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FILOSOFIA 7º ANO

1
– 4º BIMESTRE -
2
7. ÉTICA
8. VALORES E NORMAS
3 7. ÉTICA
APOSTILA 4 - CAPÍTULO 7
1. ÉTICA
4 NA HISTÓRIA DA FILOSOFIA

 ÉTICA (ETHOS)
 surgiu na Grécia Antiga
 Conjunto de tradições e costumes.
 O latim se apropriou dessa palavra, alguns séculos depois,
traduzindo-a como moral (mos) , mas mantendo a ideia
grega sobre a palavra.
 Condição de disciplina filosófica, define-se, como:

Ética com o a área do conhecimento que trata das


noções e dos princípios norteadores da vida
humana no âmbito pessoal e social.
2
Em outras palavras:
5
ética refere-se às avaliações de conduta que nos levam a tomar
decisões e a responder por elas, ou seja, ela pode ser
compreendida como a livre reflexão sobre os valores pessoais e
sociais que leva à construção racional do agir humano – o que
nos torna, entre outros fatores, diferentes dos animais.

 A ética é um aspecto da vida do qual o ser humano não pode


se apartar, pois, sendo um ser racional e livre, ele se depara
durante toda a vida com momentos em que precisa escolher.
 Essas escolhas são feitas seja pensando nas consequências das
ações para si mesmo ou para os outros, seja refletindo sobre como
os atos serão julgados pelos outros.
3
1.1. ÉTICA PLATÔNICA
 Termos como ética, verdade, virtude e busca pelo bem são comuns na
reflexão platônica.
 De forma geral, é possível perceber em seu trabalho o estrito vínculo entre a
ética e sabedoria.
 O homem virtuoso, de acordo com Platão, é livre e está em constante busca
pelo conhecimento, enquanto o ser ignorante vive pelas limitações de seu
vício.
 Platão propõe uma ética que transcenda o mundo sensível, já que o campo
ética ocorre no mundo das ideias.
 Platão centra suas indagações na Ideia perfeita, boa e justa, a qual é
organizadora da sociedade e inspiradora da ação humana.
 Só é possível levar uma vida feliz se o sujeito for ético.
 Como a ética está no campo das ideias e das formas, o ser racional é
aquele que alcança a felicidade na teoria platônica.
4
 Alegoria
7 da Caverna - (ver p.5)
 Para Platão, o homem sábio é o único capaz de se soltar das amarras que o
prendem a chegar ao mundo real para a contemplação do bem.
 Somente o homem será capaz de aprender a justiça necessária para um
comportamento ético verdadeiro.
 Assim, na teoria platônica, a ética depende do conhecimento.

5
1.2. ÉTICA ARISTOTÉLICA
 Para8 Aristóteles, a virtude não está apenas na atividade racional, mas
também na ação que se fundamenta no hábito, ou seja, na prática
constante das virtudes.
 As ações consideradas virtuosas e que, consequentemente, nos conduzem à
felicidade dependem da racionalidade.
 Para ser virtuoso, o ser humano, de acordo com a ética aristotélica, precisa
pautar suas escolhas utilizando a racionalidade, isto é, agindo com
prudência e, assim, escolhendo sempre o meio termo entre o excesso e a
falta.
 A teoria do justo meio ou mediana é, portanto, um dos pontos centrais as
teoria ética de Aristóteles.
 Para o filósofo, uma ação é virtuosa e boa se não peca pela falta ou pelo
excesso.
 É preciso, assim, encontrar um ponto de equilíbrio, um justo meio, entre as
ações extremadas.
6
 Ver exemplos – p.6
9

 O indivíduo virtuoso, magnificente, seria aquele que age entre os dois


excessos, a saber, a vaidade e humildade.
 Agir de modo a considerar o justo meio acontece somente quando o ser
humano é prudente e pratica constantemente ações virtuosas (hábitos).
 A prudência é resultado da nossa capacidade que não é compartilhada
com nenhum outro animal.

Para Aristóteles,
uma ação virtuosa
não deve pecar pela falta
ou pelo excesso.

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1.3. ÉTICA HELENÍSTICA
 Período
10 Helenístico :
 Período da história da Grécia e da parte do Oriente Médio
 Entre a dominação de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e a anexação
do Egito
 último reino helenístico, por Roma, em 30 a.C.
 As pólis gregas perderam importância dentro do Império Alexandrino.
 Alexandre, cujo professor particular era Aristóteles, levou a cultura grega
aos demais povos conquistados.
 Caracterizou, por um lado, pela diminuição da influência política da
Grécia e, por outro lado, pela dominação cultural, levada pelos
macedônicos por todo o Mar Mediterrâneo.
 Novas doutrinas surgiram neste contexto com uma característica
comum: a busca por uma Filosofia que não valorizasse tanto a razão
como propunham Sócrates, Platão e Aristóteles.
 Mas uma Filosofia que priorizasse a vida prática e desenvolvesse uma
concepção terapêutica da Filosofia. 8
EPICURISMO
11
Criado por Epicuro de Samos (341 a.c. – 270 a.C.)
Defendia a busca pelo prazer como forma de ser feliz.
O prazer não era compreendido como sofisticações, ou seja, pela
satisfação de vestir-se bem, ter bela casa ou possuir muito dinheiro.
Epicuro acreditava, inclusive, que os prazeres materiais sofisticados
causavam dor, ansiedade e sofrimento e, por isso, deveriam ser
substituídos pelos prazeres da alma.
Os prazeres espirituais, como amizade e o amor, trariam a almejada
felicidade.
Para o Epicuro, a ética seria, portanto, a capacidade de moderar os
prazeres materiais e valorizar ao prazeres espirituais .

9
ESTOICISMO
12

 Criado por Zenão de Cítio (336 a.C. – 264 a.C.)


 Opõe-se ao epicurismo por ir contra a busca pelos prazeres de qualquer tipo,
sendo estes considerados a origem de todos os males.
 Os estoicos defendiam a eliminação das paixões e a aceitação do destino.
 O homem virtuoso seria aquele que aceita, inclusive, as dores encontradas
pelo caminho, uma vez que se considera o ser humano parte de um
macrocosmo e, por isso, deve-se aceitar resignadamente e dignamente as
leis da natureza, pois elas não são arbitrárias, muito menos irracionais.
 Tem como objetivo filosófico a ideia de levar a vida de acordo com a lei da
natureza, aconselhando um estado de certa indiferença (apathea)em
relação a tudo que é extenso ao ser.

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1.4. ÉTICA KANTIANA
 Uma das mais importantes teorias éticas da história da filosofia ocorreu na
Modernidade, com o trabalho do filósofo alemão Immanuel Kant(1724 –
1804).
 Para Kant:
 A ação moral não pode ser motivada por interesses, conforme afirmava
alguns filósofos antigos e medievais.
 A ação ética deveria estar fundamentada totalmente na razão.
 Todo ser humano racional seria capaz de discernir se uma atitude seria
ética ou não com um simples questionamento:

Se a atitude que estou tomando acontecer em todos os lugares, tal


atitude pode prejudicar alguém?

 Se a resposta for sim, a sua própria razão já indica o problema da ação.


11
 Kant traz a ação ética para a reflexão do sujeito que, já possui elemento
interno para decidir, pela razão, se a atitude tomada foi ética ou não.
 Nesse sentido, o filósofo Kant formula um dos principais conceitos de sua
teoria ética: o imperativo categórico.
 Para Kant, a ética encontra-se no domínio racional , isto é, a ação moral só
é possível porque somos seres dotados de razão.
 Esses princípios ou leis definem nossos deveres e, por isso, devem determinar
as ações de todos os indivíduos, independentemente de sua cultura ou
hábitos sociais.
 Esse caráter universal, que caracterizava a ética kantiana, tem como
fundamento o dever.
 Nossa racionalidade, distribuída a todos os seres humanos de modo
equânime, determina a lei moral, isto é, ela possibilita que pensemos sobre
qual é a forma de agir e se o caminho escolhido pode servir como modelo
para ação dos outros.
Age somente segundo uma máxima tal que possa ao mesmo tempo
querer que ela se torne lei universal. 12
Kant
 Kant discorda totalmente das correntes filosóficas do Helenismo.
 De acordo com a filosofia kantiana, a felicidade não pode servir como
parâmetro para a ação moral, pois trata-se de um aspecto subjetivo da
vida.
 Exemplos que ajudam a compreender a ética kantiana:
 É ético ou antiético conversar paralelamente durante a aula?
Ver p. 10
 É ético ou antiético roubar?
 As pessoas, em sua maioria, quando precisam tomar uma decisão, pensam
em si mesmas e como tal decisão irá beneficiá-las.
 Kant propõe uma inversão no modo de olhar.
 De acordo com o autor, quando houver a necessidade de agir, é preciso
pensar no todo e de esta ação pode se tornar universal sem prejudicar
outras ações.

13
16
Imperativo categórico

O guia central para as ações morais e se deve:


i. Agir de tal forma que a máxima da tua ação
possa vir a ser uma lei universal;
ii. Respeitar a dignidade humana tanto em si
mesmo como em outrem.
1.5. UTILITARISMO ÉTICO
 A partir do século XIX, a ética kantiana passou a ser
questionada por sua demasiada valorização da razão.

 Começaram a surgir teorias filosóficas que propunham


uma nova reflexão sobre as questões éticas de uma
forma concreta, para solução de conflitos diários.

 Jeremy Bentham (1748- 1832) – o primeiro a criar uma


teoria utilitarista, dentro de um contexto da revolução
Industrial.

14
 De acordo com Jeremy Bentham :
18
Princípio da Utilidade

consistia em avaliar a ação humana a partir do


bem e da felicidade que tal ação proporcionaria
ou da dor e do sofrimento
que ela produziria.

garantir o benefício ao maior número de pessoas


 Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista de
Bentham ao Princípio da Maior Felicidade: agir sempre a
produzir a maior quantidade de bem-estar para o maior
número de pessoas possíveis. Ver p. 11
 Outro filósofo da tradição utilitarista na ética foi Stuart Mill (1806-
1873).
 Stuart Mill teorizou um utilitarismo social, renovando a ideia
grega do hedonismo (busca do prazer) individual para o
coletivo.
 Em sua obra denominada Utilitarismo, argumenta contra toda a
tentativa de fundamentar a moral em valores ou princípios
absolutos.
 Opõe-se claramente à ética kantiana.
 As propostas filosóficas de Stuart Mill têm como objetivo
fundamentar o direito e a liberdade humana, evidenciando o
processo de evolução de cada ser.
 A ideia de progressão do espírito humano é central na filosofia
de Mill, a qual o levou a desenvolver três características
principais para pautar seu trabalho ético: o hedonismo, a
utilidade moral e a ideia de consequência.
15
 De acordo com o utilitarismo, a finalidade da vida humana é a
felicidade.
 Entretanto, sua concepção de felicidade é bastante particular
e envolve diretamente uma busca pelo prazer e uma fuga da
dor.
 Essa relação direta entre felicidade e prazer é o que faz que
possamos classificar a teoria utilitarista de Mill de hedonista.
 É a partir da experiência de diferentes prazeres, do corpo e do
espírito, que podemos encontrar a felicidade.
 Os prazeres intelectuais e de alguma maneira relacionada ao
espírito são considerados mais elevados e os sentimentos
nobres como a amizade e a honestidade são o que permitem
ao homem ser feliz.

16
 De acordo com o critério da maior felicidade, então podemos
julgar uma ação como:
 correta se ela tiver como consequência a maximização da
felicidade dentre os envolvidos, e
 errada se ela não leva a esse objetivo.
 Ao trabalhar com o conceito de felicidade, o autor afirma que
ela está ligada diretamente ao prazer e à ausência de dor.
 Dessa maneira, uma ação só pode ser considerada correta se
ela visa ao aumento do prazer do maior número de indivíduos
possível.
 A concepção utilitarista leva em consideração o resultado e as
consequências de uma determinada ação.
 Se o resultado de uma ação for favorável ao maior número,
então a ação será moralmente correta.
 Independentemente do que se tenha praticado, o valor da
ação está sempre nas vantagens que foi capaz de trazer ou
nas consequências da sua concretização.
18
1.6. ÉTICA DO DISCURSO
 Na22 contemporaneidade, o raciocínio ético passa por mudanças tanto em
relação à Antiguidade quanto à Modernidade.
 Nesse contexto, destacam-se as ideias do filósofo Jurgen Habermas (18
de junho de 1929).
 O conceito básico de sua filosofia é a teoria da ação comunicativa que
sustenta a sua teoria ética do discurso.
 Segundo Habermas, qualquer discussão ética precisa ser anteriormente
fundamentada no diálogo e na comunicação entre os indivíduos.
 Para isso, é preciso criar espaços de liberdade para que as pessoas
possam expor suas opiniões.
 É preciso, também, que os sujeitos se posicionem criticamente diante das
normas, analisando se os sistemas político, econômico e cultural
existentes satisfazem às condições éticas necessárias para a
sobrevivência humana.
 Desse modo, uma decisão ética pode ser tomada somente após a
discussão e a expressão livre dos cidadãos que compõem um grupo.
 A busca de Habermas é por decisões consensuais (aquelas
que todos os indivíduos se sintam pertencentes à decisão)que
legitimariam como ética as decisões tomadas como normas
sociais.
 Para muitos oponentes da teoria de Habermas, sua proposta
ética é idealizada e não aplicável à forma de organização da
sociedade.
 O filósofo, todavia, argumenta que a discussão ética tem
justamente essa função: a de pensar uma sociedade melhor,
mesmo que ela ainda não exista na prática.

19
24 8. VALORES E NORMAS
APOSTILA 4 - CAPÍTULO 8
25 1. Os juízos

 Segundo a matéria “O Mito dos 70.000 pensamentos por


dia?” ( ver p. 20) , os estudiosos da neurociências acreditam
que um ser humano é capaz de produzir em torno de 20 mil
pensamentos por dia.
 Muitos desses pensamentos são estimulados pelo contato
com outras pessoas, por circunstâncias e situações, ou de
forma geral, pelos vários tipos de interações que
estabelecemos com o mundo.
 Dessas interações, realizamos, também, avaliações e
julgamentos, por exemplo:

1
A prova de Matemática estava difícil, pois tinha muitos cálculos.
Gosto do João porque ele é muito bonito.
Hoje, a comida da cantina estava fria.
Maria se comportou mal na aula de Física de hoje, conversou
demais.

2
 Na vida cotidiana, estamos o tempo todo emitindo juízos, que podem ser
considerados juízos de fato ou de valor.
27
 A) Juízos de fato:
 Referem-se às análises objetivas feitas sobre coisas que existem em nossa
realidade empírica.
 Por exemplo: emitir um juízo de fato sobre a prova de Matemática: “A
prova de Matemática estava muito extensa.”

aspecto objetivo da prova : seu tamanho


(número de questões)
 B) Juízos de valor:
 são emitidos quando atribuímos características (qualidades) que definem
uma relação subjetiva com determinado objeto, situação ou pessoa.
 “Prova de Matemática estava “difícil” juízo de valor
expressando nossa avaliação subjetiva sobre a prova
visto que cada aluno da sala pode avaliar a mesma
prova ( termos de dificuldade) de modos diferentes.
3
Emitir juízos sobre o mundo é uma das características que nos
distinguem dos demais animais.
Isso acontece porque o ser humano se impressiona com tudo o que
existe no mundo, sentindo atração ou repulsa.
Tudo aquilo que nos tira do estado de
indiferença, da passividade, é o que denominamos valor.

 Quando sentimos vontade de interagir com uma pessoa ou com algo que
acontece no mundo, tanto de forma positiva quanto negativa, estamos
atribuindo valor àquilo com estamos nos relacionando.
 Os valores não são atribuídos somente pelas experiências do sujeito, mas
herdados da família e da cultura.
 Ao ensinar a dizer “obrigado” , “por favor” e não falar com estranhos na
rua, transmitimos valores já estabelecidos pela comunidade. 4
Do conjunto de valores de uma sociedade são formadas as normas, que
29 são a reunião de direitos e deveres aceitos em uma sociedade.

 É importante diferenciarmos, nesse momento, a norma da lei.

LEI NORMA
É abstrata, É uma conduta a ser seguida.
Seu cumprimento obrigatório Não é obrigatória.
por todos os indivíduos de uma
sociedade.

 Norma e lei são usadas comumente como expressões equivalentes,


 Mas a lei seria o ato que atesta a existência da norma que o direito vem
reconhecer como de fato existente em uma cultura social.
5
Norma
 Não é uma imposição se pensarmos que ela é resultado de um acordo,
 Ela existe em decorrência de valores já aceitos em determinada sociedade
ou instituição social.
 Sendo um produto da cultura, as normas não são universais, uma vez que
vão se modificando ao longo da história da humanidade.
 Assim, como podem ser diferentes de acordo com o local em que foram
criadas ou apropriadas.
 Os padrões de certo e errado são estabelecidos em consonância com o
conjunto de valores e normas cultivados em determinada sociedade.
 Se alguém fere uma norma, certamente sua ação será julgada como ruim/
errada/injusta pelos demais.

6
 Nesse sentido os valores reconhecidos como bons passam a ser admirados e
valorizados nas pessoas que possuem tal comportamento.
31
A criança que agradece o
presente de Natal dos tios é parabenizada.

 Quando agimos em padrões diferentes do esperado pela norma, estamos


sujeitos a sanções, punições.

O castigo dos pais a uma criança que


age em desacordo com o esperado
 Não só na família, mas também na sociedade o sujeito está ligado a valores,
normas e sanções.
Sanção: significa aplicar penalidade por determinadas condutas que violem disposições legais,
regulamentos, usos ou costumes, ou criar restrições e proibições que cerceiam a liberdade de conduta.

7
32

 Tirar a vida de outro ser humano, por exemplo, é


considerado um erro, visto que a norma social é a
preservação da vida.
 A prisão é a sanção para aqueles que agem contra esse
valor.
 A sanção funciona como um limite, um aviso de que aquele
valor familiar ou comunitário está sendo desrespeitado.
 Assim, valor, norma e sanção são conceitos que caminham
juntos na construção de qualquer comunidade.
Ver apostila
p. 21

8
2. A moral
 O valor moral, para a maioria dos povos do globo, não é o mesmo.
 É comum vermos conflitos entre as nações por cauda disso.
 Aquilo que é considerado certo no mundo ocidental pode ser errado
na cultura oriental e vice-versa.
Certo e errado são valores morais
 O uso da burca pela mulher no mundo islâmico, por exemplo, mais do e, por isso, não são universais,
mudando de cultura para cultura.
que obrigatório, é a representação de valor sobre o feminino.
 Já na cultura ocidental, a obrigação de certo tipo de vestimenta para o uso da mulher é considerada
como forma de opressão e controle sobre o sexo feminino exercido dentro de uma cultura patriarcal e
machista.
“O que é certo?
Qual atitude devo tomar?
Por que tenho que fazer isso se não quero?
Como realizarei o que quero sem prejudicar alguém?
 Perguntas do tipo, fazem parte do cotidiano e representam a força que o aspecto moral possui sobre
as ações humanas.
9
 Historicamente, a criação dos valores e normas e o julgamento moral sobre o
cumprimento ou não desses acordos foram de extrema importância para a
sobrevivência do ser humano.
 Existe uma diferença entre norma e moral que deve ficar clara.
Normas Moral
Podem ser aceitas ou recusadas Só existe quando internalizada
externamente. pelo indivíduo.
Tem caráter social. É ao mesmo tempo individual e
Existem para cuidar das ações social.
humanas em primeiro plano e, em Há uma preocupação pela vida
função destas,
 Enquanto na moralquando interior das pessoas, sendo o
necessário, investigar o que é julgamento sobre o certo e o
passível de punição na ação errado referente à consciência
contrária ao estabelecido na individual.
sociedade.
Ver apostila
p. 23 10
3. Responsabilidade e dever
 Qualquer ação que tomamos afeta pessoas ao nosso redor.
 Par entender a distinção entre ato moral, e imoral, precisamos, antes, entender as
três características da ação moral:
 Característica 1: Consciência.
 Toda atitude tomada só pode ser moral se o sujeito da ação reconhece o que
está fazendo, sabendo das consequências de sua atitude.
 Característica 2: Intenção.
 Toda atitude tomada só pode ser considerada moral se ela tiver sido feita
intencionalmente, e não somente por reação ou obrigação.
 Característica 3: Responsabilidade.
 Toda atitude tomada só pode ser moral se for compromissada com a
comunidade em que vivemos. Um ato moral deve ser aquele no qual o agente
responde por suas ações, ou seja, tem consciência de seus atos e intenção em
fazê-los. O indivíduo deve, desse modo, sentir-se responsável por suas escolhas
– independentemente dos seus resultados (positivos ou negativos; esperados ou
inesperados).
11
 A partir da junção da consciência da atitude, da liberdade de escolha e da
responsabilidade por seus semelhantes à atitude moral, cria-se um
compromisso, uma obrigação ou, como denominamos na Filosofia, um
dever.

AÇÃO
MORAL
CONSCIÊNCIA RESPONSABILIDADE

INTENCIONALIDADE

12
DEVER

 É a obrigação que não nos é imposta externamente, mas sim escolhida


livremente por quem opta por agir moralmente.
 Para o senso comum, liberdade e dever são considerados opostos, mas, do
ponto de vista filosófico, trata-se justamente do contrário.
 Agimos por dever a partir do momento em que somos livres para escolher
qual ação iremos tomar.
 O dever , é portanto, o resultado direto da liberdade.
 Por poder agir conscientemente, livremente e em comunidade, criamos um
compromisso conosco em cumprir o que queremos.
 Exemplo: ver p. 24
 A atitude descrita pelo exemplo cumpre as características de uma ação
moral, pois além de ser consciente, intencional e responsável, provoca
efeito positivos não só em você , mas em toda a sala.
13
 A decisão foi livre, mas gerou uma obrigação: estudar e prestar atenção à
aula.
38 é a principal característica da atitude moral: a responsabilidade implica
 Essa
deveres que são realizados não como pesos, mas como escolhas de cada
indivíduo.
 A ação moral, portanto, pressupõe obediência às decisões que nós
mesmos, livremente, escolhemos para nós.

Eu posso falar que vou fazer tudo isso, mas, na hora de agir, não consigo
estudar nem resisto à conversa com o meu colega!”
Sim é verdade! Agora você entende a diferença final entre um ato moral e
um ato imoral.
Cumprir as decisões que escolhemos livremente é o que faz nossa
consciência definir que agimos moralmente, enquanto o ato de
desobedecermos a compromissos que nós mesmos queríamos respeitar é
o que nos faz sentir que tomamos uma decisão imoral.

14
39
 Assim, liberdade, responsabilidade e dever são características
humanas que caminham juntas quando optamos por agir
moralmente.
 O indivíduo adulto tem possibilidade de questionar as
imposições da cultura (suas normas, por exemplo), ou seja, o
desenvolvimento da autonomia possibilita a ação que tem em
vista sua própria consciência moral.

15
4. DESEJO E VONTADE
 À medida que vamos crescendo e nos tornando adultos, muitos
questionamentos passam pela cabeça.
 Principal dúvida: “Afinal, o que eu realmente quero?”
 Essa questão se relaciona com outra característica da ação moral .
 O ser humano, por sua capacidade de pensar e refletir, tende a antecipar
as atitudes que irá tomar e, assim, projetar os acontecimentos e resultados
que quer alcançar.
 Por exemplo: alguém deseja fazer uma viagem, precisa planejá-la com
antecedência, caso contrário, essa pessoa será a responsável por qualquer
imprevisto decorrente da falta de planejamento.
 Assim acontece com todas as decisões que tomamos, planejamos o que
queremos fazer para poder alcançar os melhores resultados possíveis.
41

 A ação moral também se comporta dessa maneira por se tratar


de um alvo voluntário, por excelência, no qual o sujeito livre
opta, por sua vontade, em realizar determinado objetivo. Que
acha justo.
 Assim, a ação moral é, por definição, um ato de vontade.
 Quando somos mais inexperientes na vida, tendemos a confundir
nossos desejos com nossas vontades.
 Esses dois conceitos são bem diferentes.
42 DESEJO VONTADE

 Aquilo que chega à nossa mente de uma  Não se comporta da mesma maneira que o
forma muito rápida e com muita desejo por um simples detalhe: a reflexão.
expectativa de realização.  A reflexão pode se manifestar, por exemplo,
 Sinto um cheio no forno e quero comer o na previsão, na ponderação e na
que está assando; precaução das consequências da ação.
 Vejo um brinquedo na vitrine e quero  A reflexão orienta se aquele desejo é
possuí-lo ; possível, justo e bom, transformando um
 Gosto da minha mãe quero ficar com ela o impulso inconsciente em formas de
dia inteiro. alcançar ou desistir daquele desejo.
 Esses são exemplos de impulsos que  Es estamos com muita fome e há algo
possuímos durante a vida. assando no forno, esperamos até que o
processo de produção do alimento se
complete, em vez de abrirmos logo o forno
e comermos o alimento cru e
demasiadamente quente.

 De uma forma geral, podemos dizer que o desejo se manifesta sem controle, mas a
vontade, não.
43  Assim, os seres humanos que optam por agir de forma moral
tendem a transformar seus desejos em vontade, pois sua
racionalidade possibilita que ajam além da satisfação dos seus
instintos – como fazem os animais.
 Não controlar o impulso do desejo é a própria negação do agir
moral.
 Assim, agir moralmente é refletir sobre os desejos,
transformando alguns em vontades, que necessitam de
planejamento para serem alcançados, mas também rejeitando
os desejos que não são uteis ou bons, após a análise da
consciência.
 Esse é um dos fatores que garantem a sobrevivência de uma
sociedade.
5. CONVÍVIO SOCIAL
 Conviver em sociedade é um desafio para todos os seres humanos .
 As pessoas, por serem diferentes em formação familiar, personalidade e
cultura, frequentemente possuem interesses divergentes.
 Uma das maiores dificuldades humanas é, portanto, saber lidar com duas
esferas da vida: a pública e a privada.
 Por vezes, agimos no coletivo de uma forma injusta por não sabermos os
limites de convivência sadia.
 Ouvir uma música em seu quarto com o volume alto, por exemplo, pode ser
moralmente correto se não incomodar os vizinhos ou outros familiares, mas
escutar música sem fones de ouvido em um transporte coletivo,
inevitavelmente, incomodará alguém.
 Viver em sociedade é possuir o discernimento moral e saber, para preservar a
liberdade, os deveres tanto quanto os direitos.
 Só a partir desse exercício de cidadania diário podemos nos tornar sujeitos
com atitudes morais.

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