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SÃO CARLOS
2008
RODRIGO ALESSANDRO GODOY
SÃO CARLOS
2008
UNICEP – CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA
Banca Examinadora:
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico especialmente ao
meu PAI que foi, é e sempre será o
meu maior exemplo de
perseverança.
AGRADECIMENTOS
This paper describes the importance of constantly analyze and evaluate lighting
systems already installed in production lines aimed at the appropriate level of brightness of
the environment for the company offering the guarantee of ergonomics of the work of its
employees, by ensuring their security and also ensuring that did not fall in productivity due to
deficiencies in lighting. It was also important to observe the level of energy consumption
between the current lighting systems and proposed, due to possible flaws in the original
design or failure to update and employment of new components in order to fix them and
provide significant cost reductions with the excessive consumption of electrical energy.
LISTA DE FIGURAS
FR - Fator de reator
FSL - Fator de sobrevivência da lâmpada
FU - Fator de Utilização
Ф - Fluxo Luminoso de uma lâmpada
Ø - Fluxo luminoso em Lúmen
ºC - Graus Celsius
E - Iluminância
Emed - Iluminância média
k - Índice de Recinto ou de Local
IRC - Índice de Reprodução de cor
Ra - Índice de Reprodução de cor
I - Intensidade Luminosa
K - Kelvin
kHz - Quilo Hertz
kWh - Quilo watt hora
l - Largura
lm - Lúmen
L - Luminância
m - metro
2
m - metro quadrado
E - Nível de iluminação ou Iluminância
n - Número de lâmpadas
N - Número de luminárias
pd - Pé-Direito
π - PI
PNL - Potência nominal da lâmpada
PNCA - Potência nominal do conjunto acessórios
PtLAM - Potência total das lâmpadas do sistema
PtCA - Potência total do conjunto acessórios
Pt - Potência total instalada
d2 - Quadrado da distância
Ql - Quantidade de luminárias na largura do recinto
Qc - Quantidade de luminárias no comprimento do recinto
T5 - Lâmpada fluorescente tubular com diâmetro de 5/8”
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SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO
No mundo globalizado uma empresa de ponta se destaca pela sua lucratividade. Vários
são os fatores que influenciam a produtividade de uma empresa e entre eles podemos citar
dois que estão diretamente envolvidos com esse trabalho: produtividade e redução de custos.
Dentro do quesito produtividade será enfatizado o assunto Ergonomia. Já em redução de
custos o assunto abordado será Consumo de Energia.
Focando uma linha de produção, um projeto eficiente de sistema de iluminação pode
proporcionar aos operários de uma empresa um trabalho com maior segurança, agilidade e
conforto evitando dessa forma perdas de produtividade por condições inadequadas do nível de
iluminação, acidentes de trabalho e custos adicionais à empresa para reparar falhas não
previstas em projeto.
Do ponto de vista de eficiência energética, várias são as formas que podem ser usadas
para se reduzir o consumo de energia em uma empresa industrial: mudança do tipo de
estrutura tarifária, aumento do fator de potência, a conscientização dos funcionários quanto à
forma de uso e ao consumo de energia elétrica. Um sistema de iluminação eficiente busca
minimizar problemas com fator de potência.
1.1 – OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar o nível atual de iluminação de uma
linha de montagem em uma indústria.
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – LUZ
Pode-se dizer que a luz artificial é tão antiga quanto a História da humanidade. Seu início
deu-se quando o homem aprendeu a controlar o fogo e por milhares de anos a única fonte de
luz artificial disponível foi a chama.
Posteriormente, o homem, no intuito de controlar essa chama por um longo período,
desenvolveu outras fontes de luz mais duradouras, tais como a primeira lâmpada, que era
composta por um pavio e consumia óleo animal ou vegetal, e, mais tarde, provavelmente na
era romana, a vela, obtendo-se assim fontes de luz portáteis.
Tais fontes de luz permaneceram em uso até aproximadamente dois séculos atrás, quando
surgiram os queimadores tubulares (lampiões). Somente no século XX, a chama foi
substituída por corpos sólidos incandescentes, tendo como exemplos mais marcantes a
lâmpada elétrica e a camisa de gás.
Finalmente, no começo dos anos 30 iniciou-se a produção de lâmpadas de descarga de
baixa pressão, com menor desperdício de energia em forma de calor.
É a quantidade total de luz emitida a cada segundo por unidade de fonte luminosa na
tensão nominal de funcionamento (figura 3). A unidade de medida é o lúmen (lm),
representado pelo símbolo Ø.
É a quantidade de luz ou fluxo luminoso que atinge uma unidade de área de uma
superfície por segundo (figura 5). A unidade de medida é o lux, representada pelo símbolo E.
20
Um lux equivale a 1 lúmen por metro quadrado (lm/m2). A equação que expressa essa
grandeza é:
E
A
A iluminância também é a relação entre intensidade luminosa e o quadrado da distância
(I / d2). Na prática é a quantidade de luz dentro de um ambiente e pode ser medida com o
auxílio de um luxímetro. Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a
iluminância não será a mesma em todos os pontos da área verificada. Considera-se por isso a
Iluminância Média (Emed). Baseados em pesquisas realizadas com diferentes níveis de
iluminação os valores relativos à iluminância foram tabelados e no Brasil são encontrados na
norma NBR 5413 – Iluminância de Interiores, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Figura 6 – Luxímetro
É definida como o tempo em horas no qual há perdas de cerca de 30% do fluxo luminoso
inicial das lâmpadas testadas considerando a depreciação do fluxo luminoso e as queimas
ocorridas no período.
Expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte de luz. A sua unidade de medida é o
Kelvin (K) e é representada pelo símbolo T. Quanto mais alta a temperatura de cor, mais
clara é a tonalidade da cor da luz (figura 7). Quando falamos em luz quente ou fria não
estamos nos referindo ao calor físico da lâmpada e sim a tonalidade de cor que ela apresenta
ao ambiente. Luz com tonalidade de cor mais suave proporciona sensação de aconchego, de
relaxamento. Já os tons mais claros são bastante estimulantes.
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Esse índice quantifica a fidelidade com que as cores são reproduzidas sob uma
determinada fonte de luz. A capacidade das lâmpadas de reproduzirem bem as cores (IRC)
independe de sua temperatura de cor (K). Existem lâmpadas com diferentes temperaturas de
cor e que apresentam o mesmo IRC. Os valores para IRC variam de 0 a 100. Sua
representação é o próprio símbolo IRC ou Ra e não há unidade de medida. É um valor
adimensional. Quanto maior o valor de IRC, maior também a fidelidade de reprodução das
cores.
2.2.9 – Luminância
É a definição para a intensidade luminosa (cd) produzida ou refletida por unidade de área
2
(m ) de uma superfície numa dada direção. Ela é representada pelo símbolo L e a unidade de
medida é candela por metro quadrado (cd/m2). Portanto Luminância é a intensidade
luminosa que emana de uma superfície pela sua superfície aparente. A superfície aparente é a
superfície que o campo visual consegue enxergar, podendo ser emanada de luminárias,
janelas, teto, parede, piso, superfície de trabalho ou ainda qualquer outro elemento presente
que receba e reflita a intensidade luminosa diretamente para o campo visual de uma pessoa
(figura 8).
24
Como os objetos refletem a luz diferentemente uns dos outros fica explicado porque a
mesma iluminância pode dar origem a luminâncias diferentes. Coeficiente de reflexão é a
relação entre fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso incidente em uma superfície.
Geralmente é encontrado em tabelas cujos valores são função das cores e dos materiais
utilizados.
A – Transversal B - Longitudinal
Para uniformização dos valores das curvas, geralmente elas são referidas a 1000 lm. Dessa
forma multiplica-se o valor da CDL encontrado pelo fluxo luminoso da lâmpada em questão e
divide-se o resultado por 1000.
2.2.11 – Ofuscamento
2.2.12 – Uniformidade
26
Ao longo da vida útil da lâmpada é comum ocorrer uma diminuição do fluxo luminoso
que sai da luminária em razão da própria depreciação normal do fluxo da lâmpada bem como
por causa do acúmulo de poeira sobre a superfície da lâmpada e do refletor.
27
3.1.1 – Lâmpadas
Estas lâmpadas (figura 13) são a clássica forma para uma iluminação econômica. Sua alta
eficiência e longa durabilidade garantem sua aplicação nas mais diversas áreas comerciais e
industriais. A descarga elétrica em seu interior emite quase que totalmente radiação
ultravioleta (invisível ao olho humano), gerada pelo vapor de mercúrio, que, por sua vez,
será convertida em luz pelo pó fluorescente que reveste a superfície interna do bulbo. É da
composição deste pó fluorescente que resultam as mais diferentes alternativas de cor de luz
adequadas a cada tipo de aplicação. É ele que determina a qualidade e a quantidade de luz,
além da eficiência na reprodução de cor. Quando a lâmpada é ligada, a passagem de corrente
elétrica através dos filamentos causa o seu aquecimento e a liberação de elétrons. Esses
31
Nas lâmpadas de vapor de mercúrio (figura 14) a luz é produzida pela combinação de
excitação e fluorescência. A descarga de mercúrio no tubo de arco produz uma energia
visível na região do azul e do ultravioleta. O fósforo, que reveste o bulbo, converte o
ultravioleta em luz visível na região do vermelho. O resultado é uma luz de boa reprodução
de cores com eficiência luminosa de até 60 lm/W. Para que uma lâmpada de vapor de
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mercúrio possa funcionar é necessário conectá-la a um reator específico, o qual serve para
controlar a corrente e a tensão de operação. É importante salientar que devido à emissão de
ultravioleta, caso a lâmpada tenha o seu bulbo quebrado ou esteja sem o revestimento de
fósforo, deve-se desligá-la, pois o ultravioleta é prejudicial à saúde, principalmente em
contacto com a pele ou os olhos.
As lâmpadas de luz mista, como o próprio nome já diz, são uma combinação de uma
lâmpada vapor de mercúrio com uma lâmpada incandescente, ou seja, um tubo de descarga
de mercúrio ligado em série com um filamento incandescente. O filamento controla a
corrente no tubo de arco e ao mesmo tempo contribui com a produção de 20% do total do
fluxo luminoso produzido. A combinação da radiação do mercúrio com a radiação do fósforo
e a radiação do filamento incandescente produz uma agradável luz branca. As principais
características da luz mista são:
Substituem diretamente as lâmpadas incandescentes em 220V, não necessitando de
equipamentos auxiliares (reator, ignitor e starter);
Maior eficiência e vida média oito vezes maior que as incandescentes.
A lâmpada vapor de sódio alta pressão é a mais eficiente do grupo de lâmpadas de alta
intensidade de descarga. A luz é produzida pela excitação de átomos de sódio aliados a um
complexo processo de absorção e reirradiação em diferentes comprimentos de onda. O
resultado é uma luz branco-dourada com uma eficiência luminosa de 130 lm/W. As lâmpadas
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vapor de sódio são projetadas para funcionar nos mesmos reatores para lâmpadas vapor de
mercúrio, sendo uma excelente opção de substituição para sistemas que já utilizam este tipo
de lâmpada. A substituição de uma lâmpada vapor de mercúrio por um vapor de sódio resulta
em uma redução média de 10% no consumo de energia elétrica e um acréscimo médio de
65% no fluxo luminoso. Este tipo de lâmpada se apresenta nas versões tubulares e
elipsoidais, e é indicada para iluminação de locais onde a reprodução de cor não é um fator
importante. Amplamente utilizada na iluminação externa, em avenidas, auto-estradas,
viadutos, complexos viários etc., tem seu uso ampliado para áreas industriais, siderúrgicas e
ainda para locais específicos como aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e
estacionamentos.
3.1.2 – Luminárias
As luminárias (figura 15) são equipamentos que recebem a fonte de luz (lâmpada) e
modificam a distribuição espacial do fluxo luminoso produzido pela mesma. As luminárias
para uso geral podem ser classificadas de acordo com a porcentagem de luz emitida para
cima (iluminação indireta) ou para baixo (iluminação direta) (quadro 2).
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Figura 15 – Luminárias
O valor da fração de emissão da luz da luminária depende dos materiais empregados na sua
construção, da refletância das suas superfícies, de sua forma, dos dispositivos usados para
proteger as lâmpadas e do seu estado de conservação. Quando se avalia a distribuição da luz
a partir da luminária, deve-se considerar como ela controla o brilho, assim como a proporção
dos lumens da lâmpada que chegam ao plano de trabalho. A luminária pode modificar
(controlar, distribuir e filtrar) o fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas: desviá-lo para certas
direções (defletores), ou reduzir a quantidade de luz em certas direções para diminuir o
ofuscamento (difusores).
3.1.2.2 – Refletores
São dispositivos que servem para modificar a distribuição espacial do fluxo luminoso de
uma fonte. Os perfis de refletores mais utilizados são os circulares, os parabólicos, os
elípticos e os de formas especiais normalmente assimétricos. Cada tipo de refletor possui sua
aplicação específica. Podem ser construídos de vidro ou plásticos espelhados, alumínio
polido, chapa de aço esmaltado ou pintado de branco. O vidro espelhado, apesar da alta
refletância, é pouco utilizado devido a sua fragilidade, peso elevado e custo. O alumínio
polido é uma ótima opção, pois alia às vantagens de alta refletância, razoável resistência
mecânica, peso reduzido e custo relativamente baixo.
3.1.2.3 – Refratores
São dispositivos que modificam a distribuição do fluxo luminoso de uma fonte utilizando
o fenômeno da transmitância. Em muitas luminárias esses dispositivos tem como finalidade
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principal à vedação da luminária, protegendo a parte interna contra poeira, chuva, poluição e
impactos.
As estruturas básicas das luminárias podem ser construídas de diversos materiais. Nas
luminárias para lâmpadas fluorescentes, a carcaça é o próprio refletor, de chapa de aço, com
acabamento geralmente em tinta esmaltada branca. A espessura da chapa deverá ser
compatível com a rigidez mecânica do aparelho. A pintura deve ser de boa qualidade para
melhor aderência e estabilidade.
Nas luminárias utilizadas no tempo ou em ambientes úmidos, dá-se preferência a
carcaças de alumínio ou plásticos devidamente estabilizados contra radiações.
No caso das luminárias herméticas, à prova de água e vapores, especial cuidado deve ser
tomado em relação às juntas e gaxetas de vedação, no que tange à resistência às intempéries,
à temperatura e ao envelhecimento.
3.1.3.1 – Reatores
São utilizados em conjunto com as lâmpadas de descarga. Tem por finalidade provocar
um aumento de tensão durante a ignição e uma redução na intensidade da corrente, durante o
funcionamento da lâmpada. Cada tipo de lâmpada requer um reator específico.
Em termos construtivos podem se apresentar de duas formas: reatores eletromagnéticos
ou reatores eletrônicos.
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3.1.3.2 – Transformadores
Equipamento auxiliar cuja função é converter a tensão da rede (tensão primária) para
outro valor de tensão (tensão secundária). Um único transformador pode alimentar várias
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lâmpadas desde que o valor de sua potência máxima não seja ultrapassado com a somatória
das potências individuais de cada lâmpada.
3.1.3.3 – Ignitores
3.1.3.4 – Starter
3.1.3.5 – Capacitor
Acessório que tem como função corrigir o FP de um sistema que utiliza reator
magnético. Da mesma forma que para cada lâmpada de descarga existe um reator específico,
existe também um capacitor específico para cada reator.
de controle. A unidade de controle, então, processa o sinal de entrada para fechar ou abrir o
relé que controla a potência da luz.
Este sistema possui sensores que identificam a presença de luz natural, fazendo a devida
diminuição ou até mesmo bloqueio da luz artificial através de dimmers controlados
automaticamente. Quanto maior a quantidade de luz natural disponível no ambiente, menor
será a potência elétrica fornecida às lâmpadas e vice-versa.
3.1.3.8 – Minuterias
Dispositivo elétrico o qual permite que lâmpadas permaneçam acesas por um período de
tempo preestabelecido. Após o tempo programado, o temporizador desativa as lâmpadas,
evitando o desperdício de energia.
3.1.3.9 – Dimmers
É a divisão entre o fluxo luminoso irradiado pela luminária e o fluxo luminoso total da
lâmpada. Nesse trabalho esse conceito é representado pelo símbolo ηL. Caso a luminária não
disponha de um refletor adequado para a lâmpada ou o refletor não seja de boa qualidade de
reflexão, grande parte do fluxo da lâmpada não será refletido no ambiente e
conseqüentemente haverá desperdício da luz e baixo rendimento luminoso. Uma luminária de
alto rendimento luminoso possui refletor dimensionado para a lâmpada e excelente reflexão, o
que proporciona um alto aproveitamento da luz e conseqüentemente permite reduzir o número
de luminárias e lâmpadas num projeto de iluminação de ambientes. Normalmente esse valor é
indicado pelo fabricante da luminária.
O Fluxo luminoso final (útil) que incidirá sobre o plano de trabalho é avaliado pelo Fator
de Utilização que é o produto de ηR por ηL. Portanto:
43
Fator de Utilização FU R L
Ele indica a eficiência luminosa do conjunto lâmpada, luminária e recinto.
Muitas vezes, esse processo é evitado, se a tabela de Fator de utilização for também
fornecida pelo catálogo. Esta tabela nada mais é que o valor da Eficiência do Recinto já
multiplicado pela Eficiência da Luminária, encontrado pela interseção do Índice do Recinto
(k) e das Refletâncias do teto, paredes e piso (nesta ordem).
Deve-se consultar a norma NBR 5413 – Iluminância de interiores. Esta Norma estabelece
os valores de iluminância média mínima em serviço para iluminação artificial em interiores,
onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras. A iluminância
deve ser medida no campo de trabalho. Quando este não for definido, entende-se como tal o
nível referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso. Recomenda-se que a iluminância em
qualquer ponto do campo de trabalho não seja inferior a 70% da iluminância média
determinada segundo a NBR 5382. A iluminância no restante do ambiente não deve ser
inferior a 1/10 da adotada para o campo de trabalho, mesmo que haja recomendação para
valor menor.
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O fator de perdas luminosas (FPL) ou Fator de Depreciação (Fd) é definido como a razão
da iluminância média no plano de trabalho depois de certo período de uso do sistema de
iluminação para a iluminância média inicial nas mesmas condições. Esse fator incorpora as
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Além desses, outros fatores podem ser considerados no cálculo do fator de perdas
luminosas: os fatores não-recuperáveis que são inerentes ao local de instalação, como o
desgaste dos materiais com o tempo, a temperatura de operação, a tensão da rede e o fator de
fluxo luminoso do reator.
O fator de perdas luminosas é dado pelo produto dos quatro fatores citados
anteriormente. A tabela a seguir apresenta alguns valores de referência para um determinado
tipo de lâmpada.
FPL FMFL FSL FML FMSS
Quando o FPL não é fornecido pelo fabricante podemos adotar tabelas de fatores de
depreciação convenientes ao trabalho que está sendo realizado. A escolha dessa tabela deve
ser escolhida pelo projetista afim de atender às necessidades do projeto. Abaixo um exemplo
de uma tabela de Fd.
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Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminária, para se evitar que
essa crie sombras perturbadoras, lembrando, porém, que a total ausência de sombras leva à
perda da identificação da textura e do formato dos objetos. Uma boa iluminação não significa
luz distribuída por igual.
A cor de um objeto é determinada pela reflexão de parte do espectro de luz que incide
sobre ele. Isso significa que uma boa Reprodução de Cores está diretamente ligada à
qualidade da luz incidente, ou seja, à equilibrada distribuição das ondas constituintes do seu
espectro.
É importante notar que, assim como para Iluminância média, existem normas que
regulamentam o uso de fontes de luz com determinados índices, dependendo da atividade a
ser desempenhada no local (figura 21).
Um dos requisitos para o conforto visual é a utilização da iluminação para dar ao ambiente
o aspecto desejado. Sensações de aconchego ou estímulo podem ser provocadas quando se
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E med A
N , onde:
n FU FPL FFL
N: número necessário de luminárias;
Emed : Nível de Iluminância Médio;
A: Área do ambiente;
n: nº de lâmpadas;
Ф: Fluxo luminoso de cada lâmpada;
FU: Fator de Utilização;
FPL: Fator de Perda das Luminárias;
FFL: Fator de Fluxo Luminoso do Reator.
Quando o número de luminárias já é conhecido, o nível de iluminância médio pode ser
calculado com:
N n FU FPL FFL
E , onde:
A
É utilizado quando a distância entre a fonte luminosa e o plano a ser iluminado for no
mínimo 5 vezes maior do que as dimensões físicas da fonte de luz.
É aplicado através das fórmulas:
I
E , para a luz incidindo perpendicularmente ao plano do objeto, e:
d2
I cos 3
E , para a luz que não incide perpendicularmente ao plano do objeto, onde:
h2
I: Intensidade Luminosa Vertical, em cd;
E: Iluminância no ponto, em lux;
d: distância da fonte luminosa ao objeto;
α: ângulo de abertura do facho;
h: distância vertical entre a fonte de luz e o plano do objeto;
Iα: intensidade luminosa no ângulo α, em cd.
A iluminância (E) em um ponto é o somatório de todas as iluminâncias incidentes sobre
esse ponto provenientes de diferentes pontos de luz, ou seja:
I I cos 3
E
h2
h 2
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Indica a relação entre a potência total instalada, área e nível de iluminância, dada em
W/m2x100 lx no plano de trabalho. Utilizado para comparar a eficiência energética entre
sistemas de iluminação, pois indica a densidade de potência para se obter um mesmo nível de
iluminância:
D
DPR 100 , onde:
E
DPR: densidade de potência relativa em W/m2 x 100 lux
E: iluminância média, em lx.
O tempo de reposição por lâmpada deve ser multiplicado pelo número de lâmpadas
repostas por mês. Esse custo é bastante significativo nas instalações de difícil acesso, como
iluminação pública, quadras de esporte, etc.
O fator decisivo no custo operacional é o custo de energia elétrica, que corresponde à
Potência Total Instalada (Pt), multiplicada pelas horas de uso mensal e pelo preço do kWh.
Ao se optar por um sistema mais eficiente, este custo sofre substancial redução.
4 – METODOLOGIA
Col et a de da dos
Valores em
Posto Descrição da Atividade
Lux
M. 1.0 Colocar Bloco na linha 300
M.3.0 Retirar tampas 440
M.3.1 Montar casquilho mancal 420
M. 4.0 Montar casquilho e capas dos mancais 580
M. 4.1. Montar anéis de Encosto 500
R.0.1 Reparar mancais 590
KVM 1 Montar anéis de compressão 570
KVM 2 Desmontar conjunto biela 420
KVM 3 Montar casquilhos 480
KVM 4 Montar anel trava do pino pistão 570
M.5.0 Montar conjunto embolo bloco 650
M.6.0 Montar tampas de biela 820
R.0.2 Reparar mancais 700
M. 7.0 Montar pinos guia da flange traseira 380
M.8.0 Montar pinos guia da flange traseira 380
M.9.0 Montar pescador de óleo 600
M.9.1 Apontar 06 parafuso na flange 470
M.11.1 Aplicar Silicone carter 458
M. 11.2 Torquer Parafuso no carter de chapa 590
M.11.3 Virar Rumpf Motor na posição correta 410
M.12.0 Montar parafusos p/ fixar cabeçote 380
M.12.1 Aplicar gel e colocar cabeçote 190
M.12.1 Abastecer esteira transportadora 350
M.13.0 Montar velas de ignição e sensor 370
M. 14.0 Retirar RM 370
Iluminância Média (Emed) 480
De acordo com a ABNT, NBR 5413, o nível de iluminância para uma linha de produção
desse tipo deve estar compreendido entre 500 e 1000 lux dependendo dos fatores
determinantes para o nível de iluminância adequado. Após identificação e avaliação das
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As características do reator que será empregado no novo projeto devem ser equivalentes
ao usado atualmente (do tipo eletrônico com partida instantânea e com alto fator de potência)
devido a sua alta eficiência, porém a potência deve ser compatível com a potência das novas
lâmpadas. Portanto o novo reator também contribuirá com uma significativa redução no
consumo de energia, da ordem de 50% em relação ao atual.
será adotado o “Método dos Lumens” devido às características do recinto estudado. Para se
determinar o fluxo luminoso necessário, temos os seguintes dados:
Iluminância prevista: 750 lux
Área do recinto: 960 m2
Coeficiente de utilização: 0,54
o Esse coeficiente é o produto do índice de recinto pela eficiência da luminária
(valor informado no catálogo do fabricante). O índice de recinto foi obtido da seguinte forma:
as refletâncias de teto, parede e piso foram consideradas como 70%, 10% (devido
à parede se encontrar consideravelmente afastada da linha de produção) e 10%
respectivamente. O fator de local (k) foi obtido em função das dimensões do recinto: 80 m de
comprimento, 12 m de largura e 2,4 m de pé-direito útil. Foi, portanto obtido o valor de 4,35
para k. Cruzando esse valor com os índices de refletância na tabela de Fator de Utilização da
lâmpada / luminária escolhida para o projeto, encontrou-se o índice de recinto: 0,70. No caso
da luminária adotada para esse projeto, o valor obtido de eficiência é 0,77. Portanto:
0,70 0,77 0,54 .
Fator de depreciação: 0,57, obtido junto a Tabela de Fator de Depreciação da lâmpada
escolhida para o projeto.
Diante dessas informações obtêm-se o fluxo luminoso necessário:
E A 750 960 0,57
760000lm
d 0,54
Com o fluxo luminoso determinado, encontra-se agora o número de lâmpadas necessárias.
Para encontrar esse valor é preciso saber o fluxo luminoso de uma lâmpada: no caso desse
trabalho, o fluxo da lâmpada escolhida é de 2900 lumens. Portanto:
760000
n 263lâmpadas
2900
Para se definir o número de luminárias necessário basta dividir o nº total de lâmpadas
calculado pelo nº de lâmpadas por luminária. Conforme visto anteriormente, a luminária
escolhida para esse projeto comporta 2 lâmpadas. Assim sendo, o nº mínimo de luminárias
exigido para o projeto é de 131. É necessário nesse momento efetuar o cálculo das equações
abaixo para definir a distribuição das luminárias pelo recinto.
c
QC (1)
c l
N
66
l
QL (2)
c l
N
Através da equação (1) obtêm-se o número de colunas de luminárias que devem ser
dispostas no comprimento do ambiente. Já a equação (2) prevê o número de linhas de
luminárias que devem ser dispostas na largura do ambiente. Em (1), encontrou-se o seguinte
resultado: 29,55. Já em (2) o resultado encontrado foi: 4,43. O número mínimo de luminárias
necessárias para se atingir o nível mínimo de iluminamento é de 131. Se arredondarmos para
cima os valores encontrados em (1) e (2) será obtido um número de 150 luminárias. Essa
quantidade vai atender ao nível mínimo de iluminamento com folgas, porém deve encarecer
um pouco mais o projeto. Adotando-se 27 luminárias na disposição do comprimento do
recinto e 5 na largura, a quantidade de luminárias do projeto será de 135. Dessa forma o valor
projetado está garantido e conseqüentemente o nível mínimo de iluminância também além do
barateamento do custo com aquisição de equipamentos e do custo operacional. Para se
determinar o espaçamento mínimo entre as luminárias deve-se atender ao critério abaixo:
e L 1,5 h
Assim sendo, o espaçamento entre luminárias não pode ser maior que 3,6m.
A disposição das luminárias é apresentada na figura 29.
Um dos principais objetivos desse trabalho é projetar um sistema mais eficiente que
proporcione redução do consumo de energia. Dessa forma foram realizados os seguintes
cálculos para identificar os níveis de redução no consumo de energia:
Potência Total das Lâmpadas
o Pt LAM n PNL 263 28 7560W
Para que o novo projeto possa ser praticado é importante mostrar o quanto é necessário
investir, o quanto vai custar para mantê-lo, em quanto tempo será retornado esse investimento
e os custos com a manutenção do mesmo. Para saber o quanto é necessário investir, devemos
considerar todo o equipamento a ser adquirido mais o custo do projeto. Assim:
Preço de cada lâmpada: R$ 24,30
Preço de cada luminária: R$ 45,00
Preço de cada acessório por luminária: R$ 32,90
Custo do projeto + instalação: R$ 0,00, não foi considerado nenhum
valor.
Portanto:
CI 270 24,30 135 45,00 32,90 0,00 R$17077,50
Com base nos dados apurados verifica-se que o retorno do investimento diante das
condições propostas deve acontecer em 2,3 anos. Esse pay-back é calculado através do
quociente do valor investimento pela diferença entre os custos operacionais do sistema atual e
do novo sistema num período de 12 meses (1 ano). Assim:
17077,50
616,50
PB 2,3anos
12
O gráfico na figura 30 apresenta esse pay-back.
Pay-Back
R$ 18.000,00
R$ 16.000,00
R$ 14.000,00
R$ 12.000,00
Investimento
R$ 10.000,00
R$ 8.000,00
R$ 6.000,00
R$ 4.000,00
R$ 2.000,00
R$ -
R$ (2.000,00) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
6 – CONCLUSÃO
A coleta dos dados da atual iluminação foi essencial para verificar o nível inadequado de
iluminância. Através dos cálculos realizados, apresentados no texto e nos anexos, fica
comprovada a eficiência do projeto que garante um nível de iluminância acima do mínimo
recomendado pela ABNT, demonstrando a importância de se investir no emprego de novos
equipamentos e tecnologias relacionadas com a área de iluminação. Também está garantida a
redução do consumo de energia com o investimento a ser feito preservando ainda a ergonomia
do local de trabalho em termos de iluminação adequada para a eficiência das atividades
desenvolvidas bem como assegurando que perdas de produtividade e de qualidade dos
produtos não venham a ocorrer em função de baixa eficiência de iluminação. Nos anexos 1 e
2 estão apresentadas, de forma conclusiva e compacta, as planilhas com os dados gerais
referentes ao projeto da atual iluminação assim como do novo projeto proposto.
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REFERÊNCIAS
ITAIM ILUMINAÇÃO. Catálogo Geral de Produtos 2008. São Paulo: 2008. 209 p.
GUERRINI, Délio Pereira. Iluminação – Teoria e Projetos. 1. ed. São Paulo: Érica, 2007.
BOSSI, Antonio; SESTO, Ézio. Instalações Elétricas VOL.2. 6. Ed. Curitiba: Hemus, 2002
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ANEXOS
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ANEXO 1
17 Tipo de Luminária Lâmpadas 32W sem refletor Lâmpadas 28W com refletor
18 Fator de Fluxo Luminoso (BF) 1 1
19 Grupo da Luminária --- ---
20 Eficiência da Luminária (ηL) 0,56 0,77
21 Eficiência do Recinto (ηR) - (Teto/Par./Piso) 0,77 0,70
22 Fator de Utilização (ηL*ηR) 0,43 0,54
23 Quantidade de Lâmpadas (n) 376 263
24 Quantidade de Luminárias (N) 94 131
Cálculo de Controle
ANEXO 2
CÁLCULO DE RENTABILIDADE