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SUCO DE NONI: MITO OU REALIDADE?

Ariadna JG Barrientos
Estagiária curricular de Marketing Nutricional da Nutrociência, FSP-USP
(ariadna020@hotmail.com)

Noni é um de seus nomes


populares, é uma das plantas medicinais
tradicionais mais importantes na
Polinésia, onde as indicações se
centravam primariamente na aplicação
tópica das folhas, raízes e do fruto
verde. Existe um crescente interesse e
uso popular do fruto de Morinda citrifolia
http:// www.zumo-noni.es
L. que tem sido promovido por diversas
publicações populares, incluindo a imprensa, que informam, ou melhor,
desinformam, a população sobre supostas propriedades comprovadas
cientificamente que o noni possui; alguns chegam a afirmar que o fruto alcança
mais de 120 problemas de saúde que podem ser tratados, e até curados, com
a planta e seus extratos (RODRIGUEZ, 2004).

Nos últimos anos muitos estudos científicos encontram-se em execução


e tratam de demonstrar que o suco desta fruta contém atributos curativos,
como compostos antibacterianos, antiinflamatórios, analgésicos, hipotensivos e
inibidores do câncer. Estes estudos colocam o noni como um medicamento
natural que reduz a pressão sanguínea e a inflamação das articulações, detém
as infecções internas e externas, descongestiona e até evita o crescimento de
células pré-cancerígenas. Apesar de muitos dos efeitos não estarem
comprovados cientificamente, alguns estudos citam que entre as doenças
tratadas com mais efetividade estão: a alergia, artrites, asma, câncer,
depressão, diabetes, digestão, aumento da energia, doenças do coração, rins,
ciclo menstrual, doenças mentais, musculares, obesidade, dores de cabeça,
apetite sexual, insônia e stress. Mencionam, também, que alguns sintomas do
HIV foram diminuídos, assim como da esclerose e da paralise; e eliminaram o
hábito de fumar em mais de 50 % dos tratados para cada doença
(LAVAUT, 2003).

Ao discutirmos a composição deste fruto, sua toxicidade, a ação de seus


componentes no organismo e verificarmos se ela está comprovada
cientificamente é que podemos chegar à conclusão se estamos frente a um
mito ou não.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA E FUNÇÕES BIOLÓGICAS:

Vários compostos têm sido identificados neste fruto, por ordem de


importância podemos relacionar: terpenos, xeronina, damnacanthal,
norepinefrina, escopoletina, antraquinones, aminoácidos, fitonutrientes,
morindona, morindina, acubina, alzarina, ácido caproico, ácido caprílico. Os
terpenos estão envolvidos em processos como o rejuvenescimento celular ao
aumentar a troca nutriente-toxina. A norepinefrina estimula o sistema nervoso
simpático; o damnacanthal é uma substancia natural, utilizada para combater o
câncer, e a xeronina ocasiona reação no núcleo da célula, fazendo que as
pessoas se sintam com mais energia física e mental (LAVAUT, 2003).

O noni contém muitos alcalóides que se transformam em xeroninas e


ajudam o corpo humano a regenerar células danificadas e a incrementar as
defesas deste, de maneira natural; por isso a fruta serve para prevenir ou
melhorar muitos males que nos afetam (HIRAZUMI apud LAVAUT, 2003).

Uma das teorias mais utilizadas para explicar a função do noni está
relacionada com a proxeronina quando chega a partes específicas das células,
como as mitocôndrias, os microssomas, o aparelho de Golgi, o retículo
endotelial, os sistemas de transporte de elétrons, DNA, RNA e dentro destas
estruturas se combina com outros agentes bioquímicos naturais e blocos
construtores (hormônios, proteínas, enzimas, serotonina, vitaminas, minerais e
antioxidantes) onde age, pela corrente sanguínea, nas células do organismo.
Esta combinação se converte em xeronina, que ajuda a célula na sua
reparação e regeneração. Devido a essas propriedades, a xeronina intervém
potencialmente no corpo humano de muitas maneiras, que vão desde o
aumento da vitalidade de una pessoa até a
redução da dependência das drogas. Os
transtornos internos e neurogệnicos também
podem reagir positivamente à xeronina devido à
sua habilidade de normalizar as proteínas
encontradas em todos os tecidos vivos
essenciais, até do cérebro (LAVAUT, 2003). http:// www.hilozoo.com

A função no organismo humano da escopoletina, outro componente


identificado neste fruto, é que se une à serotonina cuja presença está
associada com a diminuição da ansiedade e da depressão, com a regulação da
temperatura corporal e da atividade sexual, além de ser o precursor da
melatonina como regulador do sono, mostra atividade antihipertensiva,
antiinflamatória y antihistamínica (LEVAND apud LAVAUT, 2003).

Também são encontrados fito nutrientes e selênio que são poderosos


protetores antioxidantes contra os radicais livres. Tem sido identificados 17
aminoácidos dos 20 conhecidos, incluindo os 9 que se consideram essenciais
(DATABASE AP apud LAVAUT, 2003).

RECOMENDAÇÕES:

Para obter benefícios com este consumo, temos que considerar que
seus constituintes voláteis são instáveis e facilmente destruídos. Há uma
preparação comercial em forma liofilizada de extrato de noni que elimina esses
fatores, cujo pó reconstituído utiliza-se como complemento nos alimentos.
Outro fator a considerar é que quando o estômago está vazio a pepsina e o
ácido estomacal podem destruir a enzima que libera a xeronina (LAVAUT,
2003).

De acordo com um fabricante, recomenda-se 30 mL/dia, mas essa


porção não foi baseada em nenhum efeito farmacológico, nutricional ou
toxicológico; essa recomendação foi calculada com intenções de marketing,
para ser usado como um aperitivo e com a intenção de corresponder aos
valores nutricionais indicados nos EUA (EUROPEAN COMISSION, 2002).
Apesar de que os extratos se consideram seguros se são utilizados
diretamente e de que não foram encontrados efeitos colaterais ou indesejados,
as mulheres gestantes ou lactentes devem consultar um médico antes de
tomar o suplemento. Por outro lado, não se recomenda o consumo juntamente
com café, álcool ou nicotina. As interações entre medicamentos e o noni não
são conhecidas (LAVAUT, 2003).

CONSIDERAÇÕES:

Estudos científicos tentam demonstrar a validez do amplo uso tradicional


desta espécie; no entanto, não há nada realmente provado cientificamente
sobre seus efeitos.

Um estudo realizado por Rodriguez (2004), que tinha como objetivo


revisar e atualizar a informação científica que existe sobre este fruto, utilizou
como método a busca das palavras Morinda citrifolia, Morinda litoralis ou
Morinda bracteata para realizar uma revisão nas bases de dados PubMed,
COCHRANE, ESBCO, SCIELO, LILACS, CUMED, MEDNAT, RECU até o dia
25 de junho de 2004. Foi encontrado um total de 47 referencias nas bases
consultadas, onde somente 5 avaliavam, em modelos pré-clínicos, a maioria in
vitro, as atividades farmacológicas do suco de noni para uso relacionados com
o câncer e imunoestimulação, assim como com a dor e a inflamação. Esse
estudo conclui que a informação científica disponível não permite validar o uso
e segurança da utilização do noni porque está limitada a estudos pré-clínicos
farmacológicos e precisa de um mínimo de investigações toxicológicas que
respaldem a segurança e isso é particularmente relevante em tratamentos para
problemas de saúde de complexidade como o câncer.

Um outro estudo foi realizado para averiguar a toxicidade do suco de


noni; ele utilizou células hepáticas in vitro expostas a este suco, como modelo
para investigar a hepatotoxicidade dele, que foi relatada em três pacientes. Não
foi mostrado nenhum efeito tóxico muito relevante no fígado, assim como
também não foi encontrada nenhuma genotoxicidade na exposição in vitro de
bactérias e células mamárias ao suco de noni. Então, este estudo conclui que o
suco de noni é seguro para o consumo se ele for produzido em condições
controladas e não contenha aditivos não indicados na embalagem.

Podemos acrescentar que o uso popular e a interessante informação


científica que se têm a respeito da utilização deste fruto, e da sua composição,
nos fazem acreditar que há uma intensa necessidade de que se aprofundem os
estudos farmacológicos e toxicológicos, utilizando extratos do fruto em
pacientes. Concluímos, então, que as informações e o uso popular deste fruto,
geralmente são sem fundamento e ainda existem poucos trabalhos publicados
que validam cientificamente o seu uso.

REFERÊNCIAS:
EUROPEAN COMMISSION, Opinion of the Scientific Committee on Food on Tahitian Noni®
juice. Dezembro, 2002.

LAVAUT NG, LAVAUT JG. Morinda citrifolia Linn.: potencialidades para su utilización en la
salud humana. Rev. Cubana Farm., v. 37, n. 3, 2003.

RODRIGUEZ FM, PINEDO DM. Mito y realidad de Morinda citrifolia L. (noni) Rev Cubana
Plantas Méd., v. 9, n. 3, 2004.

WESTENDORF J et al. Toxicological and Analytical Investigations of Noni (Morinda citrifolia)


Fruit Juice. J Agric Food Chem., v. 55, p. 529-537, 2007.

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