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ASPECTOS POLÊMICOS DA RECONVENÇÃO NO DIREITO

PROCESSUAL DO TRABALHO

Mauro Schiavi1

Conceito e requisitos de admissibilidade

Em certa fase da evolução do Direito romano, eram as


partes que convencionavam os limites da controvérsia e a ação (actio) também
era conhecida como conventio; se o réu tinha alguma pretensão contra o autor,
reagia à demanda com uma reconventio, e daí derivou a denominação atual,
reconvenção que corresponde portanto a uma “re-ação” do réu contra o autor2.
Conforme a definição de Fredie Didier Júnior3,
“reconvenção é a demanda do réu contra o autor no mesmo processo em que está
sendo demandado. È o contra-ataque que enseja o processamento simultâneo da
ação principal e da ação reconvencional, a fim de que o juiz resolva as duas lides
na mesma sentença”.
Trata-se de uma modalidade de resposta (artigo 297
do CPC), em que o réu demanda em face do autor, na mesma relação jurídica
processual. A natureza jurídica da reconvenção é de uma ação autônoma conexa
ao processo.
São requisitos para a admissibilidade da reconvenção:
a)que o juiz da causa principal não seja absolutamente
incompetente para a reconvenção; b)haver compatibilidade dos ritos
procedimentais; c)haver processo pendente: litispendência; d)haver conexão

1
Juiz do Trabalho na 2ª Região. Mestre em Direito do Trabalho pela PUC/SP. Professor Universitário
(Graduação e Pós-Graduação). Professor dos Cursos Preparatórios LACIER (Campinais) e
RORBORTELLA (São Paulo). Autor dos livros: A Revelia no Direito Processual do Trabalho; Ações de
Reparação por Danos Morais Decorrentes da Relação de Trabalho, ambos publicados pela Editora LTr e
Competência Material da Justiça do Trabalho Brasileira à Luz da EC 45/04 (No prelo pela Editora LTr).
2
GIGLIO, Wagner D. Direito Processual do Trabalho. 15ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 204-205.
3
DIDIER JÚNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: Teoria Geral do Processo e Processo de
Conhecimento. Bahia: Editora JUSDIVM, 2007, p. 453.

1
(artigo 103 do CPC4) entre a reconvenção e a ação principal ou com o
fundamento da defesa.
É admissível a reconvenção em ação declaratória
(Súmula 258 do STF). A reconvenção não pressupõe, por ausência de previsão
legal neste sentido, a natureza condenatória na ação original.5
Na fase de execução, não é cabível, pois a
reconvenção tem que ser conexa à ação principal ou com o fundamento de
defesa. Além disso, na execução não há sentença de mérito e a obrigação já está
delineada no título executivo judicial ou extrajudicial.
No processo cautelar, não se mostra cabível a
reconvenção, pois o processo cautelar tem por objeto garantir o resultado útil de
um processo principal, sendo sua natureza acautelatória e não satisfativa.
Portanto, não há como o requerido aduzir pretensão em face do requerente no
processo cautelar.
Quanto houver substituição processual no pólo ativo6,
não cabe a reconvenção por força do que dispõe o parágrafo único do artigo 315
do CPC, “in verbis”: “Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor,
quando este demandar em nome de outrem”.
Renato Saraiva7, com suporte em Gregório Assagra de
Almeida sustenta que a reconvenção também não é cabível sem sede de ação
civil pública, pois poderá impedir a rápida e eficiente tutela dos direitos
coletivos, de forma a frustrar os legítimos interesse sociais e tornar o processo
coletivo palco de litígios que fogem aos verdadeiros anseios da sociedade.
A reconvenção disciplinada no Código de Processo
Civil (artigos 315 a 318) é compatível com o Processo do Trabalho, por omissão
da CLT e compatibilidade com os princípios que regem o Direito Processual do
Trabalho (artigo 769, da CLT). Entretanto, algumas vozes da doutrina se
4
Diz o artigo 103 do CPC que duas ou mais ações são conexas quando lhes forme comum o pedido ou
causa de pedir.
5
ALMEIDA, Cléber Lúcio de. Direito Processual do Trabalho. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, p. 499.
6
Há substituição processual quando alguém, autorizado por lei, vem a juízo, em nome próprio defender
direito alheio. Segundo o artigo 6º do Código de Processo Civil: “Ninguém poderá pleitear, em nome
próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”.
7
SARAIVA, Renato. Curso de Direito Processual do Trabalho. 4ª Edição. São Paulo: Método, 2007, p.
325.

2
mostram contrárias à admissão deste instituto na esfera processual trabalhista,
argumentando a falta de previsão da CLT, como silêncio intencional e
incompatibilidade com a celeridade e simplicidade do procedimento trabalhista8.
Não obstante, a doutrina majoritária e a jurisprudência consagraram a
possibilidade de reconvenção no Processo do Trabalho, uma vez que esta
possibilita a máxima eficiência da jurisdição trabalhista, e atende aos princípios
da economia processual e acesso à justiça do trabalho.
Nos ritos sumário (Lei 5584/70) e sumaríssimo (lei
9957/00) a reconvenção não se mostra cabível em razão do princípio da
celeridade que envolve os ritos processuais destes procedimentos. Não obstante,
por aplicação analógica do artigo 31, da Lei 9.099/959, admite-se o pedido
contraposto, que é articulado no próprio bojo da contestação desde que se
fundamente nos mesmos fatos objeto da controvérsias. O pedido contraposto é,
na verdade, uma reconvenção mitigada, pois sua amplitude é menor que a
reconvenção, embora o efeito de tal pedido seja o mesmo da reconvenção.

Do procedimento da reconvenção no Processo do


Trabalho
A reconvenção, na esfera processual civil deve ser
proposta no prazo da resposta junto com a defesa, em peças separadas, no mesmo
dia, sob pena de preclusão consumativa. Como bem adverte Nélson Nery
Júnior10: “o réu não precisa contestar para reconvir, entretanto, deverá fazê-lo
simultaneamente, isto é, na mesma oportunidade processual (CPC 299), em peças
autônomas”.

8
Nesse sentido defende Manoel Antonio Teixeira Filho: “(...)a reconvenção era conhecida, há muito
tempo, do processo civil brasileiro, como pudemos demonstrar no início deste capítulo. O próprio CPC de
1939, sob cuja vigência a CLT foi elaborada, regulava a matéria nos arts. 190 a 195. Apesar disso, o
legislador trabalhista não fez nenhuma referência à ação reconvencional. O seu silencio foi proposital,
não decorrendo, portanto, de inadvertência (omissão), como se tem imaginado, porquanto preferiu
autorizar, apenas, a compensação, como providência destinada a preservar o caráter protetivo, de que se
nutre não só o direito material do trabalho, mas, também, o processual – que, a propósito, nada mais é do
que um instrumento de atuação aquele” (Petição Inicial e Resposta do Réu. São Paulo: LTr, 1996, p. 374).
9
Artigo 31, da Lei 9.099/95: “Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, formular
pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem
objeto da controvérsia”.
10
NERY JÚNIOR. Nélson. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 7ª Edição.
São Paulo: RT, 2003, p. 700.

3
Embora o réu, como regra geral, não precise contestar
para reconvir, acreditamos que quando a reconvenção for conexa com os
fundamentos da defesa, há essa necessidade. Como bem advertem Luiz
Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart11, “obviamente, para que essa
reconvenção possa ser deduzida, é necessário que o réu impugne o pedido do
autor, por da contestação. Sem contestação, essa reconvenção não pode ser
admitida, já que não haverá conexão com o fundamento de defesa que não existe
nos autos”.
No Direito Processual do Trabalho, a jurisprudência
tem tolerado que a reconvenção seja aduzida no próprio corpo da contestação em
razão do princípio da informalidade que rege o Direito Processual do Trabalho.
Pessoalmente, preferirmos que a reconvenção seja apresentada em peça separada,
mesmo no processo do trabalho, pois facilita sua tramitação e também trata-se a
reconvenção de ação e não defesa12. Entretanto, se o artigo 847, da CLT,
disciplina que a contestação seja apresentada de forma oral na própria audiência,
e como a reconvenção também deve ser apresentada em audiência junto com a
defesa, esta pode ser aduzida de forma oral, no mesmo ato e o registro dos dois
atos constará da mesma ata de audiência. Sendo assim, não há razão para não se
admitir, no processo do trabalho, que a reconvenção seja articulada na própria
peça de contestação.
A reconvenção pode ser escrita ou verbal, mas deve
observar os requisitos da petição inicial trabalhista elencados no artigo 840, da
CLT.
Como no processo do trabalho a reconvenção é
apresentada em audiência, o juiz deverá adiá-la para o reclamante (reconvindo)
apresentar resposta à reconvenção na próxima audiência, que deverá ser
remarcada com antecedência mínima de 05 dias (artigo 841 da CLT). Entretanto,

11
Processo de Conhecimento. 6ª Edição. São Paulo: RT, 2007, p. 148.
12
No mesmo sentido pensa Carlos Henrique Bezerra Leite: “Recomenda-se a apresentação da
reconvenção em peça distinta, muito embora isso não seja obrigatório, porquanto o processo do trabalho
admite a resposta oral” (Curso de Direito Processual do Trabalho. 5ª Edição. São Paulo: LTr, 2007, p.
522).

4
o reclamante pode, se for possível, renunciar o prazo da resposta da reconvenção
e ofertar sua reposta na própria sessão da audiência de forma oral13.
Se reclamante (reconvindo) não apresentar resposta à
reconvenção, aplica-se-lhe a confissão ficta. No nosso sentir, se o reclamante
estiver presente na audiência, não há revelia pela não contestação à reconvenção,
pois a revelia, no processo do trabalho, esta vinculada à ausência do reclamado
na audiência (artigo 844, da CLT).
A compensação, na esfera processual trabalhista,
conforme o artigo 767, da CLT, deve ser argüida em contestação, mas se o
crédito do reclamado superar o do reclamante, este poderá propor a reconvenção.
Nos termos do artigo 317 do CPC, que se mostra
compatível com o Direito Processual do Trabalho, a desistência da ação ou
qualquer causa que a extinga não obsta o prosseguimento da reconvenção.
Quanto ao número de testemunhas, se o reclamado
optou for formular a reconvenção, não poderá ouvir três testemunhas para
comprovar a tese de defesa e outras três para a reconvenção. Acreditamos que,
nesta hipótese, o reclamado renuncia ao direito de ouvir outras testemunhas que
não as próprias da defesa. Desse modo, o número máximo de testemunha para
comprovação dos fatos da contestação e reconvenção é três14.
A ação e a reconvenção devem ser julgadas na mesma
sentença, nos termos do artigo 318, do CPC, que se mostra compatível com o
processo do trabalho. Na parte dispositiva da sentença trabalhista, deve o juiz
abrir um parágrafo dizendo sobre a procedência, improcedência, ou procedência
em parte do pedido ou pedidos formulados na reconvenção, bem como as
condições para o cumprimento. Da decisão que julgar a reconvenção, cabe o
Recurso Ordinário, nos termos do artigo 895, da CLT.
No Direito Processual Civil, a doutrina majoritária se
firmou no sentido de que do indeferimento liminar da reconvenção cabe Agravo
13
Tal prática tem sido comum no Processo do Trabalho, principalmente quando o pedido da reconvenção
é singelo, como nas hipóteses de aplicação do artigo 940, do CC em razão do reclamante postular verbas
já quitadas, ou quando o reclamado pretende um crédito em face do reclamante em razão de alguma
dívida assumida pelo empregado durante a relação de emprego.
14
No mesmo sentido é a posição de Cléber Lúcio de Almeida (Direito Processual do Trabalho. Belo
Horizonte: Del Rey, 2006, p. 496).

5
de Instrumento, pois a relação jurídica processual não se encerra15. Na esfera do
Processo do Trabalho, contra o indeferimento liminar da reconvenção, por se
tratar de decisão interlocutória, não cabe recurso (artigo 893, da CLT), podendo a
decisão ser questionada quando do recurso ordinário em face da decisão
definitiva da Vara.
Nesse sentido, por todos, destacamos a visão de
Sérgio Pinto Martins16:
“Se, por acaso, fosse indeferida liminarmente a
reconvenção, qual seria o recurso cabível? Para nós, nenhum. A decisão que
indefere a reconvenção é, no caso, uma decisão interlocutória, dela não cabendo
qualquer recurso (p. 1º do art. 893, da CLT). A parte prejudicada poderia
ingressar com ação própria, ou aguardar o momento adequado para fazer suas
observações no recurso da decisão definitiva, incluindo, então, como preliminar a
discussão do indeferimento da reconvenção”.

Da Reconvenção nas Ações de Natureza Dúplice


na Esfera Processual do Trabalho

Nos procedimentos especiais, as ações têm a chamada


natureza dúplice, qual seja: o demandante pode vir a ser condenado a
indenização ou realizar uma prestação em favor do demandado, ainda que este
último não tenha feito tal pedido, ou seja, não há necessidade de reconvenção ou
de pedido formulado na defesa para se condenar o demandante. Nestas ações,
autor e réu ocupam, simultaneamente, as posições de demandante e demandado17.

15
Deve ser destacado, por outro lado, que há que entenda, mesmo nos sítios do Direito Processual do
Trabalho, que a decisão que indefere liminarmente a reconvenção, pode ser impugnada pela via do
Recurso Ordinário, uma vez que a reconvenção é uma ação autônoma.
16
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho: Doutrina e Prática Forense. 26ª Edição. São
Paulo: Atlas, 2006, p. 300.
17
Ao contrário do que asseveram alguns autores, nas ações de natureza dúplice, o réu não necessita
formular pedido na defesa em face do autor. Cândido Rangel Dinamarco assevera a necessidade de haver
pedido contraposto na defesa nas ações de natureza dúplice (Instituições de Direito Processual Civil.
Volume III, São Paulo: Malheiros, 2001, p.503).

6
Nesse sentido ensina Antonio Carlos Marcato18: “A
lei abre, entretanto, a possibilidade de vir o réu a obter tutela jurisdicional ativa
favorável sem necessidade de valer-se da reconvenção. É o que ocorre nas
denominadas ações dúplices, ou “actio duplex”, nas quais autor e réu ocupam
simultanemante e concomitantemente ambas as posições subjetivas na base da
relação jurídica processual, podendo o último obter, independentemente de
pedido expresso (mas sem prejuízo dele), o bem da via disputado como
conseqüência direta da rejeição do pedido do primeiro, v. g., nas ações de
possessórias, de prestação de contas e de divisão e de demarcação”.
Como exemplos típicos na esfera do processo do
trabalho, temos o Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave (artigos 853 e
seguintes da CLT), que é uma ação de rito especial prevista na CLT e a Ação de
Consignação em Pagamento, que é prevista no Código de Processo Civil, mas
muito utilizada na Justiça do Trabalho.
No Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave
com prévia suspensão do empregado, se o pedido do requerente for julgado
improcedente, vale dizer: o juiz entender que não houve falta grave, condenará o
requerente a pagar ao requerido os salários do período de afastamento, que
podem ser executados nos próprios autos de inquérito, sem a necessidade de
reconvenção.
Na Ação de Consignação em Pagamento, se o juiz do
Trabalho entender que houve insuficiência no valor do depósito, condenará o
consignante a pagar ao consignado, nos mesmos atos da consignatória, o valor da
diferença.
Discute-se na doutrina e jurisprudência, se a
reconvenção pode ser cabível no Inquérito Judicial e na Ação de Consignação em
Pagamento na Justiça do Trabalho. Pugnam alguns pela impossibilidade,
argumentando que a reconvenção é incabível em tais procedimentos, pela
incompatibilidade de ritos processuais e da falta de interesse processual, pois tais
ações têm natureza dúplice.

18
MARCATO, Antonio Carlos. Procedimentos Especiais. 10ª Edição. São Paulo: Atlas, 2004, p. 77.

7
Acreditamos que a reconvenção seja compatível com
o Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave, quando o objeto da
reconvenção seja mais amplo do que o recebimento dos salários do período de
afastamento ou da reintegração do empregado estável, como por exemplo: em
razão dos motivos da falta grave, o requerido (empregado), por meio de
reconvenção pleiteia a reparação de danos morais e patrimoniais que tenha
conexão com a matéria versada no Inquérito.
Já na Ação de Consignação em Pagamento, o
consignado pode por meio de reconvenção formular pretensão mais ampla do que
a discutida nos autos da consignatória, desde que guarde conexão com os fatos
deduzidos na Ação de Consignação. Por exemplo: por meio de reconvenção, o
consignado, além de não concordar em receber as verbas rescisórias, formula
pedido de reintegração no emprego em razão de doença profissional e
indenização por danos materiais decorrentes da alegada doença.
A jurisprudência trabalhista tem admitido a
reconvenção tanto no Inquérito como na Consignação, convertendo o rito
especial em ordinário, o que, no nosso sentir, está correto, pois facilita o acesso
do trabalhador à justiça, e também prestigia os princípios da efetividade e
celeridade processual, bem como evita decisões conflitantes sobre a mesma
matéria na mesma Vara do Trabalho.

Reconvenção de Reconvenção no Processo do


Trabalho

Questão das mais polêmicas diz respeito à


possibilidade da existência da reconvenção de reconvenção.
Parte da doutrina não a admite, argumentando que tal
atitude provoca complicadores excessivos no processo; atenta contra a celeridade
processual e ainda propicia uma chance a mais ao autor, que deveria ter
formulado todos os seus pedidos no próprio corpo da inicial (princípio da
eventualidade da inicial).

8
Calmon de Passos19 aponta os seguintes argumentos
favoráveis à admissão da reconvenção de reconvenção: “a)o autor ignorava que o
réu iria reconvir; e por outro lado o seu interesse pode ter surgido justamente em
razão da reconvenção; mas, ainda que o soubesse, a cumulação dos pedidos não é
dever de ordem substancial nem de natureza processual; b)as ações entre só duas
partes são em número finito e logo se exaurem; inclusive a exigência de um
nexo entre a ação e a reconvenção ainda opera como fator limitativo de maior
eficácia; c)a impugnação da reconvenção contestação é (hoje, inclusive, e assim
denominada) sob qualquer aspecto que seja examinada”.
A reconvenção é uma modalidade de resposta (artigo
297 do CPC). Portanto, uma vez respondendo a reconvenção, o autor
(reconvindo) pode aduzir outra reconvenção em face do réu (reconvinte). A Lei
não veda a reconvenção de reconvenção e autores de nomeada como Pontes de
Miranda, Calmon de Passos e Cândido Rangel Dinamarco a admitem.
Os argumentos apontados por Calmon de Passos nos
convencem sobre a admissibilidade da reconvenção de reconvenção no Processo
Civil e acreditamos que tal instituto se aplica também ao Processo do Trabalho,
em razão de omissão da CLT e compatibilidade com os princípios do Direito
Processual do Trabalho (artigo 769, da CLT).
Pode-se questionar a aplicabilidade da reconvenção
de reconvenção no Processo do Trabalho em razão dos princípios da celeridade,
e informalidade do procedimento trabalhista e por trazer ao processo
complicadores que podem comprometer seu bom andamento20. Em razão disso,
acreditamos que embora seja possível a reconvenção de reconvenção no processo
do trabalho, o Juiz do Trabalho, valorando o custo benefício em se admitir uma
reconvenção de reconvenção pode indeferi-la se provocar uma demora excessiva
no andamento do processo ou complicadores excessivos na relação jurídica-
processual.
19
CALMON DE PASSOS, José Joaquim. Comentários ao Código de Processo Civil, Volume III. 8ª
Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 315.
20
Carlos Henrique Bezerra Leite, por este argumento não admite a reconvenção de reconvenção. Aduz o
jurista: “Embora a lei não vede expressamente, não tem sido aceita a reconvenção da reconvenção, pois
isso, é obvio, poderia implicar tumulto processual e eternização do processo (Curso de Direito Processual
do Trabalho. 5ª Edição. São Paulo: LTr, 2007, p. 522).

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