoxicações serem freqüentes. Seu pico de ação é de 1,5 hora após a
ingesta, é muito menos potente e de atuação menos demorada que o LSD.

4.ANFETAMINAS: Tem estrutura química muito semelhante a dopamina.


Devido à sua alta liposolubilidade, quando administradas oralmente, são
rapidamente absorvidas na trato gastrointestinal. Uma vez na corrente
sanguínea se distribuem rapidamente em vários compartimentos do corpo e
atravessam a barreira hematoencefálica. Após alguns minutos de
administração, os efeitos centrais e periféricos podem ser identificados.

Manifestações clínicas:

a) Aguda e Crônica: refletem uma super estimulação do SNC e sistema simpático


periférico. Ocorre vermelhidão, sudorese, taquicardia (podendo levar a arritmia),
hipertensão (ocasionalmente causando AVC) e, algumas vezes, convulsão e
hipertermia. Hiperatividade, insônia, agressividade são também freqüentes
principalmente com as anfetaminas “estimulantes”. Pode também ocorrer na
intoxicação aguda um quadro muito semelhante à esquizofrenia. Na intoxicação
crônica ocorre os mesmo sintomas sendo freqüente perda de peso e
manifestações psiquiátricas intensas. A psicose quando ocorre desaparece após a
descontinuação da droga , porém há relato de casos persistentes. Tem sido
diagnosticado dependência grave. Tolerância à ação euforizante pode se
desenvolver como também o efeito anorexígeno. Estudos tem mostrado que a
administração diária em doses maiores que as recomendadas, produz um
progressivo aumento em seus efeitos comportamentais, como atividade
locomotora, aumento da ansiedade e da paranóia. O fenômeno é conhecido
como sensibilização e pode persistir por muito tempo, mesmo após a interrupção
da droga.

b) Síndrome de abstinência: Sintomas típicos: depressão, isolamento, hiperfagia e


hipersonia. A depressão pode melhorar em dias, mas pode durar meses. A
síndrome de retirada raramente é uma ameaça à vida, mas pode necessitar de
internação .

Mecanismo de ação:

A anfetamina e maioria dos seu derivados exerce seus efeitos por


elevarem agudamente a quantidade de dopamina, noradrenalina e
serotonina na fenda sináptica, aumentando a neurotransmissão
monoaminérgica.

O aumento da dopamina no sistema mesolímbico, possivelmente, é


a origem das bases farmacológicas das propriedades reforçadoras do uso .
Um dos mecanismo do aumento desses neurotransmissores é a inibição da
recaptação, principalmente da dopamina.

A anfetamina e seus derivados funcionam como falsos substratos


para esses transportadores que acabam por não carrear o verdadeiro
substrato (dopamina, noradrenalina e serotonina), aumentando a
concentração destes na fenda.

Ainda inibem a MAO e agem liberando o neurotransmissor das


vesículas armazenadas. Por aumentarem a neurotransmissão tanto a nível
central como periférica , produzem aumento da freqüência cardíaca,
pressão arterial, respiração, temperatura e causam broncodilatação.

2. Discutir Tratamento:

A) Objetivos do tratamento:

1.Manter em abstinência da droga

2.Tratar intoxicação

3.Prevenir recaídas

4.Envolvimento familiar para transformá-los em aliados terapêuticos,


especialmente com adolescentes.

B)Na dependência química é sempre importante investigar:

1.Substância utilizada

2.Padrão de uso

3.Complicações decorrentes do uso

4.Ultimo consumo

5.Complicações em abstinência anteriores

6.Comorbidades clínicas ou psiquiátricas

7.Uso de medicação clínica ou psiquiátrica

8.Investigar através de exame toxicológico

C) Manejo do tratamento:
1.Tratamento é psicoterápico

2.Participação em grupos de auto-ajuda (12 passos)

3.Envolvimento da família- aliados terapêuticos

4.Não há padrão de uso de psicofármaco (neuroléptico se sintomas psic

5.Tratar comorbidades

3. Políticas públicas:

O Ministério da Saúde tem investido em construção de Centro de


Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPS) além de investimento
na abertura de leitos em hospitais gerais para internação de
dependência química. Mas no Brasil e em especial no DIstrito Federal
o atendimento é precário, com apenas 2 CAPS funcionando e 01 em
implementação. Os Hospitais gerais não tem estrutura para o
atendimento nem equipe treinada.

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