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Direito Administrativo

Parte II: Teoria Geral da Organização Administrativa

1. Elementos da Organização Administrativa

Intervenção do Estado:
• Administração direta do estado: Intervenção direta do estado.
• Administração indireta do estado: Os valores em causa são ainda do Estado,
mas são criadas outras formas de intervenção, como empresas públicas. O estado tem
poder de tutela* de legalidade, mérito e intendência e poder de superintendência
(para além de controlar o poder dessa pessoa coletiva, são definidos objetivos e
finalidades a atingir).
• Administração autónoma associativa do estado: Ordem dos
advogados/médicos, pessoas coletivas criadas pelo Estado, mas têm mais autonomia
que a administração indireta. Não existe superintendência, mas existe tutela de
legalidade.
*Tutela de legalidade: cumpre a lei
*Tutela de mérito: escolha da melhor opção

A Organização Administrativa: Podemos entender por organização administrativa o


modo de estruturação subjetiva concreta que a lei dá à Administração pública de um
certo país. Está relacionada com as pessoas coletivas que integram a administração.
Há duas Aceções sobre administração pública:
 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: A estrutura subjetiva da administração
pública em cada estado e em cada momento histórico. Está relacionada com as
pessoas coletivas que integram a administração. (letras maiúsculas)
 Direito administrativo: Direito da atividade administrativa (igual à organização
administrativa, mas no sentido objetivo porque tem a ver com tarefas, ato,
funcionamento)
1. Pessoas Coletivas Públicas:
Existe, primeiramente a distinção entre pessoas coletivas de direito público e
pessoas coletivas de direito privado. A administração pública é, geralmente,
representada, nas suas relações com os particulares, por pessoas coletivas públicas. Na
relação jurídico-administrativa, um dos sujeitos é, em regra, uma pessoa coletiva
pública, não significa, porém, que a Administração seja apenas constituída por pessoas
coletivas públicas. Houve, nas últimas décadas, a criação, por parte de entes públicos,
de pessoas coletivas de direito privado, destinadas, exclusivamente, à satisfação das
necessidades coletivas. As pessoas coletivas de direito privado são criadas por lei, por
outro ato de direito público ou mesmo por um ato de direito privado, com capitais
públicos, para prosseguirem fins de interesse público sob formas e meios de direito
privado.
É importante ter noção que os indivíduos que dirigem como órgão as pessoas
coletivas públicas, ou que para elas trabalham como funcionários, não são eles
próprios a administração. Como diz Rivero “os agentes públicos apagam-se por detrás
das pessoas coletivas em cujo o nome e por conta das quais atuam não é a situação
pessoal deles, mas da pessoa coletiva, que é modificada pelos seus atos”. Quando um
particular entra em contacto com a administração pública, politicamente tratará com
pessoas físicas (ministro, diretor-geral, etc), mas, juridicamente, a relação dá-se com a
pessoa coletiva pública na qual, esse individuo, se encontra ao serviço (Estado,
Município, etc).
Para conseguir distinguir as pessoas coletivas públicas das privadas, temos de adotar
um critério misto: o fim e a capacidade jurídica. Podemos definir as pessoas coletivas
públicas as pessoas coletivas criadas por iniciativa pública, para assegurar a
prossecução necessária de interesses públicos e por isso, dotadas em nome próprio de
poderes e deveres públicos. São criadas por iniciativa pública, por um ato legislativo,
para assegurar a prossecução do interesse público. Pelo princípio da equiparação da
forma, para ser modificada ou extinta, tem de ser feita pela mesma forma. Têm poder
regulamentar, ou seja, criam direitos e deveres que afeta a esfera jurídica de terceiros
independentemente de estes aceitarem ou não, não só os executam como podem
metê-los em prática.
2. Espécies: Podemos dizer que existem sete categorias de pessoas públicas em
Portugal (Art. 2o, no 4 CPA):
1. Estado
2. Institutos Públicos
3. Empresas Públicas (entidades públicas empresariais) - Associações Públicas
4. Entidades Administrativas Independentes
5. Autarquias Locais
6. Regiões Autónomas
São três os tipos de pessoas coletivas públicas:
1. Pessoas coletivas de população e território: têm fins múltiplos para gerar um
bem-estar da população. Estão incluídos: o Estado, as Regiões Autónomas e as
Autarquias Locais.
2. Pessoas coletivas de tipo institucional: o Estado e as regiões autónomas podem
criar institutos públicos e as autarquias empresas públicas para fazer o seu
trabalho, trata-se então de pessoas coletivas públicas institucionais que detém
apenas um fim. Correspondem aos diversos institutos públicos e as empresas
públicas.
3. Pessoas coletivas de tipo associativo: são próximas das pessoas coletivas
públicas territoriais pois são mais autónomas que as institucionais.
Correspondem às associações públicas.
3. Órgãos: Todas as pessoas coletivas são dirigidas por órgãos, que são centros
institucionalizados de poderes e deveres que formam e exprimem a vontade funcional
da pessoa coletiva. Existem enquanto existe uma pessoa coletiva, tem uma natureza
continuada, permanente, institucional. Tem poderes/competência e
deveres/obrigações que servem para formar a vontade dessa pessoa coletiva, é
através dos seus órgãos que o estado, a empresa pública, a pessoa coletiva formam as
suas vontades através da deliberação. São pessoas físicas que fazem parte dos órgãos
de pessoas coletivas, no entanto, não agem de modo a exprimir a sua vontade pessoal,
mas sim a vontade coletiva. Não se age em título pessoal, mas sim funcional, em
representação da vontade da pessoa coletiva. Os órgãos servem/tem poderes para
representar as atribuições das pessoas coletivas, os órgãos são instrumentais a essa
pessoa e servem como fim à pessoa coletiva.
Em relação à natureza dos órgãos, temos de estudar duas conceções:
 Marcello Caetano, considerava que os órgãos são instituições e não indivíduos.
Os órgãos são centros institucionalizados de poderes funcionais, a exercer
pelos indivíduos, com o objetivo de expressar a vontade juridicamente
imputável à pessoa coletiva. O órgão é uma instituição e o titular do órgão é o
individuo.
 Afonso Queiró e Marques Guedes, considera que os órgãos são os indivíduos e
não as instituições. É evidente que um órgão tem de ser um indivíduo, porque
só os indivíduos tomam decisões e podem manifestar uma vontade.
3.1 Classificação dos órgãos:
 Órgãos singulares e colegiais: São órgãos singulares aqueles que têm apenas
um titular. São colegiais os órgãos compostos por dois ou mais titulares. Na
atualidade são no mínimo 3 pois deve de ser composto por um número ímpar
de membros.
 Órgãos centrais e locais: Órgãos centrais são aqueles que têm competências
sobre todo o território nacional. Os órgãos locais são os que têm a sua
competência limitada a uma circunscrição administrativa, ou seja, a apenas
uma parcela do território nacional.
 Órgãos primários, secundários e vicários: Os órgãos primários são aqueles que
dispõem de uma competência delegada. Os órgãos secundários são os que
apenas dispõem de uma competência delegada. Por último, os órgãos vicários
são aqueles que só exercem competência por substituição de outros órgãos.
 Órgãos representativos: Aqueles que os titulares são livremente designados por
eleição. Os restantes órgãos são órgãos não representativos.
 Órgãos ativos, consultivos e de controlo: Os órgãos ativos são aqueles a quem
compete tomar decisões ou executá-las. Os órgãos consultivos são aqueles cuja
função é esclarecer os órgãos ativos antes destes tomarem uma decisão,
nomeadamente através da emissão de pareceres. Os órgãos de controlo são
aqueles que têm por missão fiscalizar a regularidade do funcionamento de
outros órgãos.
 Órgãos permanentes e temporários: São órgãos permanentes aqueles que
segundo a lei têm uma extensão temporal permanente e duradoura. São
órgãos temporários os que são criados para atuar apenas durante um certo
período de tempo natural limitado.
 Órgãos simples e complexos: Os órgãos simples são aqueles cuja estrutura é
unitária. Os órgãos complexos são aqueles cuja estrutura é diferenciada, isto é,
aqueles que são constituídos por titulares que exercem também competências
próprias a título individual e são em regra auxiliados por adjuntos, delegados e
substitutos. (governo-ministros)
4. Órgãos Colegiais em especial:
 Composição e constituição de um órgão colegial: A composição é o elenco
abstrato dos membros que hão de fazer parte do órgão colegial, uma vez
constituído. A constituição é o ato pelo qual os membros de um órgão colegial,
uma vez designados, se reúnem pela primeira vez e dão início ao
funcionamento desse órgão.
Marcação e convocação de reuniões: Para que os órgãos colegiais possam
funcionar, cada uma das suas reuniões tem de ser marcada e convocada. A
marcação é a fixação da data e da hora em que a reunião terá lugar. A
convocação é a notificação feita a todos e cada um dos membros acerca da
reunião a realizar, na qual são indicados, além do dia e da hora, o local desta e
a respetiva ordem do dia/de trabalhos.
 Ordem do dia: Permite a preparação do assunto de uma
determinada reunião. Deve deste modo, ser marcada previamente,
para que isso aconteça. Só podem ser abordados os assuntos aí
determinados, excetuando os casos em que, numa reunião
ordinária, pelo menos 2/3 dos membros achem revelante abordar
um assunto que não estava previsto. (Artº25- legislação)
Para que os órgãos colegiais possam funcionar, cada uma das suas reuniões
têm de ser marcadas e convocadas. Mesmo que tenha sido feita a marcação
da reunião seguinte, isso não dispensa, em regra, a necessidade de
convocação.
 Reuniões e sessões: A reunião de um órgão colegial é o encontro dos
respetivos membros para deliberarem sobre matéria da sua competência, é
menos abrangente que a sessão. Se o órgão colegial é de funcionamento
contínuo, diz-se que está em sessão permanente, embora possa reunir apenas
uma vez por semana. Baseia-se no período o qual um órgão intermitente pode
funcionar/reunir.
• Reuniões ordinária: Estão legalmente previstas (mensais/anuais/etc.).
Realizam-se regularmente em datas ou períodos certos.
• Reuniões extraordinária: Antecipação de uma reunião devido a um
determinado assunto imprevisto, situações em que é necessário reunir
imediatamente. O presidente é obrigado a convocar estas reuniões quando
1/3 dos vogais o expressam indicando o motivo, também ele pode marcá-la
por iniciativa própria. Não interfere na data da reunião ordinária. (Artº24-
legislação)
 Membros e vogais: Os órgãos colegiais são caracterizados por uma pluralidade
de titulares. Os membros são todos os titulares do órgão colegial. Vogais são
apenas os membros que não ocupam uma posição funcional dotada
expressamente de uma denominação apropriada, são indeterminados pois não
têm um cargo definido.
 Quórum: Número mínimo de membros de um órgão colegial que a lei exige
para que ele possa funcionar, regularmente, ou deliberar validamente. Há que
saber distinguir entre quórum e funcionamento e de deliberação. Só podem,
em regra, deliberar quando a maioria legal esteja presente, quando não estão
reunidas essas condições, o quórum, deve ser marcada outra reunião com um
espaço de, pelo menos, 24 horas. Podem, no entanto, deliberar na segunda
convocatória com apenas 1/3 dos membros com direito a voto.
 Modos de votação:
 Votação Pública: Todos os presentes ficam a saber o sentido do
voto de cada um. Pode ser nominal (levantados ou sentados,
por braços erguidos ou caídos, por divisão, etc.) ou por método
eletrónico.
 Votação secreta ou escrutínio secreto: O voto de cada um não
se toma conhecido dos demais, pode ser por listas, por esferas
ou por método eletrónico.
 Maioria: É habitualmente definida como metade dos votos e mais um, no
entanto, esta definição é incorreta, pois não se ajusta às hipóteses em que o
número global de votos seja ímpar. Portanto, tem de ser definida como sendo
mais de metade dos votos.
 Maioria relativa, simples: Não contamos as abstenções, apenas
importa quem tem mais votos.
 Maioria absoluta: Quem é que votou a favor e quem votou
contra + abstenções. Se houver mais votos a favor que contra e
abstenções, há de facto maioria absoluta. Quando corresponde
a mais de metade dos votos.
 Maioria qualificada: Maiorias superiores às absolutas (3/4)
 Maioria unanime: Tudo no mesmo sentido, tudo contra ou tudo
a favor
É possível que exista um empate. Normalmente, os órgãos são compostos por um
número ímpar, no entanto, caso falte algum membro pode, de facto, existir um
empate. A forma mais utilizada pela lei para resolver o impasse criado por uma
votação empatada consiste na atribuição ao presidente do órgão colegial do direito de
fazer um voto de desempate ou de qualidade.
• Voto de qualidade: O presidente participa na votação e, em caso de
empate, o voto dele vale a dobrar, desempatando a votação de acordo com o
sentido que o presidente votou.
• Voto de desempate: O presidente não participa na votação, no
entanto, se existir um empate, ele intervém desempatando.
 Decisão e deliberação: As decisões são as resoluções dos órgãos singulares.
São menos rigorosas e mais amplas que a deliberação. As deliberações são o
processo específico usado nos órgãos colegiais para tomar decisões, são mais
rigorosas.
 Atos e atas: Os atos são as decisões tomadas. As atas, são narrativas das
reuniões efetuadas onde se relata por escrito não só os principais eventos,
como tudo o mais que tiver ocorrido e reunião. É aprovada na reunião
seguinte.
 Dissolução: É o ato que põe termo coletivamente ao mandato de um órgão
colegial. Só há dissolução quanto a órgãos colegiais designados por eleição.
Antecipação do fim do mandato de um órgão colegial.
 Demissão: O ato que faz cessar as funções de um órgão singular. Se os titulares
do órgão colegial são nomeados, o ato que põe termo coletivamente às suas
funções é a demissão.
5. Atribuições e competências: As atribuições são os fins ou interesses que a lei
incumbe às pessoas coletivas de prossegui, para isso é necessário que estas pessoas
tenham poderes, os poderes funcionais. O conjunto dos poderes funcionais são
chamados de competências. Ou seja, as competências são o conjunto de poderes
funcionais que a lei confere para a prossecução das atribuições das pessoas coletivas
públicas. Qualquer órgão da administração, ao agir, está duplamente limitado, por um
lado, está limitado pela própria competência, não podendo invadir a esfera de
competência de outro órgão e, por outro, está limitado pelas atribuições da pessoa
coletiva a que pertence.
6. Competência em especial:
Princípio da juridicidade/legalidade: Agem conforme a lei. A competência, em
princípio, tem de estar expressa numa norma. (Art.º36)
 A competência não é modificável pela administração publica
 A competência é irrenunciável e inalienável: Um órgão não pode renunciar uma
competência, ou transferi-la para outros casos.
 A competência não se presume, só há competência quando a lei a confere a um
órgão.
7. Delimitação da competência:
• Em razão do território: Tem competência por um território, seja ele mais
amplos ou mais restrito. Repartição de poderes entre os órgãos centrais e locais, ou
distribuição de poderes por órgãos locais diferentes em função das respetivas áreas
• Em razão da matéria: É competente para um tipo específico de ato. Por
exemplo, quando a lei diz que à Assembleia Municipal compete fazer regulamentos.
• Em razão da hierarquia: É uma das formas de distribuição da competência.
Por exemplo, quando a lei efetua uma repartição vertical de poderes, conferindo uns
ao superior e outros ao subalterno.
• Em razão do tempo: É necessário verificar se um órgão é ou não competente
num período de tempo. Só há competência administrativa em relação ao presente, é
ilegal a prática de atos pela administração que visem produzir efeitos para o passado,
bem como regular situações que não se sabe se ocorrerão no futuro.
8. Espécies de competências:
 Quanto ao modo de atribuição legal da competência: Podem ser implícitas, se
chegarmos à competência através de uma forma indireta, isto é, deduzirmos de
outras determinações legais ou de certos princípios gerais do direito público.
Podem também ser explicitas, quando a lei confere por forma clara e direta, isto é,
através da fonte conseguimos retirar as competências previstas
 Quanto aos termos do exercício da competência: Pode ser livre, quando pratica de
forma livre as suas competências, não dependendo de limitações específicas
impostas por lei ou ao abrigo da lei. Pode também ser condicionada, quando pode
praticar as suas competências, mas está sujeita a revisões, etc., precisamos de uma
aprovação prévia ou a posteriori.
 Quanto à substância e efeitos da competência: São meramente revogatórias
quando podem revogar, cessar vigência, mas não pode criar uma nova. Podem ser
também dispositivas que, para além de revogar, pode criar-se uma nova. Pode
ainda falar-se de competências primárias, para a prática de um ato de origem,
desde o princípio e de competências secundárias, quando têm poder de
intervenção sobre um ato já existente. Para agir sobre um ato já praticado.
 Quanto à titularidade dos poderes exercidos: Podem ser próprias, quando
emergem diretamente da lei ou delegadas quando estão/têm de estar previstas da
lei, mas dependem de um ato consequente. Tem de haver um ato de delegação
que atribui a competência, extraordinariamente, a um órgão.
 Quanto ao número de órgãos a que a competência pertence: Pode ser singular
quando é exercida apenas por um titular, conjunta quando é exercida por vários
órgãos que praticam o mesmo ato, ou cumulada, quando alguém pode ser titular
de vários órgãos. Um único titular é titular de vários órgãos. Competência dos
órgãos administrativos:
9.Delegação de poderes: Os órgãos administrativos, não pode ser um agente,
normalmente competentes para decidir em determinada matéria, podem, sempre que
para tal sejam habilitados, por lei, (tem de haver uma lei que expressamente diga "com
a faculdade de subdelegar" (lei habilitadora), caso não haja não é possível delegar,
permitir a partir de um ato de delegação de poderes) que outro órgão, ou outro órgão
de diferente pessoa coletiva ou de agente com a mesma pessoa coletiva, pratique atos
administrativos sobre a mesma matéria.
Tipos de delegação: Há dois tipos diferentes de delegação, a genérica e a específica.
A Delegação genérica significa que podem ser delegados múltiplos atos, uma única
delegação pode determinar vários atos. Apenas se tratam de atos de administração
ordinária, que não são vinculados/definitivos/provisório, ainda não pode produzir
efeitos pois tem de ser alterado, se necessário, confirmado, etc., são atos menos
importantes. A Delegação específica através da administração extraordinária, um único
ato não serve para a prática de vários atos, atribui-se uma delegação especifica.
Delegação para praticar aquele ato em específico, para aquele ato apenas.
 Delegação ampla e restrita: A delegação ampla pode ir ao total que a lei permite,
enquanto a restrita delega apenas um número restrito de poderes.
 Delegação hierárquica e não hierárquica: Na delegação hierárquica há uma relação
onde há superiores e inferiores, uma hierarquia, na não hierárquica, um órgão
delega noutro sem respeitar uma hierarquia.
Cessação da delegação: (Art.º50-legislação) Por anulação ou revogação
 Revogação: É, normalmente, expressa, mas nada impede que seja tácita. Pode ser
expressa e, com a sua interpretação, percebemos que, implicitamente, revoga mais
do que o que está escrito. Pode ainda ser total ou parcial. Quando é revogado, é
necessário que passe a existir uma nova delegação.
 Caducidade: A cessação/extinção é o próprio ato que já transporta em si um
mecanismo de revogação. Podemos não falar de um período específico, pode ser
até se verificar um facto. Está dependente de uma condição ou de um termo.
Quando falamos de um termo, deixamos a caducidade dependente de uma coisa
que sabemos, necessariamente, que vai acontecer, quando isso se dá, dá-se
também a caducidade.
Subdelegação (Art.º46-legislação)
 Natureza jurídica da delegação: A delegação traduz-se na transferência, no
entanto, há quem entenda que estamos perante uma alegação de poderes. Só é
possível imitir instruções porque o poder continua a ser de quem delega. São dadas
indicações que algo vai ser determinado pelo delegado, mas esse delegado tem de
seguir as indicações dadas.
 Poder de superintendência: Menos vinculante, significa que há direções.
 Tese da autorização: Em geral o delegado já seria competente, faltava só a
formalização. No entanto, não é verdade, porque quem assim o define é o órgão.
 Transferência legal: Tem uma natureza originária, é feita através de um ato
legislativo. Não carece de um ato de vontade, mas sim de um ato legal. Tem uma
natureza definitiva até à lei ser revogada.
 Delegação tácita: A lei determina que a competência será considerada delegada
noutro órgão enquanto o primeiro órgão, o superior, nada disser em contrário. A
lei faz essa delegação sob condição do superior hierárquico não se manifestar em
contrário.
 Concessão: Envolve um sujeito privado e um sujeito público. É entregue a
empresas privadas funções que competiam a órgãos públicos.
 Representação: Os atos praticados pelo representante são praticados em nome do
representante. Um advogado pratica atos em nome do cliente, não interfere na
sua esfera.
 Substituição: Ocorre quando um determinado órgão, ou o seu titular, não quer
cumprir com aquele que era um dever seu, neste caso é necessário agir alguém em
sua substituição. O substituto vai agir como se fosse aquele que não quis praticar o
ato, todas as consequências iram cair sob a esfera jurídica do que foi substituído.
 Delegação de assinatura: A lei pode permitir a certos órgãos da administração que
certo funcionário possa assinar
10. Serviços:
Os serviços públicos constituem as células que compõem internamente as pessoas
coletivas públicas. Baseiam-se em organizações de pessoas existentes no interior da
pessoa coletiva visando a persecução das respetivas atribuições sob a direção dos
órgãos das pessoas coletivas. Executam a direção dos órgãos. Tipicamente, os poderes
têm uma relação de superioridade e os serviços de subalternidade
Desenvolvem a sua atuação quer na fase preparatória da formação da vontade do
órgão administrativo, quer na fase que se segue à manifestação daquela vontade,
cumprindo e fazendo cumprir aquilo que tiver sido determinado. São, pois,
organizações que levam a cabo as tarefas de preparação e execução das decisões dos
órgãos das pessoas coletivas públicas.
 Lei da organização da administração direta do Estado: (Art.º 101) Entende-se por
missão a expressão sucinta das funções fundamentais dos serviços.
Dois tipos de estrutura:
 Principais: Cuja a atividade tem a ver com a atividade essencial à pessoa coletiva
(enfermeiro/médicos de um hospital).
 Acessórios: Outras atividades essenciais, com natureza secundária, para a pessoa
coletiva (tesouraria de um hospital, não funciona sem, mas não é a atividade
principal).
A criação, a restruturação, fundição, etc., de um serviço de administração
fundamental do estado é formada através de um decreto regulamentar, diferencia-se
dos outros regulamentos porque são executados pelo governo, é o mais importante
dos ordenamentos jurídico português (Art.º24).
 Os serviços tanto podem atuar conforme o direito público como de acordo com
o direito privado. Os serviços não têm personalidade jurídica, são meramente
fundamentais.
Hierarquia dos serviços e nos serviços:
O modelo de organização administrativa mais típico é o vertical, que se traduz na
estruturação dos serviços em razão da sua distribuição por diversos graus e escalões
do topo à base, que se relacionam entre si em termos de supremacia e subordinação.
São os serviços, ligados por um vínculo jurídico onde uma das partes é um superior
hierárquico que detém um poder de direção e a outra das partes, o subalterno/inferior
hierárquico, é caracterizado pelo dever de obediência.
Nem sempre existe hierarquia, pode ser:
 Matriz política: O governo é o órgão superior da administração pública, mas
dentro do próprio governo, ele não se organiza de uma forma hierarquizada, mas
sim através de uma natureza política.
 Matriz administrativa: Podem ser de natureza administrativa, onde há uma relação
horizontal, em que as decisões são tomadas através de um consenso, não há
hierarquia.
Quando falamos de hierarquia dos serviços podemos estar a falar daquilo que se
chama hierarquia interna, que caracteriza os serviços. No entanto, pode haver uma
hierarquia externa, ou seja, um órgão que é superior a outro órgão.
Poderes hierárquicos e deveres inerentes:
 Ordens e instruções: As ordens detém uma natureza concreta, individual e aplica-
se a situações delimitadas. Já as instruções, têm uma natureza natural e abstrata,
logo são normativas. O superior hierárquico dá instruções para todas as situações
com essas características. Podem ambas ser escritas e orais, são vinculativas em
todos os seus aspetos.
Se a execução dessa ordem/instrução der origem a uma situação ilícita, poderá
ser recusada, desde que, apresentada por escrito. Pode executar e desmarcar-se
de responsabilidades, pedindo uma verificação da ordem/instrução.
Dependem da existência de hierarquia:
 Poder de supervisão: Consiste na faculdade do superior revogar, anular ou
suspender os atos administrativos praticados pelo subalterno.
 Poder de inspeção: É a faculdade do superior fiscalizar continuamente o
comportamento dos subalternos e o funcionamento dos serviços, a fim de
providenciar como melhor entender e de, eventualmente, mandar proceder a
inquérito ou a processo disciplinar. É um poder continuo e permanente.
 Poder disciplinar: Faculdade do superior punir o subalterno, mediante a aplicação
de sanções previstas na lei em consequência das infrações à disciplina da função
pública cometidas. (dever da obediência, o dever de zelo, etc.)

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