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Rev Bras Otorrinolaringol

2008;74(3):478. RELATO DE CASO


CASE REPORT

Ameloblastoma em Ameloblastoma in the


mandíbula mandible
Marcelo Medeiros1, Gabriela Granja Porto2, Jose
Rodrigues Laureano Filho3, Luís Portela4, Ricardo Palavras-chave: ameloblastoma, cirurgia, doenças
Holanda Vasconcellos5 mandibulares.
Keywords: ameloblastoma, surgery, mandible patology.

INTRODUÇÃO desarticulação do côndilo mandibular do molares. Nos casos que ocorrem na maxila,
mesmo lado, uma vez que o tumor já tinha é também a região posterior a mais afetada,
O ameloblastoma é um tumor de invadido as corticais ósseas, com reconstru- podendo, em sua evolução, comprometer o
tecido do órgão do esmalte, que não sofre ção imediata com placa de reconstrução e seio maxilar e a órbita5.
diferenciação a ponto de formar esmalte, côndilo acoplado. Atualmente, o paciente Há uma tendência de tratar os ame-
benigno e de origem ectodérmica. Apesar encontra-se com 4 anos de proservação sem loblastomas unicísticos por curetagem com
de ser considerado um tumor benigno, seu sinais de recidiva (Figura 1). cerca de 10%15% de recidiva, mas evitando
comportamento clínico pode ser considerado a mutilação do paciente. Na variante sólida
entre benigno e maligno. Crescimento lento, DISCUSSÃO
ou multicística a excisão cirúrgica radical é
mas persistente, e infiltração nos tecidos necessária, com ressecção do osso afetado
Os ameloblastomas são classificados
adjacentes são algumas características deste com pelo menos 15 mm de tecido sadio
em unicísticos, sólidos ou multicísticos, pe-
tumor1,2. como margem de segurança6. A mucosa em
riféricos e subtipos malignos, sendo o sólido
APRESENTAÇÃO DO CASO convencional ou multicístico (86% dos casos), contato com o tumor deve ser toda removida,
unicístico (13% dos casos) e periférico ou pois poderá conter células ameloblásticas
Paciente R.T.B., sexo masculino, com extra-ósseo (cerca de 1% dos casos)3. Este que podem contaminar o enxerto, quando
30 anos de idade, procurou o Departamento tipo de distinção é importante, uma vez da reconstrução1.
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo- que o tratamento de uma lesão unicística É importante salientar a capacidade
Facial queixando-se de aumento de volume pode ser mais conservador, porque apre- do ameloblastoma de desenvolver recidivas
em região de mandíbula, lado esquerdo, senta um comportamento menos agressivo tardias. Devido a seu crescimento lento, es-
que aumentava de tamanho há cerca de 10 e tamanho menor que a variante sólida ou sas recidivas podem levar muitos anos e até
anos. Foi realizada biópsia incisional por multicística4. mesmo décadas da primeira cirurgia1.
acesso intrabucal. O resultado do estudo O ameloblastoma típico começa in-
histopatológico foi ameloblastoma. Para COMENTÁRIOS FINAIS
sidiosamente como uma lesão óssea central
melhor planejamento do acesso à lesão e da que é lentamente destrutiva, mas tende a Conclui-se, então, que a cirurgia ra-
reconstrução da mandíbula após a exérese expandir o osso em vez de perfurá-lo. O dical é o tratamento de escolha na maioria
do tumor foi realizado um modelo através tumor raramente é doloroso, a menos que das vezes. Deve-se salientar que os métodos
da técnica de prototipagem. O tratamento infectado secundariamente, e não produz radiográficos não são capazes de determinar
de escolha foi hemimandibulectomia com com freqüência sinais ou sintomas de com- a extensão exata da moléstia e que o índice
prometimento de nervo, mesmo em tumores de recidiva aproxima-se de 100% quando não
grandes3. tratada adequadamente.
Radiograficamente, os aspectos do
ameloblastoma multicístico mais comum é REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
o de uma lesão multilocular, e muitas vezes, 1. Ferretti C, Polakow C, Coleman H. Recurrent
é descrita como tendo o aspecto de “bolhas Ameloblastoma: Report of 2 Cases. J Oral
de sabão”, quando são loculações grandes e Maxillofac Surg 2000;58:800-4.
quando pequenas, são descritas como “favo 2. AlKhateeb T, Ababneh KT. Ameloblastoma in
de mel”. Freqüentemente, está presente Young Jordanians: A Review of the Clini-
copathologic Features and Treatment of 10
uma expansão cortical lingual e bucal e, é
Cases. J Oral Maxillofac Surg 2003;61:13-8.
comum, a reabsorção das raízes dos dentes 3. Neville BW, Damm DD, Allen CM, et al. Pa-
adjacentes ao tumor. Os ameloblastomas tologia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro:
unicísticos apresentam imagem radiolúcida Guanabara Koogan; 1998.
que circunda a coroa de um dente não- 4. Ord RA, Blanchaert Jr RH, Nikitakis NG, Sauk
erupcionado ou, simplesmente, como áreas JJ. Ameloblastoma in Children. J Oral Ma-
radiotransparentes bem definidas3. xillofac Surg 2002;60:762-70.
A ocorrência do ameloblastoma 5. Zwahlen RA, Vogt P, Fischer FS, Gra¨tz KW.
Case Report: Myocardial Metastasis of a
em relação ao gênero é 1:14,5. A idade em
Maxillary Malignant Ameloblastoma. J Oral
que este tipo de lesão ocorre com maior Maxillofac Surg 2003;61:731-4.
freqüência é a 3ª e 4ª década6. A mandíbula 6. Pizer ME, Page DG, Svirsky JA. ThirteenYear
é cerca de quatro vezes mais acometida Follow-Up of Large Recurrent Unicystic Ame-
Figura 1. Aspectos clínico e radiográfico pré-operatórios, modelo que a maxila6. Cerca de ¾ dos tumores na loblastoma of the Mandible in a 15 Year Old
de prototipagem e aspecto radiográfico pós-operatório. mandíbula são localizados área de ramo e Boy. J Oral Maxillofac Surg 2002;60:211-5.
1
Especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, aluno do curso de mestrado em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial.
2
Especialista, aluna do mestrado em cirurgia BMF FOP-UPE.
3
Doutor em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, professor adjunto em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial da Universidade de Pernambuco.
4
Mestre em engenharia biomédica, professor assistente de implantodontia da Universidade de Pernambuco.
5
Doutor em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, professor adjunto em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial da Universidade de Pernambuco.
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da RBORL em 24 de outubro de 2006. cod. 3470.
Artigo aceito em 5 de novembro de 2006.

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 74 (3) Maio/Junho 2008


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