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RESUMO
A Lei Complementar 131/09, Lei Capiberibe ou simplesmente Lei Capi, nasceu da trajetória
pública do caboclo afuaense João Alberto Rodrigues Capiberibe, zootecnista por formação, vivenciou
a época, a má distribuição dos serviços públicos entre as classes sociais do seu município, e, como
consequência, o desequilíbrio socioeconômico, cujos efeitos eram perceptíveis na educação, saúde e
saneamento. Estas percepções provocaram de forma inconsciente e latente questionamentos sobre o
porquê desse desequilíbrio. Seus questionamentos foram responsáveis pelo “insight” que norteou a
sua trajetória na busca de respostas. O pressente artigo se propõem elencar os fatos políticos e
administrativos, ocorridos na sua administração como gestor público no estado do Amapá que
subsidiaram o embrião do que hoje é a norma jurídica de maior relevância no Brasil para a prevenção
e combate a malversação dos recursos públicos, a Lei da Transparência.
INTRODUÇÃO
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Programador - Acadêmico de Direito 1º Semestre - ESMAC - Email:guilherme.gsjr@live.com
2
Portal da Transparência dos Municípios. In: IBDM - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Municipal. Disponível em: http://www.ibdm.org.br:99/ibdm/servicos/transparencia/transparencia.html.
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O EMBRIÃO
contra cheques, fruto do descaso com o erário. Com isso, travou uma luta contra os
interesses de terceiros no orçamento público municipal. Na busca de uma solução
para o orçamento, e no intuito de dividir com a população sua preocupação, teve a
grande ideia. Expor em frente à prefeitura, em um simples quadro negro, as receitas
e despesas mensais para a população. Este ato, apesar de toda a sua simplicidade,
teve o efeito esperado. Aumentou arrecadação, disciplinaram as despesas e claro,
ganhos significativos para a população, sem considerar que foi fator culminante para
sua eleição ao governo do estado do Amapá em 1994.
Como ordenador estadual, descobriu que o problema era o mesmo, porém
num volume financeiro muito maior. Considerando os resultados positivos obtidos
com a transparência municipal, e levando em conta que a estrutura tecnológica a
disposição do estado não eram suficientes para o que se propunha, convidou o
SEPRO para participar do projeto de implantação do Sistema Integrado de
Administração Orçamentário e Financeiro do Estado do Amapá, o qual
disponibilizaria ao governo o acesso a toda movimentação orçamentária e financeira
do estado em tempo real. Com o acesso total aos registros, foi possível avaliar o
desempenho das secretárias, identificando os prestadores de serviços, detectando
os desvios, e as compras muito acima do preço de mercado. De posse dessas
informações, foram tomadas as medidas cabíveis, dentre elas a suspenção de
licitações e o afastamento dos responsáveis. Embora satisfeito com os resultados,
faltava ainda à transparência para a população em tempo real. Para que isso
acontecesse havia a necessidade da disponibilização eletrônica.
De posse do segundo mandato, e obstinado pela transparência, buscou
recursos e tecnologia para implantar um link de internet, que possibilitasse a
disponibilização para a população em tempo real. Isto aconteceu em 2002, tornando
o governo do Amapá pioneiro na disponibilização da transparência dos atos do
governo para os cidadãos em tempo real. Porém não conseguiu transformar esta
prática em lei, o que lhe causou frustação, pela possibilidade da não continuidade do
projeto transparência nos próximos governos.
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O NASCIMENTO
METODOLOGIA
Que fique o registro em nossas mentes, que, por traz do direito positivado, da
norma em si, da Lei em vigor, cuja finalidade é dirimir os entraves que possam ser
previstos dentro do nosso ordenamento jurídico, há todo um conjunto de processos,
que me atrevo a dizer, de valor histórico. Dentre eles, o princípio da uma caminhada
que culmina com o bem comum, que por regra geral, não se dar a importância que
de fato lhe é devida. A compreensão desses fatos assim exposto, foram
responsáveis pela escolha do tema deste artigo. Porque estes processos sempre
estão repletos de elementos que envolvem a participação dos cidadãos, que de
forma cívica, reivindicatória ou simplesmente fiscalizadora, contribui para a
manutenção da ordem social. Nessa busca, observamos que há interesses que
sobressaem ao da coletividade, há interesses que turvam o que poderia ser límpido.
Mas, se temos o compromisso com a democracia, se buscamos o bem comum,
vamos encontrar no bojo da sociedade, pessoas e entidades, que não se curvaram
frente aos obstáculos, proporcionando mecanismos de controle e fiscalização para
que haja mais equilíbrio na distribuição dos recursos públicos. E nesse tempo, e
somente nesse, é que vamos perceber quão importante é o estado democrático de
direito.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS