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I. INTRODUÇÃO
A pneumonia hospitalar é definida como aquela que se manifesta após 72 horas da admissão do
paciente, desde que não ocorram procedimentos invasivos nas vias aéreas, nestes casos as
manifestações clinico-radiologicas poderão ocorrer a qualquer tempo da internação hospitalar,
podendo ser considerado como tendo sido decorrente do procedimento realizado. É o resultado do
desequilíbrio entre os mecanismos de defesa do hospedeiro, o agente etiológico e as condições
favoráveis de transmissibilidade.
A maioria das pneumonias hospitalares se desenvolve devido a aspiração de microrganismos que
colonizam a orofaringe e o trato gastrointestinal superior provocadas por procedimentos de
intubação e/ou extubação, ventilação mecânica prolongada (+ de 5 dias), sondagens nasogástricas e
infusão de dietas enterais além do processamento inadequado de equipamentos de assistência
ventilatória. Portanto a elaboração e implementação desta normatização têm como objetivo a adoção
de medidas preventivas, que configura a principal ação de controle das infecções respiratórias nas
instituições hospitalares, visando a redução da ocorrência desta patologia em nosso meio, bem como
prestar uma assistência de melhor qualidade aos nossos pacientes.
2.Mudança de decúbito:
A imobilização de um paciente por longos períodos esta associada à redução do volume
pulmonar, retenção de secreções e outras complicações pulmonares. Nestes casos recomenda-se a
mudança de decúbito a cada duas horas.
3.Colonização da orofaringe:
A limpeza e descontaminação da cavidade orofaríngea reduzem a colonização de microorganismo e
consequentemente diminui o risco de pneumonia caso o paciente venha a ser entubado.
Higiene oral deve ser realizada diariamente e como preparo pré-operatório;
Evitar jejuns por um período muito prolongado, o que altera significativamente a microbiota da
cavidade oral;
A instalação de sondas gástricas deve ser precedida por uma rigorosa higiene oral;
Recomenda-se que o período de sondagem seja o mais breve possível, a fim de minimizar a
colonização da sonda e migração bacteriana ao longo dela;
O paciente deve ser mantido com a saliva fluida, sem sinais de desidratação, pois esta leva a
redução do fluxo salivar possibilitando a multiplicação bacteriana;
Para os pacientes a serem submetidos a cirurgias sob ventilação mecânica, realizar higiene oral
com clorexidina a 0,2%.
3.2 Material:
• Escova de dentes;
3.3 Procedimento:
• Lavar as mãos;
• Levar a bandeja e colocá-la sobre a mesa de cabeceira;
• Explicar para o paciente sobre o procedimento a ser realizado;
• Sentar o paciente ou colocá-lo em fowler;
• Proteger o pescoço e tórax com a toalha;
• Orientar e auxiliar o paciente sobre a maneira correta de fazer a escovação, umedecer a escova
com água, colocar o dentifrício e entregá-la;
• Colocar cuba-rim sob o queixo do paciente;
• Oferecer água para bochechar várias vezes, aproximando a cuba-rim para escoar o líquido da
boca;
• Retirar a cuba-rim e secar os lábios com a toalha;
• Secar a escova e guardá-la;
• Recolher a bandeja, lavar e guardar o material;
• Lavar as mãos;
• Fazer anotações no prontuário.
4. Alimentação enteral
Avaliar diariamente a motilidade intestinal do paciente (ausculta dos sons intestinais e medidas
do volume gástrico residual);
Ajustar o volume da dieta enteral, com o objetivo de evitar regurgitações;
Testar o posicionamento correto da sonda diariamente antes de instalar a dieta;
5. Aspiração traqueal:
5.1.Recomendações gerais:
É ideal a participação de dois profissionais durante o procedimento de aspiração;
Usar técnica asséptica;
Garantir oxigenação e ventilação adequada antes, durante e após o procedimento;
Se o paciente estiver em uso de sondagem gástrica, esta deve ser fechada antes do inicio do
procedimento para se evitar a aspiração do conteúdo gástrico;
Realizar a aspiração antes da instalação das dietas.
5.2. Material:
• Luva estéril;
• Cateter de aspiração estéril com furos (sonda uretral);
• Soro fisiológico 0,9%, seringa de 20 ml estéril;
• Vidro aspirador;
• Borracha látex;
• Máscara;
• Óculos;
• Gorro e avental.
5.3. A técnica:
Utilizar técnica asséptica na aspiração endotraqueal:
• Lavar as mãos com água e sabão antes e após o procedimento;
• Colocar máscara;
• Calçar luvas, mantendo a mão direita sem contaminação;
• Pegar o cateter com a mão direita enluvada;
• Conectar o látex tendo cuidado para não contaminar a luva e o cateter;
• Segurar o látex e ligar o aspirador com mão esquerda;
• Não introduzir o cateter sem antes dobrar o látex para evitar lesão de mucosa pela sucção;
• Aspirar na seguinte seqüência: traqueostomia ou cânula orotraqueal, nariz e boca;
• Durante a aspiração realizar movimentos circulares com cateter (nunca em movimentos de vai - e
- vem);
• Durante a aspiração instilar soro fisiológico em pequena quantidade;
Observação:
Quando se refere em manter a mão direita sem contaminação é manter a que você tem maior
destreza. Referindo a esquerda que deverá ficar de luva, para sua proteção;
A cada aspiração, lavar as mãos e usar luvas estéreis;
Usar um cateter para cada aspiração.
Trocar o frasco de aspiração a cada paciente e a cada 24 horas;
6.Entubação e traqueostomia:
Em caso da necessidade de entubação, esta deve ser realizada de forma asséptica. Quando a técnica
asséptica não pode ser assegurada, realizar nova entubação assim que o paciente esteja estabilizado e
em condições para tal procedimento.
Evitar complicações como:
Obstrução da cânula por secreções ressecadas e deslocamento;
Lesões de mucosa traqueal provocado por cânulas de calibre inadequado e descentralizado;
Necrose traqueal provocado por pressão do balão sobre a mucosa;
Sangramento local tardio (em caso de traqueostomia).
6.1Entubação
6.1.1 Recomendações gerais:
Preferir o tubo orotraqueal;
Utilizar paramentação completa (máscara, luva estéril, capote e óculos);
Antes de desinsuflar o balonete do tubo endotraqueal nos procedimentos de extubação, ou antes
de mover o tubo, aspirar às secreções presentes acima do balonete;
Recomenda-se a realização de traqueostomia em pacientes submetidos à intubação orotraqueal
superior a sete dias sem previsão de desmame;
6.1.2 Material
• Tubo endotraqueal estéril e guia;
• Luvas estéreis;
• Máscara;
• Capote estéril;
• Esparadrapo;
• Cordão;
• Ambú;
6.1.3 Procedimento:
• Lavar as mãos;
6.2 Traqueotomias
6.1.1 Recomendações gerais:
Realizar a troca da cânula com técnica asséptica sempre que apresentar obstrução ou sempre que
necessário;
A traqueostomia deve ser realizada com técnica asséptica;
Manter a região da traqueostomia sempre limpa, trocando as gazes todas as vezes que acumular
secreção;
Trocar cordão de fixação da cânula de traqueostomia diariamente, ou S.O.S;
Realizar aspiração sempre que necessário para evitar obstrução e diminuição da luz na cânula;
B. Cânula externa:
A troca deve ser realizada pelo medico, seguindo técnica asséptica, em presença de secreção
ressecada com risco de obstrução da mesma.
7. Pós-operatório:
Instruir o paciente para tossir, inspirar profundamente e deambular precocemente;
Controlar a dor para propiciar uma melhor mobilidade;
Instruir aos pacientes com alto risco para pneumonias*, a realizar exercícios com aparelhos de
inspirometría de insentivo.
* Pacientes com alto risco para pneumonias: cirurgias de correção de aneurisma abdominal
aórtico, cirurgias torácicas ou de emergência, todas as cirurgias com uso de anestesia geral, maiores
de 60 anos, pacientes dependentes, emagrecimento maior que 10%, alcoolistas, pacientes com
DPOC, ex-tabagista há menos de 1 ano, pacientes que receberam mais do que 4 unidades de
hemoderivados, déficit neurológico residual.
8. Vacinação Antipneumocócica:
Vacina 23 pentavalente tem validade de 10 anos e esta indicada para pacientes que:
Apresentam alto risco para complicações pneumocócicas:
Maiores de 65 anos;
Pacientes entre 5 e 64 anos portadores de patologia cardiovascular (exceto asma),diabéticos,
alcoolistas, portadores de doença linfática crônica, imunossuprimidos (HIV), asplenia anatômica (
Vacina 7 valente
Pacientes < de 2 anos;
Entre 2 e 5 anos: com hemoglobinopatias (por exemplo, anemia falciforme), asplenia funcional
ou anatômica, doenças cardiopulmonares (exceto asma), infecção pelo HIV, diabéticos, portadores
de fistulas liquóricas, insuficiência renal crônica, s. nefrótica, uso de quimioterapia, corticosteróide
ou transplantados.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
02. FERNANDES A. T. et. all. Infecção Hospitalar e Suas Interfaces na área da Saúde., São
Paulo: Atheneu, 2000.
04. MUSSI, N.M. et. all. Técnicas Fundamentais de Enfermagem. 4º edição 2003.