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Introdução
1.1.objecytivos
1.1.1.Objectivo Geral
Os saberes geográficos, actualmente, foram considerados como estratégicos, não apenas como
instrumento de poder como centra foco a Geografia marxista, mas, principalmente, como
meio para se compreender a inter-relação homem-lugar numa perspectiva também humana,
não só física.
Para Santos (1978), enfatiza que o espaço geográfico configura campo de produção e
reprodução das relações sociais, que, malgrado submetido à lei da totalidade, possui certa
autonomia.
O Determinismo emergiu no final do século XIX, e foi o primeiro paradigma que caracterizou
a Geografia como ciência.
De acordo com ”. (GOMES, 2007, p. 178), Postula que determinismo (lato sensu) é visto,
assim, como o único meio de afirmar positivamente o resultado de uma experiência ou o
desenvolvimento de um facto.
Para Gomes (2007), convém frisar que o Determinismo não se define apenas como uma
metodologia que conduz à verdade, define-se também como um instrumento de previsão
porque, ao antecipar, ou melhor, prever os resultados, o Determinismo, permite uma açcão no
mundo.
Com a luz da corrente Positivismo, o Determinismo surgiu na Alemanha e procurou entender
a influência do meio sobre o homem. Nessa corrente de pensamento, as características e o
nível de desenvolvimento de cada povo, estava atrelado ao meio natural, ou seja, a natureza
das atividades humanas era controlada pela dinâmica do mundo físico.
Determinismo geográfico explica os factos humanos, a partir dos fenômenos físicos. Vale
lembrar que foi sob a influência positivista que a Geografia Tradicional ergueu a sua base, e o
Determinismo nesse contexto, é mais uma forma de compreender e interpretar os fenômenos
geográficos.
Segundo Lobato (1986), afirma que os intelectuais defensores dessa postura científica
entenderam que as condições naturais determinam o comportamento do homem, de forma a
interferir em sua atuação na sociedade. Assim, abordagem determinista considera que todo
acontecimento ou estado é produto directo de causas externas atuantes.
De acordo com Moraes (1992), a firma que que Possibilismo Geográfico, perpassando pela
Escola francesa de Geografia, suas influências e contribuições para a Geografia, percebeu
possibilidade da interferência do homem no espaço geográfico, ou seja, o homem como um
ser activo atuando no ambiente físico, uma corrente de pensamento denominada Possibilismo,
tal corrente surge contrapondo a corrente Determinista formulada por (Friedrich Ratzel, 1844-
1904).
Segundo Moreira (2006), para se chegar à individualidade regional necessita-se dos recortes
de áreas diferenciadas com o propósito final de identificar as características comuns e
posteriormente chegar a um plano de generalização.
La Blache desenvolveu outra concepção da relação “homem-meio”, na qual passou a pensar a
possibilidade que o homem tem de superar as imposições naturais, dependendo do nível
cultural, das condições técnicas e da disposição de recursos, podendo, dessa forma, actuar
sobre a natureza e modifica-la. Em uma área fisicamente delimitável eram integrados e
descritos, tantos os aspectos físicos, como os humanos/sociais e econômicos, dando origem ao
Possibilismo (MORAES, 2003).
Como ressalta Corrêa (1986), aponta que o Possibilismo, francês em sua origem, opõe-se ao
determinismo ambiental germânico. Esta oposição fundamenta-se nas diferenças entre os dois
países. Vale a pena ressaltar que a competitividade existente entre França e Alemanha,
acirrouse com a perda da região francesa da Alsácia-Lorena para a Prússia durante a guerra
franco-prussiana (ANDRADE, 1989)
Conclui-se que o Possibilismo é uma corrente do pensamento geográfico, tendo como objecto
de estudo a interação homem com o meio natural. o. Essa concepção geográfica busca romper
com a compartimentação dos saberes geográficos, através de uma abordagem integrada dos
conteúdos, sendo o espaço geográfico resultado da inter-relação entre os aspectos físicos e
humanos, levando em consideração as transformações espaciais causadas pela ação antrópica
e pelas causas naturais tanto a nível local quanto global.
A segunda corrente de que trata este artigo surge no final do século XIX na França, tendo
Paul Vidal de La Blache como idealizador. Nesta corrente considera-se a natureza
fornecedora de possibilidades para que o homem a modificasse. O homem é o principal
agente geográfico. Na França La Blache passou a estudar profundamente a geografia
desenvolvida pelos alemães, principalmente os trabalhos de Ratzel, para quem dedicou
profundas críticas (MOREIRA, 2008).
De acordo com Alfred Hettner (1859-1941), define Geografia como ciência que estuda o
espaço. Para ele a Geografia tem característica Corológica porque tem como objectivo
conhecer o carácter das regiões, mediante compreensão da coexistência dos diversos reinos da
natureza nas suas diferentes formas. A Geografia estuda num mesmo espaço fenómenos
físicos e humanos; é ao mesmo tempo ciência física e humana. A nova Geografia ou
Geografia quantitativa é representante da Corrente Corólogica.
Para Vidal de la Blache reconheceu que as relações homem/meio são condicionadas pelos
valores da sociedade, tecnologias organização social, em suma pelo modo de vida. Um dos
grandes contributos do possibilismo é de mostrar a acção modificadora do homem como
agente activo no meio ao contrário do conceito Vidalino de raiz morfofuncional, a região
passa a ser apresentada por Hettner em termos de estrutura e funções.
3.Conclusão
1. Corrêa, Roberto Lobato (1986). Região e organização espacial. São Paulo: Ática,
(Série Princípios)
2. Gomes, Paulo César da Costa (2007). Geografia e modernidade. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil,
3. Vesentini, José William, (2010). Geografia Crítica e Ensino. IN: Para onde vai o
ensino de Geografia? 9ª Ed.. São Paulo: Contexto, 2ª Reimpressão
4. Moraes, Antonio Carlos Robert (198). Geografia: pequena histórica crítica. São
Paulo: HUCITEC, pp.138;