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Elvis & Priscilla Presley: A morte de Elvis - Contada por Priscilla http://elvisepriscilla.blogspot.com/2008/04/morte-de-elvis-contada-por...

A morte de Elvis - Contada por Priscilla


"Em abril de 1977 Elvis ficou doente, teve que cancelar uma excursão e voltar para Graceland.
Lisa e eu estávamos lá, visitando Dodger (a avó do cantor). Ele me chamou a seu quarto. O
rosto e o corpo estavam inchados. Vestia um pijama, o traje que parecia preferir agora quando
estava em casa.Tinha nas mãos o livro dos números de Cheiro e disse que queria que eu lesse
alguma coisa. Sua busca por respostas não se extinguira. Ainda procurava seu propósito na vida,
ainda achava que não encontrara a sua vocação. Se descobrisse uma causa para defender, quer
fosse uma sociedade sem drogas ou a paz mundial, teria o papel que procurava na vida.

Mas Elvis jamais encontrou uma cruzada para tirá-lo de seu mundo enclausurado, uma
disciplina bastante forte para anular a fuga nas drogas, naquela noite ele leu para mim,
procurando por respostas, exatamente como fizera no ano anterior e em todos outros anos
antes. Foi a última vez em que o encontrei.

Embarcamos no avião Lisa Marie por volta das nove horas daquela noite, 16 de agosto de
1977. A principio, fiquei sentada sozinha, desesperada. Depois, fui para a parte posterior do
avião onde ficava o quarto de Elvis. Deitei ali, incapaz de acreditar que Elvis estava mesmo
morto.

A viagem pareceu interminável. Eu estava completamente atordoada ao chegarmos a Memphis.


Fomos levados a uma limousine à espera na pista, a fim de evitar os fotógrafos. Partimos a
toda velocidade para Graceland, onde fomos recebidos por rostos frenéticos e incrédulos, de
parentes, amigos íntimos e criados – as mesmas pessoas que nos havia cercado por tantos
anos. Eu passara a maior parte de minha vida com aquela gente e olhar para todos agora foi
terrível.

Lisa estava lá fora, no gramado, em companhia de uma amiga, passeando no carrinho de golfe
que o pai lhe dera. A princípio, fiquei aturdida por ela brincar numa ocasião como aquela, mas
depois compreendi que Lisa ainda não fora ainda plenamente atingida pelo impacto do que
acontecera. Vira a ambulância levando Elvis e ele ainda estava no hospital quando cheguei, por
isso, Lisa estava confusa.

É verdade? – perguntou ela – papai morreu mesmo?

Não sabia como contar a Lisa como nunca mais tornaria a ver o pai novamente. Balancei a
cabeça e depois abracei-a. Lisa se afastou e voltou a passear de carrinho de golfe. Mas agora eu
estava mais contente por ela ser capaz de brincar. Sabia que era sua maneira de evitar a
realidade, era apenas uma criança.

A noite parecia interminável. Várias pessoas sentaram em torno da mesa de jantar,


conversando. Foi então que tomei conhecimento das circunstâncias da morte de Elvis. Fui
informada de que Elvis jogara tênis com seu primo Billy Smith até às quatro horas da
madrugada, com a mulher de Billy, Jo, e a namorada de Elvis, Ginger, assistindo. Depois, todos
se retiraram para dormir, mas enquanto Ginger dormia, Elvis permaneceu acordado, lendo.
Ligou para tia Delta e disse que queria um pouco de água gelada, estava tendo dificuldades para
dormir.

Elvis ainda estava lendo quando Ginger acordou, às nove horas da manhã, e quando ela voltou a
dormir, por volta de uma hora da tarde. Quando ela despertou, Elvis não estava na cama. Foi
encontrá-lo caído no chão do banheiro. Ginger gritou por socorro e Al Strada e Joe Esposito
subiram correndo. Depois de chamar a ambulância, Joe aplicou respiração boca a boca em
Elvis. Quando a ambulância estava saindo com Elvis para o hospital, seu médico particular, Dr
Nick, apareceu e foi junto para o Memorial Batista. Ali os médicos tentaram por meia hora
ressuscitar Elvis. Mas foi tudo inútil. Ele foi declarado morto ao chegar, de parada cardíaca.
Vernon pediu a autópsia. O corpo foi levado para a agência funerária Memphis, a fim de ser
preparado para a exposição no dia seguinte.

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preparado para a exposição no dia seguinte.

Enquanto estava escutando o relato das últimas horas de Elvis, fui me sentido cada vez mais
perturbada. Havia dúvidas demais. Elvis raramente ficava sozinho por períodos prolongados.
Subitamente compreendi que precisava ficar sozinha. Subi para a suíte de Elvis, onde passamos
boa parte de nossa vida conjugal. Os aposentos estavam arrumados mais do que o normal,
muitos de seus pertences pessoais haviam desaparecido, não havia livros na mesinha de
cabeceira, onde foi parar seus livros queridos, aqueles que ele jamais se separava? Fui ao seu
quarto de vestir e era como se pudesse sentir sua presença viva – sua fragrância característica
impregnava o quarto. Era uma sensação fantástica.

Não demorou muito para que o caixão fosse instalado no vestíbulo da frente, aberto à visitação
pública. Fiquei no quarto de vovó a maior parte daquela noite, enquanto milhares de pessoas do
mundo inteiro apareciam, prestando sua última homenagem. Muitas choravam, alguns homens
e mulheres até desmaiaram. Outras se demoravam junto ao caixão, recusando-se a acreditar
que era ele mesmo. Elvis fora realmente amado, admirado e respeitado.

Esperei pelo momento certo para Lisa e eu nos despedirmos. Era tarde da noite e Elvis já fora
transferido para a sala de estar, onde seria realizado o funeral. Havia silêncio, todos haviam ido
embora. Juntas, ficamos paradas ao lado do caixão emocionadas. 'Você parece tão sereno,
Sattnin, tão descansado...sei que vai encontrar lá toda a felicidade e todas as respostas'. Lisa
pegou minha mão e pusemos no pulso direito de Elvis uma pulseira de prata, mostrando mãe e
filha de mãos dadas.

- Vamos sentir sua falta... - murmurei.

Durante o serviço religioso, Lisa e eu sentamos junto de Vernon e sua nova noiva, Sandy
Miller, Dodger, Delta, Patsy, meus pais, Michelle e o resto da família. George Hamilton estava
presente. Ann Margret compareceu em companhia do marido, Roger Smith. Ann apresentou
suas condolências com tanta sinceridade que senti um vínculo genuíno com ela.

J.D. e os Stamps Quartet cantaram as músicas evangélicas prediletas de Elvis. Vernon


escolhera o pregador, um homem que mal conhecia Elvis e falou principalmente de sua
generosidade. Elvis provavelmente teria rido e diria ao pai: 'Não poderiam ter arrumado um
comediante ou algo parecido?'. Elvis não queria que o lamentássemos.

Encerrado o serviço, fomos para o cemitério, Lisa e eu acompanhamos Vernon e Sandy. Ficava
a cinco quilômetros da casa e por todo o percurso havia pessoas nos dois lados da rua, com
outra milhares de pessoas no cemitério. Os carregadores do caixão – Jerry Schilling, Charlie
Hodge, Dr Nick e Gene Smith – levaram-no até o mausoléu de mármore. Houve uma breve
cerimônia e depois, um a um, todos nos aproximamos do caixão, beijamos ou tocamos,
murmuramos algumas palavras finais de despedida. Depois, por medida de segurança, Elvis foi
transferido para o jardim de Graceland, seu local de repouso eterno.

Eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. A morte de Elvis tornou-me muito mais
consciente de minha própria mortalidade e das pessoas que eu amava. Compreendi que era
melhor começar a partilhar mais com as pessoas com quem me importava, cada momento que
tinha com minha filha ou meus pais se tornou mais precioso.

Aprendi com Elvis, muitas vezes – lamentavelmente – com seus erros. Aprendi que ter muitas
pessoas ao redor pode minar suas energias. Aprendi o preço de tentar fazer todos felizes. Elvis
dava presentes a alguns e deixava outros ciumentos, freqüentemente criando rivalidades e
ansiedades no grupo. Aprendi a confrontar as pessoas e os problemas – duas coisas que Elvis
sempre evitara.

Aprendi a assumir o controle da minha vida. Elvis era tão jovem quando se tornara um astro que

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Aprendi a assumir o controle da minha vida. Elvis era tão jovem quando se tornara um astro que
nunca fora capaz de manipular o poder e o dinheiro que acompanhavam a fama. Sob muitos
aspectos, ele foi uma vítima, destruído pelas próprias pessoas que atendiam a todos os seus
desejos e necessidades. Foi também uma vítima de sua imagem. O público queria que ele fosse
perfeito, enquanto a imprensa implacavelmente exagerava os seus defeitos. Nunca teve a
oportunidade de ser humano, de crescer para se tornar um adulto amadurecido, experimentar o
mundo além de seu casulo artificial.

Quando Elvis Presley morreu, um pouco de nossas próprias vidas nos foi tirado, de todos que
conheciam e amavam Elvis Presley, que partilharam suas músicas e filmes, que acompanharam
sua carreira. Sua paixão era divertir os amigos e os fãs. O público era seu verdadeiro amor. E o
amor que Elvis e eu partilhamos foi profundo e permanente.

Passei muitas horas recordando momentos de meu passado que são para mim pedaços da
história, significativos e memoráveis. Quando decidi contar essa história, não tinha a menor
idéia de como seria uma tarefa difícil e emocionada. Muito se disse e escreveu a respeito de
Elvis, por aqueles que o conheciam e outros que não conheciam mas diziam que conheciam.
Espero Ter oferecido uma perspectiva melhor do que ele foi como um homem. Outros livros
apresentaram uma imagem não muito lisonjeira, ressaltando suas fraquezas, excentricidades,
explosões violentas, perversões e abuso de drogas. Eu queria escrever sobre amor, momentos
preciosos e maravilhosos, outros repletos de sofrimento e desapontamento, sobre os triunfos
e derrotas de um homem, uma grande parte com uma criança mulher ao seu lado, sentindo e
experimentando suas angústias e alegrias como se fossem uma só pessoa.

Eu não seria honesta se não dissesse, ao revelar nossa vida, tão invejada, que não foi fácil para
mim. Houve muitas ocasiões em que desejei pular fora, desistir, esquecer ou abrir mão
daquele amor tão penoso. Alguns vão achar que omiti muitas datas importantes, fatos
específicos e histórias incontáveis. Não creio que alguém possa sequer começar a captar a
magia, sensibilidade, charme, generosidade e grandeza desse homem que tanto influenciou e
contribuiu para a nossa cultura através de sua arte e sua música. Nunca tive intenção de realizar
tal feito, queria apenas contar uma história. Elvis foi uma alma gentil, que emocionou e
proporcionou felicidade a milhões de pessoas no mundo inteiro e continua a ser respeitado por
seus semelhantes.

Ele era um homem, um homem muito especial."

Escrito por Priscilla Presley em seu livro "Elvis and me", em 1985.

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