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Resumo

O fluxo de caixa é um instrumento eficaz para empresa que pretende ter um


controle de saídas e entradas de recursos financeiros. É uma ferramenta de
análise financeira em curto prazo, e hoje com a grande competitividade no
mercado, as empresas não podem abrir mão de uma ferramenta como esta. O
objetivo deste trabalho é mostrar a grande importância de se ter um fluxo de caixa
a disposição da empresa. A problemática a ser analisada é o desconhecimento
desta ferramenta pela maioria dos empresários, gestores, administradores,
contadores. A metodologia adotada para elaboração deste trabalho é utilização de
pesquisa bibliográfica, buscando as informações sobre esta demonstração, com
utilização de livros, artigos e Monografias. O resultado deste trabalho mostra o
desconhecimento dos empresários desta ferramenta. A conclusão é que o fluxo de
caixa é extremamente importante para as empresas, para que ela tenha um
controle eficaz.

Palavras-chave: Planejamento, Controle e Decisão


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SUMÁRIO

RESUMO..........................................................................................................................................1
1. INTRODUÇAO..........................................................................................................................3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................................4
2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA........................................................4
3. POLÍTICAS DE ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA...............................................5
4. O CAPITAL DE GIRO E O FLUXO DE CAIXA.....................................................................7
5. O CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO DO FUXO DE CAIXA..........................9
CONCLUSÃO................................................................................................................................15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................17
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Introdução

Hoje em um mundo tão competitivo, onde cada empresa de uma forma ou


de outra trabalha firmemente em se diferenciar para obter êxito em seus negócios
e atingir os resultados esperados temos a ferramenta chamada fluxo de caixa que
é de grande auxilio aos que buscam uma melhor performance, o fluxo caixa
possibilita ao empresário ter um controle muito eficaz de seus recursos. Todas as
operações, sejam elas de uma empresa ou de uma pessoa física, devem possuir
um controle. Este controle refere-se a tudo o que for saída ou entrada de caixa,
em função de que toda a administração do ativo é importante, pois deve ter em
mente os objetivos simultâneos da administração financeira: liquidez e
rentabilidade (ZDANOWICZ, 1992). Assim, sem um controle eficaz dentro de uma
organização, a avaliação da atividade se torna difícil, não possuindo informações
sobre a rentabilidade e sobre o grau de liquidez da empresa. Estes controles são
elaborados a partir de relatórios internos que subsidiam os administradores na
tomada de decisões. É através deles que são identificados os pontos fortes e
fracos existentes na empresa, bem como as decisões que envolvem investimentos
e financiamentos. Conforme Zdanowicz (1992) o fluxo de caixa é o instrumento
que permite ao administrador financeiro: planejar, organizar, coordenar, dirigir e
controlar os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período
Esse controle é útil tanto quando a empresa está crescendo e aumentando suas
atividades quanto no momento em que apresenta prejuízo, tornando mais fácil a
visualização de problemas que estão levando a esse prejuízo, pois segundo
Zdanowicz (1992) é fundamental que o administrador financeiro saiba gerir
corretamente os recursos alocados na massa patrimonial ativa da empresa [...] e
independente do porte: micro, pequena, média ou grande empresa. Assim, a
administração financeira ganha importância no sentido de auxiliar os
administradores a tomarem decisões, tanto no que se refere aos financiamentos
(qualquer busca de recursos), quanto a investimentos (aplicação destes recursos).
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Embora o controle de fluxo de caixa seja imprescindível na administração,


ele não é tudo, pois podem existir alguns imprevistos que venham a alterá-lo. Para
Santos (2001) o planejamento de caixa não é uma atividade fácil, pois lida com
grande dose de incerteza Para Zdanowicz (1992), o administrador financeiro deve
estar preparado para rever seus planos, caso algum problema econômico-
financeiro imprevisto venha a perturbá-lo. Portanto, deve existir um direto
relacionamento entre o administrador financeiro e os demais departamentos da
empresa, para que o mesmo saiba das saídas de caixa necessárias a cada
departamento, programando os pagamentos.

2. Conceito e importância do Fluxo de Caixa

A partir do conceito de administração financeira, pode-se dizer que o fluxo


de caixa é um dos instrumentos mais utilizados pelo administrador financeiro na
gestão empresarial. A administração financeira é a arte e a ciência de administrar
os recursos financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas (LEMES, RIGO,
CHEROBIM, 2002). Dessa forma, pode-se dizer que em todas as empresas
deveria existir o controle rígido de caixa.

Uma boa administração necessita de informações para que a atividade da


empresa flua de maneira a atingir seu objetivo final que é o lucro. Contanto que as
informações sejam reais e representem a situação da empresa no momento em
que são levantadas, o administrador possui uma ferramenta importante em seu
trabalho.

A partir de um fluxo de caixa projetado a empresa possui uma ferramenta


importante aos administradores para a tomada de decisões. Após o levantamento
dos dados extraídos de cada departamento da empresa, os mesmos são
tabelados para formar o fluxo projetado. Com base em períodos anteriores é
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possível projetar as receitas e as despesas que irão acontecer no período


projetado.

Assim, após o ocorrido os dados são comparados para avaliar o que


aconteceu com o que havia sido projetado. Caso ocorra algum fato que não
estava previsto, isso faz com que sejam alterados os dados para o período
projetado.

Como o sócio espera rentabilidade sobre seu capital investido, uma


operação que traga risco para a empresa, pode comprometer o resultado de tal
período e até mesmo do futuro da empresa. Sem a análise do risco e da
rentabilidade, não se prevê qual resultado o investimento pode trazer. Antes de
cada operação, é preciso analisar os fatores que influenciam a mesma,
identificando os pontos fortes e fracos e qual o rendimento que tal operação irá
trazer.

Para Zdanowicz (1992) o fluxo de caixa é o instrumento de programação


financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo
período de tempo projetado. Com essa estimativa a organização das finanças
torna-se mais correta em função de ter em mãos o que irá receber e o que irá
pagar em certo período de tempo, podendo prever possíveis investimentos com as
sobras, bem como a busca de recursos quando existir déficit no caixa da empresa.

O principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades


desenvolvidas bem como operações financeiras que são realizadas, no grupo do
ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez
da empresa.

Assim, pode-se perceber que o fluxo projetado é uma ferramenta que


permite ao administrador financeiro controlar o ativo da empresa, o qual é a
riqueza da mesma e o que gera o lucro.

3. Políticas de Administração do Fluxo de Caixa


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Segundo Lemes, Rigo e Cherobim (2002) a gestão do caixa é a atividade


da administração financeira que objetiva a otimização dos recursos financeiros,
integrada às demais atividades da empresa. Assim, a boa administração do caixa
depende da harmonia entre as saídas e entradas, sendo que pode haver sobras e
faltas de dinheiro, que obrigará o administrador financeiro a buscar soluções para
resolver situações dessa natureza.

O ciclo de caixa é o período em que os recursos da empresa foram


utilizados para o pagamento dos bens e/ou matérias-primas até o recebimento
pela venda do produto acabado resultante (LEMES, RIGO e CHEROBIM, 2002).
Assim, o ciclo de caixa depende das políticas que são adotadas pela empresa e
estas devem ser estabelecidas conforme a necessidade e de acordo com as
demais políticas internas.

Ainda, de acordo com Lemes, Rigo e Cherobim (2002), existem formas para
melhorar o ciclo de caixa da empresa, tais como:

• Redução do tempo de compensação da cobrança: nesse caso é


necessário que o administrador procure minimizar o tempo que ocorre entre o
pagamento feito pelo cliente e a efetiva disponibilização do mesmo ao caixa da
empresa;
• Ampliação do tempo de pagamento: essa técnica tem como objetivo o
aumento do prazo para pagamento o máximo possível, para que se ajuste com
as entradas de caixa de forma a não deixar obrigar o administrador a buscar
recursos fora da empresa a custos mais altos;
• Redução dos prazos de processamento administrativo: visa acelerar o
processo da entrada de cheques na tesouraria e a posterior utilização dos
mesmos, através de depósitos bancários;
• A aceleração da cobrança de valores a receber: possui como objetivo
principal acelerar o recebimento dos clientes, mediante descontos pelo
pagamento no prazo ou antecipadamente;
• Uso de meios eletrônicos: com a modernização do sistema bancário,
hoje as agências são mais eficientes facilitando o trabalho dentro das empresas
através da comunicação e agilização do processo de recebimento;
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• As melhores formas de cobrança: existem várias formas de cobrança


que podem ser estudadas e adaptadas para melhorar a eficácia do processo de
recebimento e de cobrança dos valores a receber;
• Ajustamento conveniente dos vencimentos: as despesas que são pro
visionadas devem ser ajustadas de acordo com o período em que o fluxo de
caixa é favorável, através de negociações para definição das datas de
pagamento.

Algumas empresas costumam trabalhar com saldos mínimos em função de o


capital circulante ser insuficiente. Para determinar o saldo mínimo de caixa de uma
empresa, segundo Lemes, Rigo e Cherobim (2002), devem-se levar em
consideração os seguintes aspectos:

• Peculiaridades de cada setor de atividade: isso se refere aos usos e


costumes utilizados no setor, como por exemplo, vender a prazo;
• Previsibilidade das entradas e saídas de caixa: através de um orçamento
de caixa é possível prever as entradas e saídas mais próximas da realidade da
empresa, através o conhecimento sobre suas operações;
• Exigências de reciprocidade bancária: por meio de negociações com as
instituições financeiras, devem-se buscar as alternativas que proporcionem as
menores tarifas financeiras para a empresa, e que tragam resultados positivos
para as cobranças.
• Capacidade de captar recursos próprios ou de terceiros: uma situação
financeira equilibrada contribui para a empresa na hora de buscar recursos junto
à instituições financeiras, sendo que estas acompanham a vida da empresa de
perto.

4. O Capital de Giro e o Fluxo de Caixa

A administração do capital de giro é uma ferramenta que preserva a vida da


empresa, pois envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas
principalmente para a preservação da liquidez da empresa, mas que também
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afetam sua rentabilidade (BRAGA, 1989). O capital de giro é, segundo Braga


(1989), os recursos aplicados no ativo circulante, formado basicamente pelos
estoques, contas a receber e disponibilidades. Assim, as políticas internas na
administração do capital de giro irão definir o funcionamento interno da empresa,
pois estão relacionadas com a gestão dos ativos e passivos circulantes (BRAGA,
1989).

O capital de giro também é conhecido como capital circulante líquido (CCL)


e vem a cobrir o descompasso entre os fluxos de pagamentos e recebimentos,
sendo que quanto maior for o CCL menor será o risco de insolvência da empresa.
Também não podemos dizer que se o CCL for alto a liquidez é boa, pois se este
for constituído, por exemplo, por estoques velhos e de difícil venda, a boa liquidez
será ilusória. Da mesma forma, um CCL baixo nem sempre representa uma
situação difícil, pois um supermercado, por exemplo, compra bastante a prazo,
mas consegue girar seus estoques rapidamente, a vista, podendo fazer aplicações
com este dinheiro no período que resta até o pagamento do fornecedor.

Conforme Martins e Neto (1985) o capital de giro corresponde ao ativo


circulante de uma empresa, ou seja, o ativo circulante são os recursos que irão
financiar o ciclo operacional que vai desde a compra das matérias-primas até a
venda e o recebimento desta.

O capital circulante líquido pode ser obtido através da seguinte equação,


conforme Martins e Neto (1985):

CGL (CCL) = Ativo Circulante - Passivo Circulante

O prazo compreendido entre o intervalo de tempo da compra das


mercadorias e o recebimento da venda é conhecido como ciclo operacional, ou
seja, esse período a empresa investe em suas operações com o financiamento
por parte dos fornecedores. Já o prazo existente entre os pagamentos dos
fornecedores e o recebimento da vendas é conhecido como ciclo financeiro que,
muitas vezes deve ser financiado com o próprio dinheiro da empresa ou pela
busca de recursos de terceiros (BRAGA, 1989). Esse fluxo financeiro muitas vezes
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pode ser reduzido por políticas internas que afetem a administração do capital de
giro.

Existem políticas de gerenciamento do capital circulante que ajudam na sua


administração para que os recursos sejam distribuídos conforme sua necessidade.
De acordo com Lemes, Rigo e Cherobim (2002), são as seguintes políticas que
podem ser adotadas para o bom gerenciamento do capital de giro:

• Volume de investimentos necessários no total do capital circulante: as


políticas referentes aos investimentos devem ser rígidas para que a empresa
busque o melhor resultado com os menores recursos possíveis.
• Distribuição dos investimentos ao nível de caixa, valores a receber e
estoques: o administrador financeiro deverá levar em consideração o ramo de
atividade para definir como será distribuído o capital entre os ativos circulantes;
• Como serão financiados os investimentos: o volume de investimentos
pode estar limitado à utilização de recursos próprios ou de terceiros, conforme a
possibilidade de captação.

5. O Controle Interno na Administração do Fluxo de Caixa

Para que as operações internas da empresa sejam feitas da maneira


correta e para o bom andamento das atividades, faz-se necessário que os
controles internos sejam eficientes para acompanhar todo o processo operacional,
cada um em seu departamento. Segundo o Comitê de Procedimentos de Auditoria
do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA), controle
interno: é o plano de organização e o conjunto ordenado dos métodos e medidas,
adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a
fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e
encorajar a adesão à política traçada pela administração (ATTIE, 1992).

Para Attie (1992) o controle interno é parte integrante de cada segmento da


organização e cada procedimento corresponde a uma parte do conjunto do
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controle interno. Isso significa que cada departamento irá possuir seus controles
internos, visando sempre à eficiência máxima do setor, evitando erros e possíveis
fraudes que possam ocorrer. Esses controles servirão para levantar informações
precisas em cada área da empresa, no auxílio para a tomada de decisões.

Estes controles internos facilitam a visualização de problemas e possíveis


fraudes que possam ocorrer quando da entrada de informações durante o
exercício das atividades da empresa. O controle interno faz parte da elaboração
do fluxo de caixa, pois se não houver controle sobre o saldo disponível da
empresa, dificilmente o fluxo de caixa terá os saldos corretos com as
programações de pagamentos e recebimentos. Segundo Attie (1995) a revisão do
controle tem a finalidade de determinar qual a confiabilidade depositada no
controle interno (...). Desta forma, o controle interno deve ser revisado para que se
possa confiar no mesmo.

Conforme Attie (1995) deve ser feita a contagem física do caixa com a
presença do responsável, verificando se a documentação é válida e se os
processos estão sendo feitos da maneira correta. Pode ser feita a contagem
surpresa do caixa para prevenir a encoberta de valores.

As contas bancárias devem ser cuidadosamente conciliadas para verificar


se as pendências são decorrentes de operações normais. Através do extrato
bancário pode ser feita a confirmação dos saldos e verificação dos lançamentos.
Existem também as aplicações financeiras, decorrentes das sobras de numerários
com período de resgate bem curto. A verificação das aplicações segue as
mesmas aplicações utilizadas na conferência de caixa, através do exame da
documentação que comprove as aplicações e resgates (ATTIE, 1995).

Outro aspecto importante se refere à administração das contas a receber, e


tem por objetivo:

• Determinar a sua existência e representatividade contra os devedores envolvidos;


• Determinar se é de propriedade da companhia;
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• Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade geralmente aceitos,


em bases uniformes;D) Determinar a existência de restrições de uso, de vinculações em
garantida ou de contingências;
• Determinar que esteja corretamente classificada nas demonstrações financeiras e
que as divulgações aplicáveis foram expostas nas notas explicativas (ATTIE, 1995).

Dentre os circulantes possuímos também o controle dos estoques que visa,


principalmente:

• Determinar sua existência, que poderá estar na companhia, em custódia com


terceiros ou em trânsito;
• Determinar se é pertencente à companhia;
• Determinar se foram aplicados os princípios de contabilidade geralmente aceitos,
em bases uniformes;
• Determinar e existência de estoques penhorados ou dados em garantia;
• Determinar que estejam corretamente classificados nas demonstrações
financeiras e que as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas (ATTIE,
1995).

Estes são os principais controles que devem existir no ativo circulante. Outro
ponto que requer atenção é quanto às obrigações para com terceiros, ou seja, os
passivos que devem ser pagos. Para o bom controle das contas do passivo
circulante, devem-se fazer as seguintes verificações:

• Determinar se são pertencentes à companhia;


• Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade geralmente aceitos,
em bases uniformes;
• Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vinculações aos passivos;
• Determinar se estão classificados nas demonstrações financeiras, e se as
divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas (ATTIE, 1995).

Ainda, segundo Attie (1992) as principais características de um bom controle


interno são:
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• Plano de organização que proporcione segregação de funções apropriadas das


responsabilidades funcionais;
• Sistema de autorização e procedimentos de escrituração adequados, que
proporcionem controle eficiente sobre o ativo, passivo, receitas, custos e despesas;
• Observação de práticas salutares no cumprimento dos deveres e funções de cada
um dos departamentos da organização;
• Pessoal com adequada qualificação técnica e profissional, para a execução de
suas atribuições.

Os principais controles internos que podem existir na tesouraria são, segundo


Hoji (2001): fluxo de caixa, disponibilidades, aplicações financeiras, empréstimos e
financiamentos, contas a receber, contas a pagar, talões de cheques, cheques
cancelados, cheques devolvidos, tarifas bancárias, fundos fixos de caixa, cheques
emitidos e não retirados.

Verificamos que sem a obrigatoriedade de se ter este demonstrativo os


empresários não se interessam em trabalhar com esta ferramenta, e
conseqüentemente eles não tem idéia da importância de se ter um controle tão
eficaz de suas entradas e saídas de recursos, vimos que existe uma grande
necessidade de se ter este controle, para que as empresas possam sobreviver, ter
sucesso em suas atividades, planejar melhor para obter resultados satisfatórios,
ter competitividade em um mercado tão competitivo como o que vivenciamos no
mundo de hoje, onde os clientes estão mais exigentes, buscando qualidade mais
também preços mais acessíveis, e que ao contrario de tudo isto uma empresa
pode ir a falência por não ter um fluxo de caixa adequado, apuramos também que
o fluxo de caixa é um grande instrumento de apoio ao processo decisório de uma
organização.

O desconhecimento da maioria dos empresários quanto a eficácia do fluxo de


caixa é a grande problemática encontrada após a conclusão deste trabalho.

Conforme Marion (2008) nos coloca a seguinte discussão; Porque a


contabilidade no Brasil dá pouco valor à AFC. Ainda que nos EUA seja o relatório
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preferido, mais utilizado, no Brasil é uma demonstração quase desprezada. A


maioria dos escritórios de contabilidade que presta serviços às micro e pequenas
empresas (em torno de 90 % das empresas brasileiras) não faz a DFC,
comprometendo o sucesso gerencial de seus clientes.

Por outro lado, sem fluxo de caixa fica quase impossível projetar, planejar
financeiramente. Sem orçamento (planejamento financeiro) é impossível ter uma
administração sadia.

Segundo Marion (2008), algumas pessoas mais organizadas têm seu fluxo
de caixa através do extrato recebido do banco ou do cartão de crédito, ou ainda
fazem anotações em sua agenda, e, em alguns casos, montam um planilha em
seu laptop.

Uma dona de casa, além de ter, nem que seja na memória, seu fluxo de
caixa, vai mais longe: projeta seu fluxo de caixa(orçamento financeiro) para saber
quanto ela pode gastar até o final do mês.

Entre as três principais razões de falências ou insucessos de empresas, uma


delas é a falta de planejamento financeiro ou a ausência total de fluxo de caixa e a
previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as despesas da empresa).

Sem um fluxo de caixa projetado a empresa não sabe antecipadamente


quando precisará de um financiamento (e normalmente sai desesperada, quanto
seu caixa estoura, fazendo as piores operações que existem: cheque especial,
desconto de duplicatas...) ou quando terá ainda que temporariamente, sobra de
recursos para aplicar no mercado financeiro (ganhando juros, reduzindo o custo
do capital de terceiros emprestado). Daí os insucessos financeiros.

Segue abaixo um modelo de fluxo caixa muito utilizado nos dias de hoje.
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Itens Dia 01 Dia 02 Dia 03 Total


Saldo Inicial 5.000,00 6.700,00 6.200,00

Vendas à Vista 3.000,00 2.500,00 2.800,00 8.300,00


Duplicatas à Receber 6.000,00 3.800,00 3.700,00 13.500,00
Total de Recebimentos 9.000,00 6.300,00 6.500,00 21.800,00
Compras à Vista 2.500,00 3.200,00 2.900,00 8.600,00
Duplicatas à Pagar 4.800,00 3.600,00 4.500,00 12.900,00
Total de Pagamentos 7.300,00 6.800,00 7.400,00 21.500,00
Saldo Final 6.700,00 6.200,00 5.300,00

Item 1 – Saldo inicial, é o saldo final do dia anterior.

Item 2 – Recebimentos, neste item temos um exemplo de vendas a vista e duplicatas a


receber esta tudo que recebi no dia e o que receberei em alguns dias.

Item 3 – Pagamentos, neste item esta um exemplo de compras a vista e duplicatas a


pagar, esta tudo que paguei no dia e o que pagarei em alguns dias.

Item 4 – Saldo final, nele contempla o saldo a transportar para o dia seguinte, seja ele
negativo ou positivo, pois é o saldo inicial mais recebimentos menos os pagamentos,
chegando assim no saldo final.

Com a Lei 11.638/2007 que se torna obrigatório a apresentação deste controle, com
certeza será de grande beneficio para as empresas. Também busca criar condições para
harmonizar as práticas contáveis adotadas no Brasil e as demonstrações contábeis
correspondentes com as práticas e demonstrações exigidas nos principais mercados
financeiros mundiais, e esta padronização de regras com o mercado internacional facilita
a análise das demonstrações por investidores estrangeiros interessados em aplicar
recursos em nosso pais.

6. Considerações Finais
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O ponto importante da administração financeira é o fluxo de caixa. O


mesmo deve ser elaborado conforme a necessidade de cada empresa, buscando
evidenciar a atividade preponderante na empresa e seus efeitos na gestão
financeira. Para uma boa análise do fluxo de caixa previsto e realizado, conforme
demonstrado, é necessário que o administrador financeiro conheça todas as
operações da empresa e que cada departamento repasse as informações corretas
para a elaboração do fluxo de caixa.

A análise do fluxo de caixa leva os administradores a conhecerem a real


situação financeira de sua empresa, pois segundo Matarazzo (1995) a
demonstração do fluxo líquido de caixa permite extrair importantes informações
sobre o comportamento financeiro da empresa". Daí a importância do fluxo para
as empresas. Podem ser extraídas informações, segundo Matarazzo (1995),
como:

• Autofinanciamento das operações (compra produção e vendas);


• Independência do sistema bancário de curto prazo;
• Gerar recursos para manter e expandir o nível de investimentos;
• Amortizar dívidas bancárias de curto e de longo prazo.

Isso demonstra a grande importância da elaboração do fluxo de caixa para as


empresas, sendo que em muitas delas, o fluxo é ignorado, fazendo com que, sem
ter controle das entradas e saídas de caixa, levem a empresa à falência.

Identificou-se o ferramental, modelos de fluxo de caixa que podem ser


implantados nas empresas necessitando, porém, que as informações repassadas
ao administrador financeiro estejam corretas e, representem a realidade da
empresa. A partir do momento em que as informações sejam corretas ou mais
próximas da realidade, é mais fácil a elaboração e a implantação do fluxo
financeiro.

Assim, de modo que, com as informações em mãos, o administrador financeiro


deve colocá-las no fluxo de caixa de forma a evidenciar a atividade principal da
empresa e relatar aos administradores a situação para que sejam tomadas as
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medidas mais corretas possíveis para a situação, em particular. Essa tarefa exige
do administrador financeiro um bom conhecimento e que saiba analisar a atividade
empresarial, buscando soluções para problemas, na busca da maximização da
riqueza da empresa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MARTINS, Eliseu. NETO, Alexandre Assaf. Administração Financeira: as finanças das


empresas sob condições inflacionárias. São Paulo: Atlas, 1985.

BRAGA, Gilberto. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo:


Atlas, 1989.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle


financeiros. 5.ed. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto, 1992.

ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992.

MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. Abordagem básica e


gerencial. São Paulo: Atlas, 1998.

HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática. São Paulo:


Atlas, 2001.

LEMES, JR., A. B.; RIGO, C. M. & CHERUBIM, A. P. Administração financeira: princípios,


fundamento e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

MARION, José Carlos. Contabilidade Básica : 8ª Edição São Paulo: Atlas. 2008.

Disponível em:http://www.fontedosaber.com/administracao/a-importancia-do-fluxo-de-
caixa.html. Acessado: 18 de Setembro de 2010.

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