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Como Intervir nos Casos de Dislexia Escolar

Para uma eficaz intervenção psicopedagógica nos casos de dislexia,


disgrafia e disortografia, há necessidade de o profissional descrever a
situação para poder explicar perante aos pais e à escola o que ocorre no
cérebro das crianças com necessidades educacionais específicas. Isto
significa dizer que terá a missão de representar fielmente o caso do
disléxico em seu plano de trabalho, por escrito ou oralmente, no seu todo ou
em detalhes. É através da descrição que o Profissional fará relato
circunstanciado das dificuldades lectoescritoras, de modo a explicar, em
seguida, as dificuldades lectoescritoras caracterizadas na anamnse.
Uma descrição rica de detalhes historiais dos educandos com necessidades
educacionais permitirá uma melhor elucidação das dificuldades de
aprendizagem lectoescritoras e, também, justificará medidas mais seguras
e eficientes no momento da avaliação e da intervenção psicopedagógica.
Outro verbo a ser conjugado pelo psicopedagogo é o de avaliar para intervir
e a partir solucionar ou compensar a dificuldade do educando. Assim,
descrito e explicado o caso psicopedagógico, o profissional que atua com as
crianças, jovens ou adultos com dislexia, disgrafia ou disortografia poderá
verificar, objetivamente, os dados das dificuldades levantados junto aos
professores, pais dos alunos e os próprios alunos. A pauta, protocolo ou
ficha de observação quanto mais ampla mais eficaz. As avaliações escolares
tradicionais também não podem ser descartas ou negligenciadas uma vez
que são verificações que objetivam determinar a competência do educando.
A intervenção psicopedagógica deve ocorrer quando o profissional se sente
seguro teoricamente para praticar atividades que atuem diretamente nas
dificuldades dos educandos disléxicos, disgráficos e disortográficos. A
intervenção psicopedagógica é uma capacidade, advinda da experiência, de
fazer algo com eficiência. Em geral, é um período em que alunos deixam,
em algumas horas do seu tempo regular de estudo escolar, na própria
instituição de ensino, a sala de aula e passam a receber treinamento
específico para a superação de suas dificuldades.
Para ilustrar no artigo com exemplos reais de casos de dislexia, vamos
expor, de forma sintética, relatos de pais, profissionais de educação da fala
e educadores sobre dificuldades específicas na linguagem escrita de seus
filhos e educandos:
1º caso
“ Fui chamada na escola de meu filho porque ele tem problemas com a
escrita, faz trocas de letras como v/f, d/t, ele tem 9 anos está na terceira
serie, pediram para que o leve para fazer uma avaliação com uma fono,
queria saber se este caminho que devo seguir, ou o que devo fazer grata “
2º caso
“Tenho uma paciente de 27 anos que apresenta algumas dificuldades na
escrita e na fala. Em uma das atividades que realizei com ela, a mesma
apresentou-se nervosa ao ler,trocando algumas letras. Ao pedir para ela
falasse qual o número que estava no dado, a mesma teve dificuldades;
tendo dificuldade também em distinguir letras aleatórias, trocando
principalmente as letras F e V. A paciente relata ser muito agressiva
querendo bater nas pessoas e não gosta de "conviver" com elas. Sente ódio
de todos.Gostaria de saber como faço para verificar se ela pode ter
Dislexia?.”
3º caso
“ Tenho uma filha de 8 anos e meio diagnosticada com dislexia, além de ter
disgrafia e disortografia. A Fono disse que a dislexia dele é bem leve. Ela lê
razoavelmente bem, apesar de soletrar muitas vezes, principalmente as
palavras pouco freqüentes, mas eu acredito que a disgrafia e a disortografia
nela sejam um pouco mais severas que a dificuldade de leitura
propriamente dita. Ela não consegue escrever uma frase sem cometer
vários erros, em palavras que já escreveu várias vezes (sempre escreve
valar ao invés de falar, xegou ao invés de chegou, soldade ao invés de
saudade entre outras coisas) e a aparência gráfica de sua letra é muito
franca, parece de criança ensaiando as primeiras letras. No entanto ela
gosta muito de escrever, tem um diário, escreve historinhas, só que é uma
luta conseguirmos decifrar o que ela quis dizer.Gostaria de saber, se
poderia indicar alguma literatura, que contivesse exercícios especificamente
para disgrafia e disortografia .”
Tomando, para a rápida análise e sistematização dos relatos de casos de
dislexia acima, muito comuns nas queixas de crianças, pais e docentes,
observaremos que, em geral, são estes indícios típicos de dificuldades em
leitura, escrita e disortografia:
(1) progresso muito lento na aquisição das habilidades de leitura;
(2) problemas ao ler palavras desconhecidas (novas, não-familiares), que
devem ser pronunciadas em voz alta;
(3) tropeços ao ler palavras polissilábicas, ou deficiências o ter de
pronunciar a palavra inteira;
(4) A leitura em voz alta é contaminada por substituições, omissões e
palavras malpronunciadas;
(5) Leitura muito lenta e cansativa;
(6) Dificuldades para lembrar nomes de pessoas e de lugares e confusão
quando os nomes se parecem;
(7) Falta de vontade de ler por prazer;
(8) Ortografia que permanece problemática e preferência por palavras
menos complexas ao escrever;
(9) Substituição de palavras que não consegue ler por palavras inventadas e
(10) Problemas ao ler e pronunciar palavras incomuns, estranhas ou
singulares, tais como o nome de pessoas, de ruas e de locais, nomes dos
pratos de um menu.
DISLEXIA: PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Qual a origem da dislexia?
É uma palavra de origem grega. Dis, quer dizer, dificuldade. Lexia, palavra,
leitura. O primeiro relato de dislexia data de 1896, a partir de uma queixa
de um jovem de 14 anos que vai a um médico ofalmologista relatar sua
dificuldade específica de ler e escrever, tendo surpreendentemente intactas
as habilidades em matemáticas e outras disciplinas escolares.
2. Quais os sinais mais comuns de uma criança disléxica?
Na educação infantil, o atraso da fala é um indício importante. No ensino
fundamental, a dificuldade de alfabetizar-se em leitura, soletrar, por
exemplo, um texto, em voz alta perante uma sala de aula ou para si
mesmo. No ensino fundamental, se a soletração não tiver sido resolvida, o
aluno terá implicações no entendimento do texto em todas as disciplinas
escolares. A falta de consciência fonológica durante a alfabetização leva à
dislexia escolar.
3. Dislexia tem cura?
Se for de origem genética, não. E por isso, será considerada uma síndrome,
uma dislexia desenviolvimento, evolutiva ou genética. Se a dislexia é de
natureza escolar, a mudança do método de leitura, por exemplo, mudar o
método global para o fônico,pode trazer resultados bastante animadores
para os disléxicos, docentes e aos pais.
4. Qual o papel da família no processo de tratamento?
Os pais devem ficar atentos sobre o desempenho leitor de seus filhos. As
baixas notas em língua portuguesa e a falta de interesse em ler textos
podem ser sinais de alerta importante para um pedido de ajuda profissional.
Os alunos que são disléxicos tendem a se afastar de atividades que
envolvem a leitura ou texto escrito, temendo as dificuldades inerentes ao
sistema escrito da língua e caminham para atividades outras como
atividades de lazer, esporte, liderança escolar, entre tantas em que possa
revelar seu potencial de criação e inteligência.
5. Quais atribuições cabem à escola, enquanto instituição que identifica os
primeiros sinais desse distúrbio?
Cabe à escola oferecer aos pais de alunos e aos próprios alunos,
metodologias interessantes e eficientes, do ponto de vista pedagógico, para
atender os alunos especiais, os que apresentam dificuldades em leitura,
escrita e ortografia. É incumbência da escola e, em especial dos
professores, oferecer recuperação de estudos para aqueles que têm baixo
rendimento escolar.
Vicente Martins
Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado
do Ceará.

DISLEXIA NA ESCOLA
Eliane Pisani Leite
Antes de falarmos de Dislexia na escola, seria bom uma breve recordação
do que vem a ser dislexia. Entre inúmeras definições vamos nos ater na
definição dada pela Associação Brasileira de Dislexia – 2.002.
“Ao desmembrarmos a palavra, de imediato temos a primeira noção básica
do que vem a ser dislexia.
DIS = distúrbio, dificuldade
LEXIA = leitura (do latim) e/ou linguagem (do grego)
DISLEXIA = distúrbio da linguagem.
Embora etimologicamente Dislexia seja traduzido do latim e do grego como
distúrbio de linguagem, esse termo foi adotado para denominar um
distúrbio específico na aquisição da leitura e escrita. Isso não implica que,
ao menor sinal de dificuldade nessa área, possamos identificar um indivíduo
disléxico. São várias as causas que podem intervir no processo da aquisição
da linguagem, por isso se torna tão importante um diagnóstico preciso
realizado por uma equipe multidisciplinar e de exclusão.
Seria muito importante que todos os professores soubessem o que é
dislexia. Com a devida orientação, o aluno conseguirá ser bem sucedido em
classe.
Algumas dicas:
-Dê ao aluno disléxico um resumo do curso;
-Avise no primeiro dia de aula sobre o desejo de conversar com o aluno
individualmente;
-Detalhe no início do curso, todas as exigências, inclusive a matéria a ser
dada;
-Use vários materiais de apoio para apresentar a lição à classe, como: lousa,
projetores de slides, retroprojetores, filmes educativos, demonstrações
práticas e outros recursos multimídia;
-Introduza o vocabulário novo, ou técnico, de forma contextualizada;
-Evite confusões, isto é, dando instruções orais e escritas ao mesmo tempo.
Quanto à leitura:
-anuncie os trabalhos com antecedência, para que a criança disléxica tenha
tempo de se organizar;
-proponha dinâmicas de grupo, entrevistas e trabalho de campo;
-Dê exemplos de perguntas e respostas para o estudo de provas;
-Diversifique a avaliação com métodos alternativos;
-Autorize uso de tabuadas, calculadoras e dicionários durante as provas;
-Leia a prova em voz alta e certifique-se que todos entenderam.”
Dessa forma a escola estará contribuindo para amenizar as dificuldades do
disléxico.

Dislexia

Geralmente a dislexia é perceptível no início da alfabetização.


Dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da criança, quanto à
velocidade e qualidade da aquisição das habilidades de leitura, escrita,
fala, orientação espacial, entre outros.
Para detectar a dislexia é necessário observar alguns sintomas como:
dificuldades com a linguagem, dificuldades em escrever, dificuldades com a
ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura.
Geralmente é perceptível no início da alfabetização e pode ser confundida
com inteligência baixa ou desmotivação.
A causa da dislexia está relacionada ao processamento de informações, que
ocorre diferentemente no cérebro de quem apresenta o distúrbio.
A dispersão é a primeira característica a ser percebida entre as crianças.
Elas demonstram dificuldades em manter a atenção durante atividades,
como: jogar, aprender rimas, montar quebra-cabeça. Demoram a falar e a
organizar a linguagem de modo geral.
É importante que a dislexia seja observada o quanto antes, a fim de que
não provoque desinteresse da criança pelos estudos e tenha que enfrentar
algumas frustrações.
Como foi citado anteriormente, a dislexia não está relacionada com
inteligência baixa, uma vez que crianças disléxicas mostram bons
resultados em testes de lógica e atividades cognitivas. Às vezes essas
crianças podem até apresentar inteligência acima da média.
A dislexia não tem ligação com nenhum tipo de retardo ou deficiência
mental, e não indica futuras dificuldades acadêmicas e profissionais.
Como se trata de uma dificuldade de aprendizagem, a criança pode
apresentar um mau comportamento dentro e fora da sala de aula.

Por Patrícia Lopes


Equipe Brasil Escola

Dislexia
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da
leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas
salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre
05% e 17% da população mundial é disléxica.
Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má
alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou
baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas,
apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma
equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um
acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico,
direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados
mais concretos.

Sinais de Alerta
Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros
parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor
para os pais, à escola e à própria criança. A criança poderá passar pelo
processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar
especializada (vide adiante), mas se não houver passado pelo processo de
alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".

Haverá sempre:
dificuldades com a linguagem e escrita ;
dificuldades em escrever;
dificuldades com a ortografia;
lentidão na aprendizagem da leitura;

Haverá muitas vezes :


disgrafia (letra feia);
discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de
símbolos e de decorar tabuada;
dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;
dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências
de tarefas complexas;
dificuldades para compreender textos escritos;
dificuldades em aprender uma segunda língua.
Haverá às vezes:
dificuldades com a linguagem falada;
dificuldade com a percepção espacial;
confusão entre direita e esquerda.

Pré -Escola
Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:
Dispersão;
Fraco desenvolvimento da atenção;
Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
Dificuldade em aprender rimas e canções;
Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
Dificuldade com quebra cabeça;
Falta de interesse por livros impressos;
O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente
que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com
certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou
estimulação.

Idade Escolar
Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos
sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento
adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais
colegas e tenha menos prejuízo emocional:· Dificuldade na aquisição e
automação da leitura e escrita;
Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração
(sons iguais no início das palavras);
Desatenção e dispersão;
Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa
(ginástica,dança,etc.);
Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de
trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
Confusão entre esquerda e direita;
Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...
Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e
vagas;
Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...
Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto,
tabuada, etc..
Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias)
Troca de letras na escrita;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’
da turma;
Bom desempenho em provas orais.
Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas
persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais
e conseqüentemente sociais e profissionais.

Adultos
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar,
o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades;
Continuada dificuldade na leitura e escrita;
Memória imediata prejudicada;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
Dificuldade com direita e esquerda;
Dificuldade em organização;
Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência:
depressão, ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as
drogas e o álcool.
DIAGNÓSTICO
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico
multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a
dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras
situações, como lesões, síndromes e etc.

Então, como diagnosticar a dislexia?


Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que
podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda
especializada.
Uma equipe multidisciplinar, formada por Psicóloga, Fonoaudióloga e
Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa
mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de
avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais,
como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de
confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de
AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSÃO.
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções
ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e
adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar
(com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos
emocionais, mas estes são conseqüências, não causa da dislexia).

Neste processo ainda é muito importante:


Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de
evolução do paciente.
Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas,
assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por meio
de um relatório por escrito.
Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o
acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que
permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que
assumir o caso não precisará de um tempo, para identificação do problema,
bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.
Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades do
indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente.
Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. Ao
contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas
dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que
possam ser associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos. O
disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom
entrosamento entre profissional e paciente.
Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas e
somente passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi
devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. Ë o que
chamamos de sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO.
Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações,
experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre
profissional, escola e família.
Dislexia - Definição, Sinais e Avaliação
Dislexia
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da
leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência
nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que
entre 05% e 17% da população mundial é disléxica.
Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má
alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou
baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações
genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por
uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um
acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico,
direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a
resltados mais concretos.

O maior erro que se


pode fazer com os
disléxicos é querer
que eles escrevam
como todo mundo.
Sinais de Alerta
Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros
parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor
para os pais, à escola e à própria criança. A criança poderá passar pelo
processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar
especializada (vide adiante), mas se não houver passado pelo processo de
alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".

Haverá sempre:
dificuldades com a linguagem e escrita ;
dificuldades em escrever;
dificuldades com a ortografia;
lentidão na aprendizagem da leitura;

Haverá muitas vezes :


disgrafia (letra feia);
discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de
símbolos e de decorar tabuada;
dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;
dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências
de tarefas complexas;
dificuldades para compreender textos escritos;
dificuldades em aprender uma segunda língua.
Haverá às vezes:
dificuldades com a linguagem falada;
dificuldade com a percepção espacial;
confusão entre direita e esquerda.

Pré -Escola
Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:
Dispersão;
Fraco desenvolvimento da atenção;
Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
Dificuldade em aprender rimas e canções;
Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
Dificuldade com quebra cabeça;
Falta de interesse por livros impressos;
O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente
que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com
certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou
estimulação.

Idade Escolar
Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos
sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento
adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais
colegas e tenha menos prejuízo emocional:· Dificuldade na aquisição e
automação da leitura e escrita;
Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e
aliteração (sons iguais no início das palavras);
Desatenção e dispersão;
Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa
(ginástica,dança,etc.);
Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de
trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
Confusão entre esquerda e direita;
Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...
Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e
vagas;
Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...
Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto,
tabuada, etc..
Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias)
Troca de letras na escrita;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’
da turma;
Bom desempenho em provas orais.
Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas
persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais
e conseqüentemente sociais e profissionais.

Adultos
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar,
o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades;
Continuada dificuldade na leitura e escrita;
Memória imediata prejudicada;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
Dificuldade com direita e esquerda;
Dificuldade em organização;
Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência:
depressão, ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para
as drogas e o álcool.

DIAGNÓSTICO
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico
multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam
a dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras
situações, como lesões, síndromes e etc.

Então, como diagnosticar a dislexia?


Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que
podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar
ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar, formada por Psicólogos, Fonoaudiólogos e
Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma
equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de
avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais,
como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.
A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de
confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de
AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSÃO.
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual,
disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas
e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso
escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar
prejuízos emocionais, mas estes são conseqüências, não causa da
dislexia).
Neste processo ainda é muito importante:
Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de
evolução do paciente.

Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas,


assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por
meio de um relatório por escrito.
Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o
acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que
permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional
que assumir o caso não precisará de um tempo, para identificação do
problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.
Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades
do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais
conveniente.
Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. Ao
contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas
dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que
possam ser associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos. O
disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom
entrosamento entre profissional e paciente.
Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas e
somente passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi
devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. Ë o que
chamamos de sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO.
Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações,
experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre
profissional, escola e família.
Lembre-se que a ABD é seu ponto de apoio.
Atendimento Sócio-Econômico
“A ABD cumprindo os objetivos do Estatuto Social na condição de
organização não governamental atende gratuitamente pessoas
com sinais de dislexia, que comprovem ausência de recursos para
custear a avaliação multidisciplinar. Desta forma elaborou norma
para aperfeiçoar o atendimento das pessoas desta classe sócio-
econômica.”
Serão atendidos conforme as normas do CTAS - Centro de Triagem e
Assistencia Social somente:
- Alunos da Rede Pública de Ensino da capital e grande São Paulo.
- Com idade entre 6 e 18 anos,
- Que estejam cursando o Ensino Fundamental e Ensino Médio,
- Que comprovem situação de ausência de recursos.
Os pais ou responsáveis devem comparecer à ABD às terças-feiras
das 8h às 12h.

Apresentando os seguintes documentos :


1- Encaminhamento da Escola, feito em papel timbrado oficial, assinado e
carimbado pela Coordenação Escolar, relatando sumariamente o motivo
do encaminhamento.
2- Comprovante de gastos mensais: contas de água, luz, aluguel, telefones
fixo e celular.
3- Comprovante de renda, holerite ou declaração com o valor recebido
mensalmente.
4- Xerox do ultimo registro da carteira de trabalho
5- Xerox dos documentos dos pais
5- Xerox do documento da criança
6- Xerox do Exame do pezinho
7- Telefones de contato

Esta documentação será analisada pelo CASP – Centro de Atendimento


Social e Pesquisa da ABD. Após análise, o responsável pelo menor será
comunicado da aprovação ou não.

Dislexia: Sintomas.

Os sintomas da dislexia pode variar de pessoa para pessoa, e cada pessoa


com a doença terão um padrão único de pontos fortes e fracos.
Os sintomas da dislexia em crianças pequenas
Em alguns casos, pode ser possível detectar os sintomas da dislexia antes
de uma criança começa a escola.
Os possíveis sintomas incluem: um atraso ou dificuldade no
desenvolvimento da fala clara,
misturar certas palavras e frases - por exemplo, dizendo "por mail em vez
de" minha bola ",
sendo raramente desajeitada e descoordenada, uma dificuldade em ser
capaz de apreciar as rimas, por exemplo, eles não podem entender a
conexão entre as palavras chapéu 'e' gato ', e
de ter problemas com closet, ou amarrar seus cadarços de sapatos.
Os sintomas da dislexia em crianças com idades compreendidas entre os 5-
7 anos de idade
Os sintomas mais comuns da dislexia em crianças com idades
compreendidas entre os 5-7 anos de idade incluem: dificuldade em
aprender o alfabeto, incapacidade de ler, com exceção de algumas palavras
simples, tendo problemas para escrever corretamente, dificuldade em dizer
esquerda da direita, problemas de lembrar seqüências simples, como os
dias da semana, e baixa capacidade de atenção e problemas de
concentração.
Os sintomas da dislexia em crianças com idade entre 7-12 anos de idade
Os sintomas mais comuns da dislexia em crianças com idade entre 7-12
anos de idade incluem:
progressos pobres na escola, em comparação com seus colegas, tornar-se
frustrados com a escola, o que pode levar a problemas de comportamento,
ou a eles se calmo e retraído, incapacidade de aprender a tabuada, e
problemas seguintes instruções, ou lembrando mais uma coisa de cada vez.

Os sintomas da dislexia em adolescentes


Os sintomas mais comuns da dislexia em adolescentes incluem: dificuldade
em organizar o trabalho, problemas de cópia, ou escrever abaixo,
instruções, dificuldade para a revisão, e lidar com os exames, levando mais
tempo do que a média para fazer trabalhos escolares, devido a dificuldades
de leitura, problemas persistentes com a ortografia e a escrita, e graves
dificuldades na aprendizagem de uma língua estrangeira.

A dislexia em adultos

Pode ser possível para alguém com dislexia para chegar à idade adulta sem
a condição de estar devidamente identificados.
Sinais de que você pode ser disléxico incluem: tentando evitar a leitura e a
escrita, sempre que possível, tentando esconder as dificuldades que você
tem com a leitura e a escrita de outros povos, soletração pobre, má
administração do tempo e habilidades organizacionais e confiar na memória
e habilidades verbais, ao invés de leitura ou gravação.

Dislexia
Existem várias doenças neurológicas. A dislexia é uma das manifestações
específicas de disfunção do cérebro, mas que não chega a ser doença.
A dislexia caracteriza-se por uma dificuldade primária do aprendizado, que
sofre alterações quantitativas e qualitativas, podendo ser total ou
parcialmente reversíveis. É um transtorno de aprendizagem muito comum
em salas de aula, e está relacionado a aproximadamente 15% de toda
reprovação escolar. Atinge, em média 3 a 4% de crianças em fase escolar.

Definição: Dislexia é um transtorno específico de leitura, caracterizado pela


dificuldade no reconhecimento de letras, na decodificação e na soletração
de palavras. Geralmente é identificada no período de aprendizagem do
alfabeto, pois é um obstáculo ao sucesso escolar. As dificuldades
permanecem até a idade adulta.

Características ou “sintomas”: Dificuldade da associação da letra ao som;


troca de letras, leitura lenta e monótona com tropeços, principalmente em
palavras longas. A escrita apresenta inversão de letras e erros de
concordância.
Um aluno com dislexia apresenta atraso na ‘aquisição’ da linguagem,
dificuldade para sua alfabetização, dificuldades para aprender e memorizar
os nomes das letras. Geralmente, apresenta trocas de letras na fala,
dificuldades para separar sons e palavras e, por consequência, para
aprender a ler, a escrever e a soletrar. Apresenta dificuldades para
acrescentar palavras novas ao vocabulário, para nomear pessoas e objetos.
Normalmente um disléxico tem muita dificuldade para aprender músicas
com rimas. Dificuldades para pronunciar palavras corretamente.
Dificuldades para seguir ordens e rotina, o que ultrapassa a vida diária da
criança. Dificuldade no manuseio de lápis e de objetos pequenos e
dificuldades para copiar o que está escrito (no quadro, por ex.).
Seu nível de leitura é abaixo da média. Dificuldades para compreender
enunciados de avaliações e exercícios, textos e para entender conceitos
abstratos. Tem dificuldade para memorizar tabuadas e mapas, cores e
formas. Tendência para escrita em espelho.
Além desses aspectos linguísticos, o disléxico apresenta dificuldades
psicomotoras, como um certo atraso na estrutura do esquema corporal, ou
seja, do conhecimento do próprio corpo, problemas com a lateralidade, que
se manifesta em dificuldade pra diferenciar direita e esquerda, e para
coordenar atividades motoras exercícios manuais, em brincadeiras e
desenhos.
Esse conjunto de diferenças faz com que as crianças disléxicas vivam
momentos difíceis em seu convívio na escola. Ela tende a ficar ansiosa e
insegura, tende a se desinteressas pelos estudos e a perder a motivação, a
curiosidade. Torna-se natural que tenha comportamentos agressivos com os
colegas ou dificuldades nas relações sociais. Sofre uma baixa em sua
autoestima.
Todo esse quadro gera dificuldades associadas à dislexia: Dificuldades na
percepção e na memorização visual, dificuldades para se manter atento a
algo, dificuldades no lide com números e atrasos no desenvolvimento da
coordenação motora fina e global.
Essas dificuldades associadas são, em geral, conseqüências das questões
lingüísticas inerentes à dislexia. Elas podem ou não estar presentes nos
disléxicos. Com muita freqüência, o disléxico também apresenta TDAH, que
é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Em média, 50% dos
casos.
Possíveis causas da dislexia:
Existem possibilidades de que a dislexia tenha causa genética.
É possível, também, uma explicação neurológica, pois é sabido que, os
disléxicos apresentam disfunções cerebrais em áreas que atuam mais
diretamente no processamento da leitura e da escrita, gerando distúrbios
de processamento temporal nas funções de percepção, armazenamento,
nomeação, recuperação e acesso às informações.
Além disso, apresentam problemas no córtex visual, no giro angular
esquerdo, no lobo temporal esquerdo e na área de Wernicke (que é a
responsável pela linguagem).

É importante frisar que crianças com dislexia e crianças sem, têm cérebros
iguais em tamanho e em distribuição estrutural. O que diferencia é a
presença de falhas nas conexões cerebrais, gerando um mal funcionamento
do lobo temporal.

Não cabe ao professor diagnosticar ou ‘atender’ as crianças com dislexia,


mas, identificando o quanto antes ela for identificada, o tratamento tende a
ter melhores efeitos. A qualidade e a intensidade de estímulos também
interfere diretamente na melhora desse quadro.

Tratamento:
O tratamento deve ser feito por atendimento fonoaudiológico associado à
psicoeducação, aulas de reforço individuais e psicoterapia.

Tipos de Dislexia

A Dislexia é um distúrbio que surge em variadas formas, todas elas com a


suas características e sintomas.

Apresentamos agora as várias categorias conhecidas desta dificuldade de


aprendizagem:

Dislexia Deseidética (Dislexia Visual)

Dislexia Disfonética (Dislexia Auditiva)

Dislexia Aléxica (Dislexia Visuo- Auditiva)

Dislexia Audio-Linguística

Dislexia Visuo - Espacial


Dislexia Disfonética

Dislexia Aléxica
Dislexia Audio-Linguística

Dislexia Visuo-Espacial
Factores Genéticos e Factores Neurológicos

Algumas das Principais Causas de Dislexia


Existem diversos factores que podem ser causadores de dislexia, dentro dos
quais se distinguem os:
Factores Genéticos;
Factores Neurológicos (relacionados como cérebro);
Factores Cognitivos (relacionados com o conhecimento);
Factores do Meio Ambiente

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