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Prof. Nicolau
∆s
O raio de curvatura médio é definido por: ρm =
∆θ
∆s ds
O raio de curvatura instantâneo é definido por: ρ = lim =
∆θ→ 0 ∆θ dθ
C
Se o ângulo compreendido entre as duas tangentes é dθ, este é o ângulo que formam as duas normais.
O comprimento do arco entre os dois pontos considerados é ds = ρdθ.
Dada a função y = f(x), vamos determinar a fórmula que nos permite calcular o raio de curvatura ρ da curva na posição de abscissa
x.
y
x
x x + dx
ds
A fórmula do raio de curvatura será dada por: ρ =
dθ
2
dy
Para ds: ds = dx 2 + dy 2 = 1 + dx
dx
dy dy dy
Para dθ: tg θ = ∴ θ = arctg ∴ dθ = d arctg
dx dx dx
1
sena sen a + cos a
2 2
db = d(tga) = d
cosa
=
cos 2 a
( )
⋅ da = 1 + tg2 a ⋅ da = (1 + b2 ) ⋅ da ∴ da =
1
1 + b2
⋅ db ∴ d ( arctgb ) =
1
1 + b2
⋅ db
Então:
dθ d dy 1 d dy 1 d2 y 1 d2 y
= arctg = ⋅ = ⋅ ∴ dθ = ⋅ ⋅ dx
dx dx dx dy
2
dx dx dy
2
dx 2 dy
2
dx 2
1+ 1+ 1+
dx dx dx
Substituindo:
3
dy
2 dy 2 2
1 + dx 1 +
dx dx
=
ds
ρ= =
dθ 1 2
dy d2 y
2
⋅ 2 ⋅ dx
dy dx dx 2
1+
dx
Como o raio de curvatura é uma quantidade positiva, então:
3
dy 2 2
1 +
ρ= dx
d2 y
dx 2
3
1 + ( 2ax + b ) 2 2
d2 y
= 2a; logo: ρ =
dy
a) = 2ax + b e
dx dx 2 2a
dy 1
b) no vértice da parábola temos = 0; logo: ρ =
dx 2a
3
1 + b2 2
c) para x = 0: ρ =
2a
Exercício 2: Determinar o raio de curvatura no ponto mais alto de uma ciclóide (dado utilizado no exercício 26 do ITA 2006).
A ciclóide é a trajetória descrita por um ponto situado na borda de uma roda que rola sem deslizar ao longo do eixo Ox. Tomemos
uma roda de raio R que gira com velocidade angular ω.
O movimento de uma roda pode ser estudado como a composição de um movimento de translação do centro de massa da roda
(com velocidade escalar v) com um movimento de rotação em torno do centro de massa da roda (com velocidade angular ω),
conforme a figura a seguir:
ωR ωR
ωR ωR
+ =
ωR ωR
ωR ωR
v CM −I vP − CM
2
Em que o vetor velocidade num ponto qualquer da roda é dado pela soma vetorial:
vP −I = vP − CM + v CM −I
onde:
vP −I é a velocidade do ponto P em relação ao referencial inercial
vP − CM é a velocidade do ponto P em relação ao centro de massa da roda, devido ao movimento de rotação
v CM −I é a velocidade do centro de massa da roda em relação ao referencial inercial, devido ao movimento de translação
Dessa forma, para que a roda role sem deslizar, a velocidade do ponto A, que está encostado no chão, deve ser nula. E isso só
pode ocorrer se tivermos v = ωR.
Podemos concluir então que o módulo do vetor velocidade é dado por:
- em A: 0
- em B: v 2
- em C: 2v
- em D: v 2
A trajetória de um ponto qualquer da periferia da roda pode ser visto na figura da ciclóide:
Para a determinação do raio de curvatura no ponto mais alto, temos as seguintes possibilidades:
. Mas acp = P .
R ρP
v 2 ( 2v )
2
3
Devido ao movimento de rotação, teremos: x = Rsen(ωt) e y = Rcos(ωt)
Devido ao movimento de translação, teremos: x = ωRt e y = 0
Portanto:
x = Rsen(ωt) + ωRt (I)
y = Rcos(ωt) (II)
ou:
x – ωRt = Rsen(ωt)
y = Rcos(ωt)
Então:
( x − ωRt )2 + y 2 = R 2
De (II):
2
y y y
ωt = arccos ∴ x − R arccos + y 2 = R 2 ∴ x = R 2 − y 2 + Rarccos
R
R R
dx 1 −2y 1 −1 −y −R y +R
= ⋅ + R⋅ ⋅ = + =−
dy 2 R 2 − y 2 R y
2
R −y
2 2
R −y
2 2
R2 − y 2
1−
R
1 −2y
1⋅ R 2 − y 2 − ( y + R ) ⋅ ⋅
2
dx 2 R2 − y 2 R 2 − y 2 + y 2 + yR R 2 + yR
= − = − = −
dy 2 R2 − y2 R2 − y 2 R 2 − y 2 ( 3
R2 − y 2 2 ) ( )
dx dy d2 x d2 y
Aplicando a equação do raio de curvatura, apenas com a inversão de no lugar de e de no lugar de :
dy dx dy 2 dx 2
3
3
2 2 3
dx 2 2
1 + y + R R2 − y 2 + ( y + R)2 2
1 + R2 − y 2 3 3
dy R2 − y2 R 2 − y 2 + y 2 + 2yR + R 2 2
2R 2 + 2yR 2
ρ= = = = =
d2 x R 2 + yR R 2 + yR R 2 + yR R 2 + yR
(R ) (R )
3 3
dy 2 2
− y2 2 2
− y2 2
( 2R ) 2 ( R + y )
3 3
2
ρ= ∴ ρ = 2 2R ( R + y )
R ⋅ (R + y )
No ponto mais alto: y = R.
Logo: ρ = 2 2R ( R + R ) ∴ ρ = 4R
4
Determinação das Componentes Normal e Tangencial do Vetor Aceleração
y
ut : vetor unitário tangente à trajetória
un : vetor unitário normal à trajetória
∆θ ut
ut ⊥ un ut = un = 1
B
∆S
θ: ângulo entre ut e o eixo x
un ut v
θ
uy θ dθ : acréscimo infinitesimal do ângulo θ
A θ + ∆θ ds : acréscimo infinitesimal do deslocamento.
θ x
0
ux
d ( v ⋅ ut ) dv
dv du
Sabemos que v = v ⋅ ut , sendo v a velocidade escalar e a = . Então: a = = ⋅ ut + v ⋅ t
dt dt dt dt
dut
Neste caso, ≠ 0, pois o vetor unitário ut muda de direção com o tempo. Para resolver este problema temos que exprimir os
dt
vetores unitários ut e un em termos dos vetores ux e uy :
un = − senθ ⋅ ux + cos θ ⋅ uy
Da figura, vemos que:
ut = cos θ ⋅ ux + senθ ⋅ uy
du
Calculemos agora t :
dt
dut d(cos θ ⋅ ux + senθ ⋅ uy ) dut dθ dux dθ duy
= ⇔ = ⋅ ( − senθ) ⋅ ux + cos θ ⋅ + ⋅ cos θ ⋅ uy + senθ ⋅ ⇔
dt dt dt dt dt dt dt
dut dθ dut dθ
⇔ = ⋅ ( − senθ ⋅ ux + cos θ ⋅ uy ) ⇔ = ⋅ un
dt dt
dt dt
un
ds dθ dut dθ ds 1 v
Para ângulos medidos em radianos temos: s = θ ⋅ ρ. Então = ⋅ ρ. E podemos escrever: = ⋅ un = ⋅ ⋅ un = ⋅ un
dt dt dt dt dt ρ ρ
dv dut dv v
Logo: a = ⋅ ut + v ⋅ = ⋅ ut + v ⋅ un
dt dt dt ρ
dv v2
a= ⋅ ut + ⋅ un
dt
ρ
componente componente
tan gencial normal ou centripeta
dv
módulo da aceleração tangencial = = aceleração escalar
dt
v2
módulo da aceleração centrípeta =
ρ
Importante:
• A componente tangencial da aceleração é responsável pela variação do módulo de v;
5
• A componente normal, cujo sentido aponta sempre para o centro da trajetória, é responsável pela mudança de direção de v.
Seja um corpo de massa m, solto do repouso, de uma altura muito grande, estando sujeito a uma resistência do ar dada por k ⋅ v 2 .
Demonstração da primitiva:
1 1 1 1
= +
mg − kv 2
2 mg mg + kv mg − kv
Assim:
dv 1 dv dv
∫ mg − kv 2 = 2 mg ∫ mg + kv + ∫ mg − kv
dv
∫ mg − kv 2
=
1 1
ℓn
2 mg k
( )
mg + kv −
1
k
ℓn ( )
mg − kv
dv 1 mg + kv
∫ mg − kv 2
= ℓn
2 mgk mg − kv
6
Semelhanças entre o movimento de rotação e o movimento de translação
TRANSLAÇÃO ROTAÇÃO
dr dθ
v= ω=
dt dt
dv dω
a= α=
dt dt
1 1
x = x0 + v0 ⋅ t + a ⋅ t 2 θ = θ0 + ω 0 ⋅ t + α ⋅ t 2
2 2
v = v0 + a ⋅ t ω = ω0 + α ⋅ t
1 1
EC = mv 2 EC = I ⋅ ω 2
2 2
p = m⋅ v L = l⋅ω
dp dL
F= τ=
dt dt
F = m⋅a τ = I⋅ α
7
Determinação do Raio de Curvatura em uma curva y = f(x)
Prof. Nicolau
∆s
O raio de curvatura médio é definido por: ρm =
∆θ
∆s ds
O raio de curvatura instantâneo é definido por: ρ = lim =
∆θ→ 0 ∆θ dθ
C
Se o ângulo compreendido entre as duas tangentes é dθ, este é o ângulo que formam as duas normais.
O comprimento do arco entre os dois pontos considerados é ds = ρdθ.
Dada a função y = f(x), vamos determinar a fórmula que nos permite calcular o raio de curvatura ρ da curva na posição de abscissa
x.
y
x
x x + dx
ds
A fórmula do raio de curvatura será dada por: ρ =
dθ
2
dy
Para ds: ds = dx 2 + dy 2 = 1 + dx
dx
dy dy dy
Para dθ: tg θ = ∴ θ = arctg ∴ dθ = d arctg
dx dx dx
1
sena sen a + cos a
2 2
db = d(tga) = d
cosa
=
cos 2 a
( )
⋅ da = 1 + tg2 a ⋅ da = (1 + b2 ) ⋅ da ∴ da =
1
1 + b2
⋅ db ∴ d ( arctgb ) =
1
1 + b2
⋅ db
Então:
dθ d dy 1 d dy 1 d2 y 1 d2 y
= arctg = ⋅ = ⋅ ∴ dθ = ⋅ ⋅ dx
dx dx dx dy
2
dx dx dy
2
dx 2 dy
2
dx 2
1+ 1+ 1+
dx dx dx
Substituindo:
3
dy
2 dy 2 2
1 + dx 1 +
dx dx
=
ds
ρ= =
dθ 1 2
dy d2 y
2
⋅ 2 ⋅ dx
dy dx dx 2
1+
dx
Como o raio de curvatura é uma quantidade positiva, então:
3
dy 2 2
1 +
ρ= dx
d2 y
dx 2
c) para x = 0: ρ =
2a
Exercício 2: Determinar o raio de curvatura no ponto mais alto de uma ciclóide (dado utilizado no exercício 26 do ITA 2006).
A ciclóide é a trajetória descrita por um ponto situado na borda de uma roda que rola sem deslizar ao longo do eixo Ox. Tomemos
uma roda de raio R que gira com velocidade angular ω.
O movimento de uma roda pode ser estudado como a composição de um movimento de translação do centro de massa da roda
(com velocidade escalar v) com um movimento de rotação em torno do centro de massa da roda (com velocidade angular ω),
conforme a figura a seguir:
ωR ωR
ωR ωR
+ =
ωR ωR
ωR ωR
v CM −I vP − CM
2
Em que o vetor velocidade num ponto qualquer da roda é dado pela soma vetorial:
vP −I = vP − CM + v CM −I
onde:
vP −I é a velocidade do ponto P em relação ao referencial inercial
vP − CM é a velocidade do ponto P em relação ao centro de massa da roda, devido ao movimento de rotação
v CM −I é a velocidade do centro de massa da roda em relação ao referencial inercial, devido ao movimento de translação
Dessa forma, para que a roda role sem deslizar, a velocidade do ponto A, que está encostado no chão, deve ser nula. E isso só
pode ocorrer se tivermos v = ωR.
Podemos concluir então que o módulo do vetor velocidade é dado por:
- em A: 0
- em B: v 2
- em C: 2v
- em D: v 2
A trajetória de um ponto qualquer da periferia da roda pode ser visto na figura da ciclóide:
Para a determinação do raio de curvatura no ponto mais alto, temos as seguintes possibilidades:
. Mas acp = P .
R ρP
v 2 ( 2v )
2
3
Devido ao movimento de rotação, teremos: x = Rsen(ωt) e y = Rcos(ωt)
Devido ao movimento de translação, teremos: x = ωRt e y = 0
Portanto:
x = Rsen(ωt) + ωRt (I)
y = Rcos(ωt) (II)
ou:
x – ωRt = Rsen(ωt)
y = Rcos(ωt)
Então:
( x − ωRt )2 + y 2 = R 2
De (II):
2
y y y
ωt = arccos ∴ x − R arccos + y 2 = R 2 ∴ x = R 2 − y 2 + Rarccos
R
R R
dx 1 −2y 1 −1 −y −R y +R
= ⋅ + R⋅ ⋅ = + =−
dy 2 R 2 − y 2 R y
2
R −y
2 2
R −y
2 2
R2 − y 2
1−
R
1 −2y
1⋅ R 2 − y 2 − ( y + R ) ⋅ ⋅
2
dx 2 R2 − y 2 R 2 − y 2 + y 2 + yR R 2 + yR
= − = − = −
dy 2 R2 − y2 R2 − y 2 R 2 − y 2 ( 3
R2 − y 2 2 ) ( )
dx dy d2 x d2 y
Aplicando a equação do raio de curvatura, apenas com a inversão de no lugar de e de no lugar de :
dy dx dy 2 dx 2
3
3
2 2 3
dx 2 2
1 + y + R R2 − y 2 + ( y + R )2 2
1 + R2 − y 2 3 3
dy R2 − y2 R 2 − y 2 + y 2 + 2yR + R 2 2
2R 2 + 2yR 2
ρ= = = = =
d2 x R 2 + yR R + yR
2
R 2 + yR R 2 + yR
(R ) (R )
3 3
dy 2 2
− y2 2 2
− y2 2
( 2R ) 2 ( R + y )
3 3
2
ρ= ∴ ρ = 2 2R ( R + y )
R ⋅ (R + y )
No ponto mais alto: y = R.
Logo: ρ = 2 2R ( R + R ) ∴ ρ = 4R
4
Determinação das Componentes Normal e Tangencial do Vetor Aceleração
y
ut : vetor unitário tangente à trajetória
un : vetor unitário normal à trajetória
∆θ ut
ut ⊥ un ut = un = 1
B
∆S
θ: ângulo entre ut e o eixo x
un ut v
θ
uy θ dθ : acréscimo infinitesimal do ângulo θ
A θ + ∆θ ds : acréscimo infinitesimal do deslocamento.
θ x
0
ux
d ( v ⋅ ut ) dv
dv du
Sabemos que v = v ⋅ ut , sendo v a velocidade escalar e a = . Então: a = = ⋅ ut + v ⋅ t
dt dt dt dt
dut
Neste caso, ≠ 0, pois o vetor unitário ut muda de direção com o tempo. Para resolver este problema temos que exprimir os
dt
vetores unitários ut e un em termos dos vetores ux e uy :
un = − senθ ⋅ ux + cos θ ⋅ uy
Da figura, vemos que:
ut = cos θ ⋅ ux + senθ ⋅ uy
du
Calculemos agora t :
dt
dut d(cos θ ⋅ ux + senθ ⋅ uy ) dut dθ dux dθ duy
= ⇔ = ⋅ ( − senθ) ⋅ ux + cos θ ⋅ + ⋅ cos θ ⋅ uy + senθ ⋅ ⇔
dt dt dt dt dt dt dt
dut dθ dut dθ
⇔ = ⋅ ( − senθ ⋅ ux + cos θ ⋅ uy ) ⇔ = ⋅ un
dt dt
dt dt
un
ds dθ dut dθ ds 1 v
Para ângulos medidos em radianos temos: s = θ ⋅ ρ. Então = ⋅ ρ. E podemos escrever: = ⋅ un = ⋅ ⋅ un = ⋅ un
dt dt dt dt dt ρ ρ
dv dut dv v
Logo: a = ⋅ ut + v ⋅ = ⋅ ut + v ⋅ un
dt dt dt ρ
dv v2
a= ⋅ ut + ⋅ un
dt
ρ
componente componente
tan gencial normal ou centripeta
dv
módulo da aceleração tangencial = = aceleração escalar
dt
v2
módulo da aceleração centrípeta =
ρ
Importante:
• A componente tangencial da aceleração é responsável pela variação do módulo de v;
5
• A componente normal, cujo sentido aponta sempre para o centro da trajetória, é responsável pela mudança de direção de v.
Seja um corpo de massa m, solto do repouso, de uma altura muito grande, estando sujeito a uma resistência do ar dada por k ⋅ v 2 .
Demonstração da primitiva:
1 1 1 1
= +
mg − kv 2
2 mg mg + kv mg − kv
Assim:
dv 1 dv dv
∫ mg − kv 2 = 2 mg ∫ mg + kv + ∫ mg − kv
dv
∫ mg − kv 2
=
1 1
ℓn
2 mg k
( )
mg + kv −
1
k
ℓn ( )
mg − kv
dv 1 mg + kv
∫ mg − kv 2
= ℓn
2 mgk mg − kv
6
Semelhanças entre o movimento de rotação e o movimento de translação
TRANSLAÇÃO ROTAÇÃO
dr dθ
v= ω=
dt dt
dv dω
a= α=
dt dt
1 1
x = x0 + v0 ⋅ t + a ⋅ t 2 θ = θ0 + ω 0 ⋅ t + α ⋅ t 2
2 2
v = v0 + a ⋅ t ω = ω0 + α ⋅ t
1 1
EC = mv 2 EC = I ⋅ ω 2
2 2
p = m⋅ v L = l⋅ω
dp dL
F= τ=
dt dt
F = m⋅a τ = I⋅ α
7
Determinação do Raio de Curvatura em uma curva y = f(x)
Prof. Nicolau
∆s
O raio de curvatura médio é definido por: ρm =
∆θ
∆s ds
O raio de curvatura instantâneo é definido por: ρ = lim =
∆θ→ 0 ∆θ dθ
C
Se o ângulo compreendido entre as duas tangentes é dθ, este é o ângulo que formam as duas normais.
O comprimento do arco entre os dois pontos considerados é ds = ρdθ.
Dada a função y = f(x), vamos determinar a fórmula que nos permite calcular o raio de curvatura ρ da curva na posição de abscissa
x.
y
x
x x + dx
ds
A fórmula do raio de curvatura será dada por: ρ =
dθ
2
dy
Para ds: ds = dx 2 + dy 2 = 1 + dx
dx
dy dy dy
Para dθ: tg θ = ∴ θ = arctg ∴ dθ = d arctg
dx dx dx
1
sena sen a + cos a
2 2
db = d(tga) = d
cosa
=
cos 2 a
( )
⋅ da = 1 + tg2 a ⋅ da = (1 + b2 ) ⋅ da ∴ da =
1
1 + b2
⋅ db ∴ d ( arctgb ) =
1
1 + b2
⋅ db
Então:
dθ d dy 1 d dy 1 d2 y 1 d2 y
= arctg = ⋅ = ⋅ ∴ dθ = ⋅ ⋅ dx
dx dx dx dy
2
dx dx dy
2
dx 2 dy
2
dx 2
1+ 1+ 1+
dx dx dx
Substituindo:
3
dy
2 dy 2 2
1 + dx 1 +
dx dx
=
ds
ρ= =
dθ 1 2
dy d2 y
2
⋅ 2 ⋅ dx
dy dx dx 2
1+
dx
Como o raio de curvatura é uma quantidade positiva, então:
3
dy 2 2
1 +
ρ= dx
d2 y
dx 2
c) para x = 0: ρ =
2a
Exercício 2: Determinar o raio de curvatura no ponto mais alto de uma ciclóide (dado utilizado no exercício 26 do ITA 2006).
A ciclóide é a trajetória descrita por um ponto situado na borda de uma roda que rola sem deslizar ao longo do eixo Ox. Tomemos
uma roda de raio R que gira com velocidade angular ω.
O movimento de uma roda pode ser estudado como a composição de um movimento de translação do centro de massa da roda
(com velocidade escalar v) com um movimento de rotação em torno do centro de massa da roda (com velocidade angular ω),
conforme a figura a seguir:
ωR ωR
ωR ωR
+ =
ωR ωR
ωR ωR
v CM −I vP − CM
2
Em que o vetor velocidade num ponto qualquer da roda é dado pela soma vetorial:
vP −I = vP − CM + v CM −I
onde:
vP −I é a velocidade do ponto P em relação ao referencial inercial
vP − CM é a velocidade do ponto P em relação ao centro de massa da roda, devido ao movimento de rotação
v CM −I é a velocidade do centro de massa da roda em relação ao referencial inercial, devido ao movimento de translação
Dessa forma, para que a roda role sem deslizar, a velocidade do ponto A, que está encostado no chão, deve ser nula. E isso só
pode ocorrer se tivermos v = ωR.
Podemos concluir então que o módulo do vetor velocidade é dado por:
- em A: 0
- em B: v 2
- em C: 2v
- em D: v 2
A trajetória de um ponto qualquer da periferia da roda pode ser visto na figura da ciclóide:
Para a determinação do raio de curvatura no ponto mais alto, temos as seguintes possibilidades:
. Mas acp = P .
R ρP
v 2 ( 2v )
2
3
Devido ao movimento de rotação, teremos: x = Rsen(ωt) e y = Rcos(ωt)
Devido ao movimento de translação, teremos: x = ωRt e y = 0
Portanto:
x = Rsen(ωt) + ωRt (I)
y = Rcos(ωt) (II)
ou:
x – ωRt = Rsen(ωt)
y = Rcos(ωt)
Então:
( x − ωRt )2 + y 2 = R 2
De (II):
2
y y y
ωt = arccos ∴ x − R arccos + y 2 = R 2 ∴ x = R 2 − y 2 + Rarccos
R
R R
dx 1 −2y 1 −1 −y −R y +R
= ⋅ + R⋅ ⋅ = + =−
dy 2 R 2 − y 2 R y
2
R −y
2 2
R −y
2 2
R2 − y 2
1−
R
1 −2y
1⋅ R 2 − y 2 − ( y + R ) ⋅ ⋅
2
dx 2 R2 − y 2 R 2 − y 2 + y 2 + yR R 2 + yR
= − = − = −
dy 2 R2 − y2 R2 − y 2 R 2 − y 2 ( 3
R2 − y 2 2 ) ( )
dx dy d2 x d2 y
Aplicando a equação do raio de curvatura, apenas com a inversão de no lugar de e de no lugar de :
dy dx dy 2 dx 2
3
3
2 2 3
dx 2 2
1 + y + R R2 − y 2 + ( y + R )2 2
1 + R2 − y 2 3 3
dy R2 − y2 R 2 − y 2 + y 2 + 2yR + R 2 2
2R 2 + 2yR 2
ρ= = = = =
d2 x R 2 + yR R + yR
2
R 2 + yR R 2 + yR
(R ) (R )
3 3
dy 2 2
− y2 2 2
− y2 2
( 2R ) 2 ( R + y )
3 3
2
ρ= ∴ ρ = 2 2R ( R + y )
R ⋅ (R + y )
No ponto mais alto: y = R.
Logo: ρ = 2 2R ( R + R ) ∴ ρ = 4R
4
Determinação das Componentes Normal e Tangencial do Vetor Aceleração
y
ut : vetor unitário tangente à trajetória
un : vetor unitário normal à trajetória
∆θ ut
ut ⊥ un ut = un = 1
B
∆S
θ: ângulo entre ut e o eixo x
un ut v
θ
uy θ dθ : acréscimo infinitesimal do ângulo θ
A θ + ∆θ ds : acréscimo infinitesimal do deslocamento.
θ x
0
ux
d ( v ⋅ ut ) dv
dv du
Sabemos que v = v ⋅ ut , sendo v a velocidade escalar e a = . Então: a = = ⋅ ut + v ⋅ t
dt dt dt dt
dut
Neste caso, ≠ 0, pois o vetor unitário ut muda de direção com o tempo. Para resolver este problema temos que exprimir os
dt
vetores unitários ut e un em termos dos vetores ux e uy :
un = − senθ ⋅ ux + cos θ ⋅ uy
Da figura, vemos que:
ut = cos θ ⋅ ux + senθ ⋅ uy
du
Calculemos agora t :
dt
dut d(cos θ ⋅ ux + senθ ⋅ uy ) dut dθ dux dθ duy
= ⇔ = ⋅ ( − senθ) ⋅ ux + cos θ ⋅ + ⋅ cos θ ⋅ uy + senθ ⋅ ⇔
dt dt dt dt dt dt dt
dut dθ dut dθ
⇔ = ⋅ ( − senθ ⋅ ux + cos θ ⋅ uy ) ⇔ = ⋅ un
dt dt
dt dt
un
ds dθ dut dθ ds 1 v
Para ângulos medidos em radianos temos: s = θ ⋅ ρ. Então = ⋅ ρ. E podemos escrever: = ⋅ un = ⋅ ⋅ un = ⋅ un
dt dt dt dt dt ρ ρ
dv dut dv v
Logo: a = ⋅ ut + v ⋅ = ⋅ ut + v ⋅ un
dt dt dt ρ
dv v2
a= ⋅ ut + ⋅ un
dt
ρ
componente componente
tan gencial normal ou centripeta
dv
módulo da aceleração tangencial = = aceleração escalar
dt
v2
módulo da aceleração centrípeta =
ρ
Importante:
• A componente tangencial da aceleração é responsável pela variação do módulo de v;
5
• A componente normal, cujo sentido aponta sempre para o centro da trajetória, é responsável pela mudança de direção de v.
Seja um corpo de massa m, solto do repouso, de uma altura muito grande, estando sujeito a uma resistência do ar dada por k ⋅ v 2 .
Demonstração da primitiva:
1 1 1 1
= +
mg − kv 2
2 mg mg + kv mg − kv
Assim:
dv 1 dv dv
∫ mg − kv 2 = 2 mg ∫ mg + kv + ∫ mg − kv
dv
∫ mg − kv 2
=
1 1
ℓn
2 mg k
( )
mg + kv −
1
k
ℓn ( )
mg − kv
dv 1 mg + kv
∫ mg − kv 2
= ℓn
2 mgk mg − kv
6
Semelhanças entre o movimento de rotação e o movimento de translação
TRANSLAÇÃO ROTAÇÃO
dr dθ
v= ω=
dt dt
dv dω
a= α=
dt dt
1 1
x = x0 + v0 ⋅ t + a ⋅ t 2 θ = θ0 + ω 0 ⋅ t + α ⋅ t 2
2 2
v = v0 + a ⋅ t ω = ω0 + α ⋅ t
1 1
EC = mv 2 EC = I ⋅ ω 2
2 2
p = m⋅ v L = l⋅ω
dp dL
F= τ=
dt dt
F = m⋅a τ = I⋅ α