Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
e controlar a sua inserção no sistema de processamento c) Promover a adequação entre o tipo de apoio
de dados da EUROJUST. concedido e os planos de desenvolvimento das
3 — O estatuto do membro nacional da Instância instituições;
Comum de Controlo é regulamentado em diploma d) Incentivar a procura de fontes de financiamento
próprio. de natureza concorrencial com base em critérios
Artigo 15.o de qualidade e excelência;
e) Promover o direito à igualdade de oportunida-
Estados não membros da União Europeia des de acesso, frequência e sucesso escolar, pela
O disposto na presente lei é aplicável, com as neces- superação de desigualdades económicas, sociais
sárias adaptações, nos casos que envolvam Estados não e culturais;
membros da União Europeia, de acordo com o disposto f) Valorizar o mérito, dedicação e aproveitamento
no artigo 27.o da Decisão EUROJUST. escolar dos estudantes, independentemente das
suas capacidades económicas.
Aprovada em 12 de Junho de 2003.
O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Artigo 3.o
Mota Amaral. Princípios gerais
regime de prescrições definido para a totalidade 3 — Da fórmula referida no n.o 2 devem constar os
das instituições; seguintes critérios, valores padrão e indicadores de
c) Princípio da autonomia financeira das institui- desempenho:
ções de ensino superior público e de respon-
a) A relação padrão pessoal docente/estudante;
sabilização dos titulares de órgãos de gestão
b) A relação padrão pessoal docente/pessoal não
administrativa e financeira;
docente;
d) Princípio da equidade, entendido como o direito
c) Incentivos à qualificação do pessoal docente e
reconhecido a cada instituição e a cada estu-
não docente;
dante de beneficiarem do apoio financeiro ade-
d) Os indicadores de qualidade do pessoal docente
quado à sua situação concreta;
de cada instituição;
e) Princípio do equilíbrio social, tendo como partes
e) Os indicadores de eficiência pedagógica dos
o Estado e a sociedade civil, no sentido de uma
cursos;
responsabilidade financeira conjunta e equita-
f) Os indicadores de eficiência científica dos cursos
tiva, por forma a atenuar os actuais défices de
de mestrado e doutoramento;
formação superior, proporcionando às institui-
g) Os indicadores de eficiência de gestão das
ções de ensino superior condições de qualifi-
instituições;
cação adequadas;
h) A classificação de mérito resultante da avaliação
f) Princípio do compromisso do Estado, com base
do curso/instituição;
em critérios objectivos e transparentes, de finan-
i) Estrutura orçamental, traduzida na relação entre
ciamento das despesas de funcionamento, inde-
despesas de pessoal e outras despesas de fun-
xado a um orçamento de referência através da
cionamento;
definição de indicadores de desempenho e valo-
j) A classificação de mérito das unidades de
res padrão, a partir de referenciais adequados;
investigação.
g) Princípio da contratualização entre as institui-
ções de ensino superior e o Estado, no sentido
4 — A fórmula acima referida consta de portaria con-
de assegurar a autonomia institucional, incre-
junta dos Ministros das Finanças e da Ciência e do
mentando a responsabilidade mútua nas formas
Ensino Superior, bem como as regras necessárias para
de financiamento público;
o seu cálculo e aplicação.
h) Princípio da justiça, entendido no sentido de
que ao Estado e aos estudantes incumbe o dever
de participarem nos custos do financiamento do Artigo 5.o
ensino superior público, como contrapartida Regime de prescrições
quer dos benefícios de ordem social quer dos
benefícios de ordem individual a auferir futu- 1 — O financiamento às instituições de ensino supe-
ramente; rior público tem em conta o aproveitamento escolar
i) Princípio da complementaridade, entendido no dos seus estudantes.
sentido de que as instituições devem encontrar, 2 — Para o efeito previsto no número anterior, devem
no âmbito da sua autonomia financeira, formas os órgãos competentes de cada instituição ou unidade
adicionais de financiamento, dando lugar a orgânica definir um regime de prescrições adequado
receitas que serão consideradas pelo Estado à promoção do mérito dos estudantes.
como receitas próprias das instituições, como 3 — Na falta de fixação do regime de prescrições por
tal não afectando o financiamento público. parte das instituições ou unidades orgânicas ou no caso
de estas fixarem um regime menos restritivo do que
o previsto neste diploma, para efeitos de financiamento
CAPÍTULO II público, é aplicável o seguinte regime:
Do financiamento do ensino superior público a) O direito à inscrição em cada ano ou semestre
lectivo dos cursos de bacharelato e licenciatura
SECÇÃO I nas instituições de ensino superior público exer-
ce-se no respeito pelos critérios fixados na tabela
Da relação entre o Estado e as instituições de ensino superior anexa ao presente diploma, do qual faz parte
integrante;
Artigo 4.o b) A tabela prevista na alínea anterior estabelece,
Orçamento de funcionamento base conforme o modo de organização do curso, o
número máximo de inscrições que podem ser
1 — Em cada ano económico, o Estado, pelos mon- efectuadas por um estudante no curso frequen-
tantes fixados na Lei do Orçamento, financia o orça- tado de um estabelecimento público de ensino
mento de funcionamento base das actividades de ensino superior, considerando-se prescrito o direito à
e formação das instituições, incluindo as suas unidades matrícula e inscrição nesse curso no caso de
orgânicas ou estruturas específicas. incumprimento dos critérios aplicáveis e o estu-
2 — O financiamento a que se refere o número ante- dante impedido de se candidatar de novo a esse
rior é indexado a um orçamento de referência, com ou outro curso nos dois semestres seguintes.
dotações calculadas de acordo com uma fórmula
baseada em critérios objectivos de qualidade e exce- 4 — No caso de o aluno beneficiar do Estatuto do
lência, valores padrão e indicadores de desempenho Trabalhador-Estudante, ou no caso de estudante que
equitativamente definidos para o universo de todas as se encontre em regime de estudo a tempo parcial, bem
instituições e tendo em conta os relatórios de avaliação como em outras situações a regulamentar pelos órgãos
conhecidos para cada curso e instituição. de direcção das instituições de ensino superior, para
N.o 193 — 22 de Agosto de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5361
efeito da aplicação da tabela anexa apenas é contabi- requalificação, de formação ao longo da vida
lizado 0,5 por cada inscrição que tenha efectuado nessas e de reorientação de competências;
condições. g) Apoio ao encerramento de cursos;
5 — A falta de cumprimento do regime de prescrições h) Acerto das assimetrias entre unidades orgânicas
aplicável afecta o financiamento público das instituições da mesma instituição na contratação e quali-
de ensino superior. ficação do corpo docente;
6 — Na falta de fixação do regime de prescrições, i) Apoio à prestação de serviços especializados à
por parte das instituições do ensino superior não público, comunidade;
ou no caso de estas fixarem um regime menos restritivo j) Apoio a projectos de investigação de excelência
do que o previsto neste diploma, a atribuição de apoio com efeitos estruturantes para as instituições
do Estado aos alunos depende do cumprimento dos envolvidas e para a região onde se integram;
requisitos previstos nos números anteriores. l) Apoio à criação de novas escolas.
7 — As mesmas condições de financiamento previstas
nos números anteriores aplicam-se às situações de trans- 3 — É privilegiada a celebração dos contratos a que
ferência entre instituições de ensino superior. se refere o número anterior que sejam susceptíveis de
contribuir para os seguintes objectivos:
a) O desenvolvimento de áreas estratégicas de
Artigo 6.o
excelência;
Programas orçamentais plurianuais b) A educação/formação de quadros especializados
em áreas prioritárias para o desenvolvimento
1 — O Estado financia programas orçamentais das do País;
instituições de ensino superior através da celebração c) A correcção de assimetrias de natureza regional;
de contratos-programa e contratos de desenvolvimento d) A qualificação da população activa;
institucional. e) A formação contínua para actualização profis-
2 — Os programas orçamentais, referidos no número sional de nível superior;
anterior, respeitam às seguintes medidas: f) O funcionamento de unidades de investigação
a) Melhoria da qualidade; no âmbito institucional de qualidade da admi-
b) Desenvolvimento curricular; nistração do Estado e da modernização empre-
c) Racionalização do sistema; sarial;
d) Reforço e manutenção de infra-estruturas e g) O desenvolvimento da cooperação com os países
equipamentos; de expressão oficial portuguesa;
e) Financiamento complementar de estabelecimen- h) A mobilidade de docentes e discentes.
tos e organismos com reconhecido impacte his-
tórico, social ou cultural; 4 — A celebração de contratos-programa pode ter
f) Modernização da administração e da gestão das uma base concorrencial, devendo ser considerados os
instituições; seguintes factores:
g) Parcerias entre as instituições de ensino supe- a) A qualificação do corpo docente;
rior, entre estas e as instituições de ensino secun- b) O aproveitamento escolar dos estudantes;
dário e entre aquelas e outras entidades públicas c) A apresentação de projectos pedagógicos ino-
ou privadas. vadores;
d) A capacidade das instituições em conseguir fon-
Artigo 7.o tes adicionais de financiamento;
e) A inserção dos diplomados na vida profissional,
Contratos-programa numa base comparativa das respectivas áreas
de formação;
1 — Para a realização de acções respeitantes à pros- f) A produção científica e artística.
secução de objectivos concretos, em horizonte temporal
inferior a cinco anos, são celebrados contratos-programa 5 — Para a prossecução dos objectivos dos contra-
com instituições de ensino superior, inscritos na res- tos-programa a celebrar entre o Estado e as instituições
pectiva rubrica do Orçamento do Estado. de ensino superior público, devem estas co-participar
2 — As acções referidas no número anterior são, com um montante mínimo de 20 % do total das despesas
nomeadamente, do seguinte tipo: elegíveis.
a) Apoio a programas para a promoção do sucesso 6 — A celebração de contratos que prevejam fontes
escolar; alternativas de financiamento depende da previsão de
b) Apoio a programas de formação de pessoal instrumentos que garantam a missão, as funções e os
docente e não docente; valores institucionais, bem como o interesse público do
c) Apoio a programas de desenvolvimento e uti- ensino superior, a independência de pensamento e a
lização da aprendizagem electrónica e a outras liberdade de publicação de resultados.
acções no âmbito da sociedade da informação;
d) Apoio ao funcionamento de cursos interins- Artigo 8.o
titucionais; Contratos de desenvolvimento institucional
e) Apoio ao lançamento de novos cursos e a cursos
em áreas prioritárias para o desenvolvimento 1 — Os programas referentes a áreas de intervenção
do País; ou objectivos estratégicos constarão dos planos de
f) Apoio a cursos não conferentes de grau, de espe- desenvolvimento das instituições e serão formalizados
cialização pós-secundária ou pós-graduada, de mediante a celebração de contratos de desenvolvimento
5362 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 193 — 22 de Agosto de 2003
SUBSECÇÃO I
Artigo 15.o
Disposições gerais
Conteúdo da relação
b) Nos casos das alíneas b) e e), na atribuição às respondente ao limite mínimo fixado no n.o 2 do artigo
instituições de ensino superior da adequada 16.o, sendo alterado para o valor que entretanto vier
comparticipação financeira, sendo os correspon- a ser fixado.
dentes encargos suportados por verbas inscritas
no orçamento do Ministério da Educação.
Artigo 39.o
Artigo 36.o Norma revogatória
Regime de prescrições
São revogadas a Lei n.o 113/97, de 16 de Setembro,
O regime previsto no artigo 5.o começa a ser aplicado e respectiva legislação complementar, e a alínea b) do
no ano lectivo seguinte ao da entrada em vigor da pre- n.o 1 do artigo 1.o do Decreto-Lei n.o 170/96, de 19
sente lei, não sendo consideradas as inscrições relativas de Setembro.
aos anos lectivos anteriores.
Aprovada em 15 de Julho de 2003.
Artigo 37.o
Universidade Aberta
O Presidente da Assembleia da República, João Bosco
Mota Amaral.
Para a Universidade Aberta será definido um regime
específico de financiamento das despesas de funciona- Promulgada em 31 de Julho de 2003.
mento, sendo-lhe inaplicável a presente lei, com excep-
ção do disposto nos artigos 6.o a 14.o Publique-se.
TABELA ANEXA
3 ............................ 0 a 59 0 a N-1 0
4 ............................ 60 a 119 N a 2×N-1 1
5 ............................ 120 a 179 2×N a 3×N-1 2
6 ............................ 180 a 239 3×N a 4×N-1 3
8 ............................ 240 a 359 4×N a 6×N-1 4e5
9 ............................ 360 6×N 6
(1) N = maior inteiro menor ou igual ao quociente entre o número de créditos totais do curso e o número de anos curriculares do curso.
Autoriza o Governo a legislar em matéria de associações de defesa A legislação a estabelecer pelo Governo nos termos
dos investidores em valores mobiliários do artigo anterior terá os seguintes sentido e extensão:
A Assembleia da República decreta, nos termos da a) Criar um regime jurídico que preveja as formas
alínea d) do artigo 161.o da Constituição, o seguinte: de instrução, prazo, decisão e caducidade do
registo das associações de defesa dos investi-
Artigo 1.o dores em valores mobiliários na Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários;
Objecto b) Prever os direitos de participação, consulta,
É concedida ao Governo autorização para legislar informação e agrupamento a favor das associa-
sobre: ções de defesa de investidores em valores mobi-
liários registadas na Comissão do Mercado de
a) O processo de verificação dos requisitos a que Valores Mobiliários;
se refere o artigo 32.o do Código dos Valo- c) Consagrar normas transitórias relativas ao início
res Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei de vigência do regime adoptado no uso da pre-
n.o 486/99, de 13 de Novembro, de que depende sente autorização legislativa e à sua aplicação
o registo das associações de defesa dos inves- às associações de investidores em valores mobi-
tidores em valores mobiliários na Comissão do liários já constituídas;
Mercado de Valores Mobiliários; d) Consagrar o princípio da independência das
b) Os direitos das associações de defesa dos inves- associações de defesa dos investidores relativa-
tidores em valores mobiliários que observem mente ao Estado e a quaisquer outras entidades
esses mesmos requisitos. públicas e privadas.