Gama Scénic estreia novo diesel Pode parecer incongruente basear- se nas tecnologias da Fórmula 1 para construir um motor a gasóleo mais económico e de menores dimensões, mas foi o que a Renault fez para criar o seu novo Energy dCi com 130cv de potência, 320 Nm de binário máximo e médias de 4,4 l/100 km e 115 g/km CO2, no caso do monovolume Scénic. Este motor irá substituir gradualmente o 1.9 dCi de 130cv nos produtos da aliança Renault-Nissan e os primeiros a tê-lo, já em Junho, são os monovolumes Renault Scénic e Grand Scénic. Numa segunda fase, ele será introduzido na gama Mégane e em modelos do segmento C da Tudo isto somado permite uma Nissan, alargando-se, pouco a redução de 20 por cento nos Ficha Técnica pouco, a outros modelos, sendo consumos e de 30 g/km de CO2 em Motor: 1598cc, 4 cil., 16v, injecção descontinuado o fabrico do 1.9 dCi. relação ao 1.9 dCi sem prejuízo das directa por rampa comum O 1.6 dCi tem 264 componentes, performances. Os Scénic e Grand Potência: 130cv dos quais 75 por cento são novos Scénic, segundo o construtor, Binário: 320 Nm às 1750 rpm e foi submetido a 15 mil horas consomem em média 4,4 l/100 Combustível: gasóleo de testes em banco de ensaios e km e emitem 115 g/km CO2, valor Transmissão: caixa manual 700 mil quilómetros de testes em de referência nos monovolumes de 6 velocidades pista. É um motor económico, compactos. Este motor cumpre Veloc. máxima: 195 km/h dotado de corrente de distribuição as normas Euro V de emissões, Aceleração 0 a 100 km/h: 10,5s e de filtro de partículas sem tendo a Renault anunciado, para Consumo médio (100 km): manutenção, associado a uma caixa a próxima Primavera, um 4,4 litros de velocidades de relações longas, propulsor que satisfaz as futuras Emissões de CO2: 115 g/km muito elástica. normas Euro VI. Preço: a partir de 28.750/33.000 Das tecnologias da F1 utilizadas euros (Scénic/Grand Scénic) na sua construção, destacam-se: a arquitectura “quadrada”, isto é, o curso do pistão é igual ao diâmetro do cilindro, o que permite válvulas de maior diâmetro, favorecendo a admissão de ar e, em consequência, as performances. Da disciplina rainha do desporto automóvel vem também a circulação transversal de água, com uma bomba de água mais pequena e económica, e um arrefecimento mais eficaz, para além da redução das fricções internas de funcionamento do motor. A estas inovações acrescentam- se outras tecnologias para obter melhores performances e economia, como o escalonamento da caixa de velocidades e um sistema Start & Stop (paragem e arranque automático do motor) de última geração, com recuperação de energia na desaceleração e na travagem. A recirculação dos gases de escape em ciclo frio e a baixa pressão (recuperação e reintrodução dos gases de escape, que voltam a ser injectados na câmara de combustão) – face ao tradicional, a alta pressão, permite uma redução de emissões de óxidos de azoto e de CO2 e melhor rendimento do motor. Já o Thermomanagement – aceleração da subida da temperatura do motor quando está frio, traduz-se em melhores performances e menores consumos.