Sei sulla pagina 1di 24

 

 
 
 

FORMAÇÃO

MANUSEAMENTO DE

EXTINTORES

 
 
 
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
1. INTRODUÇÃO 
 
O  fogo  contribuiu  para  o  avanço  da  humanidade  e  o  desenvolvimento  tecnológico  partiu  da 
sua descoberta. 
Mas...,  quando  os  homens  perdem  o  controlo  do  fogo,  produz‐se  o  incêndio,  com  todas  as 
perdas e danos que pode ocasionar. 

 
Um incêndio é, pois um fogo incontrolado. 
 
A chegada dos bombeiros a determinado local, embora possa ser rápida, leva sempre alguns 
minutos, que podem ser fundamentais para o salvamento de pessoas e bens. 
As  medidas  a  tomar  nesses  preciosos  momentos  são  inteiramente  da  responsabilidade  das 
Brigadas de Incêndio das empresas. 
O  objectivo  da  criação  de  uma  brigada  de  incêndio  é  dotar  empresas  com  meios  humanos 
capazes  de  actuar  sobre  eventuais  incêndios,  até  à  chegada  de  socorros  provenientes  do 
exterior e, se necessário, coordenar a evacuação das pessoas. 
 
 
2. A ESSÊNCIA DO FOGO 
 
 
Para determinar e controlar o fogo, para evitar que o incêndio se produza e para o extinguir 
(no caso de este existir) é necessário conhecer os fundamentos do fogo. 
O fogo é um processo de reacções químicas fortemente exotérmica (com libertação de calor) 
de  oxidação‐redução,  nas  quais  participam  uma  substância  combustível  e  uma  comburente; 
produz‐se  em  condições  energéticas  favoráveis,  libertando  calor,  radiação  luminosa,  fumo  e 
gases de combustão. 
Para que se produza uma reacção de oxidação‐redução, é necessário a presença de um agente 
oxidante e de um agente redutor. 

2
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
 
O  agente  oxidante  mais  conhecido  é  o  oxigénio  do  ar,  ainda  que  existam  outras  substâncias 
que actuem como oxidantes. 
O  agente  redutor  será  qualquer  matéria  que  não  se  encontre  no  seu  estado  de  máxima 
oxidação. 
 
 
Combustível e Comburente 
O oxidante denomina‐se comburente e o redutor, combustível. 
As reacções que têm lugar entre ambos denominam‐se combustões. 
 
Energia de Activação (calor/temperatura) 
É a energia necessária para que a reacção se inicie e é proporcionada pelos focos de ignição. 
 
 
 
3. TRIANGULO E TETRAEDRO DO FOGO 
 
 
Ainda  que  os  processos  de  combustão  sejam  muito  complexos  podem  representar‐se 
mediante  um  triângulo  no  qual  cada  um  dos  seus  lados,  representa  um  dos  três  factores 
essenciais para produzir um fogo: 
 
Combustível 
Elemento que se oxida ou se “queima” 
 
Comburente 
Oxigénio que se encontra presente no ar ambiente 
 
 
 
 

3
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
Energia de activação 
É a energia que eleva a temperatura do combustível e do ar ambiente até ao ponto de ignição. 
 
 
Combustível
 
 
 

 
Comburente Energia de Activação
 
 
Esta representação aceitou‐se durante muito tempo, no entanto, muitos fenómenos anómalos 
que  se  produziam  no  incêndio,  não  podiam  explicar‐se  completamente  tendo  por  base  este 
triângulo.  A  união  sustentada  destes  três  elementos,  leva  ao  aparecimento  do  quarto 
elemento, a Reacção em Cadeia, com o qual se produz a combustão de maneira continuada. 
Devido  a  esse  facto  propôs‐se  uma  nova  representação,  que  compreende  as  condições 
necessárias para que se produza um fogo, em forma de tetraedro. 
 
  Comburente

 
 
Energia de Activação Combustível
 
 
 
  Reacção
em cadeia
 
 
 
 

4
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
4. ANÁLISE DOS ELEMENTOS DE UM INCÊNDIO 
 
Para  que  incêndio  se  inicie  e  mantenha,  é  preciso  a  coexistência  dos  quatro  elementos  do 
tetraedro do fogo. 
 
Combustível 
Define‐se  como  combustível  qualquer  substância  capaz  de  arder,  quer  dizer,  capaz  de  se 
combinar com um comburente numa reacção rápida e exotérmica. 
Exemplos: 
Carvão, 
Monóxido de carbono, 
Enxofre e fósforo, 
Madeira, produtos têxteis, etc, 
Metais, como o alumínio, magnésio, titânio... 
 
Comburente 
Comburente  é  qualquer  agente  oxidante  capaz  de  oxidar  um  combustível,  numa  reacção 
rápida e exotérmica. 
Por  isso  o  ar,  que  contém  aproximadamente  21%  de  oxigénio,  em  volume,  é  o  comburente 
mais comum em todos os fogos e incêndios. 
 
Energia de Activação 
É a energia mínima que necessitam os produtos reagentes para que se inicie uma reacção. Esta 
energia é fornecida, na combustão, pelos focos de ignição. 
As diferentes formas de fornecimento energético à mistura, podem agrupar‐se em: 
 
Focos de Origem Térmica: 
Fósforos, pontas de cigarro, etc. 
Instalações geradoras de calor (fornos, caldeiras, etc) 
Raios solares 
Condições térmicas ambientais 
Soldadura 
Veículos e máquinas a motor. 

5
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
Focos de Origem Eléctrica 
Interruptores, motores, 
Curto‐circuitos 
Electricidade estática 
Descargas eléctricas atmosféricas. 
 
Focos de Origem Mecânica 
Chispas (ferramentas, etc) 
Atrito, 
 
Reacção em Cadeia 
As  reacções  em  cadeia  são  os  processos  mediante  os  quais  a  reacção  progride  na  mistura 
comburente‐combustivel. 
A reacção em cadeia está assegurada sempre que o fornecimento energético seja suficiente e 
exista mistura combustivel‐comburente. 
 
 
 
5. FORMAS DE COMBUSTÃO 
 
 
As combustões podem classificar‐se quanto à sua velocidade, em: 
Combustão  lenta:  é  aquela  que  se  reproduz  a  uma  temperatura  suficientemente  baixa  para 
que não chegue a haver emissão de luz. 
Combustão viva: é aquela em que se produz emissão de luz e que geralmente se designa por 
chamas (fogo). 
Deflagração: combustão viva, com velocidade de propagação um pouco inferior à velocidade 
do som. 
Detonação: combustão viva com velocidade superior à velocidade do som. 
 
 
 

6
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
6. PROPAGAÇÃO DA ENERGIA DA COMBUSTÃO 
 
 
As formas de propagação são as seguintes: 
 
Radiação: 
Emissão  continua  de  calor  (energia)  sob  a  forma  de  radiação,  essencialmente  infravermelha, 
que se propaga em todas as direcções sem suporte material através do espaço. 
 

 
 
Condução: 
O calor transmite‐se directamente no interior de um corpo ou através de corpos em contacto. 
 

 
 
 
 
 
 

7
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Convecção: 
Processo  de  transmissão  do  calor  pelo  ar  em  movimento.  O  ar  aquecido,  proveniente  do 
incêndio, sobe, forçando o ar frio a dirigir‐se para as zonas inferiores. Este fenómeno gera, na 
zona  de  incêndio,  verdadeiras  turbulências  de  ar  aquecido  que,  em  alguns  casos,  atingem 
velocidades elevadas. 

 
 
Projecção e deslocamento de matéria inflamada: 
Forma de propagação de incêndios que se dá pelo movimento de matéria inflamável a arder 
como, por exemplo, fagulhas levadas pelo vento, animais com o pelo a arder, que provocam 
novos focos de incêndio. 
 
 
 
7. MANIFESTAÇÕES E PRODUTOS DA COMBUSTÃO 
 
 
Nas  combustões  produzem‐se  uma  série  de  manifestações  e  produtos  de  combustão,  cujo 
conhecimento  é  de  grande  importância  dada  a  influência  que  exercem  na  possibilidade  ou 
impossibilidade de evacuação de pessoas e de intervenção, controlo e extinção do fogo. 
 
 
As Chamas 
 
São a manifestação mais visível da combustão. É uma zona de gases incandescentes visível em 
redor da superfície do material em combustão. A chama não é mais do que gás de combustão. 
 

8
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
O Calor 
 
É a energia libertada pela combustão, sendo o principal responsável pela propagação do fogo 
dado  que  aquece  todo  o  ambiente,  aquecendo  ao  mesmo  tempo  os  produtos  combustíveis 
presentes,  elevando  as  suas  temperaturas  e  possibilitando  deste  modo  a  continuação  do 
incêndio. 
A  exposição  ao  calor  pode  causar  às  pessoas  desidratação,  esgotamento,  bloqueio  das  vias 
respiratórias e queimaduras, intensificando‐se ao mesmo tempo o ritmo cardíaco. 
 
O Fumo 
 
É outro produto visível, sendo o resultado de uma combustão incompleta. O fumo é formado 
por pequenas partículas sólidas parcialmente queimadas. 
Fumo de cor branca ou cinzento pálido: indica que a combustão é mais completa com bastante 
consumo de combustível e dispõe de comburente em quantidade adequada; 
Fumo  negro  ou  cinzento  escuro:  estamos  perante  uma  combustão  que  desenvolve  grande 
temperatura e tem falta de comburente, como é a combustão de plásticos; 
Fumo amarelo, roxo ou violeta: assinala, geralmente, a presença de gases altamente tóxicos. 
 
Os Gases 
 
Produzidos pela combustão, são o resultado da modificação da composição do combustível. 
Os gases classificam‐se em dois grandes grupos: 
Tóxicos: os que produzem a destruição de tecidos pulmonares, 
Asfixiantes: não produzem destruição dos tecidos, mas dificultam ou impedem a chegada de 
oxigénio às células. 

9
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
8. FASES DE UM INCÊNDIO 
 
 
Qualquer incêndio tem normalmente quatro fases de desenvolvimento distintas: 
 
Eclosão:  corresponde  à  fase  inicial.  Depende  da  quantidade  e  qualidade  do  combustível 
presente 
Propagação:  corresponde  à  fase  em  que  o  fenómeno  se  activa  rapidamente  transmitindo‐se 
aos corpos vizinhos 
Combustão  continua:  por  efeito  do  calor,  a  energia  libertada  é  suficiente  para  provocar  a 
combustão de todos os materiais em presença, de uma forma continua. 
Declive  de  chama:  verifica‐se  após  a  inflamação  generalizada  e  resulta  da  carência  de 
combustível,  ou  da  dissipação  de  energia  se  tornar  superior  à  sua  produção,  provocando  o 
abaixamento da temperatura até ao regresso à temperatura ambiente. 
 
 
 
9. EXTINÇÃO DO FOGO 
 
 
As técnicas de extinção do fogo, baseiam‐se no conhecimento do triângulo e tetraedro do fogo 
e constituem na eliminação de um ou mais daqueles factores: 
ƒ Combustível; 
ƒ Comburente; 
ƒ Energia de activação; 
ƒ Reacção em cadeia. 
 
Actuação sobre o Combustível 
- Evitar a presença de resíduos inflamáveis 
- Evitar a existência de depósitos de produtos inflamáveis 
- Manutenção periódica das condutas de líquidos e gases inflamáveis 
- Substituição de combustíveis inflamáveis por outros que não o sejam 
- Recobrir o combustível por uma camada incombustível (tintas intumescentes) 
- Ventilação  geral  ou  aspiração  localizada  em  locais  onde  se  possam  formar  misturas 
explosivas 

10
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
Actuação sobre o Comburente 
A eliminação do comburente (O2) da atmosfera onde é manipulado o combustível só é possível 
em  certos  casos,  relativamente  pouco  frequentes.  Consegue‐se  esta  eliminação  através  da 
adição de um gás inerte (ex: azoto ou dióxido de carbono) diminuindo a proporção de O2 
 
Actuação sobre a Energia de Activação 
Eliminação de focos de ignição: 
- Proibição de fumar e foguear 
- Evitar incidência de raios solares 
- Interruptores anti‐deflagrantes 
- Instalação de pára‐raios 
- Ligação à terra 
- Evitar operações de soldadura 
 
Actuação sobre a Reacção em Cadeia 
Consiste na actuação sobre o combustível mediante a adição de compostos que dificultem ou 
impeçam a propagação da reacção de combustão. 
 
 
 
10. MÉTODOS DE EXTINÇÃO 
 
 
Quando ocorre um fogo, é preciso saber extingui‐lo. Como são necessários quatro elementos 
para que exista combustão, existirão quatro métodos de extinção (cada um válido para uma ou 
mais  classes  de  fogo),  com  que  poderemos  actuar  sobre  cada  um  deles,  suprimindo‐o  ou 
neutralizando‐o. 
 
Arrefecimento 
É  o  método  mais  empregue  e  consiste  em  baixar  a  temperatura  do  combustível  e  do  meio 
ambiente, abaixo do seu ponto de ignição. 
 

11
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
Abafamento 
Método  que  consiste  no  isolamento  do  combustível  e  do  oxigénio  ou  na  redução  da 
concentração deste no ambiente. 
 
Diluição ou eliminação do combustível 
É o método  que consiste  na separação do combustível da fonte  de calor ou do ambiente  do 
incêndio. 
 
Inibição da chama ou interrupção da reacção em cadeia 
Este método modifica a reacção química, alterando a libertação dos radicais livres produzidos 
na combustão e impedindo, portanto que esta se desenvolva. 
 
 
 
11. CLASSES DE FOGOS 
 
 
Os fogos podem classificar‐se de duas formas: 
‐ Quanto ao tipo de combustível, 
‐ Quanto ao tipo de radiação luminosa produzida 
 
Quanto ao tipo de combustível 
 
Existem quatro classes de combustíveis que determinam as classes de fogo. Esta classificação 
ajuda‐nos a eleger o agente extintor mais adequado. 
 
 
 
 
 
 

12
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

Madeira, Papel, Cortiça, Tecidos, 
Classe A  Sólidos 
PVC, ... 

Álcool, Gasolina, Éter, Óleo, Azeite, 
Classe B  Líquidos 
... 

Butano, Propano. Acetileno, 
Classe C  Gases 
Hidrogénio, ... 

Sódio, Potássio, Magnésio, 
Classe D  Metais e outros 
Radioactivos, ... 

Classe E  Sólidos liquidificáveis Ceras, óleos…. 

 
 
 
Quanto ao tipo de radiação luminosa produzida 
 
O processo de combustão pode ter lugar de duas formas diferentes: 
‐ Com chamas 
‐ Sem chamas 
 
ƒ Os sólidos inflamáveis (Classe A) ardem sempre com chama e incandescência. 
ƒ Os líquidos e gases inflamáveis (Classe B e C) ardem sempre com chama. A velocidade de 
combustão  dos  gases  é  muito  rápida,  pelo  que,  em  muitos  casos  pode  produzir‐se  a 
explosão. 
ƒ Os metais (Classe D) ardem com incandescência. 
 
 
 
 
 
 

13
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
12. AGENTES EXTINTORES 
 
 
Existem vários agentes extintores que actuam de maneira especifica sobre cada um dos quatro 
elementos anteriormente citados. 
A  eleição  do  agente  adequado  dependerá  fundamentalmente  da  classe  de  fogo  e  das 
características do combustível. 
Vejamos a seguir as principais características dos agentes extintores. 
 
Água 
É  o  agente  extintor  mais  disponível  como  meio  de  controlo  de  extinção  do  fogo.  Actua 
principalmente  arrefecendo  o  combustível  e  o  ambiente,  tanto  de  maneira  directa  em 
contacto com o combustível, como de maneira indirecta em forma de vapor no ambiente. O 
vapor actua ainda de forma secundária por abafamento, deslocando o oxigénio do ambiente. 
 
Vantagens: económica, abundante. Pulverizada é excelente para brasas. Abate gases. Protege 
contra o calor. 
Inconvenientes: causa danos. Dispersa o fogo. Condutora da electricidade. 
 
Espuma 
Um aditivo denominado “espumifero” combina‐se com a água e o ar, dando como agente de 
extinção, a espuma. 
O seu principal método de actuação é o abafamento, recobrindo o combustível e isolando‐o do 
oxigénio  do  ar.  Também  devido  ao  conteúdo  da  água  nas  “borbulhas”  de  espuma,  tem  um 
poder de arrefecimento. 
 
Vantagens: aplicável em grandes superfícies ou volumes. Impede a reactivação do fogo. 
Inconvenientes:  produz  danos.  Condutora  da  electricidade.  Difícil  armazenagem  em  grandes 
volumes. 
 
 
 

14
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Pós químicos secos 
Há duas famílias de pós químicos que  actuam  de forma ligeiramente diferente sobre o fogo, 
ainda que a sua composição básica seja parecida. 
 
Vantagens: não é tóxico, não é condutor da electricidade, amplo campo de acção. 
Inconvenientes:  difícil  de  limpar,  abrasivo  e  corrosivo,  dificulta  a  visibilidade,  perigo  de 
reactivação do incêndio. 
 
Pó químico seco BC 
A  sua  maneira  de  extinguir  o  fogo  é  por  inibição  da  chama  ou  rotura  da  reacção  em  cadeia. 
Extingue igualmente por abafamento. Apesar da sua eficácia sobre várias classes de fogo, tem 
uma importante limitação quanto ao seu uso em fogos que deixem brasas. É eficaz em fogos 
da classe B e C. 
 
Pó polivalente ou ABC 
É um excelente extintor de fogos que produzem brasas (classe A). 
 
Pós D 
São  usados  estritamente  em  fogos  de  classe  D.  Sendo  constituídos  por  compostos 
quimicamente  inertes,  o  seu  fabrico  tem  por  base  a  grafite  misturada  com  cloretos  e 
carbonetos.  A  eficácia  de  extinção  destes  pós  depende  das  características  próprias  de  cada 
metal. 
 
Neve carbónica ou CO2 
É  um  gás  comprimido  que  ao  ser  aplicado  sobre  o  fogo,  desloca  o  oxigénio  do  ambiente 
abafando o mesmo. 
A  sua  limitação  principal  é  a  falta  de  eficácia  em  fogos  que  gerem  brasas  e  ao  deslocar  o 
oxigénio do ambiente, pode causar asfixia se se inundar completamente o local. 
 
Vantagens: não é condutor da electricidade, não produz danos, não suja. 
Inconvenientes:  não  é  aplicável  em  fogos  da  classe  A  (fogos  com  brasas),  pouco  efectivo  no 
exterior, em interiores pode causar asfixia. 

15
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Mantas de Incêndio/ Ignifuga 
As mantas de incêndio são indicadas para a extinção de fogos em incêndios da classe E. 
Actuam por abafamento 
 
Areia 
Este  agente  extintor  é  muito  utilizado  no  combate  a  incêndios  florestais  e  em  derrames  de 
combustíveis, daí a sua presença nos parques de estacionamento e postos de abastecimento 
de combustível 
 

    CLASSE DE FOGO   

AGENTE EXTINTOR  A  B  C  D 

Água  Eficaz   Não Usar  Não Usar  Não Usar 

Espuma  Eficaz   Muito Eficaz   Não Usar  Não Usar 

Pó BC  Não Usar  Muito Eficaz  Muito Eficaz  Não Usar 

Pó ABC  Muito Eficaz  Muito Eficaz  Muito Eficaz  Não Usar 

CO2  Pouco eficaz  Eficaz   Eficaz   Não Usar 

Pó D  Não Usar  Não Usar  Não Usar  Eficaz 

 
 
 
13. EXTINTORES PORTÁTEIS 
 
 
Um extintor é um aparelho que contém um agente extintor que pode ser projectado e dirigido 
sobre  um  incêndio  pela  acção  de  uma  pressão  interna.  Esta  pressão  pode  ser  fornecida  por 
uma compressão prévia permanente ou pela libertação de um gás auxiliar. 
É  utilizado  como  meio  de  primeira  intervenção  no  combate  a  um  incêndio  acabado  de 
despontar. 
O êxito da utilização do extintor depende dos seguintes factores: 
™ Estar bem localizado, visível e em boas condições de funcionamento, 
™ Conter o agente extintor adequado para combater o incêndio desencadeado, 

16
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

™ Ser utilizado na fase inicial do combate ao incêndio, 
™ Conhecimento prévio pelo utilizador do seu modo de funcionamento e utilização. 
 
Como funciona um extintor 
O extintor tem no seu interior, normalmente, dois agentes: Um agente extintor (água, espuma, 
pó, dióxido de carbono – CO2) e outro que funciona como propulsor. 
 
Tipos de extintores 
Existem dois tipos de extintores, a saber:  
• Extintores de pressão permanente ou permanentemente pressurizados; 
• Não permanente ‐ de colocação em pressão no momento de utilização (com o 
cartucho do gás no interior ou no exterior do extintor).  
 
Nos  extintores  permanentemente  pressurizados  o  agente  extintor  e  o  gás  propulsor  estão 
misturados no recipiente. Quando o extintor é activado o agente extintor é expelido por um 
tubo  de  pesca,  passa  por  uma  mangueira,  caso  a  tenha.  A  descarga  pode  sempre  ser 
controlada através de uma válvula que existe ou na extremidade da mangueira ou na cabeça 
do extintor. 
 

Esquema do funcionamento de 
extintor de pressão não 
  permanente 

 
 
Localização dos Extintores 
Os  extintores  devem  ser  colocados  em  suportes  de  parede  ou  montados  em  pequenos 
receptáculos, de modo a que o topo do extintor não fique a altura superior a 1,50 m acima do 
solo.  

17
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Os  extintores  devem  estar  em  locais  acessíveis  e  visíveis  em  caso  de  incêndio,  sinalizados 
segundo as normas portuguesas aplicáveis. Devem estar localizados nas áreas de trabalho e ao 
longo dos percursos normais, incluindo as saídas, os acessos aos extintores não devem estar 
obstruídos e estes não devem estar ocultos.  
 
 

 
 
Em  grandes  compartimentos  ou  em  certos  locais,  quando  a  obstrução  visual  não  possa  ser 
evitada, devem existir meios suplementares que indiquem a sua localização. 

                       
 
Os extintores colocados em locais em que possam sofrer danos físicos devem ser protegidos 
em caixas metálicas ou plásticas. 
 
 
14. UTILIZAÇÃO DE EXTINTORES 
 
 
A utilização de um extintor pode ser feita por qualquer pessoa que detecte um incêndio no seu 
inicio.  Para  isso,  é  necessário  conhecer  previamente  o  modo  de  funcionamento  e  utilização 
deste equipamento. 

18
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
É indispensável tomar em consideração as seguintes regras a observar pelos operadores: 
™ Conhecer  a  localização,  tipo  e  modo  de  utilização  dos  extintores  distribuídos  pelas 
instalações; 
™ Ao  detectar  um  foco  de  incêndio,  alertar  meios  suplementares  de  ajuda  (segurança, 
bombeiros, etc.); 
™ Actuar  rapidamente  utilizando  o  extintor  adequado  à  classe  de  fogo.  Sempre  que 
possível,  e  sobretudo  em  interiores,  fazer‐se  acompanhar  por  outras  pessoas;  o  operador 
deverá lembrar‐se que poderá actuar em ambientes envoltos em fumo onde a desorientação e 
perda de consciência são fáceis; 
™ Tentar extinguir o incêndio de acordo com os procedimentos indicados a seguir. 
 
ATENÇÃO
 
 
ƒ A aproximação às chamas tem que ser progressiva.
 
ƒ Avançar tendo a certeza que o incêndio não envolverá
 
o operador pelas costas.
 
ƒ Não permanecer muito tempo exposto ao fumo e
 
gases libertados.
 
 
 
ACTIVAÇÃO DO EXTINTOR 
 
 No acto de utilização de um extintor o primeiro passo será a activação deste, isto é, colocá‐lo 
em condições de funcionamento. Para tal, o operador deve: 
 
Retirar a cavilha de segurança 

     

19
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Premir  o  manipulo  existente  na  válvula  do  extintor  quando  o  comando  está  instalado  na 
referida válvula. 

 
 
 
MODO DE ACTUAR 
 
Ao actuar com um extintor o operador deve ter em consideração que: 
 
Um incêndio ao ar livre deve ser sempre combatido a favor do vento, de modo a que o agente 
extintor seja dirigido no sentido para onde as chamas e fumo estão a ser projectados. Desta 
forma, evitará queimaduras, a inalação de gases e fumo e o desvio do agente extintor. 

 
 
Se por qualquer motivo, combater o incêndio contra o sentido em que o vento sopra, ou em 
locais interiores, proteger‐se com equipamento adequado. 

20
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 
Antes de avançar para o incêndio, deve efectuar‐se um disparo curto do agente extintor para 
comprovar que o extintor se encontra em perfeitas condições. 
 
Avançar até se aproximar do incêndio (3 a 5 metros consoante o tipo e capacidade do extintor) 
e dirigir o jacto do agente extintor para o incêndio, avançando à medida que este vai perdendo 
alcance ou o incêndio se for extinguindo. 

 
 
Se o extintor for de CO2, aproximar‐se o mais perto possível do incêndio. Pela sua natureza o 
CO2 tem pouco alcance e é facilmente desviado pelo vento e correntes de conveção. 

21
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Começar a extinção do incêndio pelo ponto mais próximo de si, projectando o jacto do agente 
extintor de forma a efectuar um corte junto à base das chamas. 

 
 
 
Movimentar  o  jacto  na  horizontal,  fazendo  movimentos  laterais  (varrimento)  de  forma  a 
abranger toda a superfície ou volume da chama. 

     
 
Em incêndios de combustíveis líquidos contidos em recipientes, não incidir o jacto na vertical 
do fogo, pois corre‐se o risco de espalhar o combustível para fora do recipiente. 

22
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
Ao  utilizar‐se  extintores  de  espuma,  deve  fazer‐se  incidir  o  jacto  do  agente  extintor  para  a 
parede  do  interior  do  recipiente,  de  forma  a  que  esta  se  espalhe  uniformemente  pela 
superfície do liquido em combustão. 

 
 
 
Se  o  extintor  for  de  agua  pulverizada,  esta  deve  ser  projectada  por  cima  do  incêndio  em 
movimentos circulares. 

 
 
Se  o  incêndio  se  desenvolver  na  vertical  deve  ser  combatido  iniciando‐se  na  parte  inferior, 
progredindo seguidamente de baixo para cima. 

     
 

23
Andreia Nascimento
Cláudia de Sousa

 
 

 
 
Ao  combater  um  incêndio  em  gases  inflamáveis  em  saída  livre,  o  agente  extintor  deve  ser 
dirigido junto à saída, lateralmente num ângulo de 45º a 90º. 
 

24

Potrebbero piacerti anche