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Com a incansável busca por materiais e equipamentos que agridam menos o nosso
planeta, surge no mercado mundial o óleo isolante de base vegetal, extraído de algumas
plantas bem conhecidas por todos nós, como exemplos: semente de soja, semente de
girassol, semente de canola, semente de amendoim, semente de algodão e coco. A utilização
de óleos isolantes extraídos de vegetais é uma realidade, apesar de ter sido sugerida sua
aplicação como isolamento elétrico no final do século XX, com a utilização experimental em
transformadores de distribuição.
No Brasil, as pesquisas forma divididas em duas fases: misturas de óleos minerais
com os vegetais sem aditivos e, em uma segunda fase, óleos isolantes totalmente vegetais.
Proporção da mistura:
Além das funções básicas requeridas aos óleos isolantes, tais como: isolamento
elétrico e resfriamento (meio de troca de calor), podemos acrescentar as seguintes
características dos óleos vegetais em estudo no mundo para aplicação como isolante
elétrico, sendo de grande importância para a proteção do nosso planeta, tais como:
1. Biodegradável;
2. Não tóxico;
3. Não bio-acumulativo;
4. Resistente a fogo (alto ponto de fulgor e de combustão);
5. Não é um fator a mais na redução da vida útil do equipamento, acelerando o processo
de degradação do isolamento celulósico do trafo;
6. Reciclável;
7. Não gera resíduos indesejáveis para o meio ambiente.
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Com exceção dos itens 4 e 5, quando se fala nestas características, nos recordamos
imediatamente dos problemas surgidos com a utilização das Bifenilas Policloradas (PCB’s -
Item 5.3.2).
1. Por se tratar de óleos com alto ponto de fulgor e combustão, o torna um fluido
considerado como resistente a fogo (ponto de combustão maior que 300°C). Desta
forma, é dispensada a necessidade de existência de bacia de contenção, paredes tipo
corta-fogo, reduzindo-se as dimensões das edificações. Além disso, a aplicação, em
locais onde há a necessidade de instalação de equipamentos não inflamáveis, fica
assegurada com a utilização de equipamentos com óleos isolantes de base vegetal,
dispensando-se inclusive de sistemas automáticos de detecção e combate a incêndio;
2. Por ser biodegradável, no caso de pequenos derramamentos indesejáveis, não haverá
problema com relação ao meio ambiente, haja vista que, os óleos de base vegetal são
totalmente absorvidos pelos seres vivos por se tratar de óleos da classe comestível;
3. Aumento da vida útil do equipamento (isolamento celulósico): o ponto de saturação
de umidade nos óleos isolantes vegetais é muito maior quando comparado com o do
óleo mineral. Desta forma, sob este aspecto, podemos afirmar que os óleos isolantes
vegetais “retiram” maior quantidade de umidade do isolamento celulósico que os
óleos minerais, possibilitando o prolongamento da vida útil do equipamento por
redução de umidade no isolamento celulósico (ver Capítulo 6). Vale ressaltar que
estamos analisando isoladamente este fator, não podendo ser conclusiva a afirmação
de que o óleo isolante vegetal irá prolongar a vida do equipamento. Devem-se levar
em consideração outros fatores que ainda estão em fase de teste, que dizem respeito
ao envelhecimento do próprio óleo em regime de funcionamento do equipamento.
Definição
Composição
Características
• Fácil biodegradabilidade;
• Não bioacumulativo;
• Atender ao ensaio de toxidez aguda em alevinos de Trutas (96h) – OECD G.L. 203. Não
tóxico;
• Possuir certificação e classificação conforme Factory Mutual Global 3990;
• Ser resistente ao fogo. Alto ponto de combustão (maior que 300°C) – ABNT NBR-
11341 (Método de ensaio).
ACIDENTES E DESCARTES
a) Derramamentos
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Para os casos de derramamentos, conter com material absorvente, tais como: turfas 1
naturais, vermiculita2, etc. Não se deve utilizar panos e estopas.
b) Descarte
Para os óleos que não possam ser reutilizados, deve-se encaminhar para empresas
processadoras de reciclagem ou refino ou, converter em biocombustível ou, utiliza-los como
combustível em caldeiras e fornos.
A incineração ou descarte de óleo vegetal isolante deve ser feita de acordo com as
disposições dos órgãos de controle ambiental.
Como dito anteriormente, devido à utilização dos óleos vegetais com aplicações em
equipamentos para fins dielétricos ser recente, a normalização brasileira ainda faz algumas
ressalvas com relação aos ensaios realizáveis nestes óleos, tais como:
a) Ponto de anilina: varia de forma acentuada de fonte para fonte de extração do óleo.
Desta forma, o ponto de anilina não deve ser usado como indicador confiável de solvência
desses óleos.
b) Tensão Interfacial (TI): a tensão interfacial de óleos isolantes vegetais é mais baixa que
a encontrada nos óleos minerais e ainda estão sendo avaliados. TI’s compreendidos entre 26
e 30mN/m são considerados como valores típicos de óleos isolantes vegetais novos.
e) Teor de água: a quantidade de água necessária para saturar o óleo isolante vegetal é da
ordem de 20 vezes maior que a necessária para o óleo isolante mineral. Os valores dos
teores de água nos óleos vegetais devem ser obtidos através da saturação relativa
percentual (ver item 6.1.3) ao invés do teor de água absoluto.
f) Índice de Neutralização (IN): os IN’s do óleos isolantes vegetais são geralmente mais
altos que os encontrados no óleos isolantes minerais. É necessário que o IN seja o mais baixo
possível para minimizar a condução elétrica e a corrosão metálica e, aumentar a vida do
sistema isolante.
g) Teor de inibidor de oxidação: este índice varia de fabricante para fabricante. Deve-se
contatar o fabricante para saber quais os índices e métodos a serem utilizados para
determinação do teor de inibidor utilizado no óleo isolante vegetal.
Amostragem em óleos isolantes vegetais: deve ser realizada de acordo com a NBR –
8840/1992
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