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MUNDO JURÍDICO

artigo de Ana Cristina Lima e Silva

A relevância da análise acerca da classificação dos atos processuais no


Direito Brasileiro

ANA CRISTINA LIMA E SILVA


Advogada pós-graduanda em Direito Processual Civil pela Universidade
Estadual do Ceará.

Sumário: 1. A Importância da Temática Atos Processuais; 2.


Classificação dos Atos Processuais; 3. A Classificação adotada pelo
Ordenamento Jurídico Nacional; 4 Conclusão. Referências
Bibliográficas.

1. A Importância da Temática ‘Atos Processuais’.

Para realizar um estudo mais preciso a respeito da matéria, faz-se mister


remontar a conceitos fundamentais da Teoria Geral do Direito e Teoria Geral do
Processo, procurando em conceitos basilares uma melhor compreensão da
relevância do assunto a ser agora debatido e estudado.

Como assevera Carnelutti1, o Processo surge da pretensão resistida entre


sujeitos de um determinado grupo, de onde advém a lide, que passa a reclamar
uma demanda a ser provida pelo Estado, detentor do monopólio da jurisdição e
do conseqüente poder de dirimir o litígio e restabelecer a paz social. Nesse azo
surge a Ação, que repercutirá no mundo fático através do Processo que resulta
da combinação e complementação de dois elementos: a relação processual e o
procedimento. O primeiro mostra-se complexo, compondo-se de posições
jurídicas ativas e passivas que interagem e se sucedem desde o início até o
término do processo, ocorrendo, pois, uma sucessão de atos concatenados para a
obtenção do fim processual. Isto caracteriza o seu aspecto progressivo, que é
ocasionado por eventos que têm a eficácia de constituir, modificar ou extinguir
situações jurídicas processuais, que se chamam Fatos Processuais. O segundo
elemento apenas diz respeito à movimentação, andamento ou rito processual.

Visto que é a concatenação desses atos que integra todo o processo, cabe
1 CARNELUTTI, Francesco. “Instituições do Processo Civil”. Vol. I. São Paulo: Classic Book, 2000.

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deduzir-se que este é uma espécie do gênero ato jurídico, além de justificar sua
interpendência na ligação entre eles, tendo em vista seu objetivo final.

Assim como o Ato é uma espécie de Fato, da mesma maneira o Ato


Jurídico é uma espécie de Fato Jurídico. Entretanto, quando a mudança de uma
relação jurídica depende do juízo do homem, eis que surge o Ato Processual.

Observe-se que, seguindo essa linha, o Fato Jurídico é gênero do qual o


Fato Jurídico Processual é espécie. No entanto, este difere do Ato Processual,
que não se subsume a um acontecimento, mas compõe-se de toda a conduta de
sujeitos do processo que tenha por efeito a criação, a modificação ou extinção de
situações jurídicas processuais.

Por conseguinte, Ato Jurídico Processual define-se como acontecimento


previsto numa ou mais normas processuais como capaz de produzir o
nascimento, a conservação, a modificação, a transferência ou a extinção da
relação jurídica processual (nisto reside sua especialidade) emanados das partes,
dos agentes da jurisdição ou mesmo de terceiros ligados ao processo. Tem-se
como exemplo de ato processual o oferecimento de denúncia ou queixa (no
processo penal) ou a petição inicial (no processo civil); como exemplo de Fato
Processual: decurso de um prazo e o falecimento de uma das partes, tanto na
esfera penal como na civil.

A par dessas sucintas elucidações, depreende-se que a Processualidade do


ato não se deve ao seu cumprimento no processo, mas a seu valor para o
processo.2

Por fim, destaque-se que o estudo do processo prioriza esclarecer ao


operador do Direito a maneira mais prática e lídima para seu desenvolvimento.
Levando isso em consideração, torna-se mais compreensível a importância
preponderante que tem o conhecimento dos Atos Processuais sobre a dos outros
atos e fatos nesse sentido.

Ademais, ainda que os atos processuais somente constituam uma parte


menor da imensa área dos atos jurídicos, também fazem parte de uma massa que
não poderia ser conhecida se não se procedesse à sua classificação, partindo daí
para um melhor conhecimento de sua regulação e conseqüentes efeitos.

A abordagem que se segue prioriza o estudo da Classificação dos Atos


Processuais na esfera cível, sem olvidar, porém, de sua importância e aplicação
na jurisdição penal.

2 Opus Cit.Pág. 468


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artigo de Ana Cristina Lima e Silva

2. Classificação dos Atos Processuais.

De antemão deve-se frisar que há inúmeros critérios de classificação para


esses atos, onde cada doutrinador apresenta um esquema peculiar para tal
desiderato, não raro usando esquemas minuciosos, completos, mas
excessivamente complexos, sendo de se duvidar de sua real praticidade e
didática.

Nessa concisa exposição optou-se por estudar e analisar o critério adotado


pelo Código de Processo Civil brasileiro e o que apregoam os principais mestres
nesse tocante.

A primeira análise a ser feita será a Classificação tendo em vista a


vontade das partes na produção dos efeitos jurídicos, como leciona o
professor José de Albuquerque Rocha3. De acordo com o douto cearense, os
Atos Processuais se dividiriam em:

2.1. Atos Processuais Objetivos, pois são aqueles cujos efeitos jurídicos
não derivam diretamente da vontade do agente, mas da lei. Subclassificam-se
em:

2.1.1. Atos Processuais Objetivos de Origem Natural quando decorrentes


de eventos naturais que se sobrepujam à força humana, como ocorre no caso de
haver uma inundação que estrague os autos processuais e inviabilize a realização
de audiências. Aqui expressamente se confundiria o ato e fato refletido no
processo.

2.1.2. Atos Processuais Objetivos de Origem Humana surgem quando


realizados pelo ser humano, onde a vontade do ato se dirige apenas à prática do
ato e não de seus efeitos. Exemplificando, o professor Rocha4 cita que a
obrigação de pagar tributos nasce da lei, porém, a vontade humana se dirige
apenas à prática do ato, não aos seus efeitos. Ou seja, a lei não leva em conta a
volição do agente para produzir seus efeitos.

2.2. Atos Processuais Subjetivos passam a existir quando seus efeitos


jurídicos derivam diretamente da vontade humana, compondo o exercício do
poder jurídico concebido ao indivíduo para criar conseqüências jurídicas. Daqui
surge no Direito Privado o princípio da Autonomia da Vontade, onde o poder

3 ROCHA, José de Albuquerque. “Teoria Geral do Processo”. 3ª edição. São Paulo: Malheiros, 1996.
4 Opus Cit. Pág. 253.

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concedido aos indivíduos, concernente à sua vontade, pode gerar conseqüências
no âmbito jurídico. Os atos jurídicos subjetivos também são chamados de
Negócios Jurídicos e estão definidos no art. 81 do Código Civil.

Ocorre que, quando se ventila a possibilidade de aplicação análoga do


chamado Negócio Jurídico Processual, vislumbra-se forte tendência doutrinária
a negar-lhe existência, pois, alega-se, que a vontade dos sujeitos processuais não
determina os efeitos dos atos que praticam. Apesar de constituirem atos
voluntários, o sujeito processual limita-se a escolher entre praticar ou não o ato
descrito na lei, não havendo margem de discricionariedade na escolha dos
efeitos do ato.

De acordo ainda com o mestre Rocha, a lei não leva em conta a vontade do
agente para a produção de seus efeitos, onde essa não relevância mostra-se
fundamental apenas quanto ao problema de sua anulação pelos chamados vícios
de vontade como no erro, dolo, coação, etc. Logo, da natureza objetiva dos Atos
Processuais decorreria também a inexistência de negócios jurídicos processuais,
isto é, a vontade das partes não poderia interferir no desenvolvimento do
processo, na forma de seus atos, nos prazos e assim por diante.

Para Humberto Theodoro Jr. 5, não há muita utilidade em distinguir atos e


negócios processuais, podendo ambos resumir-se num só conceito: ato jurídico
processual.

Deve-se mencionar ainda a prática classificação desses atos quanto à


soma de atividades múltiplas, abordada pela insigne Ada Pellegrini6 através de
duas formas, consoante se destaca:

2.3. Atos Processuais Simples constituem a grande maioria dos atos do


processo, praticamente se exaurindo em uma só conduta, como a demanda
inicial e citação.

2.4. Atos Processuais Complexos que se apresentam como um


conglomerado de vários atos unidos pela contemporaneidade e finalidade
comum, como o caso das audiências e sessões, contrapondo-se aos atos simples.

3. A Classificação adotada pelo Ordenamento Jurídico Nacional

5 THEODORO JÚNIOR, Humberto, “Curso de Direito Processual Civil – Vol. I”, 26ª edição. Rio de Janeiro:
Revista Forense, 1999.
6 GRINOVER, Ada Pellegrini. “Teoria Geral do Processo”, 14ª edição. São Paulo: Malheiros, 1998.
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artigo de Ana Cristina Lima e Silva

O Código Buzaid optou por adotar a chamada Classificação Subjetiva dos


Atos Processuais ou Classificação tendo em vista os Sujeitos do Processo,
que se encontra patente em seus art. 158 a 1717.

Todavia, mesmo a classificação adotada pela lei tem-se mostrado


incompleta, pois, como bem arremata Theodoro Jr, citando Frederico Marques,
“para um estudo geral dos atos processuais é suficiente a divisão em atos do
juiz e atos das partes”, pois “os atos que os auxiliares do juízo e terceiros
praticam no processo ainda não foram devidamente sistematizados. Os estudos
a eles referentes ainda se limitam à exposição dos atos mais importantes
individualmente, sem que ainda se tenha formulado algo definitivo no plano
geral e abstrato dos princípios”.8

Discorrendo ainda sobre a forma de classificar tais atos, o Professor


Theodoro Jr continua por categoriza-los conforme abaixo se afigura.

Os Atos do Órgão Jurisdicional se perfazem através de:

3.1. Despachos que constituem atos pelos quais o órgão jurisdicional


impulsiona o processo, mas sem interferir diretamente no exame de seu mérito
ou causa;

3.2. Decisões já que são deliberações do órgão jurisdicional sobre as


questões processuais ou de mérito. Podem se apresentar ainda sob a forma de:

3.2.1. Decisões Interlocutórias, do latim inter locutus. São decisões


tomadas no curso do processo, tendo por objeto uma questão processual em
sentido amplo, abrangendo os pressupostos processuais e as condições da ação.
Podem apreciar questão incidental do processo ou simplesmente trazer
limitações para a marcha deste;

3.2.2. Decisões Finais ou Sentenças que se apresentam como deliberações


do órgão jurisdicional que põem fim ao processo. Em 2º grau são chamadas de
acórdãos. Conforme seu conteúdo e efeitos podem apresentar-se como:

3.2.2.1.Decisões Finais ou Sentenças de Mérito quando decidem a


respeito do pedido do autor. Subclassificam-se quanto aos efeitos que produzem
em: a) Declaratórias - porque simplesmente declaram a existência ou
inexistência de uma relação jurídica incerta e controvertida, ou sobre um fato
7 BRASIL, Código de Processo Civil e Legislação Processual em vigor/ organização, seleção e notas Theotônio
Negrão – 26 ed. – São Paulo: Saraiva.
8 Theodoro Júnior, apud Frederico Marques, Instituições de Direito Processual Civil, ed. 1958, v. II, nº 424, pág.
312.

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jurídico relevante; b) Condenatórias - haja vista que, além de declararem
situação jurídica entre as partes, condenam o réu a uma determinada conduta em
proveito do autor. Tem como efeito específico servir de título para a execução
da prestação a que o réu foi condenado e, por último; c) Constitutivas - pois
criam, modificam ou extinguem situação jurídica;

3.2.2.2. Sentença ou Decisão final de Não-Mérito quando, apesar de não


decidir acerca do pedido do autor, põe fim ao processo. Também é chamada de
sentença terminativa por extinguir o processo sem julgamento do mérito quando
se observar a carência da ação ou dos pressupostos processuais (art. 276, CPC).

Ambos os professores José de Albuquerque Rocha9 como Humberto


Theodoro Júnior10 consideram que, nesta classificação, o órgão jurisdicional
também realiza outras atividades no processo que não se enquadram bem nesse
tipo de categorização. Por exemplo, atos de ouvida das partes, oitiva de
testemunhas, peritos, providências materiais, rubrica de folhas de autos, etc não
teriam como se enquadrar adequadamente aqui.

Outrossim, para sanar essa lacuna deixada pela lei, outros autores, como a
célebre Ada Pellegrini Grinover11, subdividiram os atos dos órgãos judiciários
em Atos Processuais do Juiz (Atos Judiciais) e Atos dos Auxiliares da Justiça.

Os primeiros (Atos Judiciais), encontram-se descritos nos art. 162 a 165,


CPC, distinguindo-se em duas categorias: 1) Provimentos e 2) Atos Materiais ou
Reais.

Os Provimentos compõem-se de pronunciamentos judiciais no processo,


quer solucionando questões, quer tomando providências. São identificados no
art. 162, CPC quanto aos “atos do juiz”. Dessa forma, podem se subdividir em
Provimentos Finais quando põem fim ao processo, impedindo que o juiz volte
a exercer jurisdição ali referente à causa, podendo ocorrer ou não julgamento do
mérito e; Provimentos Interlocutórios quando pronunciados no processo sem,
contudo, pôr um fim ao mesmo, visto que podem tanto apreciar uma questão
incidental ou simplesmente dar continuidade à marcha processual.

Os Atos Materiais ou Reais não possuem qualquer caráter de resolução ou


decisão. Isto posto, não se submetem a recurso, pois são conhecidos também
como despachos de mero expediente.

A cooperação entre os auxiliares da Justiça, como o escrivão ou chefe de


9 Opus Cit. Pág. 256.

10. Opus Cit. Pág 220.


11 Opus Cit. Pág. 332
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secretaria no processo, nos termos dos art. 166 a 171, CPC, se perfaz através
dos: 1) Atos de Movimentação que são realizado pelo escrivão e seus
funcionários, permitem o simples encaminhamento processual como a conclusão
dos autos ao juiz, a vista às partes, a expedição de mandados e ofícios, etc; 2)
Atos de Documentação que também são realizados pelo escrivão e seus
funcionários, registram os atos processuais por escrito e tanto os inserem nos
autos como servem para atender aos requerimentos (de cunho administrativo)
das partes nesses sentido, tais como a feitura do termo de audiência, o
lançamento e entrega de certidões etc. e; 3) Atos de Execução normalmente
efetuados pelo oficial de justiça, são realizados fora dos auditórios e cartórios
em cumprimento a mandado judicial, como a busca e apreensão, intimação,
notificação, penhora, e assim por diante.

Como dito anteriormente, a classificação oficial adotada pelo Código


Adjetivo Civil não restou completa, sobejando ainda alguns atos realizados
pelos auxiliares da justiça e ainda os executados por terceiros ao processo, como
testemunhas e peritos. Desta feita, a exposição acima delineada detém caráter
meramente didático-doutrinário, não constando expressa caracterização na letra
da lei.

Prossegue o CPC a bosquejar sua Classificação Subjetiva dividindo os atos


processuais ainda em:

3.2. Atos das partes, que se encontram nos art. 158 a 161, CPC,
relacionando-se, como o próprio nome dá a entender, com a manifestação de
vontade das partes constantes no trinômio processual. Estes, por sua vez,
subdividem-se em:

3.2.1. Atos Postulatórios ou Atos de Petição onde autor e réu pleiteiam


algum provimento jurisdicional, apresentando-se por meio do pedido (res in
judicium deducta, quando seu objeto é a decisão de mérito) e/ou do
requerimento (judicium, quando referente ao processo);

3.2.2. Atos Persuasórios ou Instrutórios uma vez que as partes procuram


convencer o julgador através de argumentação, citações doutrinárias e
jurisprudenciais a reconhecer seu pedido formulado ou defesa;

3.2.3. Atos Dispositivos ou Atos de Causação em que as partes regulam


através de sua vontade alguns aspectos do processo expressamente previstos em
lei, pois nestes o autor ou o réu abre mão em prejuízo próprio, de determinada
posição jurídica processual ativa, ou mesmo da própria tutela jurisdicional.
Tanto abrange comportamentos comissivos como omissos. Faz-se mister

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destacar a polêmica em torno desse tipo de ato, pois alguns doutrinadores o
caracterizam como autêntico negócio jurídico processual unilateral, concordante
ou contratual. De acordo com a subdivisão desse tipo de atos pode-se observar
mais claramente o porquê de alguns defenderem essa posição, como se afigura
logo abaixo:

a) Atos de Submissão quando se submete expressa ou implicitamente à


orientação imprimida pelo outro litigante. Ocorre sua forma expressa
quando o réu reconhece a procedência do pedido elaborado pelo autor
(art. 269, II, CPC). Já a submissão implícita se perfaz quando o
Demandado, em ato omissivo, deixa de contestar a ação e permite que a
revelia produza seus plenos efeitos (art. 319, CPC);

b) Atos de Desistência se caracterizam quando há efetiva desistência ou


renúncia ao direito postulado no processo, tanto por parte do demandado
quanto do demandante. São atos unilaterais referindo-se a questões de
direito material (art. 269, V, CPC) e processual (art. 267, III, CPC);

c) Atos de Transação são atos bilaterais que se manifestam sob a forma de


avenças ou acordos processuais entre as partes. Tanto podem se referir ao
mérito da causa como se relacionar com questões meramente
processuais.Convém citar como exemplo dos que influem no meritum
causae, como a autocomposição da lide a conciliação (art. 449, CPC) e as
que não exercem nenhuma influência na mesma, tal qual a convenção
para se adiar uma audiência (art.453, I, CPC).

Ressalte-se, todavia, que tal disposição nem sempre é possível. Inclusive, a


regra é a indisponibilidade dos atos processuais principalmente para o Ministério
Público, tanto no processo penal como no civil. Em suma, pode-se verificar que
normalmente se restringe a disponibilidade em razão de prevalência de interesse
de ordem pública ou por incapacidade da parte.

3.3. Os litigantes em juízo podem exercer ainda os chamados Atos


Materiais ou Atos de Afirmação que consistem em condutas das partes que a
lei leva em conta na sua materialidade, manifestando-se re non verbis, como
ocorre no pagamento de custas e comparecimento físico às audiências. Não têm
qualquer caráter de resolução ou determinação, mesmo que realizados pelo
magistrado. Note-se que quando efetivados pelo juiz, os atos materiais se
dividem nas seguintes espécies:

3.3.1. Atos Instrutórios quando o juiz realiza inspeção em pessoas ou


coisas, ouvindo alegações dos procuradores das partes, etc.;
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3.3.2. Atos de Documentação como rubricar folhas dos autos referentes a


seus despachos ou sentenças.

4. Conclusão

Ao lume do que foi abordado nesta modesta exposição, depreende-se que


para haver um melhor entendimento do conteúdo e conseqüentes efeitos dos
Atos Jurídicos dentro e fora do processo, torna-se imperioso estudar o conteúdo
e a respectiva classificação dos Atos Processuais, que nada mais são do que
espécies do gênero Ato Jurídico.

Desta feita, não se deve descuidar do estudo da classificação desses atos por
talvez considerá-la uma matéria entediante ou de somenos importância, uma vez
que nem mesmo a própria doutrina é uníssona ao estudá-la e nem a legislação
foi capaz de exaurir todos os seus aspectos dado sua complexidade e riqueza de
classificação.

O assunto deve ser bem conhecido para que se proceda ao devido


acompanhamento processual, pois se sabe que, a título de ilustração, pequenas
pedrinhas ao chão podem derrubar um gigante. Analogamente, o vício, defeito
ou nulidade encontrada pela inobservância do regramento, processamento ou
rito de determinados atos jurídicos processuais poderia ensejar a completa
nulidade de todos os outros atos precedentes e o conseqüente fim da ação, que
restaria sem alcançar ainda o seu desiderato – o fim do conflito de interesses.

Referências Bibliográficas

BRASIL, Código de Processo Civil e Legislação Processual em vigor/


organização, seleção e notas Theotônio Negrão – 26 ed. – São Paulo: Saraiva.

CARNELUTTI, Francesco. “Instituições do Processo Civil”. Vol. I. São Paulo:


Classic Book, 2000.

GRINOVER, Ada Pellegrini. “Teoria Geral do Processo”, 14ª edição. São


Paulo: Malheiros, 1998.

ROCHA, José de Albuquerque. “Teoria Geral do Processo”. 3ª edição. São


Paulo: Malheiros, 1996.

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THEODORO JÚNIOR, Humberto, “Curso de Direito Processual Civil – Vol. I”,
26ª edição. Rio de Janeiro: Revista Forense, 1999.

Artigo publicado no Mundo Jurídico (www.mundojuridico.adv.br) em 10.05.2003

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