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12ª JELL
24 a 27 de junho de 2009
DIVERSIDADE LINGUÍSTICA,
CULTURA E ENSINO
CADERNO DE
PROGRAMAÇÃO E RESUMOS
PROMOÇÃO:
CURSO DE LETRAS
DIVERSIDADE LINGUÍSTICA,
CULTURA E ENSINO
Agradecimentos:
Apoio:
Fundação Araucária
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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL
DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
COMISSÃO ORGANIZADORA
Coordenação Geral
Prof. Dr. Ciro Damke
Vice-Coordenação
Prof. Ms. Clóvis Alencar Butzge
Secretaria Geral
Mayara da Fontoura das Chagas
Sessão de Comunicações
Profa. Clarice Braatz S. Neukirchen
Profa. Dra. Márcia Sipavicius Seide
Profa. Dra. Rejane Klein
Sessão das Mesas de Debate
Profa. Dra. Clarice Lottermann
Profa. Dra. Rita Felix Fortes
Sessão das Oficinas
Profa. Esp. Elise Schmitt
Profa. Dra. Luciane Thomé Schröder
Comissão de Recepção e Frequência
Profa. Esp. Adriana da Cunha Werlang
Profa. Ms. Clarice Corbari
Profa. Esp. Suely E. T. Tierling
Expedição de Certificados
Profa. Ms. Denise Scolari Vieira
Prof. Ms. Osnir Pereira Barbosa
Sessões Culturais
Profa. Esp. Luciana Inês Gallaztegui
Prof. Dr. Stéfano Paschoal
Setor de Apoio Logístico
Profa. Dra. Izabel Cristina de Souza Gimenez
Profa. Dra. Roselene Fátima Coito
Comissão de Divulgação
Prof. Dr. Antonio Donizeti da Cruz
Profa. Dra. Clarice Nadir von Borstel
Cerimonial de Abertura
Profa. Dra. Clarice Lottermann
Comissão de Editoração
Prof. Ms. Clóvis Alencar Butzge
Prof. Ms. Osnir Pereira Barbosa
Prof. Dr. João Carlos Cattelan
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DADOS GERAIS
DESCRIÇÃO DO EVENTO
A JELL é um evento anual que está em sua 12ª edição regional e 2ª edição nacional.
Neste evento, desenvolvem-se estudos e debates sobre assuntos da área da Linguística e da
Literatura. A programação é composta por palestras, oficinas, mesas redondas e sessão de
comunicações sobre temas relacionados às áreas supracitadas. O evento conta com a
participação de docentes dos Cursos de Letras da Unioeste e de outras universidades nas
mesas de debate, oficinas e palestras, além de abrir espaço para discentes e docentes
apresentarem comunicações. A JELL de 2009 estará voltada para a área de Linguística,
com foco na diversidade linguística, cultura e ensino.
OBJETIVOS
a) Divulgar perspectivas teóricas e didáticas acerca do ensino de Língua Portuguesa,
Línguas Estrangeiras e Literatura;
b) Criar um espaço de formação e debate para a comunidade regional, sobre o ensino de
Língua Portuguesa, Línguas Estrangeiras e Literatura;
c) Propiciar a oportunidade para os pesquisadores da região tornarem públicos seus
trabalhos;
d) Promover a integração entre a universidade e a região;
e) Ser um espaço regular de debates e informações a respeito de temas atuais ligados à
Linguística, à Literatura e às Línguas Estrangeiras Modernas.
CERTIFICADOS
Será fornecido um certificado de participação de 30 horas aos participantes que
tiverem carga horária igual ou superior a 80% de frequência às atividades.
CLIENTELA
Docentes e discentes dos cursos de Letras e demais licenciaturas da Unioeste e
de outras instituições, alunos do PDE, professores e interessados.
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PROGRAMAÇÃO
24 de junho (noite)
Local: Campus da Unioeste
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1.6 A literatura alemã e sua historiografia
Prof. Dr. Alexandre Villibor Flory (UEM)
Prof. Esp. Elise Schmitt (Unioeste)
Prof. Dr. Gerson Luís Pomari (UNAR)
Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste) (Coordenador)
1.7 Línguas Estrangeiras: linguagem, literatura e ensino
Profa. Ms. Any Lamb Fenner (Unioeste) (Coordenadora)
Profa. Ms. Clarice Cristina Corbari (Unioeste)
Profa. Ms. Denise Scolari Vieira (Unioeste)
Profa. Esp. Luciana Inês Gallaztegui (Unioeste)
Profa. Esp. Suely Eiko Takashima Tierling (Unioeste)
1.8 Significação e contexto: as múltiplas faces de um relacionamento (des)necessário
Profa. Dta. Débora L. M. Eleodoro (Unioeste)
Prof. Dr. Ivo José Dittrich (Unioeste) (Coordenador)
Profa. Ms. Maridelma M. Martins (Unioeste)
Profa. Ms. Nildicéia A. Rocha (Unioeste)
25 de junho (noite)
Local: Igreja de Deus
Rua Sergipe, 1250, esquina com Rua Dom Pedro - Centro
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27 de junho (manhã)
27 de junho (tarde)
Local: Campus da Unioeste
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
UNIOESTE
Alcibíades Luiz Orlando
REITORIA
CIRO DAMKE
COORDENAÇÃO GERAL DA 12ª JELL
JORNADA DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
CONFERÊNCIA
Para ensinar os alunos a ler com compreensão e a escrever com razoável coesão
textual, é preciso que os professores que estejam em formação inicial ou continuada
desenvolvam sua própria competência leitora, ampliando seu conhecimento de mundo. É
preciso também que o currículo dos cursos de formação de professores reserve carga
horária e investimento adequados a uma atualizada pedagogia da leitura. Na primeira parte
da palestra, discutimos essa questão à luz da matriz das habilidades do aluno de Letras que
subsidiou a prova do ENADE (antigo provão) de Letras 2008. Na parte conclusiva,
discutimos o papel do professor como agente de letramento, mediando a compreensão
leitora durante a leitura de textos de livros didáticos por alunos de Ensino Fundamental e
Médio. Enfatizam-se aí as estratégias de mediação do professor pesquisador e as
estratégias de compreensão do aluno leitor. Quando os leitores interpretam e integram
ideias e informação a partir do texto, necessitam fazer uso de seu conhecimento de mundo,
estabelecendo conexões que podem ser implícitas ou podem estar abertas a interpretações
baseadas em sua própria perspectiva. Ao interpretar e integrar ideias e informação do texto,
fazem uso de seus conhecimentos e experiências anteriores, que são reflexos de seus
antecedentes sociolinguísticos. Essa é a ênfase da palestra, que se complementa com a
oficina de construção de protocolos de leitura.
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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL
DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
OFICINAS
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biblioteca, dinâmicas que envolvem o leitor e a vivência de alunos de diferentes níveis
(ensino fundamental, médio e superior).
TEATRO E INTERPRETAÇÃO
A oficina tem como objetivo apontar possíveis caminhos para o estudo comparado
de textos poéticos tanto na língua portuguesa como na língua espanhola, discutindo assim
as possibilidades de análise da linguagem poética, fonte de dúvidas e dificuldades para os
acadêmicos de letras. Por outro lado, a aproximação entre as diferentes línguas revelar-se-á
fecunda para a construção de um olhar crítico e reflexivo sobre a diversidade cultural que
une e separa a um só tempo as fronteiras hispano e luso-americanas.
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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL
DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
MESAS DE
DEBATE
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RESUMOS DAS MESAS
MESA 1. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 48
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MESA 2. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 49
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AS EXPERIÊNCIAS DE LEITURA E COM AS TECNOLOGIAS DO EGRESSO
EM LETRAS
Rita Maria Decarli Bottega (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)
PALAVRAS-CHAVE: Perfil dos estudantes, Ensino, Profissionalização.
O trabalho objetiva conhecer o perfil do egresso do Curso de Letras do campus de
Marechal Cândido Rondon. Este perfil é recortado e se atém às experiências de leitura
anteriores e ao uso das tecnologias pelos estudantes. Para a pesquisa, serão analisados
questionários escritos respondidos pelos alunos que ingressaram no curso em 2009, a partir
de alguns referenciais da Análise do Discurso de Linha Francesa e do exposto por Forbes
(2008). A proposta de pesquisa se justifica em função de que os estudantes egressos são
membros de uma geração identificada com algumas das referências que compõem o século
XXI (tecnologia, realidades virtuais, formas de estudos diferenciadas, expectativas em
relação à profissão). Estas referências estão presentes no processo de formação do
professor de Português.
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A CRÍTICA FEMINISTA ATRAVÉS DA POESIA LATINO-AMERICANA DE
AUTORIA FEMININA DO SÉCULO XX
Jacicarla Souza da Silva (Unioeste/Cascavel-CNPq-UNESP/Assis)
PALAVRAS-CHAVE: América Latina, Crítica feminista, Poesia.
É a partir da década de 80 do século XX, como se sabe, que aparecem notáveis
reflexões em torno dos estudos da crítica feminista na América Latina que, por sua vez, irá
enfatizar as particularidades das mulheres inseridas nesse contexto, atentando para a
importância de olhar as especificidades existentes na produção de autoria feminina
latino-americana, propondo, desta forma, uma releitura das teorias vindas de outros países,
em especial, as discussões apresentadas pelas feministas francesas e anglo-americanas.
Nesse sentido, pretende-se realizar um breve panorama sobre as principais tendências e
perspectivas dessa vertente teórica, como forma de destacar a sua contribuição aos estudos
literários. Para isso, serão utilizados alguns textos poéticos de autoras latino-americanas
que dialogam e vão ao encontro das propostas da crítica feminista na América Latina.
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MESA 4. LOCAL: BLOCO 1 – 1º PISO - SALA 01
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DE BUXILA A NGA MUTÚRI: o rito de passagem em Nga Mutúri, de Alfredo
Troni
Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)
PALAVRAS-CHAVE: Nga Mutúri, Rito de passagem, Literatura angolana.
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma leitura da obra Nga Mutúri (Senhora
viúva), da literatura angolana. Este texto, denominado por Ferreira de “romancinho” e por
Santilli de “noveleta”, foi escrito por Alfredo Troni e publicado em folhetins em 1882. A
análise procurará mostrar o rito de passagem de uma criança angolana, que, vendida pelo
tio a um negociante branco, passa de buxila (escrava e ou concubina) a Nga Mutúri,
(Senhora viúva). Nesse percurso, podem ser também observados os aspectos históricos,
culturais e religiosos de Luanda, onde se ambienta a história. As concepções teóricas que
nortearão a análise do rito de passagem estarão baseadas em Durkheim e Eliade.
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“CAMPO GERAL”: um tristonho arremedo de casa-grande
Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)
PALAVRAS-CHAVE: Campo Geral; Guimarães Rosa, herança patriarcal.
Este estudo se atém à base sociológica que sustenta a obra de João Guimarães Rosa
como um todo. Base esta, usualmente, obscurecida pela grandeza temática e encantatória
grandiloqüência lingüística, capaz de dar à cor local – sempre muito colorida e berrante nos
escritores regionalistas brasileiros – um tom pastel tão sutil que só se revela aos leitores
empenhados em desvendar o que subjaz ao maravilhoso aluvião da linguagem rosiana. A
estes é dado perceber como, para além das inovações da linguagem e dos temas universais
há, também, o empenho do autor em registrar o sertão arcaico e em vias de se transformar. É
por isso que na obra rosiana como um todo, pautada, sempre, neste mundo arcaico, há
vários indicativos de que o universo do sertão está se alterando por causa da inevitável
modernização, a qual está de tocaia, pronta para adrentar naquele mundo e alterar uma
forma arcaica de vida que tanto encanta quanto espanta. Tendo em vista este diálogo com a
tradição, objetiva-se analisar como em “Campo geral”, ou “Miguilim”, Guimarães Rosa se
atém com precisão a alguns dos arquétipos mais representativos da cultura brasileira no que
se refere às relações afetivas e sociais entre homens e mulheres, adultos e crianças e
brancos e negros. Estes arquétipos advêm da profunda consciência do autor em relação às
rígidas delimitações de papéis no contexto patriarcal e semipatriarcal rural ao qual ele se
reporta em toda a sua obra.
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que os nossos afetos e as nossas paixões também são movidos e vividos à luz da formação
que estabeleceu limites para as possibilidades da “nossa” sensibilidade afetiva.
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MESA 6. LOCAL: BLOCO 2 – 3º PISO - SALA 58
27
MESA 7. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 51
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ENTRE A LÍRICA URUGUAIA E BRASILEIRA: semelhanças na poética de
Benedetti e Quintana
Luciana Ines Gallaztegui (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)
PALAVRAS-CHAVE: Mario Benedetti, Mario Quintana, lírica.
Mario Benedetti e Mario Quintana. O primeiro: grande poeta uruguaio, sempre
esbanjou sua aguda capacidade criativa na poesia; o segundo, não menos criativo, foi eleito
por seus colegas o Príncipe dos Poetas Brasileiros. Autores que compartilham não apenas
um nome em comum, mas sim uma extrema facilidade em transformar simples palavras em
belos poemas. Assim, o presente artigo tem como objetivo apontar algumas características
comuns às poesias destes dois grandes poetas que tanto marcaram o mundo da lírica através
da simplicidade no modo de contar a vida. Por meio da comparação entre poemas que falam
sobre o amor, o tempo, a saudade, a infância, entre outros, os dois poetas abrilhantam o que
é trivial, passando em suas criações, uma visão cristalina do cotidiano, acompanhada de
uma linguagem leve e encantadora.
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MESA 8. LOCAL: BLOCO 2 – 2º PISO - SALA 52
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SIGNIFICAÇÃO E CONTEXTO: múltiplas faces de um relacionamento
(des)necessário
Ivo José Dittrich (Unioeste)
PALAVRAS-CHAVE: Significado, Contexto, Interpretação.
Vinculados a área de estudos da linguagem, os conceitos de significação e
contexto inscrevem-se no universo daqueles que têm origem e funcionamento na
linguagem corrente, cujo uso não parece apresentar maiores dificuldades para a interação
verbal. Todavia, quando se trata de precisar seu sentido e sua abrangência teórica, uma
diversidade de recortes e perspectivas começa a revelar-se. Diferentes disciplinas, mesmo
fora do universo das ciências da linguagem, delimitam o sentido técnico destas expressões
e, cada uma a seu modo, estabelecem um vínculo mais ou menos estreito entre elas: parece
que uma não se explica sem a outra. Assim, o conjunto inter e multidisciplinar que se dedica
à análise de discursos, à comunicação, aos estudos sociolingüísticos, ao ensino das línguas,
ao lado de outros, abordam a produção e interpretação de sentidos de acordo com o
privilégio que a noção de contexto alcança em seu arcabouço teórico-metodológico. Se
olhar para estas diferentes perspectivas analíticas acentua, por um lado, a amplitude e a
complexidade em que se inscreve o processo da significação, por outro, aponta possíveis
interfaces que podem favorecer a descoberta de convergências, indicando que sua
abordagem exige um tratamento que possa superar os limites e fronteiras metodológicas
em que as diferentes áreas do conhecimento procuram enquadrá-lo.
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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DE
ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
SEMINÁRIO AVANÇADO
DE
LINGUAGEM E ENSINO
Coordenação:
Prof. Dr. Ciro Damke
Profa. Dra. Clarice Nadir von Borstel
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DANONINHO VALE POR UM BIFINHO
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curso de inglês, e finalmente demonstrar como as crenças podem interferir na
aprendizagem de uma segunda língua dos alunos adolescentes que buscam o curso do
SESC - Serviço Social do Comércio em Cascavel. O embasamento teórico a ser utilizado é
formado a partir dos estudos sobre crenças no Brasil (Almeida Filho, 1993), (Barcelos,
1995), e (Felix, 1998). A coleta de dados será com os alunos entre 12 e 16 anos do curso de
inglês do SESC, a pesquisa será um estudo de caso. O instrumento de coleta de dados a ser
utilizado inicialmente será o questionário. Num segundo momento, serão utilizadas as
entrevistas com o objetivo de aprofundar questões importantes que possam emergir a partir
das respostas obtidas nos questionários. Posteriormente a análise e a discussão dos dados
coletados serão apresentadas no corpo da dissertação. Desse modo, os resultados esperados
são: investigar as crenças dos alunos sobre como aprender inglês o que eles dizem ser
necessário fazer e o que fazem realmente para aprender, caracterizar o perfil identitário dos
alunos adolescentes na faixa etária entre 12 e 16 anos, e demonstrar como as relações
sociais interferem na aprendizagem de uma segunda língua ou língua estrangeira.
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REPRESENTAÇÃO DAS IDENTIDADES SOCIAIS NO LIVRO DIDÁTICO DE
LÍNGUA INGLESA: uma perspectiva das vozes de professores e alunos
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27 de junho de 2009 – 13h30 às 15h50
Local: Salas de aula da UNIOESTE
CRONOGRAMA DOS SEMINÁRIOS
AVANÇADOS DE LINGUAGEM E ENSINO
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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DE
ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
SEMINÁRIO AVANÇADO
DE
LITERATURA
Coordenação:
Profa. Dra. Clarice Lottermann
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AS RELAÇÕES SUBJETIVAS DO NARRADOR/PERSONAGENS FEMININAS
EM PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM
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FATALIDADE TUPINIQUIM
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A presente comunicação pretende investigar a construção da personagem Félix do
romance Ressurreição, de Machado de Assis, enfatizando como a personagem é
caracterizada pela dubiedade de seu caráter, marcado pela inconstância de espírito, e a
posição privilegiada que ocupa, visto ter condições econômicas estáveis para sobreviver,
além de representar a própria contradição de homem de seu tempo, marcado pela divisão
entre a nova ordem (burguesa) e antiga ordem. Dessa forma, pretende-se mostrar como
Ressurreição – uma obra de 1872, da primeira fase de Machado – apresenta os homens
ilustrados, intelectuais, sem preocupações com sua situação financeira, representados por
Félix, analisando assim, como o indivíduo oitocentista se constitui. Nesse sentido,
pretende-se descrever criticamente esta personagem, a percepção que as pessoas e o
narrador tem da mesma, e questionar que tipo de indivíduo é Félix, a partir das discussões
de Muricy (1988) e DaMatta (1983), além de descrever como Machado de Assis apresenta
a crítica à sociedade burguesa brasileira, da qual Félix é um representante.
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27 de junho de 2008 – 13h30 às 17h10
Local: Tribunal do Júri da UNIOESTE
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15h50: CAPITALISMO VERSUS SOCIALISMO: o casal Honório de São
Bernardo
Roberta Cantarela (PG - Unioeste)
Profa. Dra. Rita Felix Fortes (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)
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12ª JORNADA REGIONAL E 2ª JORNADA NACIONAL DE
ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS
SESSÃO
DE
COMUNICAÇÕES
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O PEDAGOGO NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
Adriane Wengrad (Unipar)
Mayara Leilane Hohnke (Unipar)
Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Pedagogo, Atuação hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar.
A prática pedagógica na sociedade está em constante atualização, ganhando cada
vez mais espaço na sua atuação, não somente em instituições escolares, mas também em
outros ambientes como hospitais. Atendendo a essa necessidade, o profissional deve ter
uma formação continuada, preparando-se para lidar em diversas áreas, inclusive em
dependências hospitalares onde se encontram crianças e adolescentes internados,
exercendo assim a pedagogia hospitalar. Nesse contexto, o pedagogo que atua em hospitais
disponibiliza de brinquedotecas que auxiliam as crianças na adaptação deste momento
especial, sendo de suma importância para a recuperação e estabilidade do paciente, além de
ser um ambiente de descontração em que a criança usufrui de um espaço lúdico através de
recreação, favorecendo a sua recuperação. Objetiva-se apresentar uma revisão
bibliográfica sobre o pedagogo e sua atuação na Brinquedoteca Hospitalar. Este artigo é a
primeira parte de um projeto que será desenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano de
Pedagogia – Campus Toledo – Universidade Paranaense, no decorrer do ano de 2009 e que
terá como intenção avaliar o conhecimento da população da região oeste do Paraná, sobre
os benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.
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VERBOS MODAIS, MODALIZAÇÃO OBJETIVA E MODALIZAÇÃO
SUBJETIVA
Adriano Steffler (Unioeste)
PALAVRAS-CHAVE: Verbos modais, Modalização objetiva, Modalização subjetiva.
Este trabalho discute nuances de significado dos verbos modais. Embora esta classe
de verbos possua uma característica comum – a modalização –, que serve inclusive para
denominá-la, seu uso em contextos diversos produz nuances de significado que, não raro,
passam despercebidas. Tendo como foco a perspectiva do falante e a intencionalidade de
seus atos de fala, propomos aqui uma categorização que extrapola o “uso comum” desta
classe de verbos, permitindo subdividi-los em grupos. Para tanto, consideraremos a
modalidade do enunciado, a intensidade da modalização, bem como seu caráter
intrassubjetivo e extrassubjetivo.
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SENTIDO E SUJEITO ATRAVÉS DO DISCURSO JORNALÍSTICO: a
homogeneização das narrativas e a cristalização dos sentidos
Alessandro Alves da Silva (PICV/PRPPG/Unioeste)
Alexandre Sebastião Ferrari Soares (Unioeste - Orientador)
PALAVRAS-CHAVE: Discurso, Mídia, Formação Discursiva.
Este texto integra o projeto de pesquisa intitulado “Memória e discurso religioso na
coluna sentimental”. Objetiva-se, neste breve artigo, a partir da concepção francesa de
Análise do Discurso (AD), apresentar uma análise das cartas de leitores publicadas em
2007 na coluna Espaço Sentimental pelo jornal Folha Universal, para observar como a
homogeneização das narrativas das cartas publicadas produz a cristalização de
determinados sentidos. Nessa coluna são publicadas cartas de leitores interessados em
namoros, casamentos ou em conhecer pessoas. As colunas dos jornais destinadas à
publicação das cartas dos leitores são espaços em que (em parte) é “permitida” a “fala”
destes leitores. Soma-se a isso o fato de que historicamente, foram sendo construídas no
imaginário do público leitor (de forma quase que geral), crenças de que o discurso
jornalístico se organiza a partir dos mitos de verdade, objetividade, neutralidade e
imparcialidade (MARIANI, 2005) e que a linguagem veiculada é, exclusivamente, um
instrumento de transmissão de informações.
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GÊNERO DISCURSIVO MANGÁ: uma reflexão sobre sua recepção no Brasil
Amanda Bordin (Unioeste)
Rosana Becker Fernandes (Unioeste – Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Gênero discursivo; Condições de recepção; Mangá.
O presente trabalho vida problematizar a questão da recepção do gênero textual
mangá no Brasil, pautando-se nas concepções e conceitos de gênero discursivo propostas
por Bakhtin (1992) e Marcuschi (2006). Será realizada uma explicitação de sob quais
condições este gênero chega no Brasil. Historicamente, o mangá só chega ao Brasil em
dezembro do ano dois mil (2000), com os mangás “Dragon Ball” e “Cavaleiros do
Zodíaco” (no original Saint Seiya). Em decorrência das versões em animações terem sido
exibidas em televisão aberta, já eram títulos de grande prestígio. Também será abordada a
forma como o gênero textual mangá é avaliado pela sociedade brasileira,
fundamentando-se em Moliné (2004) que discute o tema em sua obra “O grande livro dos
mangás”. Com relação às condições de recepção atuais do mangá, abordaremos a questão
das modificações realizadas no suporte textual no momento da adaptação e quanto aos
meios de veiculação.
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“LIVRO DE RECEITAS” – O PASSO A PASSO NA CONSTRUÇÃO E
MANUTENÇÃO DO SUSPENSE NA OBRA JUVENIL DE MARCOS REY
Ana Cecilia Hildebrand Seyboth (Unioeste)
Clarice Lottermann (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Novela de detetive, Receita, Marcos Rey.
Apesar da divergência de opiniões sobre esse postulado, o romance policial ou
novela de detetive, subgrupos integrantes das histórias de narrativa trivial, segundo Flavio
Kothe (1994), seguem basicamente uma receita para a sua constituição e desenvolvimento,
ou seja, pressupõem a existência de uma técnica ou, pelo menos, a obediência a certas
normas para caracterizá-los como tal. A partir dessas afirmações e de análises feitas sobre
esse tipo de narrativa, seguindo, como ponto de partida, os estudos de Kothe (1994) e
Albuquerque (1979), considerando sua trivialidade, a repetição e superficialidade de tipos,
enredos e finais em nível de estrutura profunda e também o fato de terem sua estrutura
superficial repetitiva e restrita (KOTHE, 1994); avaliando as seis regras básicas, que,
segundo François Fosca, são aplicadas à criação e desenvolvimento de uma narrativa de
suspense (ALBUQUERQUE, 1979); e confrontando também as vinte regras postuladas
por S. S. Van Dine para se escrever um bom romance policial (ALBUQUERQUE, 1979), o
objetivo desse trabalho é analisar as obras juvenis do autor Marcos Rey (1925-1999), que
se dedicou, entre 1981 a 1999 à escrita dessa vertente de narrativa para jovens, com o
intuito de verificar o seguimento desse “passo a passo” e também a inovação na criação de
suas narrativas, buscando encontrar os meios utilizados pelo autor para a manutenção do
suspense em suas histórias.
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A CRIANÇA NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
Andressa Bezen (Acadêmica UNIPAR)
Bruna Heloísa Inocêncio (Acadêmica UNIPAR)
Noeli Pufal Schulz (Professora UNIPAR)
PALAVRAS-CHAVE: Criança, Brinquedoteca Hospitalar, Brinquedo.
Uma criança, quando hospitalizada, conhece durante o período de internação, a dor
de uma injeção, o soro na veia, a agressividade dos exames, e assim fica muitas vezes por
um longo período em companhia apenas de aparelhos sofisticados, o que a faz sofrer. Nesse
período de internamento, ela sofre um corte em sua experiência diária, fica triste e
deprimida, longe de sua casa, irmãos, escola, amigos, bichos de estimação e dos
brinquedos. Para estimular a fantasia destas crianças internadas, fazer renascer a alegria,
faz-se uso da brinquedoteca, um lugar repleto de brinquedos, histórias, músicas, desenhos,
teatros. Ali, em companhia dos profissionais pedagogos, relaciona-se com outras crianças,
envolve-se num mundo imaginário e ilusório fazendo-a esquecer do lugar onde está dos
exames e dos remédios. Através do brincar e das brincadeiras ela consegue dominar suas
angústias e seus impulsos relacionados à doença. Daí a importância da brinquedoteca num
hospital. Pretende-se aqui, apresentar uma revisão bibliográfica sobre a criança na
Brinquedoteca Hospitalar bem como a importância desta na vida da criança hospitalizada
visto que este artigo é a primeira parte de um projeto que será desenvolvido pelos
acadêmicos do 1º Ano de Pedagogia - Campus Toledo - Universidade Paranaense, no
decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento da população da
região oeste do Paraná, sobre os benefícios da Brinquedoteca Hospitalar em um hospital.
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de professores, para que, assim, tais professores estejam preparados para abordar esses
temas em sala de aula.
LETRAMENTO: leituras
Aparecida Ellen dos Santos Cipriano (Unica - União de Ensino Superior de Cafelândia)
Marly de Fátima Tavares Biezus (Única - União de Ensino Superior de Cafelândia -
Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Letramento, Leitura, Ensino.
Pretende-se com esse trabalho frisar a importância de aprender a ler – não apenas de
decodifica, mas interpretar o mundo que nos cerca - e que esse aprender seja um processo
livre de concepções absolutas que a leitura não se torne um “hábito”, ou seja, algo que
precisa ser feito de determinada forma. Ressalta-se que é imprescindível que o professor
seja apaixonado por leitura (s) e seja transparente aos alunos. Que ler é um prazer, que o
livro é um amigo que, segundo Proust, na leitura, essa amizade é levada à pureza primitiva.
Na primeira parte, apresenta-se o conceito do termo letramento, que este artigo o sentido
restrito: a escrita e a leitura como prática social. Apresenta-se concepções leitura de acordo
com Maria Helena Martins a qual em seu livro, “O que é leitura? 2007) aborda três níveis de
leitura: sensorial, emocional e racional, em contrapartida analisa-s estratégias de leitura
baseando-se em Ângela B. Kleiman (2004) no capitulo 4 de seu livro “Oficina de Leitura”,
Estratégias Cognitivas e Estratégias Metacognitivas”. Finalmente é sugerido uma maneira
de trabalhar a leitura de forma coletiva envolvendo várias disciplinas que interagem no
conteúdo escolhido proporcionando ao aluno informações diversas para a (re) construção
de significados no desenvolvimento social do conhecimento.
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(2007) acrescenta que a “tradução literal é determinada do contexto histórico-social e
ideológico e da percepção pessoal do estudioso e/ou do tradutor”.
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no aspecto metodológico de aplicação das atividades, sejam elas voltadas para a reflexão
sobre o uso da língua ou sobre a prática de leitura e atividade de interpretação. Para este
momento, a análise irá se deter sobre a diversidade de gêneros discursivos a que o aluno é
exposto num mesmo capítulo temático, ressaltando-se, sobretudo, o encaminhamento de
trabalho com os textos pensados pelas autoras que visam propiciar ao aluno reflexões sobre
o discurso humorístico em seus diferentes suportes de apresentação.
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situações-limites impostas pelo significado da quarentena e pelas conseqüências que ela
acarretou para as personagens do romance, apontando situações em que o indivíduo age de
forma brutal e desumana, enquanto em outros momentos age com solidariedade. Este
estudo se baseia no fato de que, devido ao romance ser contemporâneo e de um autor
português, quase não há trabalhos voltados para a essa temática que, acredita-se, ser de
fundamental importância para que se possa entender as relações dos indivíduos com as
instituições detentoras de poder e autoridade.
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ALGUNS ASPECTOS DA FORTUNA CRÍTICA DE OS SINOS DA AGONIA, DE
AUTRAN DOURADO
Claudinei Francisco Pioner (PIBIC - Unioeste).
Profa. Dra. Izabel Cristina Souza Gimenez (Unioeste/Mal. Cândido Rondon -
Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Fortuna crítica, Os sinos da agonia, Autran Dourado.
Os sinos da agonia é uma obra de Autran Dourado, escritor mineiro nascido em
Patos de Minas. O romance ambienta-se em Ouro Preto, na segunda metade do século
XVIII. Este trabalho tem o objetivo de apresentar alguns aspectos da fortuna crítica do
romance citado, verificando os comentários e análises que determinados críticos fizeram
da obra, assim como o que o próprio autor tem a dizer sobre o livro. Para tanto, foram
pesquisados, entre outros, autores como Ângela Senra, Maria Lúcia Lepecki e Autran
Dourado. Destaca-se que é o resultado da primeira parte de uma pesquisa, realizada por
meio do PIBIC, cujo objetivo principal é verificar a representação do contexto histórico das
Minas Gerais no período em que se insere a obra. É, portanto, uma pesquisa em andamento.
A NOVA MÔNICA
Douglas Corrêa da Rosa (Unioeste)
Verônica de Jesus de Lima Ávila (Unioeste)
Rosana Becker (Unioeste – Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Textualidade, Coerência, Tirinha;
O presente trabalho tem por objetivo analisar, sob a perspectiva da Linguística do
texto e do discurso os fatores de textualidade, coerência, intertextualidade, conhecimento
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superestrutural e intencionalidade que contribuem para a construção dos sentidos em uma
tirinha da turma da Mônica, do autor Mauricio de Sousa. Através destes elementos
percebe-se os intentos do autor: primeiramente o riso e, por conseguinte, desconstruir a
imagem que o leitor possui da personagem Mônica. Este estudo expõe o quão precioso,
complexo pode ser um texto do gênero tirinha que, neste caso, é destinado ao público
infantil e contem apenas duas falas. A fundamentação das análises será baseada em
Koch(1989), Koch e Elias (2006) e Costa Val (1991). A análise será de base
qualitativa-interpretativa.
64
discurso. Neste trabalho tem-se como objetivo esboçar uma leitura e análise da imagem de
professor apresentada na revista Nova Escola, enquanto signo, vista a luz da teoria
peirceana. Salvo, contudo, que uma capa é fundamentalmente imagens e palavras
traduzidas em discursos, além da imagem de professor será considerado o enunciado:
“Como alfabetizo todos os meus alunos na 1ª série”; discursos de verdades determinantes
de comportamento social. Para fundamentar tal análise, busca-se embasamento teórico nos
estudos de Santaella(2002); Foucault(1990); Orlandi( 2005)e Maingueneau (1989).
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ASPECTOS DA REFERENCIAÇÃO EM ENTREVISTAS PUBLICADAS PELA
REVISTA CULT
Eviliane Bernardi (PIBIC/Unioeste/PRPPG – Unioeste)
Aparecida Feola Sella (Unioeste - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Referenciação, Objetos-de-discurso, Revista Cult.
Para a realização desta pesquisa, partimos do pressuposto de que a referenciação
representa uma atividade discursiva, perspectiva essa defendida por autores como Koch
(2002), Marcuschi (2002), Mondada & Dubois (2003), cujas pesquisas estão inseridas em
uma concepção sociocognitiva e interacional da linguagem. Nessa vertente, a atividade de
referenciação consiste na construção e na reconstrução de objetos de discurso. Nesse
sentido, as expressões referenciais contribuem para elaborar o sentido, indicando pontos de
vista, assinalando direções argumentativas, além de atuarem na progressão e na coesão
textual. Dessa forma, pretende-se, com o presente trabalho, realizar uma análise inicial de
como os elementos referenciais podem auxiliar na construção da argumentação. Para isso,
escolheram-se como corpus de pesquisa entrevistas da Revista Cult, com o objetivo de
verificar a ocorrência de elementos referenciais presentes na superfície textual e como
esses elementos contribuem para a construção de sentidos e para a coesão textual.
Inicialmente, a pesquisa prevê a identificação dos elementos referenciais, passando-se, em
seguida, à análise do teor argumentativo garantido pela seleção dos objetos-de-discurso no
corpus selecionado. Espera-se, com esta pesquisa, demonstrar o processo de referenciação
ocorre primordialmente no interior do discurso, e que o locutor realiza determinadas
escolhas lexicais em função de um querer-dizer, o que garante um teor argumentativo.
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A ILUSTRAÇÃO NA OBRA “CHAPEUZINHO AMARELO” DE CHICO
BUARQUE.
Evelyn Werner (Unioeste)
PALAVRAS-CHAVE: Ilustração, Narrativa infantil, Chapeuzinho Amarelo.
O objetivo do presente trabalho é refletir sobre o papel da imagem presente nas
obras literárias endereçadas ao público infantil, que além de ser essencial para as crianças
antes da aprendizagem da leitura da palavra, prepara o leitor para a leitura de textos de
natureza diversa. Para tanto se enfatizará o valor da imagem, o papel que ela exerce dentro
de uma obra destinada a crianças e, a partir disso, será apresentada uma análise comparativa
da ilustração feita por Ziraldo e da feita por André Letria na obra “Chapeuzinho Amarelo”
de Chico Buarque.
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DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL: a aprendizagem de inglês na escola
pública
Profa. Ms. Isis Ribeiro (Unioeste/Foz do Iguaçu)
PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos, DCE, Ensino de inglês.
As abordagens e métodos de ensino de língua estrangeira, ao longo da história,
estiveram baseados em diferentes pressupostos teóricos acerca da natureza da
língua/linguagem, os quais motivaram diferentes estratégias didáticas e a prática de
diversos professores. Atualmente, diversas pesquisas em lingüística aplicada acerca do
ensino de línguas são orientadas pela concepção de língua enquanto prática social, ou seja,
considerando que a linguagem não é neutra, e sim uma construção histórica e cultural,
dotada de sentido e ideologia, pois é através da língua que diferentes discursos se realizam
(BAKHTIN, 1997; CRISTOVÃO, 2001; MARCUSCHI, 2002; MOITA LOPES, 1996;
PAIVA, 2005). Neste sentido “a língua estrangeira apresenta-se como espaço para ampliar
o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de
construção da realidade” (PARANÁ, 2008 p. 53). As Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná (DCE) para o ensino de língua estrangeira foram elaboradas a partir desta
concepção de língua, que contempla os diferentes discursos e as relações sociais neles
manifestas. Assim, o conteúdo estruturante escolhido para atender a perspectiva de que a
língua é um “espaço de construção de sentidos” foi o Discurso como prática social,
concretizado em diferentes gêneros que circulam em uma variedade de espaços
discursivos. O objetivo desta comunicação é apresentar exemplos práticos de atividades
em que a proposta da DCE vem sendo implantada no ensino de inglês em turmas de 5ª e 6ª
séries em um colégio estadual de Foz do Iguaçu.
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INTERDISCIPLINARIDADE: a Guerra de Canudos e Os Sertões de Euclides da
Cunha
Jael dos Santos (Unioeste)
Prof. Dr. Stéfano Paschoal (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientador)
PALAVRAS-CHAVE: Material didático, Pré-Modernismo, Estratégias de leitura.
Para se entender uma obra literária qualquer, é necessário que se conheça também
o contexto histórico que a abriga. Não que a obra não tenha significado por si e que o
contexto histórico venha a justificar tudo o que ela contém, anulando a individualidade
inclusive estilística de seu autor. Num estudo didático, contudo, o conhecimento do
contexto histórico coopera para discussões acerca da obra num âmbito mais amplo, que
procura investigar sua temática, suas formas de expressão, bem como as próprias opções de
seu autor. O caminho inverso também é possível, ou seja, pode-se buscar apoio em textos
literários para a ilustração ou mesmo explicação de um determinado contexto histórico.
Neste sentido, este estudo propõe estratégias para a formulação de um material didático
sobre a Guerra de Canudos que, não obstante estar abrigado no interior da área de História
do Brasil, busca utilizar trechos da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, numa relação
interdisciplinar. Seu foco recai sobre as cooperações da História para a elaboração de tal
material.
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ESTUDO DO FILME VEM DANÇAR SOB A PERSPECTIVA DA ANÁLISE DO
DISCURSO
Job Lopes (PIBIC/CNPq – Unioeste)
João Carlos Cattelan (Unioeste/Mal. Cândido Rondon – Orientador)
PALAVRAS-CHAVE: Filme, Representações, Discurso
O presente estudo desenvolve uma análise do filme Vem Dançar, sob o viés da
Análise do Discurso de linha francesa, buscando verificar as representações construídas do
professor Pierre Dulaine, interpretado por Antônio Banderas. Uma das causas que
justificam a pesquisa é à busca da compreensão do motivo de construção da imagem do
professor. Além disso, analisa-se como este docente tenta ajudar seus estudantes, nos
diferentes contextos em que eles se encontram. O seu discurso não é só examinado no
âmbito escolar, numa relação pedagógica entre professor/aluno, mas nos diversos
ambientes em que esse personagem se apresenta. O objetivo geral desse estudo visa a uma
análise discursiva das representações que o longa-metragem constrói sobre o professor,
preocupando-se com os propósitos textuais, com a explicação das formas narradas e com o
discurso construído sobre o elemento fundamental do método ensino-aprendizagem. A
metodologia usada para a pesquisa está inserida na perspectiva da Análise do Discurso, ou
seja, unindo texto e contexto. Para Análise do Discurso, o sentido é um resultado de
substituição de expressões, conforme o contexto, a cultura e as experiências adquiridas
pelo locutor, que passa conceber a experiência a partir das condições que sua formação
discursiva possa lhe oferecer para esse julgamento. Assim, passa-se a analisar as produções
narradas do educador no filme, relevando a cultura onde ele está inserido, para que se possa
compreender a razão do filme em apresentá-lo dentro da formação discursiva e ideológica,
na qual ele é colocado.
72
sentindo culpado, ora inocente do crime que cometeu e, ainda, como Machado de Assis faz
uma crítica à sociedade capitalista da época, demonstrando ironicamente a influência do
poder aquisitivo e questionando, ao mesmo tempo, a essência moral dos valores humanos.
73
IMAGENS PICTÓRICAS EM O ENFERMEIRO (1999) – MARIO FARIAS
Julie Fank (Unioeste)
Acir Dias (Unioeste – Orientador)
PALAVRAS-CHAVE: Pintura, Cinema, Machado de Assis
Na tentativa de compreender as significações no universo da Arte, a presente
proposta de pesquisa buscará compreender as intersecções dos dizeres artísticos e a
construção de signos imagéticos na Pintura e no Cinema. Para isso pautaremo-nos numa
abordagem teórico-metodológica da Literatura Comparada para a leitura crítico-analítica
do filme O Enfermeiro (1999), de Mario Farias, baseada em obra literária de mesmo nome,
do machado de Assis. A investigação da construção das personagens através dos signos
imagéticos no cinema servirá de base para um posterior levantamento iconográfico de
signos representativos da figura do “velho” e do “enfermeiro” e sua construção muito
marcada pelo contraste claro x escuro, encontradas também nas obras de Caravaggio e
Rembrandt. Dessa forma, se procurará perceber as relações dialógicas existentes entre
esses signos e os meios de expressão que o representam e a significação por eles produzida,
tanto sob a perspectiva da pintura, quanto sob a perspectiva do cinema.
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RELIGIÃO E GÊNERO: um estudo comparativo de personagens femininas em
romances do final do séc. XIX e da sociedade contemporânea
Kayanna Pinter (Unioeste)
Regina Coeli Machado e Silva (Unioeste - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Antropologia da arte, Literatura, Gênero.
A presente comunicação tem por objetivo apresentar uma relação entre a literatura
realista do século XIX e a literatura brasileira contemporânea, tendo como pano de fundo a
concepção de religião destas duas épocas. Para que este estudo fosse realizado, duas obras e
suas personagens femininas são tomadas como representações paradigmáticas da mudança
de concepção da religião nessas duas épocas históricas. A partir do surgimento do romance
como gênero literário, no século XIX, a crítica a toda uma sociedade e seu sistema
econômico foi ainda mais difundida, se estendendo aos dias atuais.. Neste contexto, as
personagens femininas têm um papel fundamental em determinadas obras literárias, tanto
na literatura realista – ou humanista – do século XIX quanto nas obras literárias
contemporâneas. Esse papel é visível na representação de Amélia, principal personagem
feminina presente na obra “O crime do padre Amaro”, de Eça de Queirós e também de
Valeska, protagonista do conto “A senhora que era nossa”, de Marcelino Freire.
Considerando as representações dessas duas personagens, observamos que são figuras
opostas, em virtude do momento de criação dessas narrativas. Enquanto Amélia é
praticamente a figura do pecado por ter seduzido Amaro com o frescor de sua juventude,
Valeska é a figura da salvação mundana procurada pela religião.
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UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO COM A LINGUAGEM PUBLICITÁRIA
Liliane Alcântara (Unioeste)
Rosana Becker Fernandes (Unioeste - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Anúncios publicitários, Prática de ensino, Análise de
resultados.
O objetivo desta comunicação é apresentar reflexões a respeito do trabalho
desenvolvido com o gênero textual “anúncios publicitários” junto a alunos de duas turmas
de 8ª séries e uma turma de 1º, 2º e 3° anos do Ensino Médio de um colégio da rede pública
de ensino da cidade de Cascavel. Tal experiência foi decorrente das atividades de estágio
supervisionado de Prática de ensino de Língua Portuguesa do curso de Letras Unioeste –
Cascavel, no ano de 2007. De forma específica refletiremos sobre a) a seleção do conteúdo
e do material utilizado; b) a necessidade de aprofundamento teórico; c) elaboração do plano
de aula, estabelecendo relação com o planejamento anual da disciplina na escola; d)
necessidade de elaboração de material de apoio; e) análise da metodologia trabalhada. Para
finalizar a comunicação, serão analisadas algumas produções dos alunos.
78
(escritor e destinatário), aspectos os quais são revelados por meio da linguagem. Dessa
forma, objetiva-se analisar cartas familiares de um falante bilíngue alemão/português,
escritas na década de cinquenta do século passado, identificando os traços acima citados,
bem como o resultado do contanto entre estas línguas. Para tanto, o aporte teórico
sustenta-se em Bakhtin (2004) e Hall (2006), entre outros, os quais apresentam reflexões
acerca de língua, cultura e identidade, a partir dais quais a reflexão se volta,
particularmente, à cultura alemã, o que será utilizado como base para as análises a serem
realizadas.
79
geral. De início, abordam-se autores consagrados de gramáticas normativas, como Said Ali
(1971), Cegalla (1978), Bechara (s/d), Sacconi (1984) e Cunha & Cintra (2007). Em
seguida, discutem-se algumas referências que tratam da questão prefixal a partir de uma
visão mais voltada à teoria linguística: citam-se Cabral (1974), Sandmann (1992), Rocha
(1998), Laroca (2003) e Basilio (2004). Dessa sondagem teórica considera-se que os
prefixos têm características específicas que o tornam parte do processo de derivação, uma
vez que são formas presas, isto é, são partes integrantes das palavras, apresentam uma
identidade semântica e funcional e não se adjungem a qualquer base.
80
amigos que tem por finalidade auxiliá-los na sua enfermidade. Objetiva-se aqui apresentar
uma revisão bibliográfica sobre Pedagogia Hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar e os
benefícios que esta apresenta. Este artigo é a primeira parte de um projeto que será
desenvolvido pelos acadêmicos do 1º Ano de Pedagogia – Campus Toledo – Universidade
Paranaense, no decorrer do ano de 2009 e que terá como intenção avaliar o conhecimento
da população da região oeste do Paraná, sobre os benefícios da Brinquedoteca Hospitalar
em um hospital.
81
uma sociedade abalada pelas instabilidades sociais e, sobretudo, pelos problemas que
emergem no momento da pós-revolução.
82
criar e manter os aspectos positivos de uma imagem ou ainda buscar meios de reverter
possíveis pontos negativos.
83
discursivos, mas também criar situações em que os leitores tenham oportunidades de
refletir sobre os textos de forma contextualizada. O presente artigo enfoca alguns textos
extraídos da revista Caros Amigos, Seção Picadinhas, nos quais se percebe o processo de
referenciação como auxiliar na construção de sentidos.
84
AS PERSONAGENS FEMININAS DE “UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA
CASA CHAMADA TERRA”
Miriam Juliana Pastori Bosco (Unioeste)
PALAVRAS-CHAVE: Mia Couto, Personagens femininas, Sagrado e profano
O estudo das literaturas africanas, especialmente as de língua portuguesa,
mostra-se importante considerando a necessidade de mais estudos a esse respeito, a riqueza
desta literatura e a relação que o Brasil tem com os povos do além-mar. O presente trabalho
pretende realizar uma análise das personagens femininas da obra Um rio chamado tempo,
uma casa chamada terra, do moçambicano Mia Couto. Para tanto, objetiva-se observar
aspectos relacionados ao místico, ao sagrado e ao profano que envolvem as mulheres da
família: Tia Admirança, Dulcineusa, Mariavilhosa, Miserinha, cujos nomes já dizem
muito de si, e Nyembeti , motivo de mistérios e revelações. Criadas pela prosa poética de
Mia Couto, essas personagens, em suas manifestações espirituais e carnais, são pontos
fundamentais no tecer da trama que Mariano, o personagem narrador, vai desvendando.
86
que cargos políticos podem exigir mais conhecimentos do que aqueles que a alfabetização
apresenta, que é saber ler e escrever e, com isto, transmitir um recado simples, apenas. O
candidato, segundo grande parte da jurisprudência, deve passar por um teste a ser aplicado
pelo juiz eleitoral local. Neste, o político necessita demonstrar que conseguirá realizar os
trabalhos inerentes à sua função, no que tange à interpretação e composição de textos, ou
seja, exige-se o letramento do candidato. Chega-se à conclusão, então, de que falta
regulamentação para o termo “analfabeto” presente na Constituição Federal, ainda que isto
seja difícil, já que, nos próprios estudos sociolinguísticos, não há definição exata e
acabada. A regulamentação servirá, contudo, para reduzir as discrepâncias e os recursos
eleitorais a respeito da relação e da definição terminológica de letramento e de
alfabetização.
87
interferências linguísticas nas produções escritas devido ao uso de duas línguas, Línguas
em Contato, ou seja, a Língua Portuguesa e a Língua Alemã, às vezes em forma de
Brasildeutsch (Heye, 1986 e Damke, 1997). Além, das interferências, é também objeto de
estudo o erro de escrita de natureza arbitrária e transposição dos hábitos da fala para a
escrita (Bortoni-Ricardo, 2005). Através da diagnose do erro classifica-se o erro em
categorias sociolingüísticas para que o professor possa elaborar estratégias de ensino da
escrita monitorada. O estudo vem colaborar com uma educação linguística escolar
(Bagno, 2002) que considera as interferências naturais, sob o reconhecimento da realidade
heterogênea, histórico-social, mas que tenha também o princípio da sistematização do
ensino sobre a língua.
88
as origens da representação da decadência das relações sociais na pós-modernidade. Da
bibliografia concernente à análise sociológica, merecerão destaque os textos de Zaluar
(1992), Sodré (2002), Morais (1985) e Oliven (1986) a fim de perscrutar o topos da
violência e da criminalidade no Brasil. É importante mencionar que o conceito de Homo
brutalis é concebido a partir da obra de Pereira (1975), segundo a qual a figura do homo
sapiens ter-se-ia modificado, transmutando-se em uma nova configuração na qual a vazão
à violência e à agressividade é gratuita e motivada pelo próprio entorno. Por meio de um
cotejo entre os textos da tradição sociológica e fonsequianos, estabelecemos a
representação literária da referida figura (homo brutalis) na obra do escritor brasileiro, a
fim de fornecer mais uma possibilidade de leitura e análise do texto literário.
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A RELAÇÃO ENTRE CASAL SOB A ÓTICA DE LUIZ VILELA
Patrícia Martins Cozer (Unioeste)
PALAVRAS-CHAVE: Casamento, Dominação masculina, Antropologia da arte.
Antigamente, o casamento, consolidado na grande maioria das vezes por
dinheiro, era simplesmente visto como um contrato. Algumas décadas depois dos anos 60,
é raro encontrar esse tipo de situação – agora, a problemática consiste em dois momentos: o
da ascensão feminina no mercado de trabalho e a delegação das tarefas domésticas aos
homens. Ocorre o que chamamos de “inversão de papéis”, visto que por muito tempo a
dominação masculina se sobrepôs – e até certo ponto é a que predomina ainda hoje perante
os olhos da sociedade. Naturalmente, essa mudança não é unânime, ou seja, não pode ser
observada em todos os casais que constituíram famílias. Mas é, de modo claro, o resultado
da individualização no feminino, partindo para a construção da mulher como indivíduo,
desviando a idéia mais conhecida e aceita, que é a da mulher como natureza –
desempenhando, basicamente, cuidados relacionados ao lar e aos filhos. Esse estudo se
propõe a investigar porque, apesar dos grandes avanços alcançados no universo feminino,
a dominação masculina continua presente em muitas relações conjugais. Os contos
escolhidos para análise desses casos, do escritor Luiz Vilela, apontam justamente para o
rebaixamento da personagem mulher mediante o machismo de seu marido, e demonstram
que o papel do homem dentro de casa e fora dela é relevante para a condição a que fica
exposta sua parceira.
91
Esta comunicação expõe alguns conceitos de Terminologia, assim como a metodologia
utilizada para a pesquisa em andamento, a saber: escolha do domínio e da língua de
trabalho; delimitação do subdomínio; coleta do corpus do trabalho; classificação dos
termos em fichas terminológicas elaboradas para esse fim. Toma como exemplo, o
resultado parcial da pesquisa terminológica temática bilíngue (português-francês) de
termos jurídicos do estatuto da criança e do adolescente. Espera-se, desse modo, contribuir
para o enriquecimento profissional do futuro professor de Letras e para o desenvolvimento
das pesquisas terminológicas nos diversos domínios do conhecimento.
92
OCORRÊNCIA DE MODALIZAÇÃO JORNAL ONLINE PARAGUAIO.
Rejane Hauch Pinto Tristoni (Unioeste)
PALAVRAS CHAVE: Modalizadores, Crenças, Juízos de valores.
Este trabalho é parte de uma pesquisa, ainda, em andamento, cujo objetivo
consiste em investigar o papel modalizador em vocábulos a partir da análise de recortes do
jornal La nación veiculado na internet durante o ano de 2008 e 2009, considerando o modo
como as pessoas conseguem comunicar-se por meio da língua, transmitindo suas crenças e
seus juízos de valor. O interesse em promover uma análise neste contexto reflete uma
tentativa de contribuir, com a pesquisa a respeito da modalização lingüística. O percurso
traçado para o desenvolvimento deste trabalho, busca demonstrar que modalizadores
retirados do jornal La nación retratam uma atitude avaliativa do produtor do texto em
relação à mensagem expressa ou, ainda, estabelecem uma interlocução mais ativa com o
leitor no sentido de tentar convencê-lo a respeito da validade da opinião na qual o produtor
do texto expõe juízos de valor. Os estudos sobre modalização realizados por autores como
Parret (1988), Castilho e Castilho (1992), Neves (1996) subsidiam a hipótese de que a
modalização está centrada mais diretamente em certos vocábulos que, quando utilizados,
demarcam o objetivo do autor de levar o leitor à concordância e à aceitação da proposição
direcionando, ora, por meio da imposição, ora, pelo conselho a realizar a vontade sobre o
leitor, com isso, o autor, muitas vezes, o autor acaba imprimindo sua marca.
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GÊNEROS TEXTUAIS EM OFICINAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Rosiane Moreira da Silva Swiderski (Unioeste)
Greice da Silva Castela (Unioeste/ PG - UFRJ - Orientadora)
Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)
Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Gêneros textuais, Práticas pedagógicas..
O objetivo que norteia o presente artigo é apresentar reflexões e proposições
sobre os gêneros textuais trabalhados em três oficinas de formação continuada. O
planejamento das oficinas, que contemplam o corpus deste artigo, pauta-se teoricamente
na filosofia de linguagem do Círculo de Bakhtin, na proposta teórico-metodológica da
Sequência Didática proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e adaptada por
Costa-Hübes (AMOP, 2007a; 2007b), nas estratégias de leitura apresentadas por Solé
(1998) e nos pressupostos da etnomatemática apresentadas por D´Ambrosio (1998, 2005).
As oficinas possuem dois públicos distintos: acadêmicos dos cursos de Pedagogia e Letras
que integram o projeto de extensão (PROEX – Cascavel/Pr), intitulado “Interações entre os
processos de leitura e formação de leitores”; e professores do Ensino Fundamental da
cidade de Três Barras/Pr participantes do projeto “Leitura em ação – formando cidadão”,
vinculado ao Programa Universidade Sem Fronteiras (SETI-PR).
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COMO USAR A TELEVISÃO NA SALA DE AULA
Ruth Winterkorn (Unioeste/Mal. Cândido Rondon)
PALAVRAS-CHAVE: Televisão, Utilização, Sala de aula
O presente artigo propõe uma série de procedimentos básicos que permitem
incorporar a programação televisual como documento sócio-histórico, fonte de
aprendizado e catalisadora de debates em sala de aula. Estimular a reflexão do profissional
de ensino sobre o fenômeno social da TV e sua articulação com a escola: um passo
importante na formação de cidadãos críticos e conscientes. Com a chegada das novas
tecnologias surge a necessidade de integrá-las em escolas públicas ou privadas, como uma
nova ferramenta de ensino, e uma nova perspectiva de trabalho para os professores. Assim,
é preciso descobrir novos métodos e técnicas mais eficientes para trabalhá-las com os
alunos, despertando neles o interesse e o prazer em pesquisar, organizar e criar suas idéias,
fazendo uso da tecnologia da informação e da comunicação que é a TV. A integração das
novas tecnologias com a escola propicia outras possibilidades para a educação, por outro
lado, exige o desenvolvimento de novos métodos. Nesse sentido, a criação de projetos para
utilização da tecnologia da comunicação e da tecnologia da informação, em destaque TV e
Vídeo, com finalidade educativa, pode contribuir para o aprimoramento do processo
ensino-aprendizagem. A utilização da TV em sala de aula, e a sua relação com a educação
devem ser cuidadosamente analisadas, especialmente no que tange a possível utilização
equivocada de programas considerados “pouco culturais” como recurso pedagógico, na
busca de um processo de ensino/aprendizagem mais eficaz e dinâmico, pois estes podem
tornar-se apenas um preenchimento do tempo, nada acrescentando ao intelecto dos
estudantes.
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O SENTIDO OBJETIVO E O SENTIDO SUBJETIVO NO USO DO ADJETIVO
Simone Beatriz Cordeiro Ribeiro (Unioeste – Mestrado/ Bolsista Fund. Araucária)
Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Redação de vestibular, Expressividade adjetiva, Sentido
objetivo e subjetivo.
A Redação de Vestibular consiste em uma tarefa árdua, na qual os candidatos, em
apenas trinta linhas, precisam convencer e mostrar a Banca de Correção do Vestibular de
que têm argumentos e uma boa desenvoltura escrita para cursar uma universidade. O
Concurso Vestibular/2008 da Unioeste disponibilizou para a Prova de Redação duas
modalidades textuais: a dissertação/texto argumentativo e a carta. Para o desenvolvimento
deste texto serão utilizadas apenas as dissertações. Nestas serão observados os usos dos
adjetivos buscando verificar se estão antepostos ou pospostos ao substantivo, como
também se essa mudança de ordem influencia no sentido da expressividade quando unidas
as duas classes gramaticais nas formações SUBSTANTIVO+ADJETIVO ou
ADJETIVO+SUBSTANTIVO. Conforme os estudos de Callou e Serra (2003) quando o
adjetivo está depois do substantivo apresenta valor objetivo e quando está antes do
substantivo apresenta valor subjetivo e afetivo. Sendo assim, será verificada a incidência
de mudança de expressividade quanto aos sentidos objetivo e subjetivo, ou quando há
ocorrências de usos inversos ou não que apenas servem como um recurso enfático que não
contribuem para modificar o sentido da expressão, apenas dão realce ao uso. Também
serão analisados os usos já cristalizados que quando se encontram no processo inverso
contribuem apenas para gerar estranheza da expressão.
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O LETRAMENTO NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: estratégias para a
formação do cidadão
Tatiana de Medeiros Canziani (IFPR)
PALAVRAS-CHAVE: Língua, Educação linguística escolar, Ensino médio
profissionalizante.
Esse artigo pretende repensar o trabalho com a língua portuguesa no Ensino
Médio integrado à educação profissional, dentro de um contexto educativo que visa
garantir uma formação científica, tecnológica e humanística, capaz de possibilitar uma
formação integral do profissional e do cidadão. Mediante a essa perspectiva educacional,
busca-se apresentar como se desenvolve o processo de ensino-aprendizagem de língua
portuguesa no Instituto Federal do Paraná (IFPR), Campus Paranaguá, instituição criada
em 2008 e que faz parte do plano de expansão Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica. O letramento surge como uma estratégia eficaz dentro desse
processo de educação lingüística escolar, uma vez que através da intensa prática de leitura,
escrita e oralidade, o aluno passa a reproduzir, de modo contextualizado, atividades
lingüísticas de seu cotidiano. Nesse sentido, a escola abre suas portas para a
heterogeneidade da língua materna, possibilitando ao estudante o acesso à língua padrão –
como uma entre tantas variedades –, ao mesmo tempo em que reconhece o papel do sujeito
como usuário dessa língua, que é passível de adaptação diante das necessidades de seus
falantes.
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A (IM)POSSIBILIDADE DE VER O “OUTRO”: o discurso da descoberta da
América
Toni Juliano Bandeira (Unioeste/Cascavel)
Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)
PALAVRAS-CHAVE: Descobrimento da América, Cristóvão Colombo, Pero Vaz de
Caminha.
O presente trabalho tem como objeto de análise fragmentos da Carta de Pero de
Vaz de Caminha (1500) e do Diário de bordo de Cristóvão Colombo (1492-1493). Nesse
corpus, buscamos revelar aspectos antagônicos relativos à cultura ibérica e a dos povos
autóctones das terras americanas. Nossa atenção se volta ao choque cultural entre as
diferentes concepções do “outro”, conforme afirma Todorov (1983). Para tanto,
realizar-se-á uma análise discursiva de partes dos textos, ancorando-nos nos registros de
Beatriz Pastor (1983) e outros, para buscar no corpus elementos de ordem histórica e
antropológica que possam elucidar os distintos valores vigentes na sociedade européia em
contraposição aos das sociedades nativas descritas por Caminha e Colombo e como esses
valores atuaram na configuração da negação da alteridade nos primeiros contatos entre
ibéricos e aborígenes americanos, já que os relatos evidenciam que as percepções daqueles
em relação aos costumes e crenças destes são figuradas de acordo com sua própria visão, e
consequentemente anulando a possibilidade de ver o “outro” como ele realmente é.
Percebe-se, tanto no Diário quanto na Carta, um olhar atento dos exploradores em relação
às novas terras. Em seus registros, nota-se a presença marcante da ideologia mercantilista e
do ideal de cristianização que movia as ações exploratórias das nações européias. Desse
modo, esse corpus tem, além de seu valor literário, grande valor como documento
histórico, segundo expressa Bosi (2000, p. 14).
100
de Koch (1984), percebe-se que uma das formas de manifestação da polifonia é a utilização
de enunciados negativos, que, ao serem utilizados em determinado contexto, revelam a
orientação argumentativa sugerida pelo enunciador. Visando a identificar como esse
processo ocorre, optou-se por fazer uma análise da entrevista cedida à Revista Cult por
Décio Pignatari, em setembro de 2000. A presente pesquisa está vinculada ao projeto de
Iniciação Científica intitulado “Ocorrência de polifonia por meio de operadores
argumentativos em entrevistas da Revista Cult”. Pretende-se, portanto, explanar sobre os
resultados parciais obtidos na pesquisa, ou seja, demonstrar o efeito argumentativo gerado
pela presença de polifonia em enunciados negativos retirados presentes no gênero
entrevista.
101
TEMA E ESTRUTURA NA PEÇA ANJO NEGRO DE NELSON RODRIGUES
Wallisson Rodrigo Leites (Unioeste/Cascavel)
Lourdes Kaminski Alves (Unioeste/Cascavel - Orientadora)
PALAVRAS-CHAVE: Anjo Negro, Nelson Rodrigues, Estrutura, temática.
As peças rodriguinianas deram ao teatro um novo caráter literário, a temática
universal encontrada em suas obras ao resgatar aspectos do trágico antigo e aclimatá-los à
realidade sócio-cultural brasileira, coloca o teatro nacional ao lado das grandes obras da
nossa literatura. O teatro de Nelson Rodrigues devido à complexidade estética na
elaboração de personagens, no tratamento do gênero e de temas, tem suscitado variadas
pesquisas no Brasil e na América Latina. Contudo, sua obra ainda não foi de todo esgotada,
podendo motivar pesquisas qualitativas na área da crítica cultural, historiográfica e estudos
comparados. O estudo de suas peças representa um olhar aguçado para a condição humana
à medida que refletem aspectos do consciente e do inconsciente coletivo. Este texto
apresenta uma breve reflexão sobre os elementos estruturadores e temáticos na peça Anjo
Negro (1947) de Nelson Rodrigues, com o objetivo de verificar os processos estilísticos
que resultam numa aproximação da figura do herói trágico sob o discurso da dramaturgia
contemporânea, como discurso possível num determinado período histórico.
102
27 de junho de 2009 – 13h30 às 17h15
Local: Salas de aula da UNIOESTE
103
15h45 – 16h00: A influência da mulher no léxico infantil
Patrícia Lucas (Bolsista PIBIC/CNPq/Unioeste)
Clarice Nadir von Borstel (Unioeste/Mal. Cândido Rondon - Orientadora)
104
14h30 – 14h45: Revista Veja e a superioridade dos asiáticos em “Cultura do
Sucesso”
Juliana Karina Voigt (Unioeste)
105
SALA 09 - BLOCO 1 – 2º PISO
106
16h00 – 16h15: O espaço na obra El coronel no tiene quien le escriba, de García
Márquez
Maricélia Nunes dos Santos (Unioeste/Cascavel)
Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/Cascavel - Orientador)
16h15 – 16h30: “As personagens femininas de “Um rio chamado tempo, uma casa
chamada terra”
Miriam Juliana Pastori Bosco (Unioeste)
14h30 – 14h45: Macho não ganha flor: uma leitura do conto de Dalton Trevisan
Salete Schmidt Rutkauskis (CEPR)
107
14h45 – 15h00: Princípios da picaresca como substratos da narrativa em O chalaça
(1994)
Robert Thomas George Würmli (Unioeste/ Cascavel)
Gilmei Francisco Fleck (Unioeste/ Cascavel - Orientador)
109
16h15 – 16h30: “O cobrador” de Rubem Fonseca: uma leitura sociológica do homo
brutalis
Pablo Jamilk Flores (Mestrado Letras/Unioeste)
Regina Coeli Machado (Unioeste - Orientadora)
110
INTERVALO (15h00 – 15h15)
111
14h15 – 14h30: Ocorrência de modalização jornal online paraguaio
Rejane Hauch Pinto Tristoni (Unioeste)
13h30 – 13h45: A leitura sob o ponto de vista dos alunos e professores da Escola
Estadual Dom Carlos Eduardo
Adeonilde Gregorini Chiamenti (Unioeste –PDE)
Greice da Silva Castela (Unioeste – orientadora)
15h30 – 15h45: Gênero discursivo mangá: uma reflexão sobre sua recepção no
Brasil
Amanda Bordin (Unioeste)
Rosana Becker Fernandes (Unioeste – Orientadora)
113
15h45 – 16h00: A nova Mônica
Douglas Corrêa da Rosa (Unioeste)
Verônica de Jesus de Lima Ávila (Unioeste)
Rosana Becker (Unioeste – Orientadora)
114
14h30 – 14h45: O brincar como recurso de aprendizagem
Jocielly Marques de Oliveira Citon (Unioeste)
Greice da Silva Castela (Unioeste - Orientadora)
Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste - Orientadora)
Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste - Orientadora)
14h45-15h00: O Pedagogo na Brinquedoteca Hospitalar
Adriane Wengrad (Unipar)
Mayara Leilane Hohnke (Unipar)
Noeli Pufal Schulz (Unipar - Orientadora)