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A Constituição e o Supremo :: STF - Supremo Tribunal Federal http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?

item= 1379

Art. Item 150 de


354.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


TÍTULO VI - Da Tributação e do Orçamento
CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Seção I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:

"O Poder Público, especialmente em sede de tributação, não pode agir


imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se essencialmente condicionada pelo
princípio da razoabilidade, que traduz limitação material à ação normativa do Poder
Legislativo. O Estado não pode legislar abusivamente. A atividade legislativa está
necessariamente sujeita à rígida observância de diretriz fundamental, que,
encontrando suporte teórico no princípio da proporcionalidade, veda os excessos
normativos e as prescrições irrazoáveis do Poder Público. O princípio da
proporcionalidade, nesse contexto, acha-se vocacionado a inibir e a neutralizar os
abusos do Poder Público no exercício de suas funções, qualificando-se como
parâmetro de aferição da própria constitucionalidade material dos atos estatais. A
prerrogativa institucional de tributar, que o ordenamento positivo reconhece ao
Estado, não lhe outorga o poder de suprimir (ou de inviabilizar) direitos de caráter
fundamental constitucionalmente assegurados ao contribuinte. É que este dispõe, nos
termos da própria Carta Política, de um sistema de proteção destinado a ampará-lo
contra eventuais excessos cometidos pelo poder tributante ou, ainda, contra
exigências irrazoáveis veiculadas em diplomas normativos editados pelo Estado."
(ADI 2.551-MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-4-2003, Plenário, DJ
de 20-4-2006.)

“Dizíamos que a base de cálculo caracteriza a espécie tributária, se vinculado (taxas


e contribuições) e não vinculadas (impostos).” (ADI 447, Rel. Min. Octavio Gallotti,
voto do Min. Carlos Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de 5-3-1993.)

“Os tributos, nas suas diversas espécies, compõem o Sistema Constitucional


Tributário brasileiro, que a Constituição inscreve nos seus arts. 145 a 162. Tributo,
sabemos todos, encontra definição no art. 3º do CTN, definição que se resume, em
termos jurídicos, no constituir ele uma obrigação que a lei impõe às pessoas, de
entrega de uma certa importância em dinheiro ao Estado. As obrigações são
voluntárias ou legais. As primeiras decorrem da vontade das partes, assim, do
contrato; as legais resultam da lei, por isso são denominadas obrigações ex lege e
podem ser encontradas tanto no direito público quanto no direito privado. A obrigação
tributária, obrigação ex lege, a mais importante do direito público, ‘nasce de um fato

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qualquer da vida concreta, que antes havia sido qualificado pela lei como apto a
determinar o seu nascimento.’ (Geraldo Ataliba, ‘Hermenêutica e Sistema
Constitucional Tributário’, in ‘Diritto e pratica tributaria’, volume L, Padova, Cedam,
1979). As diversas espécies tributárias, determinadas pela hipótese de incidência ou
pelo fato gerador da respectiva obrigação (CTN, art. 4º), são a) os impostos (CF, art.
145, I, arts. 153, 154, 155 e 156), b) as taxas (CF, art. 145, II), c) as contribuições,
que são c.l) de melhoria (CF, art. 145, III), c.2) sociais (CF, art. 194), que, por sua
vez, podem ser c.2.1) de seguridade social (CF, art. 195, CF, 195, § 4º) e c.2.2)
salário educação (CF, art. 212, § 5º) e c.3) especiais: c.3.1.) de intervenção no
domínio econômico (CF, art. 149) e c.3.2) de interesse de categorias profissionais ou
econômicas (CF, art. 149). Constituem, ainda, espécie tributária, d) os empréstimos
compulsórios (CF, art. 148).” (ADI 447, Rel. Min. Octavio Gallotti, voto do Min. Carlos
Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de 5-3-1993.)

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;

“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e


tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art.
145, II, da CF.” (Súmula Vinculante 19)

“Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,


diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” (Súmula 545)

"É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários


instiuída pela Lei 7.940/1989." (Súmula 665)

"O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa." (Súmula
670)

"O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de


polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas
a estas a prestação potencial do serviço público. A regularidade do exercício do
poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e
fiscalização. À luz da jurisprudência deste STF, a existência do órgão administrativo
não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de
localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o
efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. Precedentes. (...)
É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde
que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e
estrutura competentes para o respectivo exercício, tal como verificado na espécie
quanto ao Município de Porto Velho/RO (...)." (RE 588.322, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 16-6-2010, Plenário, DJE de 3-9-2010.) No mesmo sentido: AI
677.664-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 5-5-2009, Primeira Turma,
DJE de 19-6-2009; AI 553.880-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em
17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009; RE 549.221–ED, voto do Rel. Min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 17-2-2009, Segunda Turma, DJE de 20-3-2009.
Vide: AI 707.357-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 2-2-2010, Segunda

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Turma, DJE de 26-2-2010.

“O Plenário do STF decidiu pela constitucionalidade da instituição da taxa de


fiscalização, de localização e de funcionamento. RE 220.316/MG, Rel. Min. Ilmar
Galvão, DJ de 26-6-2001.” (AI 707.357-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em
2-2-2010, Segunda Turma, DJE de 26-2-2010.) No mesmo sentido: AI
763.559-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 2-2-2010, Segunda Turma, DJE
de 26-2-2010. Vide: RE 588.322, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em
16-6-2010, Plenário, DJE de 3-9-2010.

“Taxa. Exercício do poder de polícia. (...) Este Tribunal tem orientação no sentido de
que o exercício do poder de polícia é presumido em favor da Municipalidade.
Precedente. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 581.947-AgR, Rel.
Min. Eros Grau, julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de 27-2-2009.)

“Lei Estadual 12.986/1996. Violação do art. 167, IV, da CF. Não ocorrência. Preceito
de lei estadual que destina 5% [cinco por cento] dos emolumentos cobrados pelas
serventias extrajudiciais e não oficializadas ao Fundo Estadual de Reaparelhamento e
Modernização do Poder Judiciário – FUNDESP não ofende o disposto no art. 167, IV,
da CF. Precedentes. A norma constitucional veda a vinculação da receita dos
impostos, não existindo, na Constituição, preceito análogo pertinente às taxas.” (RE
570.513-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE
de 27-2-2009.)

“Com efeito, a Corte entende como específicos e divisíveis os serviços públicos de


coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outras
serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em geral (uti
universi) e de forma indivisível, tais como os de conservação e limpeza de
logradouros e bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que
as taxas cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são
constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como
taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens
públicos.” (RE 576.321-RG-QO, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento
em 4-12-2008, Plenário, DJE de 12-2-2008.) No mesmo sentido: AI 559.973-AgR,
Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 21-9-2010, Segunda Turma, DJE de
22-10-2010; RE 571.241-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em
20-4-2010, Segunda Turma, DJE de 4-6-2010; AI 521.533-AgR, Rel. Min. Ayres
Britto, julgamento em 15-12-2009, Plenário, DJE de 5-3-2010; RE 524.045-AgR, Rel.
Min. Cezar Peluso, julgamento em 8-9-2009, Segunda Turma, DJE de 9-10-2009; AI
632.562-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma,
DJE de 26-6-2009; AI 660.829-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em
16-12-2008, Primeira Turma, DJE de 20-3-2009; RE 510.336-AgR, Rel. Min. Eros
Grau, julgamento em 17-4-2007, Segunda Turma DJ de 11-5-2007; RE 256.588-
ED-EDV, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 19-2-2003, Plenário, DJ de
3-10-2003; AI 245.539-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em
14-12-1999, Primeira Turma, DJ de 3-3-2000. Vide: RE 501.876-AgR, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 23-2-2011.

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“Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido da impossibilidade de aplicação de


efeitos ex nunc, nos termos do art. 27 da Lei 9.868/1999, à declaração de
inconstitucionalidade de legislação do Município do Rio de Janeiro que (...) instituiu a
Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública (TCLLP) e a Taxa de Iluminação
Pública (TIP).” (AI 651.389-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em
10-6-2008, Primeira Turma, DJE de 8-8-2008.) No mesmo sentido: AI 702.143-
AgR-segundo, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 29-6-2010, Segunda Turma,
DJE de 13-8-2010. Vide: AI 573.560-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em
27-3-2007, Segunda Turma, DJ de 4-5-2007.

“Lei Distrital 1.713, de 3-9-1997. Quadras residenciais do Plano Piloto da Asa Norte
e da Asa Sul. Administração por prefeituras ou associações de moradores. Taxa de
manutenção e conservação. Subdivisão do Distrito Federal. Fixação de obstáculos
que dificultem o trânsito de veículos e pessoas. Bem de uso comum. Tombamento.
Competência do Poder Executivo para estabelecer as restrições do direito de
propriedade. Violação do disposto nos arts. 2º, 32 e 37, XXI, da Constituição do
Brasil. A Lei 1.713 autoriza a divisão do Distrito Federal em unidades relativamente
autônomas, em afronta ao texto da Constituição do Brasil – art. 32 – que proíbe a
subdivisão do Distrito Federal em Municípios. Afronta a Constituição do Brasil o
preceito que permite que os serviços públicos sejam prestados por particulares,
independentemente de licitação (art. 37, XXI, da CF/1988). Ninguém é obrigado a
associar-se em ‘condomínios’ não regularmente instituídos. O art. 4º da lei possibilita
a fixação de obstáculos a fim de dificultar a entrada e saída de veículos nos limites
externos das quadras ou conjuntos. Violação do direito à circulação, que é a
manifestação mais característica do direito de locomoção. A Administração não
poderá impedir o trânsito de pessoas no que toca aos bens de uso comum. O
tombamento é constituído mediante ato do Poder Executivo que estabelece o alcance
da limitação ao direito de propriedade. Incompetência do Poder Legislativo no que
toca a essas restrições, pena de violação ao disposto no art. 2º da Constituição do
Brasil. É incabível a delegação da execução de determinados serviços públicos às
‘Prefeituras’ das quadras, bem como a instituição de taxas remuneratórias, na
medida em que essas ‘Prefeituras’ não detêm capacidade tributária.” (ADI 1.706, Rel.
Min. Eros Grau, julgamento em 9-4-2008, Plenário, DJE de 12-9-2008.)

"Ação Direta de Inconstitucionalidade. Art. 3º, da Lei 7.940, de 20-12-1989, que


considerou os auditores independentes como contribuintes da taxa de fiscalização
dos mercados de títulos e valores mobiliários. Ausência de violação ao princípio da
isonomia, haja vista o diploma legal em tela ter estabelecido valores específicos para
cada faixa de contribuintes, sendo estes fixados segundo a capacidade contributiva
de cada profissional. Taxa que corresponde ao poder de polícia exercido pela
Comissão de Valores Mobiliários, nos termos da Lei 5.172, de 1966 – Código
Tributário Nacional. Ação direta de inconstitucionalidade que se julga improcedente."
(ADI 453, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-8-2006, Plenário, DJ de
16-3-2007.)

“A hipótese de incidência da taxa é a fiscalização de atividades poluidoras e


utilizadoras de recursos ambientais, exercida pelo IBAMA (Lei 6.938/1981, art. 17-B,
com a redação da Lei 10.165/2000). Tem-se, pois, taxa que remunera o exercício do
poder de polícia do Estado. Não há invocar o argumento no sentido de que a taxa
decorrente do poder de polícia fica ‘restrita aos contribuintes cujos estabelecimentos
tivessem sido efetivamente visitados pela fiscalização’, por isso que, registra Sacha
Calmon parecer, fl. 377 essa questão já foi resolvida, pela negativa, pelo STF, que
deixou assentada em diversos julgados a suficiência da manutenção, pelo sujeito

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ativo, de órgão de controle em funcionamento (cf., inter plures, RE 116.518 e RE


230.973). Andou bem a Suprema Corte brasileira em não aferrar-se ao método
antiquado da vistoria porta a porta, abrindo as portas do Direito às inovações
tecnológicas que caracterizam a nossa era’. Destarte, os que exercem atividades de
impacto ambiental tipificadas na lei sujeitam-se à fiscalização do IBAMA, pelo que
são contribuintes da taxa decorrente dessa fiscalização, fiscalização que
consubstancia, vale repetir, o poder de polícia estatal.” (RE 416.601, voto do Rel.
Min. Carlos Velloso, julgamento em 10-8-2005, Plenário, DJ de 30-9-2005.) No
mesmo sentido: RE 361.009-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em
31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 12-11-2010; AI 638.092-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009.

"Taxa em razão do poder de polícia: a Lei mato-grossense 8.033/2003 instituiu taxa


em razão do exercício do poder de polícia. Poder que assiste aos órgãos diretivos
do Judiciário, notadamente no plano da vigilância, orientação e correição da atividade
em causa, a teor do § 1º do art. 236 da Carta-cidadã. É constitucional a destinação
do produto da arrecadação da taxa de fiscalização da atividade notarial e de registro
a órgão público e ao próprio Poder Judiciário". (ADI 3.151, Rel. Min. Ayres Britto,
julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ de 28-4-2006.)

"Taxa: correspondência entre o valor exigido e o custo da atividade estatal. A taxa,


enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não pode superar a
relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo real da atuação
estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode exigir de cada
contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos pertinentes às alíquotas e
à base de cálculo fixadas em lei. Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar o custo
do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte, dando causa, assim, a
uma situação de onerosidade excessiva, que descaracterize essa relação de
equivalência entre os fatores referidos (o custo real do serviço, de um lado, e o valor
exigido do contribuinte, de outro), configurar-se-á, então, quanto a essa modalidade
de tributo, hipótese de ofensa à cláusula vedatória inscrita no art. 150, IV, da CF.
Jurisprudência. Doutrina." (ADI 2.551-MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento
em 2-4-2003, Plenário, DJ de 20-4-2006.)

“As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem espécie tributária, são


taxas, segundo a jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal Federal. (...)
Impossibilidade da destinação do produto da arrecadação, ou de parte deste, a
instituições privadas, entidades de classe e Caixa de Assistência dos Advogados.
Permiti-lo, importaria ofensa ao princípio da igualdade. Precedentes do STF.” (ADI
1.145, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-10-2002, Plenário, DJ de
8-11-2002). Vide: RE 233.843, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em
1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.

“Remuneração pela exploração de recursos minerais (b) não se tem, no caso, taxa,
no seu exato sentido jurídico, mas preço público decorrente da exploração, pelo
particular, de um bem da União (CF, art. 20, IX, art. 175 e §§).” (ADI 2.586, Rel. Min.
Carlos Velloso, julgamento em 16-5-2002, Plenário, DJ de 1º-8-2003.)

"Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que o
autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações de produtos

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da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e


dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, com ofensa ao princípio da legalidade
estrita, que disciplina o Direito Tributário." (ADI 2.247-MC, Rel. Min. Ilmar Galvão,
julgamento em 13-9-2000, Plenário, DJ de 10-11-2000.) No mesmo sentido: ADI
1.982-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 15-4-1999, Plenário, DJ de
11-6-1999.

“Taxa florestal. (b) Exação fiscal que serve de contrapartida ao exercício do poder
de polícia, cujos elementos básicos se encontram definidos em lei, possuindo base
de cálculo distinta da de outros impostos, qual seja, o custo estimado do serviço de
fiscalização.” (RE 239.397, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em
21-3-2000, Primeira Turma, DJ de 28-4-2000.)

“Taxas de lixo e sinistro. (b) Taxas legitimamente instituídas como contraprestação a


serviços essenciais, específicos e divisíveis, referidos ao contribuinte a quem são
prestados ou a cuja disposição são postos, não possuindo base de cálculo própria de
imposto.” (RE 233.784, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 12-11-1999, Prmeira
Turma, DJ de 12-11-1999.) No mesmo sentido: RE 491.982-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 26-6-2009; RE
396.996-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 10-3-2009, Segunda
Turma, DJE de 17-4-2009; AI 431.836-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em
17-6-2003, Segunda Turma, DJ de 1º-8-2003; AI 552.033-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 17-10-2006, Primeira Turma, DJ de 10-11-2006.

“Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da Constituição, sendo a segurança
pública, dever do Estado e direito de todos, exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através, entre outras, da
polícia militar, essa atividade do Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e
não por taxa, se for solicitada por particular para a sua segurança ou para a de
terceiros, a título preventivo, ainda quando essa necessidade decorra de evento
aberto ao público. Ademais, o fato gerador da taxa em questão não caracteriza
sequer taxa em razão do exercício do poder de polícia, mas taxa pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, o que, em exame
compatível com pedido de liminar, não é admissível em se tratando de segurança
pública.” (ADI 1.942-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 5-5-1999, Plenário,
DJ de 22-10-1999.) No mesmo sentido: ADI 2.424, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 1º-4-2004, Plenário, DJ de 18-6-2004.

“Taxa de iluminação pública. (b) Tributo de exação inviável, posto ter por fato
gerador serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido
a determinado contribuinte, a ser custeado por meio do produto da arrecadação dos
impostos gerais.” (RE 233.332, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em
10-3-1999, Plenário, DJ de 14-5-1999.) No mesmo sentido: AI 479.587–AgR, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 3-3-2009, Segunda Turma, DJE de 20-3-2009.

“Taxa Judiciária: sua legitimidade constitucional, admitindo-se que tome por base de
cálculo o valor da causa ou da condenação, o que não basta para subtrair-lhe a
natureza de taxa e convertê-la em imposto: precedentes (ADI 948/GO, 9-11-1995,

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Rezek; ADI 1.772-MC/MG, 15-4-1998, Velloso).” (ADI 1.926-MC, Rel. Min.


Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.) No
mesmo sentido: ADI 3.826, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 12-5-2010,
Plenário, DJE de 20-8-2010; AI 564.642-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009; ADI 2.655, Rel. Min.
Ellen Gracie, julgamento em 9-3-2004, Plenário, DJ de 26-3-2004. Vide: ADI
1.378-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de
30-5-1997.

"Taxas de limpeza pública e de segurança. Leis municipais (...). Acórdão que os


declarou inexigíveis. (...). Decisão que se acha em conformidade com a orientação
jurisprudencial do STF no que tange (...) à taxa de limpeza urbana (...), exigida com
ofensa ao art. 145, II e § 2º, da CF, porquanto a título de remuneração de serviço
prestado uti universi e tendo por base de cálculo fatores que concorrem para
formação da base de cálculo do IPTU. Declaração da inconstitucionalidade dos
dispositivos enumerados, alusivos à taxa de limpeza urbana. Pechas que não viciam a
taxa de segurança, corretamente exigida para cobrir despesas com manutenção dos
serviços de prevenção e extinção de incêndios." (RE 206.777, Rel. Min. Ilmar Galvão,
julgamento em 25-2-1999, Plenário, DJ de 30-4-1999.) No mesmo sentido: AI
677.891-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira
Turma, DJE de 17-4-2009; RE 433.335-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento
em 3-3-2009, Segunda Turma, DJE de 20-3-2009.

“Lei 5.607, de 31-5-1990, do Estado de Mato Grosso, que atribui em favor da OAB,
Seção daquele Estado, parcela de custas processuais. Exercendo a OAB, federal ou
estadual, serviço público, por se tratar de pessoa jurídica de direito público
(autarquia), e serviço esse que está ligado à prestação jurisdicional pela fiscalização
da profissão de advogado que, segundo a parte inicial do art. 133 da Constituição, é
indispensável à administração da justiça, não tem relevância, de plano, a
fundamentação jurídica da argüição de inconstitucionalidade da lei em causa no
sentido de que o serviço por ela prestado não se vincula à prestação jurisdicional,
desvirtuando-se, assim, a finalidade das custas judiciais, como taxa que são.” (ADI
1.707-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 1º-7-1998, Plenário, DJ de
16-10-1998.)

“A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os


emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza
tributária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos,
sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração,
quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente
a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios
fundamentais que proclamam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva
de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade.”
(ADI 1.378-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de
30-5-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.260, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em
29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007. Vide: ADI 1.926-MC, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.

“A taxa, espécie de tributo vinculado, tendo em vista o critério jurídico do aspecto


material do fato gerador, que Geraldo Ataliba denomina de hipóteses de incidência
(Hipótese de Incidência Tributária, Ed. Rev. dos Tribs. 4. ed., 1991, p. 128 e ss.), ou
é de polícia, decorrente do exercício do poder de polícia, ou é de serviço, resultante

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da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,


prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (CF, art. 145, II). A
materialidade do fato gerador da taxa, ou de sua hipótese de incidência, é, ‘sempre e
necessariamente um fato produzido pelo Estado, na esfera jurídica do próprio
Estado, em referibilidade ao administrado.’ (Geraldo Ataliba, Sistema Trib. na
Constituição de 1988, Rev. de Dir. Trib., 51/140), ou ‘uma atuação estatal
diretamente referida ao contribuinte’, que ‘pode consistir ou num serviço público ou
num ato de polícia.’ (Roque Antônio Carrazza, Curso de Dir. Const. Tributário, Ed.
R.T., 2. ed., 1991, p. 243). (...) As taxas de polícia, conforme mencionamos,
decorrem do exercício do poder de polícia, conceituado este no art. 78 do CTN, e as
de serviço, de um serviço público prestado ao contribuinte, serviço público específico
e divisível (CF, art. 145, II). Os serviços públicos, ensina Roque Carrazza, ‘se dividem
em gerais e específicos’, certo que os primeiros, ou gerais, ‘são os prestados uti
universi, isto é, indistintamente a todos os cidadãos’, alcançando ‘a comunidade,
como um todo considerada, beneficiando número indeterminado (ou, pelo menos,
indeterminável) de pessoas.’ (Ob. cit., p.. 243). Esses serviços não constituem fato
gerador de taxa, não podem, portanto, ser custeados por meio de taxa, mas pelos
impostos. ‘Já os serviços específicos’, acrescenta Carrazza, ‘são os prestados ut
singuli. Referem-se a uma pessoa ou a um número determinado (ou, pelo menos,
determinável, de pessoas). São de utilização individual e mensurável. Gozam,
portanto, de divisibilidade, é dizer, da possibilidade de avaliar-se a utilização efetiva
ou potencial, individualmente considerada.’ (Ob. e loc. cits.). Noutras palavras, o
serviço ‘é específico quando possa ser separado em unidades autônomas de
intervenção da autoridade, ou de sua utilidade, ou de necessidade pública, que o
justificou: p. ex., a existência do corpo de bombeiros para o risco potencial de fogo’;
e ‘é divisível quando possa funcionar em condições tais que se apure a utilização
individual pelo usuário: – a expedição de certidões, a concessão de porte de armas,
a aferição dos pesos e medidas, etc.’ (Aliomar Beleeiro, ‘Direito Trib. Brasileiro’,
Forense, l0. ed., p. 353- 354). O serviço público, pois, que dá ensejo ao nascimento
da taxa, há de ser um serviço específico e divisível. A sua utilização, pelo
contribuinte, ou é efetiva ou é potencial, vale dizer, ou o serviço público é prestado ao
contribuinte ou e posto à disposição deste.” (ADI 447, voto do Min. Carlos Velloso,
julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de 5-3-1993). (...) Concedo que há serviços
públicos que somente podem ser remunerados mediante taxa. Do acórdão do RE
89.876-RJ, relatado pelo eminente Min. Moreira Alves (RTJ 98/230) e da conferência
que S. Exa. proferiu no ‘X Simpósio Nacional de Direito Tributário’ (...) penso que
podemos extrair as seguintes conclusões, com pequenas alterações em relação ao
pensamento do eminente Min. Moreira Alves: os serviços públicos poderiam ser
classificados assim: 1) serviços públicos propriamente estatais, em cuja prestação o
Estado atue no exercício de sua soberania, visualizada esta sob o ponto de vista
interno e externo: esses serviços são indelegáveis, porque somente o Estado pode
prestá-los. São remunerados, por isso mesmo, mediante taxa, mas o particular pode,
de regra, optar por sua utilização ou não. (...) 2) Serviços públicos essenciais ao
interesse público: são serviços prestados no interesse da comunidade. São
remunerados mediante taxa. (...) 3) Serviços públicos não essenciais e que, não
utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo para a comunidade ou para o interesse
público. Esses serviços são, de regra, delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos
e podem ser remunerados mediante preço público. Exemplo: o serviço postal, os
serviços telefônicos, telegráficos, de distribuição de energia elétrica, de gás, etc.”
(ADI 447, voto do Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de
5-3-1993.)

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

“Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria


incide sobre o quantum da valorização imobiliária.” (AI 694.836-AgR, Rel. Min. Ellen
Gracie, julgamento em 24-11-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.)

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“Obra pública: o particular que assumiu por contrato a obrigação de ressarcir a


sociedade de economia mista executora dos custos de obra pública de seu interesse
não pode opor à validade da obrigação livremente contraída a possibilidade, em tese,
da instituição para a hipótese de contribuição de melhoria.” (RE 236.310, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 14-12-1998, Primeira Turma, DJ de 6-4-2001.)

“Taxa de pavimentação asfáltica. (b). Tributo que tem por fato gerador benefício
resultante de obra pública, próprio de contribuição de melhoria, e não a utilização,
pelo contribuinte, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto a sua disposição. Impossibilidade de sua cobrança como contribuição, por
inobservância das formalidades legais que constituem o pressuposto do lançamento
dessa espécie tributária.” (RE 140.779, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em
2-8-1995, Plenário, DJ de 8-9-1995.)

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos
e as atividades econômicas do contribuinte.

“É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de


transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel.”
(Súmula 656)

"É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da EC 29/2000,


alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento
da função social da propriedade urbana." (Súmula 668)

“O Plenário, por maioria, proveu recurso extraordinário para afastar a possibilidade


de a Receita Federal ter acesso direto a dados bancários da empresa recorrente. Na
espécie, questionavam-se disposições legais que autorizariam a requisição e a
utilização de informações bancárias pela referida entidade, diretamente às
instituições financeiras, para instauração e instrução de processo administrativo fiscal
(LC 105/2001, regulamentada pelo Decreto 3.724/2001). (...) Asseverou-se que, na
situação em apreço, estariam envolvidas questões referentes: à supremacia da
Constituição, tendo em conta que ato normativo abstrato autônomo haveria de
respeitar o que nela se contém; ao primado do Judiciário, porquanto não se poderia
transferir a sua atuação, reservada com exclusividade por cláusula constitucional, a
outros órgãos, sejam da administração federal, estadual ou municipal; e à
prerrogativa de foro, haja vista que seu detentor somente poderia ter o sigilo
afastado ante a atuação fundamentada do órgão judiciário competente. Destacou-se,
ademais, que a decretação da quebra do sigilo bancário não poderia converter-se em
instrumento de indiscriminada e ordinária devassa da vida financeira das pessoas em
geral e que inexistiria embaraço resultante do controle judicial prévio de tais pedidos.
Reputou-se, assim, que os dispositivos legais atinentes ao sigilo de dados bancários
mereceriam sempre interpretação harmônica com a Constituição. O Min. Marco
Aurélio, relator, conferiu à legislação de regência interpretação conforme à
Constituição, tendo como conflitante com esta a que implique afastamento do sigilo
bancário do cidadão, pessoa natural ou jurídica, sem ordem emanada do Judiciário.
(RE 389.808, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 15-12-2010, Plenário,
Informativo 613.)

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“Em conclusão, o Plenário proveu recurso extraordinário interposto pelo Município de


São Paulo e reconheceu a constitucionalidade da EC 29/2000 e da Lei municipal
6.989/1966, na redação dada pela Lei municipal 13.250/2001, que estabeleceu
alíquotas progressivas para o IPTU tendo em conta o valor venal e a destinação do
imóvel. O recurso impugnava acórdão o qual provera apelação em mandado de
segurança e declarara a inconstitucionalidade da referida Lei municipal 13.250/2001
por vislumbrar ofensa aos princípios da isonomia e da capacidade contributiva, e ao
art. 60, § 4º, IV, da CF (...). Após mencionar os diversos enfoques dados pela Corte
em relação à progressividade do IPTU, em período anterior à EC 29/2000,
concluiu-se, ante a interpretação sistemática da CF, com o cotejo do § 1º do seu art.
156 com o § 1º do seu art. 145, que essa emenda teria repelido as premissas que
levaram a Corte a ter como imprópria a progressividade do IPTU. Enfatizou-se que a
EC 29/2000 veio apenas aclarar o real significado do que disposto anteriormente
sobre a graduação dos tributos, não tendo abolido nenhum direito ou garantia
individual, visto que a redação original da CF já versava a progressividade dos
impostos e a consideração da capacidade econômica do contribuinte, não se
tratando, assim, de inovação apta a afastar algo que pudesse ser tido como
integrado a patrimônio. Ressaltou-se que o § 1º do art. 145 possuiria cunho social da
maior valia, tendo como objetivo único, sem limitação do alcance do que nele estaria
contido, o estabelecimento de uma gradação que promovesse justiça tributária,
onerando os que tivessem maior capacidade para pagamento do imposto.
Asseverou-se, no ponto, que o texto constitucional homenagearia a individualização,
determinando que se atentasse à capacidade econômica do contribuinte, a qual
haveria de ser aferida sob os mais diversos ângulos, inclusive o valor, em si, do
imóvel. Observou-se ser necessário emprestar aos vocábulos da norma
constitucional o sentido próprio, não se podendo confundir a referência à capacidade
econômica com a capacidade financeira, cedendo a tradicional dicotomia entre tributo
pessoal e real ao texto da Carta da República. Frisou-se que essa premissa
nortearia a solução de conflitos de interesse ligados à disciplina da progressividade,
buscando-se, com isso, alcançar o objetivo da República, a existência de uma
sociedade livre, justa e solidária. Aduziu-se que a lei impugnada, por sua vez, teria
sido editada em face da competência do Município e com base no § 1º do art. 156
da CF, na redação dada pela EC 29/2000, concretizando, portanto, a previsão
constitucional. Salientou-se que o texto primitivo desse dispositivo não se referia ao
valor do imóvel e à localização e ao uso respectivos, mas previa a progressividade
como meio de se assegurar o cumprimento da função social da propriedade. Nessa
assentada, o Min. Celso de Mello registrou haver atualmente um modelo de
progressividade que não mais se qualificaria como a simples progressividade-sanção
em virtude exatamente da específica vinculação do instituto da progressividade
tributária, em tema de IPI, ao cumprimento da função social da propriedade urbana,
notadamente quando analisada em face das exigências públicas de adequada
ordenação do solo urbano. Reputou que a pretensão de inconstitucionalidade, no
presente caso, seria afastada precisamente pelo conteúdo inequívoco do próprio
discurso normativo que se encerraria no texto da EC 29/2000, portanto, não mais
apenas a progressividade-sanção, mas também, agora, o instituto da
progressividade como medida de isonomia, como medida de justiça fiscal. Concluiu
que, em face da EC 29/2000, o conteúdo de que se mostraria impregnada a Súmula
668 do STF poderia ser então superada, tendo em vista o fato de que se mostraria
plenamente legítimo e possível ao Município adequar o seu modelo pertinente ao
IPTU à clausula da progressividade, tal como prevista no § 1º do art. 156 da CF.”
(RE 423.768, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 1º-12-2010, Plenário,
Informativo 611.)

"Lei que restringe os contribuintes da Cosip aos consumidores de energia elétrica do


município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar
e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública. A progressividade
da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os

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consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva.


Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua
receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a
contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte. Exação que, ademais,
se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade." (RE 573.675,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-3-2009, Plenário, DJE de
22-5-2009.)

“IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo. Os


Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no
exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição do
Brasil. Não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas segundo
critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva.” (RE
414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 24-6-2008, Segunda Turma, DJE
de 15-8-2008.)

“Fiscalização tributária. Apreensão de livros contábeis e documentos fiscais


realizada, em escritório de contabilidade, por agentes fazendários e policiais federais,
sem mandado judicial. Inadmissibilidade. Espaço privado, Não aberto ao público,
Sujeito à proteção constitucional da Inviolabilidade domiciliar (CF, art. 5º, XI).
Subsunção ao conceito normativo de ‘casa’. Necessidade de ordem judicial.
Administração pública e fiscalização tributária. Dever de observância, por parte de
seus órgãos e agentes, dos limites jurídicos impostos pela constituição e pelas leis
da República. Impossibilidade de utilização, pelo Ministério Público, de prova obtida
com transgressão à garantia de inviolabilidade domiciliar. Prova ilícita. Inidoneidade
jurídica (...). Administração tributária. Fiscalização. Poderes. Necessário respeito aos
direitos e garantias individuais dos contribuintes e terceiros. Aos direitos e garantias
individuais dos contribuintes e de terceiros. Não são absolutos os poderes de que se
acham investidos os órgãos e agentes da administração tributária, pois o Estado, em
tema de tributação, inclusive em matéria de fiscalização tributária, está sujeito à
observância de um complexo de direitos e prerrogativas que assistem,
constitucionalmente, aos contribuintes e aos cidadãos em geral. Na realidade, os
poderes do Estado encontram, nos direitos e garantias individuais, limites
intransponíveis, cujo desrespeito pode caracterizar ilícito constitucional. A
administração tributária, por isso mesmo, embora podendo muito, não pode tudo. É
que, ao Estado, é somente lícito atuar, ‘ respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei’ (CF, art. 145, § 1º), consideradas, sobretudo, e para esse específico
efeito, as limitações jurídicas decorrentes do próprio sistema instituído pela Lei
Fundamental, cuja eficácia – que prepondera sobre todos os órgãos e agentes
fazendários – restringe-lhes o alcance do poder de que se acham investidos,
especialmente quando exercido em face do contribuinte e dos cidadãos da
República, que são titulares de garantias impregnadas de estatura constitucional e
que, por tal razão, não podem ser transgredidas por aqueles que exercem a
autoridade em nome do Estado. A garantia da inviolabilidade domiciliar como
limitação constitucional ao poder do Estado em tema de fiscalização tributária.
Conceito de ‘casa’ para efeito de proteção constitucional. Amplitude dessa noção
conceitual, que também compreendem os espaços privados não abertos ao público,
onde alguém exerce atividade profissional: necessidade, em tal hipótese, de
mandado judicial (CF, art. 5º, XI). ”(HC 93.050, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento
em 10-6-2008, Segunda Turma, DJE de 1º-8-2008.)

“A multa moratória de 20% (vinte por cento) do valor do imposto devido, não se
mostra abusiva ou desarrazoada, inexistindo ofensa aos princípios da capacidade
contributiva e da vedação ao confisco.” (RE 239.964, Rel. Min. Ellen Gracie,

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julgamento em 15-4-2003, Primeira Turma, DJ de 9-5-2003.) No mesmo sentido: AI


755.741-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma,
DJE de 29-10-2009.

“Progressividade do tributo e isenção. Institutos distintos. O primeiro constitui sanção


imposta pelo inadequado aproveitamento da propriedade, nos termos em que
dispuser a lei federal; o segundo diz respeito à observância à capacidade contributiva
do contribuinte.” (RE 238.671, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em
30-10-2001, Segunda Turma, DJ de 15-2-2002.)

“A exigibilidade do ISS, uma vez ocorrido o fato gerador — que é a prestação do


serviço —, não está condicionada ao adimplemento da obrigação de pagar-lhe o
preço, assumida pelo tomador dele: a conformidade da legislação tributária com os
princípios constitucionais da isonomia e da capacidade contributiva não pode
depender do prazo de pagamento concedido pelo contribuinte a sua clientela.” (AI
228.337-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 7-12-1999, Primeira
Turma, DJ de 18-2-2000.)

“O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU – a


metragem da área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser
tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não
quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço
constitui a base imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso
concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do imóvel, certo que a
alíquota não se confunde com a base imponível do tributo. Tem-se, com isto,
também, forma de realização da isonomia tributária e do princípio da capacidade
contributiva: CF, arts. 150, II, 145, § 1º.” (RE 232.393, Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento em 12-8-1999, Plenário, DJ de 5-4-2002.) No mesmo sentido: RE
232.577-EDv, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-2-10, Plenário, DJE de
9-4-10; RE 336.782-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em
26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 1º-7-2009.

“Imposto de transmissão de imóveis, inter vivos – ITBI: alíquotas progressivas: a CF


não autoriza a progressividade das alíquotas, realizando-se o princípio da
capacidade contributiva proporcionalmente ao preço da venda.” (RE 234.105, Rel.
Min. Carlos Velloso, julgamento em 8-4-1999, Plenário, DJ de 31-3-2000.)

“No sistema tributário nacional é o IPTU inequivocamente um imposto real. Sob o


império da atual Constituição, não é admitida a progressividade fiscal do IPTU, quer
com base exclusivamente no seu art. 145, § 1º, porque esse imposto tem caráter real
que é incompatível com a progressividade decorrente da capacidade econômica do
contribuinte, quer com arrimo na conjugação desse dispositivo constitucional
(genérico) com o art. 156, § 1º (específico). A interpretação sistemática da
Constituição conduz inequivocamente à conclusão de que o IPTU com finalidade
extrafiscal a que alude o inciso II do § 4º do art. 182 é a explicitação especificada,
inclusive com limitação temporal, do IPTU com finalidade extrafiscal aludido no art.
156, I, § 1º. Portanto, é inconstitucional qualquer progressividade, em se tratando de
IPTU, que não atenda exclusivamente ao disposto no art. 156, § 1º, aplicado com as
limitações expressamente constantes dos § 2º e § 4º do art. 182, ambos da CF.” (RE
153.771, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 20-11-1996, Plenário, DJ de

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5-9-1997.) Vide: RE 423.768, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 1º-12-2010,


Plenário, Informativo 611.

§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

“É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da


base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.” (Súmula Vinculante 29)

“É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários


instituída pela Lei 7940/1989.” (Súmula 665)

"É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja


base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural." (Súmula 595)

“Emolumentos. Serviços notariais e de registro. Art. 145, § 2°, da CF. Não há


inconstitucionalidade quando a regra impugnada utiliza, pura e simplesmente,
parâmetros que não provocam a identidade vedada pelo art. 145, § 2°, da CF. No
caso, os valores são utilizados apenas como padrão para determinar o valor dos
emolumentos. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.” (ADI
3.887, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-10-2008, Plenário, DJE de
19-12-2008.)

“Taxa de Conservação e Manutenção das Vias Públicas. Inconstitucionalidade


incidental. Acórdão que declarou a inconstitucionalidade de lei que instituiu a cobrança
de Taxa de Conservação e Manutenção das Vias Públicas, por afronta ao disposto
no art. 145, II, da CF. Entendimento firmado pelo STF no sentido de que a base de
cálculo é ‘própria de imposto e não de taxa por serviços específicos e divisíveis
postos à disposição do seu contribuinte’ e ‘não tendo o Município – uma vez que, em
matéria de impostos, a competência é da União – competência para criar tributos
outros que não os que a Constituição lhe atribui, o imposto dissimulado pela taxa é
inconstitucional (RE 121.617)’.” (RE 293.536, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento
em 7-3-2002, Plenário, DJ de 17-5-2002.)

“A taxa de fiscalização da CVM, instituída pela Lei 7.940/1989, qualifica-se como


espécie tributária cujo fato gerador reside no exercício do poder de polícia
legalmente atribuído à Comissão de Valores Mobiliários. A base de cálculo dessa
típica taxa de polícia não se identifica com o patrimônio líquido das empresas,
inocorrendo, em conseqüência, qualquer situação de ofensa à cláusula vedatória
inscrita no art. 145, § 2º, da CF. O critério adotado pelo legislador para a cobrança
dessa taxa de polícia busca realizar o princípio constitucional da capacidade
contributiva, também aplicável a essa modalidade de tributo, notadamente quando a
taxa tem, como fato gerador, o exercício do poder de polícia.” (RE 216.259-AgR,
Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 9-5-2000, Segunda Turma, DJ de
19-5-2000.) No mesmo sentido: RE 177.835, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento
em 22-4-1999, Plenário, DJ de 25-5-2001.

"A escolha do valor do monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária encontra

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óbice no art. 145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que contenha bens imóveis é
também base de cálculo do imposto de transmissão causa mortis e inter vivos (CTN,
art. 33)." (ADI 2.040-MC, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 15-12-1999,
Plenário, DJ de 25-2-2000.)

“Taxas de lixo e sinistro. (b) Taxas legitimamente instituídas como contraprestação a


serviços essenciais, específicos e divisíveis, referidos ao contribuinte a quem são
prestados ou a cuja disposição são postos, não possuindo base de cálculo própria de
imposto.” (RE 233.784, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 12-11-1999, Primeira
Turma, DJ de 12-11-1999.) No mesmo sentido: RE 491.982-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 26-6-2009; RE
396.996-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 10-3-2009, Segunda
Turma, DJE de 17-4-2009; AI 431.836-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em
17-6-2003, Segunda Turma, DJ de 1º-8-2003; AI 552.033-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 17-10-2006, Primeira Turma, DJ de 10-11-2006.

"Taxa Judiciária: sua legitimidade constitucional, admitindo-se que tome por base de
cálculo o valor da causa ou da condenação, o que não basta para subtrair-lhe a
natureza de taxa e convertê-la em imposto: precedentes (ADI 948-GO, 9-11-1995,
Rezek; ADI 1.772-MC-MG, 15-4-1998, Velloso)." (ADI 1.926-MC, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.) No
mesmo sentido: ADI 3.826, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 12-5-2010,
Plenário, DJE de 20-8-2010; AI 564.642-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009; ADI 2.655, Rel. Min.
Ellen Gracie, julgamento em 9-3-2004, Plenário, DJ de 26-3-2004.

"Taxas de limpeza pública e de segurança. Leis municipais (...). Acórdão que os


declarou inexigivéis. (...). Decisão que se acha em conformidade com a orientação
jurisprudencial do STF no que tange (...) à taxa de limpeza urbana (...), exigida com
ofensa ao art. 145, II e § 2º, da CF, porquanto a título de remuneração de serviço
prestado uti universi e tendo por base de cálculo fatores que concorrem para
formação da base de cálculo do IPTU. Declaração da inconstitucionalidade dos
dispositivos enumerados, alusivos à taxa de limpeza urbana. Pechas que não viciam a
taxa de segurança, corretamente exigida para cobrir despesas com manutenção dos
serviços de prevenção e extinção de incêndios." (RE 206.777, Rel. Min. Ilmar Galvão,
julgamento em 25-2-1999, Plenário, DJ de 30-4-1999.) No mesmo sentido: RE
433.335-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 3-3-2009, Segunda Turma,
DJE de 20-3-2009.

“Taxa de construção, conservação e melhoramento de estrada de rodagem. Arts.


212 a 215 da Lei 1.942/1983 do Município de Votuporanga. Inconstitucionalidade.
Base de cálculo que é própria de imposto e não de taxa por serviços específicos e
divisíveis postos à disposição do seu contribuinte.” (RE 121.617, Rel. Min. Moreira
Alves, julgamento em 22-2-1996, Plenário, DJ de 6-10-2000.)

“Dizíamos que a base de cálculo caracteriza a espécie tributária, se vinculado (taxas


e contribuições) e não vinculadas (impostos).” (ADI 447, Rel. Min. Octavio Gallotti,
voto do Min. Carlos Velloso, julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de 5-3-1993.)

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A Constituição e o Supremo :: STF - Supremo Tribunal Federal http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item= 1379

Art. Item 150 de


354.

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