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MUNICÍPIO DE ILHABELA
PRODUTO 4
Maio/2011
SECRETARIA DE SANEAMENTO E
RECURSOS HÍDRICOS
Cliente:
0872.RT.13.S.3904 00 Maio/2011
1 SUMÁRIO
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3 1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 3
4 2. INSTITUCIONALIZAÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS RELATIVAS AO
5 PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇOS ............................ 4
6 3. MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL SOBRE A POLÍTICA DE SANEAMENTO .... 12
7 4. ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS AGENTES MUNICIPAIS, ESTADUAIS E
8 FEDERAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES PROGRAMADAS .................... 14
9 5. CONJUNTO DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS E ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE . 16
10 5.1. OBJETIVOS E METAS DO PLANO ....................................................................... 16
11 5.2. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO16
12 5.2.1. Sistema de Abastecimento de Água .......................................................... 17
13 OBRAS, INTERVENÇÕES E ESTIMATIVA DE CUSTOS ............................................... 17
14 PROGRAMAS E AÇÕES ................................................................................................ 17
15 5.2.2. Sistema de Esgotamento Sanitário............................................................ 18
16 As obras e intervenções propostas para os sistemas de esgotamento sanitário e os
17 custos estimados são apresentados a seguir: ........................................................ 18
18 5.2.3. Analise de Sustentabilidade Econômica Financeira ................................ 20
19 5.3. RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................ 29
20 5.3.1 Soluções Propostas e Custos Estimados ................................................ 30
21 5.3.2. Análise de Sustentabilidade Econômica Financeira ................................ 30
22 5.4. DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ............................... 34
23 5.4.1. Análise de Sustentabilidade Econômica Financeira ................................ 35
24 5.5. ANÁLISE CONJUNTA DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA FINANCEIRA ..... 39
25 6. FONTES DE FINANCIAMENTO ..................................................................................... 41
26 6.1. TARIFAS, TAXAS, PREÇOS PÚBLICOS, TRANSFERÊNCIAS E SUBISÍDIOS .... 41
27 6.2. RECURSOS DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO ................. 44
28 6.3. ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO – OGU ............................................................. 47
29 6.4. BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL48
30 6.5. FUNDO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS – FEHIDRO.............................. 50
31 6.6. OUTRAS FONTES ................................................................................................. 51
32 7. RECOMENDAÇÕES PARA OS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO ................ 52
33 8. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS ............... 55
34 9. PLANO DE AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................................... 68
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45 1. APRESENTAÇÃO
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À exceção de São José dos Campos, onde a Prefeitura elaborou o seu próprio plano, sem a necessidade
do apoio técnico da Secretaria de Saneamento do Governo do Estado de São Paulo.
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66 Observações Gerais
74 Serviços públicos podem ser prestados por organizações do próprio Estado ou por
75 empresas privadas. A proeminência de uma ou outra forma de prestação dos serviços
76 depende de fatores que são variáveis no tempo e da tradição institucional de cada país
77 ou região. Circunscrevendo a observação a boa parte do século XX, é perfeitamente
78 possível afirmar certa predominância de organizações públicas na provisão de serviços
79 de saneamento - água e esgotos, sobretudo -, mesmo naqueles países conhecidos por
80 sua tradição econômica liberal. Neste sentido, um caso clássico é a Inglaterra. Na
81 França, entretanto, onde a tradição da intervenção estatal na economia sempre foi
82 maior, as empresas privadas foram e ainda são dominantes. Já nos Estados Unidos,
83 onde a tradição liberal é sabidamente intensa e arraigada, persistem hoje, embora
84 menos intensamente que no passado, as organizações públicas como prestadoras dos
85 serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário2.
86 Nestes três países, por sua vez, ao longo de várias décadas, a moldura institucional do
87 setor de saneamento se assemelhava. Os serviços, assim como os de drenagem e de
88 resíduos sólidos, eram compreendidos como de interesse local. Antes de tudo, esta
89 característica guardava relação com a relevância do próprio poder local -
90 municipalidades, condados, distritos -, embora esta fosse mais intensa, por exemplo,
91 nos Estados Unidos, de constituição federalista, que na França, onde o Estado é
92 unitário e o poder sempre foi mais centralizado. Mas a proeminência local também se
93 devia à própria característica física dos serviços. Embora em todos estes países um
94 sensível e generalizado processo de urbanização já vigorasse desde o século XIX,
95 ainda era possível, de maneira geral, na primeira metade do século passado, atender
96 as demandas de abastecimento de água ou de destinação final de resíduos sólidos nos
97 limites do perímetro municipal - mesmo naquelas aglomerações que caminhavam para
98 as dimensões de metrópoles. O controle da poluição, durante grande parte deste
99 período, não constituía exatamente uma questão de primeiríssima ordem. Os cursos
100 d‟água que atravessavam as áreas urbanas eram muito poluídos, e a providência
2
A prestação dos serviços relacionados a resíduos sólidos domiciliares também vem sendo efetuada por
organizações públicas ou por empresas privadas. A participação privada tem crescido sensivelmente,
mais ainda no que se refere à instalação e operação de sítios de tratamento e destinação final. A coleta
dos resíduos não constitui, em geral, objeto de concessão, mas de licitação para contratação do serviço.
Quanto aos serviços de drenagem, excetuados aqueles que apresentam impacto regional, têm caráter
local e pertencem à esfera de atuação das administrações municipais.
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101 maior, desde a segunda metade do século XIX - época em que ficaram mais claras as
102 relações de causalidade entre doenças como a cólera e a poluição hídrica - foi o
103 afastamento, dos mananciais ou dos trechos de rios que se apresentavam
104 evidentemente poluídos, das captações de água utilizadas para o abastecimento
105 público.
106 A natureza mais local dos serviços implica, por evidente, uma escala menor. Tome-se o
107 exemplo do setor de energia elétrica que, em todos os lugares, nasceu também como
108 uma atividade local, evoluindo, posteriormente, para empreendimentos cada vez
109 maiores e de alcance regional. A prestação dos serviços tende a se organizar de forma
110 adequada a esta escala: para serviços nacionais ou regionais, organizações de porte
111 grande, capazes de mobilizar recursos financeiros de longa maturação, recursos
112 tecnológicos de ponta e expertise técnica; para serviços circunscritos, organizações
113 menores, com menor densidade tecnológica e pessoal técnico para o qual as
114 exigências de conhecimento especializado são relativamente menores. Registre-se que
115 não se trata de uma regra absoluta, conforme o demonstra novamente o caso francês –
116 mas onde a escala dos empreendedores foi possibilitada pela detenção de um
117 somatório expressivo de concessões de serviços de ordem local -, e sim de uma forte
118 tendência geral.
119 Nos últimos trinta anos, contudo, houve como um novo ciclo da história e as condições
120 e o entendimento relacionados à prestação dos serviços também mudaram.
121 Um primeiro fator de mudança foi a ascensão da agenda ambiental ao primeiro plano
122 das preocupações públicas, pioneiramente nos países de economia mais desenvolvida.
123 Há vários motivos a considerar neste caso. As aglomerações urbanas cresceram muito,
124 ou demasiadamente; a sua expansão levou a que cidades, antes próximas umas das
125 outras, simplesmente se justapusessem, ou se conurbassem. Mas grandes
126 aglomerações trazem consigo uma produção muito maior de dejetos, i.é., para o que
127 nos interessa mais diretamente, esgotos e resíduos sólidos. No caso dos esgotos, a
128 quantidade maior ultrapassou em muito, onde isto já não havia ocorrido de forma clara
129 anteriormente, a capacidade de auto-depuração dos corpos d‟água receptores. Mais,
130 tornou-se um incômodo além do suportável. Lembre-se que as cidades maiores dos
131 países de economia avançada desenvolveram sistemas públicos indispensáveis à sua
132 funcionalidade, quase invariavelmente de boa qualidade e sofisticados: transportes,
133 vias públicas, energia e iluminação pública, lazer, etc. Além disso, a constituição do
134 que se qualificou de estado de bem estar social (“welfare state”) equacionou, pelo
135 menos desde o final da depressão dos anos 1930 até a década de 1970, problemas
136 sociais básicos, como os de emprego/desemprego, saúde e educação, dentre outros.
137 Na outra ponta, mas igualmente parte constitutiva deste processo virtuoso, o
138 crescimento contínuo das rendas familiares resolveu, em larga medida, um problema
139 antes crítico, o da habitação.
142 pode-se dizer, tendo por referência o ano de 1960, que as cidades desenvolvidas
143 tinham equacionado a maior parte de seus problemas estruturais mais graves. Assim,
144 era como se chegasse a „hora‟ - não sem descaminhos, conflitos e tensões anteriores -
145 de enfrentar e controlar a poluição ambiental.
146 Houve outro fator a interferir na organização da prestação dos serviços de saneamento
147 e nas formas de exercer sobre ele algum tipo de controle social. No caso, tratou-se de
148 um fenômeno mais abrangente, vinculado à própria crise do sistema do “welfare state”,
149 cujos primeiros indícios surgiram durante a década de 1970. Sumariamente, isto
150 significava a impressão, ou o fato, de uma sobrecarga das responsabilidades estatais
151 quanto à sociedade e à economia, com conseqüências fiscais que pareciam estar a
152 frente da capacidade de pagamento da própria sociedade. Naquela ocasião, os
153 mercados internacionais de bens de consumo começaram a ser grandemente
154 ampliados, os fluxos de capitais foram rapidamente desregulamentados, mudaram
155 aceleradamente os padrões tecnológicos (em especial com o desenvolvimento da
156 informática) e alargaram-se os níveis de competição por mercados. Mesmo países
157 desenvolvidos tiveram de lidar, simultaneamente, com a sua sobrecarga fiscal e de
158 funções e a busca de maior competitividade econômica em um mercado cada vez mais
159 globalizado. Parte da resposta encontrada foi a onda de privatizações de serviços de
160 concessão pública, que se alastrou da Europa para outros países, incluindo aqueles
161 que se encontravam em níveis de desenvolvimento menos pronunciados. Esta onda
162 teve dimensões tão relevantes que obrigou a um reposicionamento das funções de
163 planejamento, operação e regulamentação (mais modernamente, já com outra
164 roupagem, regulação) da prestação dos serviços. Na doutrina moderna, recomendou-
165 se a separação destas funções, sendo a solução ideal, para aqueles que estavam no
166 comando das idéias das mudanças, o exercício de cada uma delas por um organismo
167 responsável diferente. Assim, o planejamento permaneceria sob o domínio direto do
168 Estado; a operação dos serviços poderia ser, ou preferencialmente deveria ser,
169 concedida mediante contrato específico a uma empresa privada. Esta deteria, também
170 idealmente, duas vantagens sobre a operação conduzida por organismo público. Por
171 um lado, desobrigaria o Estado, em condições fiscais de exaustão, de responsabilidade
172 sobre os investimentos necessários à expansão quantitativa e qualitativa dos serviços;
173 por outro, permitiria a operação em regime de maior eficiência, com menores custos e
174 conseqüentes ganhos para os usuários dos serviços. Finalmente, a regulação, quase
175 um neologismo do período, seria desempenhado, também idealmente, por um
176 organismo de natureza pública, mas dotado de mandato e independente do ponto de
177 vista administrativo e financeiro.
178 Esta virada de ciclo foi acompanhada por um “desencantamento” do próprio Estado.
179 Após décadas de crescimento econômico e de estruturação cada vez mais avançada
180 do “welfare state”, ao soar das trombetas da primeira crise, formou-se uma convicção
181 provavelmente predominante da relativa incompetência do Estado para a gestão de
Resolvidos os problemas básicos de sobrevivência - comer, vestir e morar -, sobe-se para o degrau
seguinte, por exemplo, aquele da educação, da saúde e de um nível mínimo de lazer, e assim por diante.
Em 1960, todo um imenso conjunto de problemas básicos das cidades desenvolvidas parecia ter sido
solucionado.
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182 boa parte das responsabilidades por ele exercidas durante o período anterior. Dito de
183 outra forma, a responsabilidade estatal diretamente exercida sobre um serviço não
184 mais era vista como garantia de que o interesse público estivesse preservado. No
185 mínimo, o Estado passou a ser identificado como um provedor de serviços como outro
186 qualquer. Neste caso, o que importava não era mais quem era o operador, mas quem
187 poderia se encarregar da operação com a melhor eficiência e qualidade. O setor de
188 saneamento não escapou a esta “virada de idéias”; nele, porém, os efeitos da „virada
189 histórica‟ foram algo atenuados. Primeiro, porque a sua institucionalidade apresentava
190 maior poder inercial, uma vez que, de forma diversa quanto a setores como os de
191 telecomunicações e de energia elétrica, a sua vinculação com a saúde pública
192 permaneceu inquestionável; em segundo lugar, porque o setor em muitos países não
193 estava organizado em mercados de escala que atraíssem imediatamente os grandes
194 conglomerados privados.
195 No mundo das economias desenvolvidas - utilizando mais uma vez o exemplo dos três
196 países comentados -, a questão ambiental e o novo liberalismo levaram a efeitos
197 heterogêneos. Na França, a prestação dos serviços de água e esgotos era e continuou
198 sendo de natureza local; os prestadores de serviços, de capital privado, assim
199 permaneceram. Assim, não se pode dizer que ocorreram alterações expressivas nas
200 últimas duas décadas. Nos Estados Unidos, houve ampliação da participação privada,
201 mas sem modificações institucionais relevantes. Em ambos os casos, França e
202 Estados Unidos, os investimentos em grandes estruturas de controle da poluição
203 ambiental contaram com pelo menos dois aspectos impulsionadores: o aporte de
204 recursos de ordem fiscal para apoio às obras (mais especialmente nos Estados Unidos)
205 e o tamanho do próprio mercado. Na França, apesar da miríade de pequenas
206 localidades, e de sistemas de saneamento igualmente locais, as empresas de
207 saneamento privadas tinham a seu favor as rendas médias elevadas e um somatório
208 de localidades pequenas, médias e grandes a operar, compondo um mercado total de
209 grandes dimensões e, caso singular francês, protegido não de direito, mas de fato, da
210 concorrência externa.
224 Quanto aos serviços de resíduos sólidos, de maneira geral, tenderam, como tendem
225 ainda, à regionalização para a finalidade de destinação final. A expansão das cidades e
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Em 1969, o governo do Estado já reunira, na autarquia denominada SBS – Saneamento da Baixada
Santista, os vários serviços de saneamento existentes no litoral.
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264 Observe-se que desde a década de 1950 o Brasil passava por uma grande
265 transformação, com um crescimento exponencial da sua população urbana. Em 1960,
266 quando do primeiro censo demográfico do IBGE onde foram apurados os números de
267 atendimento com serviços de saneamento, as taxas de cobertura observadas eram
268 reduzidas - não mais de 42% da população das cidades brasileiras tinham acesso a
269 sistemas de abastecimento público. Durante os anos 60, mantidas taxas muito
270 elevadas de crescimento populacional, a perspectiva de cobertura dos serviços tendia
271 pelo menos a uma piora absoluta, senão também proporcional, dos contingentes
272 populacionais urbanos sem atendimento com abastecimento de água 5. Este fenômeno
273 urbano esteve na raiz da criação do PLANASA.
274 O novo sistema criado pelo governo federal permitiu uma contínua elevação dos níveis
275 de atendimento a partir da década de 1970. Hoje, o déficit de serviços de água está
276 concentrado, em números absolutos, em cidades de pequeno porte, com dez mil
277 habitantes e menos. A coleta de esgotos, embora ainda deficiente, cresceu muito nas
278 últimas duas décadas e, em período mais recente, têm sido grandes os esforços de
279 investimentos em sistemas de tratamento de esgotos. Embora haja uma série de riscos
280 colocados ao fornecimento e à expansão em regime continuado dos serviços, a
281 preocupação da agenda pública, hoje, está cada vez mais concentrada na
282 universalização da prestação dos serviços e, mais especificamente, na questão
283 ambiental, isto é, na despoluição dos corpos hídricos - represas e cursos d‟água. Trata-
284 se, ao fim e ao cabo, de um período de 50 anos onde as demandas e os esforços de
285 atendimento se concentraram de forma dramática, numa sucessão e superposição de
286 etapas históricas que, em países de economia mais avançada, desenvolveram-se em
287 período mais extenso e com o beneplácito de condições mais favoráveis e estáveis de
288 recursos.
302 de atuação é, ainda hoje, relativamente marginal; a maior parte das companhias
303 estaduais, algumas bastante revigoradas, outras em situação menos favorável, seguiu
304 em operação; subsiste um grande número de municípios operando seus próprios
305 serviços.
306 Entretanto, a vaga de mudanças não deixou de trazer impactos ao setor - embora
307 tardios, se tomarmos em conta os setores onde as concessões privadas se firmaram.
308 Inicialmente, é necessário considerar os termos das leis federais n.º 8.987/1995, que
309 estabelece o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, e
310 n.º 11.107/2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios. No
311 primeiro documento legal mencionado, questões contratuais, de regulação e de
312 controle social são abordadas de uma forma que ultrapassa a disposições
313 características do PLANASA, onde os contratos de concessão mostravam-se
314 unilaterais, na forma de uma cessão dos serviços sem a conservação de diretos por
315 parte do poder concedente municipal. Mais recentemente, e após um processo de
316 discussão bastante longo, foi aprovada uma nova legislação incidente sobre o setor,
317 então incluindo as ações relacionadas a resíduos sólidos e drenagem urbana (Lei
318 Federal n.º 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
319 básico). A nova lei firma que a concessão prossegue dependendo de celebração de
320 contrato. Todavia, a legitimidade dos contratos requer condições, como a existência de
321 plano de saneamento básico do poder concedente, de estudos confirmando a
322 viabilidade do contrato concedido e de normas de regulação, a aderência dos planos
323 de investimentos e de projetos técnicos ao plano de saneamento, a fixação de metas
324 de atendimento, o regime e os níveis de tarifa a serem praticadas. Trata-se, assim, de
325 um contrato moderno, que busca o equilíbrio entre as partes, concedente e
326 concessionário. A lei também trata com detalhe da função de regulação, em seu artigo
327 12.º e no Capítulo V, onde se afirma a “independência decisória, incluindo autonomia
328 administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora” (artigo 21.º, inciso I).
341 Esta modernidade institucional é, entretanto, uma face do universo do setor; há uma
342 série de questões que permanece desafiadora. Um exemplo é a transferência de
343 recursos gerados em áreas rentáveis para a viabilização de empreendimentos em
344 localidades que não oferecem retorno mínimo ao investimento e aos custos da
345 operação. As possibilidades antes oferecidas pelo PLANASA ficaram grandemente
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353 Outro componente de risco é o ambiente de regulação que envolve o setor, e que se
354 estende além do papel da agência reguladora propriamente dita ou dos organismos
355 ambientais, abrangendo o poder judiciário, que ocasiona demandas próprias, não
356 necessariamente revelando afinidade com a capacidade de investimento das
357 operadoras. Nestas condições, a concessão de máxima prioridade, por estas, à
358 contenção de custos e à operação em regime de eficiência é imperativa, pelo mérito
359 próprio da política e também para maior segurança na travessia de um novo ciclo
360 histórico do setor que, conservando elementos do passado, ou do PLANASA, mostra
361 mudanças inovações e avanços, mas também incertezas.
362 Por outro lado, o setor de resíduos sólidos, apesar da nova lei federal (Lei Federal n.º
363 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos), continua entendido
364 como assunto de interesse local – embora o seja cada vez menos -, sem que disponha
365 de linhas regulares de financiamento. A ação de controle ambiental tem levado, no
366 Estado de São Paulo, a uma situação, quanto à destinação final de resíduos, bastante
367 diversa daquela observada uma década atrás. Com a interdição de sítios de disposição
368 fora de padrões técnicos aceitáveis, municípios de várias regiões do Estado têm
369 transferido, com custos consideráveis, os seus resíduos para aterros sanitários
370 regionais, nos quais a gestão e o investimento privados pontificam. Casos desta
371 natureza também são observados tanto na bacia hidrográfica do Paraíba do Sul quanto
372 nas bacias hidrográficas do Litoral Norte e da Mantiqueira.
373 Quanto ao setor ou sub-setor de drenagem, trata-se daquele que permaneceu mais
374 distante de inovações institucionais. Assim, continua a ser de domínio local,
375 ressalvados os casos de grandes intervenções de ordem mais regional. Para obras de
376 sistemas de microdrenagem, os municípios dispõem de linhas de financiamento menos
377 vultosas e menos accessíveis, não obstante o fato de que, tendo em conta a
378 necessidade de um extenso e longo trabalho para a despoluição dos cursos d‟água
379 urbanos, a interação entre sistemas de coleta de esgotos e de drenagem seja muito
380 mais intensa que a estimada em projetos.
381
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No entanto, os impactos da poluição ambiental, com o grande crescimento das áreas metropolitanas e
urbanas, se tornaram maiores; ademais, em elevadíssimo número de casos, ultrapassam o estrito limite
local - o tema adquire amplitude regional, adentrando o perímetro das bacias hidrográficas.
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396 No entanto, nas últimas três ou quatro décadas, uma idéia adjunta à formulação
397 original sobreveio, qual seja o interesse pela adoção de mecanismos adicionais de
398 acompanhamento e controle de questões de interesse público, em especial aquelas
399 cuja responsabilidade é enfeixada pelo poder executivo. O exemplo mais saliente desta
400 idéia é a criação de conselhos, reunindo geralmente representantes do poder a ser
401 monitorado e representantes de organizações sociais, eleitos ou indicados de formas
402 as mais diversas.
403 São várias as razões para esta nova criação democrática. Primeiro, surge novamente o
404 „desencantamento‟ do Estado, mencionado no item anterior. Este desencantamento,
405 por sua vez, guarda alguma relação com as dimensões que o próprio Estado assumiu,
406 após décadas de crescimento de suas funções. Seu agigantamento tornou-o,
407 naturalmente, de controle mais difícil, como se fosse uma enorme e complexa
408 organização cujos tentáculos se estendem longe demais, fora do alcance de
409 instrumentos mais efetivos de monitoramento. Mas há o “desencantamento” puro e
410 simples, originário de uma desconfiança sobre a aplicação dos recursos públicos, que
411 contesta o Estado como depositário incontrastável da razão e do comportamento
412 racional e, eventualmente, mistura suspeitas de baixa competência e qualidade ética.
413 Outro fator é o próprio crescimento urbano, onde a impessoalidade (não a
414 impessoalidade que se relaciona à igualdade perante as leis, aos deveres e aos
415 direitos, que tem aspecto positivo, mas a que se expressa como „coisificação‟, ou
416 aguda desproporção entre o grande poder do Estado ou de uma corporação privada e
417 o indivíduo isolado e desprovido faticamente de meios e de direitos, ainda que a lei os
418 garanta) se afirma como a regra cada vez predominante de relação entre poder público
419 e cidadãos ou entre produtor e usuários
420 Como resultado, por toda parte apareceram conselhos, mais recentemente conselhos
421 institucionalizados, exatamente como sugerido na Lei Federal, reunindo representantes
422 do executivo e da denominada sociedade civil. Os conselhos não substituem os velhos
423 poderes legislativo e judiciário. Não costumam ser deliberativos - raramente o são,
424 aliás. Porém, representam, na prática, um fórum para a prestação de contas e, assim,
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425 um fator de ampliação da transparência das políticas públicas. Controle social, nesta
426 acepção, é isso, este chamado à sociedade, para que avance além do mecanismo do
427 voto e das eleições majoritárias e proporcionais. Assim, poderia ser definido como “o
428 conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações,
429 representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de
430 planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos...”7.
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Conforme o Inciso XVII, artigo 6.º, da Lei Complementar n.º 357/2008, que instituiu o Plano
Municipal de Saneamento Básico do município de São José dos Campos.
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472 O elemento de indução forçada não necessariamente está excluído de cogitação, mas
473 sua possibilidade liga-se à existência de recursos financeiros que podem ser
474 repassados mediante o atendimento de algumas condicionalidades. É novamente o
475 exemplo do Sistema Único de Saúde, que tem diretrizes e procedimentos fixados pela
476 União - mais precisamente, por lei federal - que devem ser cumpridos como condição à
477 própria transferência dos recursos. Outro exemplo é o da própria utilização de recursos
478 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS durante a longa fase mais rígida
479 de procedimentos adotados na implementação do Plano Nacional de Saneamento -
480 PLANASA. Na mesma linha, considerando hipoteticamente necessidades atuais do
481 setor de saneamento, o Estado poderia agir pró-ativamente, com recursos, no estímulo
482 a soluções regionais consorciadas para a destinação de resíduos sólidos, com
483 viabilização de aterros ou outras soluções tecnológicas cuja localização permita
484 equilibrar os custos de tratamento e transporte dos volumes coletados.
485 Entretanto, imposições por conta de transferência de recursos devem ser sempre
486 decididas com algum grau de cautela. Casos cujo exame pode ser reveladores das
487 vicissitudes constitucionais são os de municípios que não cobram pela prestação de
488 serviços de abastecimento de água, de coleta de esgotos e/ou de serviços de limpeza
489 urbana. Em tese, se os municípios cumprem razoavelmente bem as suas funções
490 públicas, comparativamente aos demais da mesma região, não há razão imperativa
491 que, em troca de repasse de recursos não onerosos do governo do estado ou da
492 União, esta singular política local tenha de ser alterada. A alteração se justifica se,
493 claramente, a reivindicação destes municípios por recursos assumir aspectos
494 quantitativos maiores por uma evidente incapacidade de alocar contrapartida local,
495 novamente em comparação com os municípios vizinhos ou próximos.
496 Por outro lado, a água é um recurso escasso e a poluição hídrica, um fato relevante.
497 Estes aspectos rompem os limites da circunscrição municipal e assumem contornos
498 regionais. Assim, Planos Regionais de Saneamento e Planos de Bacias Hidrográficas,
499 embora não abriguem metas e procedimentos que possam ser, todos eles,
500 incontrastavelmente qualificados como vinculatórios, constituem instrumentos de
501 interesse público e a garantia de seus objetivos pode se sobrepor a visões
502 excessivamente localistas. A oposição caracterizada, o repasse de recursos pode ser
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RECURSOS HÍDRICOS
503 utilizado como indutor de mudanças da política local e de garantia de diretrizes e metas
504 regionais8. Dificilmente a legitimidade de um ato deste tipo seria contestada.
505 Estas definições e condições implicam que uma política estadual deve, provavelmente,
506 se valer de uma combinação razoável de cooperação e pressão. Vale a observação de
507 que, apesar do quadro institucional complexo e fragmentado, e do aporte de recursos
508 nem sempre em qualidade e em montante adequados, nos últimos dez-quinze anos
509 houve avanços importantes nos serviços de abastecimento de água, esgotamento
510 sanitário e resíduos sólidos no Estado de São Paulo - em drenagem, a evolução é de
511 mais difícil mensuração. Sistemas de abastecimento tiveram a sua abrangência
512 ampliada, os níveis de atendimento com redes coletoras de esgoto se elevaram, foram
513 efetuados grandes investimentos em tratamento de esgotos e, apesar de todas as
514 dificuldades, os municípios mantiveram a boa cobertura com a coleta de lixo e, além
515 disso, desenvolveram enorme esforço para destinar os resíduos coletados a sítios
516 aprovados pelo órgão de controle ambiental, ainda que a longas distâncias de seus
517 territórios urbanos.
518 Avanços na política estadual – por cooperação e por indução - reforçariam a tendência
519 de aproximação cada vez maior da oferta de serviços ao nível da demanda. Assim, os
520 planos regionais de saneamento - pelos diagnósticos, proposições e quantificações dos
521 recursos necessários - fazem parte destas definições em direção a um quadro
522 institucional mais satisfatório, ainda que sempre complexo. Além disso, são mais um
523 passo rumo à expectativa de uma intervenção planejada e mais ativa por parte do
524 Governo do Estado no setor, intervenção indispensável à própria meta de
525 universalização dos serviços. Um aspecto de uma política organizada e encorpada
526 seria a administração de banco de dados - parceiro do SNIS (Sistema Nacional de
527 Informações de Saneamento) -, com a avaliação de desempenho de operadores dos
528 serviços. Embora a análise comparativa de indicadores de atividades como os de água
529 e esgotos não seja uma tarefa trivial - por questões de mercado, de fisiografia, de
530 organização urbana, de rendas familiares médias, de confiabilidade da apuração, etc. -,
531 a publicidade dos dados (“yardstick competition”), revestida dos cuidados técnicos
532 adequados, é essencial à busca de eficiência maior na prestação dos serviços.
533
8
É o caso da utilização de recursos do FEHIDRO e do Programa Água Limpa.
15
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RECURSOS HÍDRICOS
542 Este instrumental consiste no conjunto de ações estruturais e não estruturais a serem
543 implementadas, sua cronologia com custos estimados, indicação de possíveis fontes
544 de financiamentos, sugestão de indicadores para avaliação da eficácia das ações
545 sugeridas, orientação para a tomada de decisões em situações de contingências e/ou
546 emergências, indicação das condições a serem consideradas em contratos de
547 programa/ concessões/ atuação de órgãos de regulação e fiscalização da prestação
548 dos serviços.
552 Dentro deste contexto é que se apresentam as propostas sugeridas, para cada um dos
553 segmentos do saneamento básico, com a análise da sustentabilidade respectiva.
556 Com base na situação atual e nas características das unidades dos sistemas de
557 abastecimento de água e esgotamento sanitário existentes, e na avaliação da
558 suficiência desses sistemas frente às demandas de água e vazões de esgoto de final
559 de plano, procedeu-se à proposição de alternativas visando assegurar a
560 universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, com
561 as respectivas estimativas de custos.
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TOTAL R$ 23.077.000,00
590 Prever ainda interligações setoriais para situações emergenciais, as quais deverão ser
591 mantidas normalmente fechadas e rigorosamente monitoradas para evitar o
592 desequilíbrio do sistema de distribuição.
599 ii) implementação e manutenção de cadastro comercial atualizado com registro das
600 ligações e suas características, principalmente no tocante aos hidrômetros
601 instalados (marca, número, capacidade e data de instalação);
602 iii) monitoramento e registro das pressões de trabalho das redes de distribuição
603 através de equipe de pitometria;
609 vi) confronto sistemático dos consumos micromedidos e dos volumes registrados
610 pelos macromedidores correspondentes ao mesmo período entre leituras dos
611 hidrômetros, resultando relatório gerencial com apontamento dos setores/áreas
612 mais problemáticos e com maiores índices de perdas;
613 vii) execução de pesquisa de vazamentos não visíveis nas áreas mais problemáticas
614 apontadas;
615 viii) estudo de avaliação das perdas aparentes (fraudes, ligações clandestinas, falha
616 na hidrometração ou na leitura, etc) em função dos resultados das ações
617 anteriores;
622 xii) treinamento das equipes operacionais, particularmente das equipes de leitura e
623 de troca e manutenção de hidrômetros.
628
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RECURSOS HÍDRICOS
629
643 Compreende a atividade de limpeza sistemática ou periódica das redes coletoras com
644 vistas a evitar entupimentos e danos ao sistema de coleta. Oferece paralelamente a
645 oportunidade de detecção de eventuais problemas de ruptura da tubulação por
646 enroscamento do equipamento de limpeza ou por vazão a jusante inferior à injetada
647 para a limpeza.
653
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655 Introdução
661 Para a elaboração desta tarefa necessita-se do levantamento de dados atuais, sobre a
662 prestação dos serviços, do ponto de vista físico e financeiro, a fim de definir parâmetros
663 e premissas para as projeções das Despesas de Exploração.
670 Cabe destacar que existe uma razoável defasagem temporal na publicação dos dados
671 aventados de, aproximadamente, dois anos.
676 Os valores numéricos dos parâmetros e premissas utilizados para a projeção do Fluxo
677 de Caixa Descontado são apresentados na Tabela a seguir, com uma descrição
678 sucinta para cada item.
679
20
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RECURSOS HÍDRICOS
680
681 Destaca-se, inicialmente, que os dados monetários, do ano de 2008, foram atualizados,
682 para preços médios de 2010, utilizando-se como deflator, para inflacionar os preços, a
683 variação do IPCA do IBGE, cuja variação do período girou em torno de 10,2%.
685 A taxa de desconto é utilizada para uniformizar a série de dados monetários e físicos a
686 Valor Presente Líquido. Normalmente se utiliza a taxa que remunera o capital investido,
687 admitido um determinado grau de risco, representando esta, o custo de oportunidade
688 dos recursos financeiros. Para o setor existem evidências que tal taxa varie entre 10 a
689 12%, ao ano. Escolheu-se para este trabalho a taxa de 12%.
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701 Para a projeção das receitas indiretas, oriundas de serviços prestados pela
702 Concessionária, que não sejam tarifários, utilizou uma relação que mede a participação
703 dessas receitas na receita tarifária direta do fornecimento de água e do esgotamento
704 sanitário. A relação foi mantida constante ao longo do horizonte de projeção.
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730 Este coeficiente foi utilizado para transformar os volumes consumidos e coletados em
731 volumes faturáveis, para efeito de projeção das receitas operacionais diretas dos
732 serviços de abastecimento de água. Para o faturamento dos serviços de esgotamento
733 sanitário foi mantido o mesmo consumo de água, projetado.
735 Indicador de controle que testemunha os dados físicos utilizados, como ponto de
736 partida, em relação aos dados físicos que estão sendo utilizados nas projeções.
742 O Imposto de renda é obtido após a apuração do lucro oriundo da prestação dos
743 serviços, em cujo processo se inclui, além das despesas de exploração, projetadas
744 conforme critérios explicitados nos itens anteriores, as despesas de juros dos
745 empréstimos e a depreciação do imobilizado em operação, as amortizações de
746 despesas e as provisões para devedores duvidosos.
763 No entanto a sustentabilidade total estará garantida se este excedente for suficiente
764 para suportar os investimentos necessários, para a universalização dos serviços, o que
765 é verificado quando se deduz da GIRF os valores do plano de investimentos.
767 A demanda e oferta física futura foram projetadas pela equipe de engenharia conforme critérios
768 explicitados no Produto P3, cujo resumo consta da tabela a abaixo.
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774 Estes resultados, de acordo com as premissas adotadas, demonstram que a prestação
775 dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, no município,
776 analisados isoladamente, não apresenta sustentabilidade financeira operacional própria
777 e, portanto, não gera recursos financeiros adicionais próprios para alavancar, parcial ou
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778 totalmente, os investimentos necessários, para a ampliação e/ou melhoria dos sistemas
779 de abastecimento de água e de esgotamento sanitário..
780 Plano de Investimentos
781 Os investimentos, emergencial, de curto, médio e longo prazo, necessários para implementar a
782 expansão e/ou ampliação da oferta/demanda, pelos serviços de abastecimento de água e
783 esgotamento sanitário, foram obtidos junto à Sabesp de forma global. A distribuição no tempo
784 foi elaborada pela equipe técnica de engenharia. O Plano de investimentos consta da tabela
785 abaixo:
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário
Plano de investimentos - R$ mil
Município: Ilhabela
Sistema de Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário Bens
Descrição U. Total
Em. Prod. Res. Rede Lig. Per. Out. S. T. Em. Lig. Rede Afast. Trat. Out. S. T. G.
2011 - 54 1.016 160 1.230 1.377 351 - 1.728 59 3.018
2012 - 56 1.064 168 1.288 1.587 366 6.603 4.375 12.931 284 14.503
2013 - 58 1.099 174 1.330 1.794 378 - 2.173 70 3.573
2014 - 59 1.133 179 1.371 2.017 392 4.375 6.785 163 8.319
2015 - 60 1.111 176 1.346 1.745 394 - 2.140 70 3.556
2016 15.400 57 1.111 175 16.742 1.745 372 4.375 6.492 465 23.699
2017 - - - - - - - - - - -
2018 - - - - - - - 4.375 4.375 88 4.463
2019 - - - - - - - - - - -
2020 - - - - - - - - - - -
2021 - - - - - - - - - - -
2022 - - - - - - - - - - -
2023 - - - - - - - - - - -
2024 - - - - - - - - - - -
2025 - - - - - - - - - - -
2026 - - - - - - - - - - -
2027 - - - - - - - - - - -
2028 - - - - - - - - - - -
2029 - - - - - - - - - - -
2030 800 - - - 800 - - - - 16 816
2031 - - - - - - - - - - -
2032 - - - - - - - - - - -
2033 - - - - - - - - - - -
2034 - - - - - - - - - - -
2035 - - - - - - - - - - -
2036 - - - - - - - - - - -
2037 - - - - - - - - - - -
2038 - - - - - - - - - - -
2039 - - - - - - - - - - -
2040 - - - - - - - - - - -
VPL - 8.831 - 263 4.984 787 14.865 - 7.760 1.720 5.896 11.482 - 26.857 834 42.557
Obs:- Em.=Emergencial; Prod.=Produção; Res.=Reservação; Lig.=Ligação;Per.=Perdas; Out.=Outros; S.T.=Sub Total; Afast.=Afastamento;
Trat.=Tratamento; U.G.=Uso Geral
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786 Imputou a título de investimento, em Bens de Uso Geral, 2% dos investimentos anuais
787 em redes e ligações de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e para o
788 controle de perdas 15% dos investimentos em redes e ligações de água, a partir de
789 2015, até o ano de saturação em 25%..
797 A Tabela a seguir mostra um FCD Líquido negativo, em R$ 87,2 milhões, a valor
798 presente, de acordo com dados utilizados e as premissas adotadas, demonstrando que
799 as ações, para universalizar a prestação dos serviços, no município, não possuem
800 sustentabilidade financeira global.
801
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802
804 Para verificar a consistência das projeções e fornecer uma base para o monitoramento
805 das ações futuras elaborou-se um conjunto de indicadores, oriundos das projeções,
806 conforme Tabela, a seguir.
807
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808
815 Conclusão
816 Toda projeção deve ser encarada como uma referência orientadora das ações futuras,
817 as quais devem estar apoiadas nas premissas adotadas e nas melhorias propostas aos
818 custos definidos.
819 Dentro deste conjunto imaginado, com base na realidade atual, as evidencias
820 demonstram que a prestação dos serviços, no município de Ilha Bela, em busca a
821 universalização, não apresenta sustentabilidade financeira operacional e global.
823 Este item apresenta a síntese das soluções propostas para o Sistema de Limpeza
824 Pública do município de Ilhabela. As soluções foram formuladas e pré-selecionadas a
825 partir de critérios técnicos e econômico-financeiros, conforme apresentado no Produto
826 3.
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830 - ações não estruturais: quando se referem a apenas adequações e/ou alterações nas
831 atividades de gestão e planejamento.
834 Introdução
835 O tema Resíduos Sólidos, em toda sua abrangência, vem assumindo importância
836 crescente dentre as demandas da sociedade brasileira e das comunidades locais já
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837 que, quando mal gerenciados, podem provocar efeitos danosos sobre o meio ambiente
838 e a saúde pública, pela contaminação das vias aquáticas e obstrução do caminho das
839 águas, contribuindo para as inundações.
840 Além disso, existe uma parcela razoável da população que vive da coleta de materiais
841 recicláveis, principalmente em lixões das comunidades urbanas brasileiras, servindo de
842 pano de fundo para o aparecimento de problemas sociais graves.
843 Dada a interligação destes problemas com a questão da oferta de água, que vem se
844 tornando escassa face à explosão populacional concentrada em centros urbanos, a
845 legislação recente, consubstanciada na lei 11445/2007, incorpora os resíduos sólidos,
846 bem como a drenagem urbana, no âmbito do Saneamento Básico, juntamente com o
847 abastecimento de água e de esgotamento sanitário, cujas políticas públicas sobre o
848 assunto devem ser desenvolvidas de forma integrada.
855 A lei acima citada indica também as maneiras de cobrar dos munícipes pela prestação
856 dos serviços que, em geral, deve ser na forma de taxas e/ou tributos específicos.
857 Como os Resíduos Sólidos foram sempre um custo assumido pela sociedade na forma
858 de poluição, poucas informações existem para embasar um sistema de planejamento
859 consistente, principalmente pela forma de cobrança mediante a distribuição dos custos
860 entre os munícipes, separando a parte efetivamente de sua responsabilidade, daquela
861 difusa pertencente a todos, e daí extrair os elementos para análise da sustentabilidade
862 financeira da prestação dos serviços.
868 Para efeito de planejamento das ações, o tema Resíduos Sólidos (RS) foi dividido, do
869 ponto de vista técnico, em vários segmentos de acordo com a coleta e respectiva
870 destinação. Desse modo, têm-se os Resíduos Sólidos Domiciliares, Inertes, de Saúde
871 e os oriundos da varrição de ruas e limpeza de jardins e podas de árvores. Cada qual
872 determina uma forma de coleta e uma destinação final em aterros sanitários ou
873 reaproveitamento.
31
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913
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914
916
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929 Com base nos parâmetros e premissas adotados, as ações para o equacionamento da
930 sustentabilidade financeira dos resíduos sólidos no município não exigirão, em linhas
931 gerais, uma cobrança adicional por habitante, pois as despesas orçamentárias
932 atualmente incorridas, bem como as possíveis receitas provenientes dos
933 reaproveitamentos, cobrem os custos operacionais e de investimentos futuros.
934 Com relação aos custos de investimento, por ser um desembolso pontual, existe a
935 necessidade, do ponto de vista de fluxo de caixa, de buscar uma antecipação dos
936 referidos através de empréstimos e financiamentos no mercado financeiro nacional
937 e/ou de dotação fiscal.
938 Com relação aos custos médios por tonelada de produto, estes devem ser analisados
939 em cada categoria, com a finalidade de fixar um preço de referência para o mercado.
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944
ILHABELA
Gerais e Intervenções Localizadas
Cadastro das Estruturas hectare 3.000,00 757 2.270.161,50
BACIA DO CÓRREGO PAQUERA CEGO - Elaboração de
estudo considerando: vazões com Tr de 50 anos e Maré com
permanência de 98%; vazões com Tr de 100 anos sem o
efeito de maré; base topográfica detalhada (escala 1:2.000 ou
mais precisa); amplitude e freqüência de marés, com nível
referenciado ao local das intervenções; efeitos meteorológicos GLOBAL 800.000,00 1 800.000,00
sobre a maré (ruído meteorológico); estudo de alternativas
que envolvam bacias de detenção, diques para áreas baixas e
o uso de comportas e a possibilidade de desocupação e
criação de áreas de risco de inundação, no caso de glebas
com ocupação irregular
Sub Total R$
= 3.070.161,50
Implantação de estruturas para coleta e transporte das
contribuições pluviais
Projetos de microdrenagem GLOBAL 10.000,00 1 10.000,00
Implantação de estruturas para coleta e transporte das
contribuições pluviais ao longo da parte baixa da Avenida área (ha) 90.000,00 3 270.000,00
Pedro de Paula Moraes (Cenário 1 - baixa declividade)
Aumento da capacidade de escoamento da vala existente no
bairro Barra Velha, bem como a ampliação da travessia sob a GLOBAL 80.000,00 1 80.000,00
Rua Antônio Carlos Aires da Fé
Sub Total R$
= 360.000,00
R$
Total =
3.430.161,50
945
947 Introdução
948 Dentro do novo marco institucional definido pela lei 11445/2007, os serviços de drenagem,
949 abrangendo os aspectos micro e macro, juntamente com o Abastecimento de Água, Esgotamento
950 Sanitário e Resíduos Sólidos, fazem parte de um contexto maior caracterizado como Saneamento
951 Básico, cuja titularidade pertence ao município, que deve administrá-los direta e/ou indiretamente por
952 meio de concessões ou permissões.
953 A referida lei define que a prestação dos serviços deve ser sustentável financeiramente, ou seja, deve
954 ser fixada uma cobrança de taxa que cubra todos os custos de implantação, operação e manutenção
955 dos equipamentos de controle de cheias, em regime de eficiência.
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956 Considerando que o adequado manejo das águas pluviais urbanas beneficia um conjunto difuso de
957 pessoas, e que não existe um direcionador de benefícios que possa identificá-las e/ou quantificá-las,
958 torna-se difícil particularizar a cobrança por grupo de munícipes.
959 Desse modo, a lei explicita que para o caso dos serviços de drenagem seja estabelecida uma taxa ou
960 tributo que garanta a sustentação financeira da prestação dos serviços, a ser cobrada da
961 municipalidade em geral, sem perder de vista as restrições econômicas e sociais inerentes.
962 Para estabelecer um parâmetro de referência objetivando determinar o impacto dos serviços de
963 drenagem, considerando as medidas estruturais e não estruturais, o presente estudo procura
964 determinar o Custo Médio Incremental de Longo Prazo, a ser imputado a cada pessoa residente no
965 município.
977
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978
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
Sistema de Drenagem
Município: Ilha Bela
Custos - R$
Investimentos
Descrição População
Operacionais Cadastro Microdrenagem Macrodrenagem Total Geral
Total
Estruturas Est/Projetos Obras Sub total Est/Projetos Obras Sub total
Tx.Desconto 12%
FRC 0,12414
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981 Para o adequado manejo das águas pluviais urbanas, o município deverá, de acordo
982 como as premissas e parâmetros adotados, mobilizar, nos próximos trinta anos, o valor
983 de R$ 10,1 milhões, a valor presente.
991 A viabilidade desta cobrança passa pela capacidade de pagamento dos munícipes e por um
992 arranjo político institucional que estabeleça um sistema de subsídios, definindo qual parcela
993 deve ser imputada diretamente ao munícipe residente, e qual deve ser custeada pela
994 arrecadação geral do município.
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Município Ilhabela
A equacionar
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1006 Para prestar os serviços de Manejo dos Resíduos Sólidos e implementação das
1007 estruturas de Drenagem, o município deve equacionar, nos próximos trinta anos, em
1008 torno de R$ 8,3 milhões adicionais, a valor presente, o que significa incrementar as
1009 receitas atuais em 0,012 %, via criação de uma taxa, tributo ou transferências de outras
1010 esferas governamentais, no contexto de um sistema de subsídios.
1011
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1017 Existem, também, outras fontes externas de recursos de terceiros, representadas pelas
1018 agências multilaterais de crédito, tais como: o BIRD (Banco Mundial), BID e JBIC
1019 (Banco Japonês), os mais importantes, de acesso mais restrito aos agentes
1020 prestadores dos serviços.
1021 Porém, a fonte primária de recursos para o setor se constitui nas tarifas, taxas e preços
1022 públicos. Estes se constituem na principal fonte de canalização de recursos financeiros
1023 para a exploração dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,
1024 que, além de recuperar as despesas de exploração dos serviços, podem gerar um
1025 excedente que fornece a base de sustentação para alavancar investimentos, quer
1026 sejam com recursos próprios e/ou de terceiros.
1027 Nas demais vertentes do saneamento básico, representadas pelos resíduos sólidos e
1028 drenagem, que ainda funciona de forma incipiente no estado em termos de uma
1029 organização mais efetiva visando a melhoria do meio ambiente, deve predominar as
1030 taxas, impostos específicos ou gerais.
1031 Sobre a parcela dos serviços com possibilidades de individualização, coleta doméstica,
1032 hospitalar, industrial e inerte de resíduos, pode ser definido preço público/taxa/tarifa
1033 específico.
1034 Para a parcela difusa, como, por exemplo, a varrição, poda de árvores, limpeza de
1035 jardins e a drenagem, cuja particularização para um determinado munícipe é de difícil
1036 identificação, deve predominar o financiamento da prestação dos serviços mediante a
1037 cobrança de um tributo especifico e/ou geral.
1043 O sistema de tarifas, taxas e preços públicos são as fontes primárias para o
1044 financiamento das ações do Saneamento Básico. As tarifas, taxas e preços públicos
1045 devem, além de recuperar os custos operacionais, gerar um excedente para alavancar
1046 investimentos, quer sejam diretos (recursos próprios) e/ou com financiamentos, para
1047 compor a contrapartida de empréstimos e o posterior pagamento do serviço da dívida.
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1048 O sistema de tarifas, taxas e preços públicos tem sempre uma restrição básica na
1049 capacidade de pagamento da população e, além disso, por se tratar de um serviço
1050 essencial a ser estendido a todos os munícipes, deve-se contemplar algum nível de
1051 subsídio, os quais assumem três modalidades.
1052 Subsídios à oferta, no qual o poder público transfere recursos do orçamento fiscal para
1053 financiar a implantação, expansão ou ampliação dos sistemas de Saneamento Básico,
1054 indo até o financiamento de parte ou do total da operação e manutenção dos sistemas,
1055 onde existir baixa sustentabilidade financeira, o que ocorre, em geral, nos municípios
1056 de pequeno porte.
1057 Subsídios à demanda, através do qual o poder público transfere diretamente ao usuário
1058 parte ou toda a cobrança pelos serviços dirigidos a ele, de acordo com critérios de
1059 necessidade estabelecidos a priori. Este é pouco difundido no sistema brasileiro de
1060 financiamento do Saneamento Básico.
1061 Estas duas modalidades de subsídios provem do orçamento fiscal das unidades
1062 federadas e, portanto o financiamento do sistema depende de toda a sociedade que
1063 paga impostos.
1064 A outra modalidade são os subsídios cruzados onde os custos dos serviços são
1065 rateados entre os usuários do sistema de Saneamento Básico, em proporções
1066 diferentes, mediante critérios que reproduzam a diferenciação de renda da comunidade
1067 beneficiada. Esta modalidade é bastante utilizada no sistema tarifário dos serviços de
1068 abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mediante a classificação dos
1069 usuários em categorias e faixas de consumo.
1070 As diretrizes para a cobrança pelos serviços de Saneamento Básico estão definidas na
1071 lei 11445/07, cujos principais artigos estão listados a seguir:
1078 II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros
1079 preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas
1080 atividades;
1081 III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em
1082 conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.
1083 § 1º Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das
1084 tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observará as
1085 seguintes diretrizes:
42
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RECURSOS HÍDRICOS
1086 I -prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde pública;
1087 II - ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços;
1088 III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o
1089 cumprimento das metas e objetivos do serviço;
1094 VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis
1095 exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;
1100 Art. 30. Observado o disposto no art. 29 desta Lei, a estrutura de remuneração e
1101 cobrança dos serviços públicos de saneamento básico poderá levar em consideração
1102 os seguintes fatores:
43
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1120 III - internos a cada titular ou entre localidades, nas hipóteses de gestão associada e de
1121 prestação regional.
1122 Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza
1123 urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada
1124 destinação dos resíduos coletados e poderão considerar:
1126 II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas;
1127 III - o peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.
1128 Art. 36. A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo de águas
1129 pluviais urbanas deve levar em conta, em cada lote urbano, os percentuais de
1130 impermeabilização e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção de
1131 água de chuva, bem como poderá considerar:
1133 II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.
1147
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1148
1149 GRUPO 1
1154 GRUPO 2
1156 GRUPO 3
1160 GRUPO 4
1162 GRUPO 5
1168 c) Participantes
1175 d) Contrapartida
1180 Ao critério do Agente Financeiro poderá ser aceito como contrapartida recursos
1181 oriundos das seguintes fontes:
1187 Restrições:
1188 Não serão aceitos como contrapartida os recursos oriundos do Orçamento Geral da
1189 União (OGU) e de Organismos Multilaterais de Crédito, Nacionais e Internacionais.
Prazo de Prazo de
Tx.juros
Modalidades de Financiamentos Amortização Carência
% a. a.
(anos) (meses)
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1197 f) Encaminhamento
1203 a) Participantes
1204 Ministério das Cidades – planejar, regular e normatizar a aplicação dos recursos
1207 Para efeito de aplicação dos recursos do PAC2 o país foi dividido em grupos de acordo
1208 com a concentração da população em regiões metropolitanas e tamanho dos
1209 municípios em termos populacionais.
1213 Grupo 2 – Municípios com população entre 50 a 70 mil habitantes, nas regiões:
1214 Norte, Nordeste e Centro Oeste e Municípios com população entre 50 e 100 mil
1215 habitantes nas regiões Sul e Sudeste.
1218 b) Contrapartida
1222
47
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1223
Municípios 2 =0,5
20 > 0,8
20 > 0,8
1224 c) Encaminhamento
48
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1244 macrodrenagem.
1245 b) Participantes
1248 c) Contrapartida
1249 A participação máxima do BNDES nos itens financiáveis dos projetos é de 80%,
1250 podendo ser ampliada para 100% nos seguintes casos:
1251 o cliente que tenha arcado com os custos referentes à aquisição do terreno
1252 destinado ao referido projeto, 180 dias anteriores à data de protocolo da Consulta
1253 Prévia no BNDES; e
1254 esteja contemplada uma solução de tratamentos dos resíduos, como compostagem,
1255 "mass burning", aproveitamento energético, plantas de blendagem de resíduos,
1256 transformação de resíduos em matéria-prima, dentre outros.
1265 e) Encaminhamento
1284 b) Contrapartida
1285 Os recursos podem ser reembolsáveis e não reembolsáveis. Podem pleitear recursos
1286 reembolsáveis – Empresas de direito privado com fins lucrativos e usuários de recursos
1287 hídricos. Podem pleitear recursos não reembolsáveis – entidades de direito público,
1288 universidades e entidades privadas sem fins lucrativos.
Municípios
1291 TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) fixada pelo BACEN, acrescida de 1% a. a.
1292 para Pessoas Jurídicas de Direito Público da Administração Direta e Indireta
1293 TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) fixada pelo BACEN, acrescida de 2% a. a.
1294 para Concessionárias de Serviços Públicos e Pessoas Jurídicas de Direito Privado.
1296 Agente Técnico - até 500 mil UFESP‟s: 0,2% sobre o valor total e acima de 500 mil
1297 UFESP‟s, o valor de 1000 UFESP‟s. Após a contratação 1% sobre cada parcela
1298 liberada;
1303 d) Encaminhamento
1307 Além das fontes acima, tarifas, recursos do tesouro das entidades federadas e
1308 financiamentos nacionais, que são as mais visíveis, existem outras com maior
1309 dificuldade de acesso que são as seguintes:
1310 Mercado de Capitais através da venda de títulos da divida pública (debêntures) das
1311 empresas de direito privado, conversíveis ou não em ações e venda de ações no
1312 mercado. No caso a empresa deve ser uma S.A. e abrir o respectivo capital;
1319
51
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RECURSOS HÍDRICOS
1321 A UGRHI do Litoral Norte apresenta grande presença de população flutuante, com
1322 impactos relevantes na infra-estrutura de serviços públicos, que necessita ser
1323 dimensionada, tanto quanto possível, para as demandas de pico, substantivamente
1324 superiores às demandas da população efetivamente residente. Esta situação se agrava
1325 tanto pelo impacto absoluto maior da população flutuante quanto pela sua distribuição
1326 por uma faixa litorânea muito extensa, ocasionando custos ainda maiores de infra-
1327 estrutura pública (numerosos sistemas isolados de tratamento de água e de esgotos,
1328 grandes extensões percorridas para a coleta e a destinação final do lixo domiciliar).
1329 A Sabesp está presente na prestação dos serviços de todos os municípios do Litoral
1330 Norte Somadas as populações dos 4 (quatro) municípios, tem-se 282 mil habitantes,
1331 podendo atingir, em períodos de pico sazonal, 1,5 milhão de pessoas.
1332 De maneira geral, o atendimento nesta região com abastecimento de água é bastante
1333 abrangente. Os índices decaem quanto se trata da coleta de esgotos e, sobretudo, no
1334 caso do tratamento de esgotos.
1335 A destinação final dos resíduos sólidos domiciliares apresenta custos expressivos de
1336 transporte, pela utilização de sítios regionais, e aguarda solução regional para os 4
1337 (quatro) municípios. O setor de drenagem é aquele onde as formas institucionalizadas
1338 de planejamento e operação são as menos consistentes do ponto de vista institucional
1339 e técnico.
1367 Recomendações
9
Estas recomendações são aplicáveis sem restrições aos casos de municípios que deliberaram por
conceder à concessionária estadual a prestação dos serviços de saneamento. São também aplicáveis a
casos de concessão dos serviços a empresas privadas. Nem todos os itens são exatamente pertinentes a
serviços desempenhados pelas próprias administrações municipais.
10
O que incluiria as ações relacionadas à limpeza urbana.
53
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1416 No caso dos municípios que operam seus próprios serviços de saneamento, a
1417 recomendação de que haja uma regulação por parte da ARSESP naturalmente não é
1418 cabível, até porque não existe a figura do contrato de concessão e, portanto, da
1419 separação entre poder concedente e organização operadora. As demais sugestões
1420 são, entretanto, pertinentes para esta situação.
1425
54
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1449 Dda: domicílios com disponibilidade de rede de água, mas não ativos (un.)
1453
11
As dificuldades do SNIS – Sistema Nacional de Informações de Saneamento em obter os dados dos
operadores e as dificuldades adicionais de checagem da sua confiabilidade são um bom exemplo dos
desafios que envolvem a própria disseminação das práticas de cálculo dos indicadores.
55
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1454
1464 Avalia valores de perda de água por ramal de distribuição, expressa em L/Ramal*Dia.
1465 O período sugerido para apuração é mensal.
1473 Tem por objetivo mensurar a capacidade ociosa da Estação de Tratamento de Água, a
1474 ser avaliada anualmente.
1479
12
Esta portaria estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
56
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1480
1488 Dde: domicílios com disponibilidade do sistema, mas não ligados (un.)
1497 EaETE: economias residenciais ativas à ETE, ou seja, cujos esgotos recebem
1498 tratamento (un.)
1507 57
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1508
1513 Além disso, propõe-se que, ao invés de se usar média aritmética para o cálculo do Irs -
1514 Indicador de Resíduos Sólidos, seja promovida uma média ponderada dos indicadores,
1515 por meio de pesos atribuídos de acordo com a sua importância para a comunidade, a
1516 saúde pública e o meio ambiente.
1517 Para a ponderação, sugere-se que sejam levados em conta os seguintes pesos
1518 relativos a cada um dos indicadores que, através de seu somatório, totalizam 10.
1524 Isr - Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos RSD: p=1,0;
1528 Irs=(1,0*Ivm+1,5*Icr+1,0*Ics+1,0*Irr+2,0*Iqr+1,0*Isr+0,5*Iri+0,5*Idi+1,5*Ids)/10
1529 Caso, para este município, as informações necessárias para geração de quaisquer
1530 indicadores não estejam disponíveis, seu peso deve ser deduzido do total para efeito
1531 do cálculo do Irs.
1535 Este indicador quantifica as vias urbanas atendidas pelo serviço de varrição, tanto
1536 manual quanto mecanizada, onde houver, sendo calculado com base no seguinte
1537 critério:
58
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1538
1539 Em que:
1541 %Vm mín: % da km de varrição mínimo = 10% das vias urbanas pavimentadas
1544 %Vm atual: % de km de varrição praticado em relação ao total das vias urbanas
1545 pavimentadas
1547 Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta de resíduos sólidos
1548 domiciliares, sendo calculado com base no seguinte critério:
1549
1550 sendo:
1552 Duc = Total dos domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo
1555 Este indicador quantifica os domicílios atendidos por coleta seletiva de resíduos sólidos
1556 recicláveis, também denominada lixo seco, sendo calculado com base no seguinte
1557 critério:
1558
1559 Em que:
1561 %CS mín: % dos domicílios coletados mínimo = 0% dos domicílios municipais
1562 %CS Max: % dos domicílios coletados máximo = 100% dos domicílios municipais
59
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1563 %CS atual: % dos domicílios municipais coletados em relação ao total dos domicílios
1564 municipais
1570
1571 Em que:
1573 %rr mín: % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos sólidos
1574 gerados no município
1575 %rr máx: % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos
1576 sólidos gerados no município
1577 %rr atual: % dos resíduos reaproveitados em relação ao total dos resíduos sólidos
1578 gerados no município
IQR Enquadramento
0,0 a 6,0 Condições Inadequadas (I)
6,1 a 8,0 Condições Controladas (C)
8,1 a 10,0 Condições Adequadas (A)
1587 Importa, no caso, a pontuação do sítio de destinação final utilizado pelo município.
1588 Observe-se que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos através da Lei Federal nº
1589 12.305, de 02 de agosto de 2010, que passou a exigir que os rejeitos não
1590 reaproveitáveis dos resíduos sólidos urbanos sejam destinados unicamente a aterros
1591 sanitários.
1592
60
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1593
1598
1599 Em que:
1608
1611 %Ri mín: % dos resíduos reaproveitados mínimo = 0% do total de resíduos sólidos
1612 inertes gerados no município
1613 %Ri máx: % dos resíduos reaproveitados máximo = 60% do total de resíduos
1614 sólidos inertes gerados no município
61
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1615 %Ri atual: % dos resíduos inertes reaproveitados em relação ao total dos resíduos
1616 sólidos inertes gerados no município
1618 Este indicador possibilita avaliar as condições dos sistemas de disposição de resíduos
1619 sólidos inertes que, embora ofereça menores riscos do que os relativos à destinação
1620 dos RSD, se não forem bem operados podem gerar o assoreamento de drenagens e
1621 acabarem sendo, em muitos casos, responsáveis por inundações localizadas, sendo
1622 calculado com base no seguinte critério:
1623
1624 Em que:
Sem triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem inadequadas 0,00
superficial
Com triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem inadequadas 2,00
superficial
Com triagem prévia / com configuração topográfica / sem drenagem Controladas 4,00
superficial
Com triagem prévia / com configuração topográfica / com drenagem Controladas 6,00
superficial
1629 Caso o município troque de unidade e/ou procedimento ao longo do ano, seu IQI final
1630 será a média dos IQI‟s das unidades e/ou procedimentos utilizados, ponderada pelo
1631 número de meses em que ocorreu a efetiva destinação em cada um deles.
Sem triagem prévia / sem configuração topográfica / sem drenagem inadequadas 0,00
superficial
1633 Este indicador traduz as condições do manejo dos resíduos dos serviços de saúde,
1634 desde sua forma de estocagem para conviver com baixas frequências de coleta até o
1635 transporte, tratamento e disposição final dos rejeitos, sendo calculado com base no
1636 seguinte critério:
1637
1638 Em que:
Com baixa frequência e sem estocagem refrigerada / sem transporte Inadequadas 0,00
adequado / sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada
dos rejeitos tratados
Com baixa frequência e com estocagem refrigerada / sem transporte Inadequadas 2,00
adequado / sem tratamento licenciado / sem disposição final adequada
dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / sem transporte adequado / sem tratamento Controladas 4,00
licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / com transporte adequado / sem tratamento Controladas 6,00
licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / com transporte adequado / com tratamento Adequadas 8,00
licenciado / sem disposição final adequada dos rejeitos tratados
Com frequência adequada / com transporte adequado / com tratamento Adequadas 10,00
licenciado / com disposição final adequada dos rejeitos tratados
1642 Caso o município troque de procedimento/unidade ao longo do ano, o seu IQS final
1643 será a média dos IQS‟s dos procedimentos/unidades utilizados, ponderada pelo
1644 número de meses em que ocorreu o efetivo manejo em cada um deles.
1646 Conceitos
1647 Tomando-se como referência que o indicador deve englobar parâmetros mensuráveis,
1648 de fácil aquisição e disponibilidade, e ser aderente aos conceitos de drenagem, o
1649 primeiro aspecto será o da avaliação em separado dos subsistemas de micro e
1650 macrodrenagem, lembrando que o primeiro refere-se à drenagem de pavimentos que
1651 recebem as águas da chuva precipitada diretamente sobre ele e dos lotes adjacentes,
1652 e o segundo considera os sistemas naturais e artificiais que concentram os anteriores.
1653 Assim, pode-se dizer que a microdrenagem é uma estrutura direta e obrigatoriamente
1654 agregada ao serviço de pavimentação e deve sempre ser implantada em conjunto com
63
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RECURSOS HÍDRICOS
1669 Quanto aos critérios de avaliação dos serviços devem ser consideradas os aspectos:
1670 institucionalização, porte/cobertura do serviço, eficiência técnica e gestão. A seguir,
1671 explica-se cada uma delas:
MICRODRENAGEM MACRODRENAGEM
Existência de padronização para projeto Existência de plano diretor urbanístico com tópicos
viário e drenagem pluvial relativos à drenagem
Serviço de verificação e análise de projetos
Existência de plano diretor de drenagem urbana
de pavimentação e/ou loteamentos
Legislação específica de uso e ocupação do solo que
Estrutura de inspeção e manutenção da
trata de impermeabilização, medidas mitigadoras e
drenagem
compensatórias
Monitoramento de chuva Monitoramento de cursos d‟água (nível e vazão)
Registro de incidentes envolvendo
Registro de incidentes envolvendo a macrodrenagem
microdrenagem
1680 Este indicador pode, a princípio, ser admitido como „seco‟, isto é, a existência ou
1681 prática do quesito analisado implica na valoração do mesmo. Posteriormente, na
1682 medida em que o índice for aperfeiçoado, o mesmo pode ser transformado em métrico
1683 para considerar a qualidade do instrumento institucional adotado.
1684 64
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RECURSOS HÍDRICOS
1685
1687 Este critério considera o grau de abrangência relativo dos serviços de micro e
1688 macrodrenagem no município, de forma a indicar se o mesmo é universalizado. Para o
1689 caso da microdrenagem, representa a extensão de ruas que têm o serviço de
1690 condução de águas pluviais lançados sobre as mesmas de forma apropriada, através
1691 de guias, sarjetas, estruturas de captação e galerias, em relação à extensão total de
1692 ruas na área urbana.
1693 No subsistema de macrodrenagem, o porte do serviço pode ser determinado por meio
1694 da extensão dos elementos de macrodrenagem nos quais foram feitas intervenções em
1695 relação à malha hídrica do município (até terceira ordem). Por intervenções, entendem-
1696 se as galerias-tronco, que reúnem vários subsistemas de microdrenagem, e também os
1697 elementos de drenagem naturais, como os rios e córregos, nos quais foram feitos
1698 trabalhos de canalização, desassoreamento ou dragagem, retificação, revestimento
1699 das margens, regularização, delimitação das áreas de APP, remoção de ocupações
1700 irregulares nas várzeas etc.
1702 Este critério pretende captar o grau de atendimento técnico, isto é, se o serviço atende
1703 às expectativas quanto ao seu desempenho hidráulico em cada subsistema. A forma
1704 de avaliação deve considerar o número de incidentes ocorridos com os sistemas em
1705 relação ao número de dias chuvosos e à extensão dos mesmos.
1706 A consideração de um critério de área inundada também pode ser feita, em uma
1707 segunda etapa, quando estiverem disponíveis de forma ampla os cadastros eletrônicos
1708 municipais e os sistemas de informatização de dados.
1710 A gestão do serviço de drenagem urbana, tanto para micro como para macro, deve ser
1711 mensurada em função da relação entre as atividades de operação e manutenção dos
1712 componentes e o porte do serviço.
MICRODRENAGEM MACRODRENAGEM
Extensão de galerias limpas em relação ao total Total de recursos gastos com macrodrenagem em
de bocas-de-lobo relação ao total alocado.
1714
1716 O indicador deverá ser calculado anualmente, a partir de informações das atividades
1717 realizadas no ano anterior. Os dados deverão ser tabulados em planilha apropriada, de
1718 forma a permitir a auditoria externa, conforme o exemplo a seguir. O cálculo final do
1719 indicador será a média aritmética dos indicadores de micro e macrodrenagem, com
1720 resultado final entre [0-10].
C MICRODRENAGEM Valor
1721
66
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1722
MACRODRENAGEM Valor
C
G2 Total de bocas-de-lobo
Gestão
C1
município
S1
derrubada de pontes, solapamento de margem etc
.Bls)
1723
67
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RECURSOS HÍDRICOS
1731 Quanto à operação e manutenção dos sistemas efetuados pela operadora em exercício
1732 serão utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão no sentido de prevenir
1733 ocorrências indesejadas através de controles e monitoramentos das condições físicas
1734 das instalações e dos equipamentos, visando minimizar ocorrências de sinistros e
1735 interrupções na prestação de tais serviços.
1751 Porém, tal descontinuidade também pode ser gerada a partir de outros tipos de
1752 ocorrência de maior gravidade e, portanto, de maior dificuldade de solução, como
1753 explosões, incêndios, desmoronamentos, tempestades, inundações e outros.
1754 Assim, para que um plano de contingência seja realmente aplicável é necessário,
1755 primeiramente, identificarem-se os agentes envolvidos sem o que não é possível
1756 definirem-se as responsabilidades pelas ações a serem promovidas.
1757 Além dos agentes, também é recomendável que o plano de contingência seja focado
1758 para os procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos, relegando
1759 os demais para serem atendidos após o controle total sobre os primeiros.
1760
68
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RECURSOS HÍDRICOS
1761
1763 Tendo em vista a estrutura operacional proposta para o equacionamento dos serviços
1764 urbanos nos municípios compreendidos pelas UGRHI‟s 1, 2 e 3, podem-se definir como
1765 principais agentes envolvidos:
1792 Alguns órgãos públicos também são considerados agentes passam a se constituir
1793 agentes quando, em função do tipo de ocorrência, são mobilizados para controlar ou
1794 atenuar eventuais impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da CETESB,
1795 do DEPRN, da Polícia Ambiental, da SABESP e outros.
1796 69
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RECURSOS HÍDRICOS
1797
1799 Algumas entidades públicas também passam a se constituir agentes do plano a partir
1800 do momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são
1801 acionadas para minimizar os impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da
1802 Defesa Civil, dos Bombeiros e outros.
1818 O Plano define uma metodologia para atender aos diversos tipos de ocorrência,
1819 viabilizando o acionamento de pessoal capacitado para o acompanhamento e solução
1820 dos problemas, e, além disto, desenvolvendo ações preventivas que evitam o
1821 agravamento de situações de risco. É recomendável identificar os locais com
1822 instalações sujeitas a acidentes, eliminando os problemas com alteração de
1823 caminhamento e desenvolvimento e realizando o acompanhamento de trabalhos
1824 preventivos nas áreas impossibilitadas de adequação.
1825 A seguir são apresentados os principais instrumentos que poderão ser utilizados pela
1826 operadora em exercício para a adequada operação e manutenção dos sistemas
1827 existentes, de maneira generalizada, no município em questão.
1828 Formulação de leis e outros instrumentos jurídicos para permitir a adoção das ações
1829 em situações de não-conformidade;
1871 Acompanhamento das vazões encaminhadas aos setores de distribuição, dos níveis
1872 de reservação, da situação de operação dos conjuntos moto-bomba e das vazões
1873 mínimas noturnas para gerenciamento das perdas, com registros históricos;
1882 Controle da qualidade da água produzida com análises de diversos parâmetros nos
1883 sistemas de tratamento de água;
1884 Plano de Ação de Emergência para atuação nos casos de vazamentos de cloro na
1885 estação de tratamento de água;
72
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RECURSOS HÍDRICOS
73
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RECURSOS HÍDRICOS
1916 Controle da qualidade dos efluentes: controle periódico da qualidade dos esgotos
1917 tratados na estação de tratamento de esgoto, realizado por laboratório específico e
1918 de acordo com a legislação vigente;
1924
74
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RECURSOS HÍDRICOS
1925
1929 Justificativas
1933 O principal impacto decorrente da paralisação dos serviços de varrição manual, além
1934 da deterioração do estado de limpeza dos passeios, vias e logradouros públicos, é a
1935 intensificação dos detritos descartados nos pisos que, em decorrência de chuvas,
75
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RECURSOS HÍDRICOS
1936 tendem a ser levados pelo escoamento das águas pluviais para os dispositivos de
1937 drenagem superficial.
1938 Essa é, quase sempre, a razão do entupimento das bocas de lobo e galerias e, por
1939 consequência, a principal responsável pelas inundações das áreas urbanas.
1941 Como primeira medida recomendada, caso não surta efeito a negociação, é a
1942 identificação dos pontos mais críticos e o escalonamento de funcionários municipais
1943 que possam efetuar o serviço através de mutirões.
1949 Neste caso, o contrato de emergência deverá perdurar apenas enquanto o impasse
1950 não estiver resolvido, cessando à medida em que a situação voltar à normalidade e,
1951 para agilizar esta providência, é recomendável que a municipalidade mantenha um
1952 cadastro de empresas com este perfil para acionamento imediato.
1953 Esta mesma medida deve ser tomada pela municipalidade no caso de prestadora de
1954 serviço em regime normal e/ou de concessionária.
1956 Justificativas
1964 Isto se deve principalmente pelo fato destas atividades ocorrerem em pontos isolados e
1965 se acentuarem de forma sazonal, onde a proliferação dos matos e a sedimentação de
1966 areias e poeiras nos baixios estão estritamente relacionadas à época da maior
1967 ocorrência de chuvas.
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1971 são necessariamente contínuos, permitindo que seu Plano de Contingência se limite à
1972 uma defasagem na programação sem maiores prejuízos.
1974 Justificativas
1975 De uma forma ainda mais acentuada do que a manutenção de vias e logradouros, uma
1976 paralisação temporária no serviço de manutenção de áreas verdes por motivo de
1977 greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado das prestadoras
1978 de serviços ou dos próprios trabalhadores não chega a trazer maiores consequências
1979 para a comunidade.
1980 Além disso, este serviço também costuma ser executado de forma sazonal, pois leva
1981 em conta os períodos recomendáveis para a poda de árvores, permitindo que sua
1982 programação também sofra defasagens sem maiores prejuízos.
1984 O Plano de Contingência para este tipo de procedimento não se concentra, portanto,
1985 nos serviços programados, mas sim nos esporádicos, decorrentes da queda de
1986 árvores, seja devido a acidentes, às condições fitossanitárias dos espécimes ou a
1987 tempestades e/ou ventanias atípicas.
1988 No caso de tombamento por acidente de trânsito, além do acionamento de uma equipe
1989 de plantão para a remoção e liberação da via, também costumam ser acionados os
1990 órgãos e entidades que cuidam do tráfego, da energia elétrica e, conforme a gravidade,
1991 o sistema de resgate dos Bombeiros.
1997 O maior problema a ser equacionado pelo Plano de Contingência está, portanto, no
1998 tombamento de árvores causado por tempestades e/ou ventanias atípicas, que atingem
1999 inclusive espécimes saudáveis, impedindo precauções antecipadas para que isso não
2000 venha a ocorrer.
2001 Neste caso, os prejuízos podem atingir perdas incalculáveis, não só diretamente pela
2002 perda de vidas humanas, veículos e edificações, mas também indiretamente pela
2003 interrupção dos sistemas de energia, telefonia e tráfego em regiões inteiras.
2007
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2008
2010 Justificativas
2011 O impacto decorrente da paralisação dos serviços de limpeza pós feiras livres é
2012 idêntico ao da interrupção da varrição manual, ou seja, além da deterioração do estado
2013 de limpeza das vias, também a intensificação dos detritos descartados nos pisos que,
2014 em decorrência de chuvas, tendem a ser levados pelo escoamento das águas pluviais
2015 para os dispositivos de drenagem superficial, provocam o entupimento das bocas de
2016 lobo e galerias.
2018 Pelo fato das feiras livres se limitarem a apenas uma pequena parte da malha de vias
2019 urbanas, além deste impacto ser muito pouco representativo, a equipe responsável por
2020 este serviço costuma ser a mesma da varrição manual, o que recomenda que seu
2021 Plano de Contingência também seja abrangido pelo próprio Plano de Contingência
2022 deste serviço.
2024 Justificativas
2028 O impacto decorrente desta paralisação, embora não incida sobre a deterioração do
2029 estado de limpeza dos passeios, vias e logradouros públicos, pois acaba não sendo
2030 visível para os cidadãos, também é o assoreamento e entupimento dos dispositivos de
2031 drenagem superficial.
2032 Assim da mesma forma como já mencionado para a varrição manual, a dificuldade ou
2033 até impossibilidade de escoamento das águas pluviais pelas bocas de lobo e galerias
2034 acaba se tornando uma das principais responsáveis pelas inundações das áreas
2035 urbanas.
2037 Neste caso, por melhor que seja o Plano de Contingência, depois da região inundada
2038 pouco se tem a fazer do que aguardar as águas escoarem para se processar a limpeza
2039 dos dispositivos, o que torna ainda mais importante a prevenção, ou seja, a
2040 manutenção da limpeza dos mesmos.
2041
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RECURSOS HÍDRICOS
2044 Justificativas
2054 Colaborando com o entupimento das bocas de lobo e galerias e o assoreamento dos
2055 recursos hídricos, juntamente com a paralisação da varrição manual, também pode ser
2056 considerada uma das principais responsáveis pelas inundações das áreas urbanas.
2058 Caso não surta efeito a negociação, a primeira medida recomendada pelo Plano de
2059 Contingência deste procedimento é a contratação de empresa especializada
2060 prestadora de serviço em regime emergencial, pois, como este serviço envolve
2061 veículos e equipamentos específicos, dificilmente poderá ser atendido pelos simples
2062 escalonamento dos recursos municipais.
2068 No caso de paralisação apenas da coleta seletiva de materiais recicláveis, pelo fato do
2069 “lixo seco” não conter matéria orgânica sujeita à deterioração, os materiais recicláveis
2070 podem aguardar por um tempo maior nos próprios domicílios geradores.
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RECURSOS HÍDRICOS
2080 Justificativas
2085 Para evitar que isto ocorra, é importante que a cessão das instalações e equipamentos
2086 para uso das cooperativas de catadores tenha em contrapartida a assunção do
2087 compromisso por parte deles de receber e processar os materiais independentemente
2088 desse preço de mercado.
2089 Pelo fato de, em geral, serem operadas sob forma de cooperativa, raramente ocorrem
2090 greves ou paralisações, pois além de não receberem salários fixos da municipalidade
2091 ou de empresas privadas, os catadores têm consciência de que são donos do seu
2092 próprio negócio e a remuneração está relacionada à sua produtividade.
2093 O mesmo não costuma acontecer com o serviço de compostagem da matéria orgânica,
2094 já que seu mercado ainda é muito instável e o reaproveitamento está mais ligado à
2095 minimização de resíduos a serem aterrados do que a receitas operacionais.
2096 Isto faz com que as usinas de compostagem sejam operadas pelas próprias
2097 municipalidades ou se houver economia de escala, por consórcios intermunicipais.
2105 Justificativas
2106 A paralisação do serviço de operação de um aterro sanitário pode ocorrer por diversos
2107 fatores, desde greves de pequena duração ou paralisações por tempo indeterminado
2108 até ocorrências que requerem maiores cuidados e até mesmo por demora na obtenção
2109 das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação do aterro.
2110 Embora esta unidade tenha sido até o momento a mais importante para a gestão dos
2111 resíduos sólidos domiciliares, com a diretriz da nova legislação federal de somente
2112 permitir a disposição final dos rejeitos não reaproveitáveis, a tendência é que venha
2113 ocupar uma posição de menor relevância.
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RECURSOS HÍDRICOS
2114 Com essas novas exigências, tais rejeitos não somente deixarão de ser
2115 ambientalmente tão agressivos devido à redução da matéria orgânica, como também
2116 terão suas quantidades progressivamente diminuídas na medida em que os mercados
2117 consumidores de materiais recicláveis e de composto orgânico forem se consolidando.
2118 Mesmo com todos estes atenuantes, não poder contar com o aterro sanitário bem
2119 operado e com seus efluentes líquidos e gasosos, por menores que sejam, bem
2120 controlados, é um problema preocupante que, sem dúvida nenhuma, exige um Plano
2121 de Contingência bem consistente.
2123 Considerando a ocorrência de greves de pequena duração, pelo fato desta unidade
2124 utilizar uma equipe e uma quantidade de veículos e máquinas relativamente pequenas
2125 para a pesagem e a operação da frente de descarga, é possível deslocar equipes de
2126 outros setores da própria municipalidade ou, no caso de consórcios, das
2127 municipalidades consorciadas.
2128 Para o caso da paralisação persistir por tempo indeterminado, é recomendável trocar a
2129 solução doméstica pela contratação de empresa prestadora de serviço em regime
2130 emergencial, pois ela poderá também dar conta dos serviços mais especializados de
2131 manutenção e monitoramento ambiental.
2132 Enquanto isto não acontece, os resíduos poderão ser enviados para disposição final
2133 em outra unidade similar existente na região. Esta mesma providência poderá ser
2134 usada no caso de demora na obtenção do licenciamento ambiental para sobre
2135 elevação e/ou ampliação do aterro existente.
2136 Porém, devido às características específicas dos resíduos recebidos pelos aterros
2137 sanitários, os motivos de paralisação podem exceder a simples greves, tomando
2138 dimensões mais preocupantes, como rupturas no maciço, explosões provocadas pelo
2139 biogás, vazamentos de chorume e outros.
2144 O Plano de Contingência relacionado à ruptura dos taludes e bermas engloba medidas
2145 de reparos para recomposição da configuração topográfica, recolocação dos
2146 dispositivos de drenagem superficial e reposição da cobertura de solo e gramíneas, de
2147 modo a assegurar a perfeita estabilidade do maciço, após a devida comunicação da
2148 não conformidade à CETESB.
2149 Explosões decorrentes do biogás são eventos mais raros, que também podem ser
2150 evitados por um sistema de drenagem bem planejado e um monitoramento direcionado
2151 para detectar com antecipação a formação de eventuais bolsões no interior do maciço.
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2155 Os vazamentos de chorume também não são comuns, já que o aterro sanitário é
2156 dotado de uma base impermeável, que evita o contato direto dos efluentes com o solo
2157 e as águas subterrâneas. Portanto, os vazamentos têm mais chance de ocorrer nos
2158 tanques e/ou lagoas seja por problemas operacionais ou mesmo por excesso de
2159 chuvas de grandes proporções.
2164 Caso a ocorrência resulte na contaminação do solo e/ou das águas subterrâneas, o
2165 passivo ambiental será equacionado através das orientações prescritas no Manual de
2166 Gerenciamento de Áreas Contaminadas, emitido pela CETESB.
2169 Justificativas
2178 Portanto, a paralisação do serviço de coleta deste tipo de resíduo engloba ambos os
2179 recolhimentos, bem como a operação dos “ecopontos”.
2184 No caso dos aterros de inertes, a paralisação do serviço também pode ocorrer devido à
2185 demora na obtenção das licenças necessárias para a sobre elevação e/ou a ampliação
2186 do aterro já que, pelas características desse tipo de resíduos, não existem ocorrências
2187 com efluentes líquidos e gasosos.
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RECURSOS HÍDRICOS
2188 Além disso, com a diretriz da nova legislação federal de somente permitir a disposição
2189 final dos rejeitos não reaproveitáveis, tais materiais que já não são ambientalmente
2190 agressivos ainda terão suas quantidades progressivamente reduzidas na medida em
2191 que o mercado consumidor de agregado reciclado for se consolidando.
2196 Estes serviços por serem geralmente operados pelas municipalidades suas
2197 paralisações estão normalmente associadas a greves de pequena duração ou
2198 paralisações por tempo indeterminado dos funcionários públicos envolvidos.
2200 Por se tratarem de atividades bastante simples, que não requerem especialização, o
2201 Plano de Contingência a ser acionado em momentos de paralisação está baseado no
2202 deslocamento de equipes de outros setores da própria municipalidade ou, no caso de
2203 consórcios, das municipalidades consorciadas.
2204 Caso não isto não seja possível, embora tais atividades não exijam maior
2205 especialização, a segunda medida recomendada pelo Plano de Contingência é a
2206 contratação de empresa prestadora de serviço em regime emergencial.
2216 Do ponto de vista técnico, a única ocorrência que pode exigir uma maior atenção do
2217 Plano de Contingência é uma eventual ruptura dos taludes e bermas, resultante da
2218 deficiência de projeto e/ou de execução da configuração do aterro, mesmo tendo a
2219 massa uma consistência altamente homogênea ou no recobrimento com gramíneas.
2220 Este tipo de ocorrência não costuma ocorrer com frequência uma vez que é precedida
2221 pelo aparecimento de fendas causadas por erosões localizadas, que podem ser
2222 facilmente constatadas através de vistorias periódicas.
2223 Assim, o Plano de Contingência destinado à ruptura dos taludes e bermas, além dos
2224 procedimentos preventivos, recomenda medidas de reparos para recomposição da
2225 configuração topográfica, recolocação dos dispositivos de drenagem superficial para
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RECURSOS HÍDRICOS
2230 Justificativas
2231 Com relação aos resíduos de serviços de saúde, constitui dever da municipalidade
2232 apenas a gestão da parcela gerada em estabelecimentos públicos, cabendo aos
2233 geradores privados o equacionamento do restante dos resíduos.
2234 Principalmente nas pequenas comunidades, para evitar que esses resíduos
2235 patogênicos sejam destinados inadequadamente, as municipalidades devem assumir
2236 seu gerenciamento por completo, cobrando ou não tarifas por isso.
2237 Porém, devido à alta periculosidade no manuseio desse tipo de resíduos, sua coleta,
2238 transporte e tratamento são sempre realizados por equipes treinadas e devidamente
2239 equipadas com os EPI‟s necessários e dotadas de veículos e equipamentos
2240 especialmente adequados para essas funções.
2245 Por tratar-se de atividades altamente especializadas, que requerem recursos materiais
2246 e humanos especiais, não é recomendável que se desloquem equipes da própria
2247 municipalidade ou, no caso de consórcios, das municipalidades consorciadas para
2248 cobrir qualquer deficiência de atendimento.
2256 Nos termos da Lei nº 11.445 de 05 de Janeiro de 2007, em seu Artigo 2º, item IV, deve
2257 ser disponibilizado em todas as áreas urbanas, os serviços de drenagem e de manejo
2258 das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio
2259 público e privado. Em seu Artigo 3º, item I, inciso d), essa mesma Lei estabelece que
2260 drenagem e manejo de águas pluviais é o conjunto de atividades, infra-estruturas e
2261 instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte,
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RECURSOS HÍDRICOS
2288 - existência de alguma seção reduzida nas estruturas ou nos cursos d‟água (vão
2289 inadequado de uma ponte ou um bueiro antigo subdimensionado), que impeça o
2290 escoamento das vazões de projeto;
2291 - entupimento completo ou redução de alguma seção nas estruturas ou nos cursos
2292 d‟água provocados por acúmulo de lixo ou de entulho, trazidos e acumulados aí pelo
2293 próprio escoamento das águas pluviais ou por lançamentos clandestinos.
2294 As situações acima representam o que se define como contingências, isto é, podem ou
2295 não acontecer. Infelizmente, em se tratando de sistemas de drenagem e manejo de
2296 águas pluviais no Brasil, as mesmas podem ser esperadas na grande maioria dos
2297 casos, devendo ser aliviadas com a utilização de “Planos de Contingências” elaborados
2298 com a finalidade de, em algumas situações, eliminar a causa da contingência e em
2299 algumas outras, reduzir os seus efeitos. Estas situações geram como consequência,
2300 ocorrências que devem ser abrangidas em um Plano de Contingência envolvendo
2301 ações estruturais e não estruturais conforme apresentado a seguir.
2302 85
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2303
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RECURSOS HÍDRICOS
2306 As atividades descritas acima são essenciais para propiciar a operação permanente
2307 dos sistemas existentes deste município. As ações de caráter preventivo, em sua
2308 maioria, buscam conferir segurança aos processos e instalações operacionais evitando
2309 descontinuidades.
2315 Para o atendimento das situações contingenciais foram criados estes instrumentos,
2316 mas para os novos tipos de ocorrências, que porventura venham a surgir, a operadora
2317 deve promover a elaboração de novos planos de atuação, em caráter de urgência.
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