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Dezembro de 2008
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Introdução:
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De acordo com a página na internet da “International Co-operative Alliance”, a definição de cooperativa é
aquela associação autônoma de pessoas unidas voluntariamente para atender suas necessidades e aspirações
comuns em termos econômicos, sociais e culturais através de uma empresa coletiva controlada
democraticamente. Quando em atividade comercial pode ser definida em termos de seus três interesses
básicos: propriedade, controle e beneficiário; que estão em mãos do usuário, sob um conjunto de valores que
não associados puramente ao lucro, mas onde as decisões tomadas são equilibradas com a necessidade de
lucratividade e as necessidades de seus membros e amplos interesses da comunidade. Adotam, então, sete
princípios para colocar em prática seus valores fundamentais: 1) associação voluntária e aberta; 2) controle
democrático dos membros; 3) participação econômica do membro associado; 4) autonomia e independência;
5) oferecer educação, treinamento e informação aos membros; 6) cooperação entre as cooperativas; 7)
preocupação com a comunidade local. Segundo definição da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), “cooperativismo é um movimento, filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir
desenvolvimento econômico e bem-estar social”. Seus referenciais fundamentais são: participação
democrática, solidariedade, independência e autonomia. É o sistema fundamentado na reunião de pessoas e
não no capital. Visa às necessidades do grupo e não do lucro. Busca prosperidade conjunta e não individual.
Estas diferenças fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e
justiça entre os participantes. Associado a valores universais, o cooperativismo se desenvolve
independentemente de território, língua, credo ou nacionalidade”. Particularmente, quanto ao cooperativismo
agropecuário, trata-se do “cooperativismo entre produtores rurais ou agropastoris e de pesca, cujos meios de
produção pertencem ao cooperado. Caracterizam-se pelos serviços prestados aos associados, como
recebimento ou comercialização da produção conjunta, armazenamento e industrialização, além da
assistência técnica, educacional e social”.
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mas também um complexo processo de direção e controle, onde algumas tarefas teriam
que ser desenvolvidas por agentes, redes ou governos.
Conforme orienta o pensamento de FLIGSTEIN (2005) sobre governança, a
literatura científica já registra conseqüências de ordem política, social e econômicas na
introdução de sistemas de governança corporativa, sem, contudo, refletir considerações
sobre eficiência na gestão das relações de agente entre principais e agentes (proprietários e
administradores). Assim, a tendência que se nota é analisar a existência de uma matriz
superior de arranjos institucionais ou de um conjunto de melhores práticas de governança
corporativa para produzir maior crescimento econômico. A abordagem desse autor mostra
que não será suficiente um simples conjunto de melhores práticas, pois o importante é a
estabilidade de instituições legitimadas e a contenção da busca incessante de retornos por
parte de governos e capitalistas.
O Centro de Estudos de Cooperativas, da Universidade de Saskatchewan (Canadá),
revelou os resultados de uma série de estudos de casos junto a vinte e cinco projetos
agropecuários sobre a inovação organizacional e os fatores sociais na diversificação e
sustentabilidade da atividade agropecuária naquela província central canadense2. Nele
identificaram três tipos de modelos de agricultura, a saber: a clássica da lavoura e pecuária
integradas, a moderna “agricultura especializada” e a igualmente moderna “agricultura
diversificada”, melhor entendida como “agricultura de múltiplas especialidades”. Com o
objetivo de se conhecer que implicações positivas ou não incidiram sobre a viabilidade
produtiva, a sustentabilidade ecológica e a coesão comunitária, todos os projetos, sob os
três tipos aqui categorizados, foram examinados em seus respectivos produtos e processos
de produção, níveis de especialização, grau de flexibilidade e controle tecnológico,
estratégias negociais e fontes de capital, mercados, relações sociais e lógica societária e,
por fim, suas redes de comunicação com outras comunidades.
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Saskatchewan é uma província canadense cuja área é de 651.900 km², extensão correspondente à soma dos
estados brasileiros de Goiás e Tocantins. A agricultura intensiva está localizada principalmente no sul onde o
relevo característico é o das Grandes Pradarias. Ao norte do território, em meio a grandes lagos, há
predominância do bioma da floresta boreal ou taiga, com uma vegetação conífera, própria das altas latitudes
árticas. Ao concentrar o maior número de cooperativas agropecuárias no Canadá, o censo de 2006 indica que
a província também conta com a maior quantidade de fazendas de valor de capital investido mais baixo (até
C$ 100.000/unidade). Cereais são as principais culturas agrícolas da província. Contando com um quinto do
número de estabelecimentos agropecuários no país, verificou-se uma forte redução do número total de
fazendas na província, que passaram de 50.598, em 2001, para 44.329 (menos 13 %), em 2006 segundo o
censo. Também caiu a participação da produção de trigo e de grãos não especificados (exceto milho,
oleaginosas diversas), porém elevaram-se as parcelas relativas à oleaginosas (exceto soja) e do setor bovino
para corte.
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Em resumo, desenvolveram-se índices de diversificação ou especialização para
culturas e criação animal de modo a permitir quantificar tendências históricas naquela
província canadense.
BIBLIOGRAFIA
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ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. “Governança corporativa:
fundamentos, desenvolvimento e tendências” – São Paulo: Atlas, 2004.
FLIGSTEIN, Neil; CHOO, Jennifer; “Law and Corporate Governance”, in “Annual
Reviews : Reviews in Advance”, Annual Review of Law and Social Science Publisher,
Palo Alto, 2005.
GERTLER, Michael; JAFFE, JoAnn; SWYSTUN, Lenore; “Beyon beef and barley:
organizational innovation and social factors in farm diversification and sustainability”,
Un”, Agriculture Development Fund, Saskatchewan Agriculture, Food and Rural
Revitalization, Research reports series, University of Saskatchewan, Saskatoon, 2002.
RABELO, Flávio Marcílio. “Governança Corporativa (Corporative Governance)” in
“Governança Corporativa: seminário realizado em outubro de 1988”, org. Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, Departamento de Relações Institucionais - Rio de Janeiro: 1999.