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Se
já
esteve
em
seus
horizontes
ser
orientada/orientado
por
pesquisadores
do
nível
de
Magda
Soares,
Ataliba
de
Castilho,
Carlos
A.
Faraco,
Pedro
M.
Garcez,
Marta
Pereira-‐Scherre,
Eugenia
Lamoglia-‐Duarte,
Roxane
Rojo,
Rosa
Virgínia
Mattos
e
Silva,
Sirio
Possenti,
Stella
Maris
Bortoni-‐
Ricardo,
L.
A.
Marcuschi
e
outras
e
outros
do
mesmo
calibre,
alegre-‐se:
uma
nova
geração
de
filólogas
e
linguistas
desponta
no
panorama
brasileiro.
A
nova
instituição
é
a
Universidade
V.E.J.A.
de
Linguística
e
Educação,
e
seus
novos
astros,
ou
melhor,
estrelas,
se
chamam
Renata
Betti,
Roberta
de
Abreu
e
Lima
e
Nathalia
Goulart.
Com
elas
você
aprenderá
tudo
o
que
precisa
saber
sobre
sociolinguistica,
português
brasileiro,
ensino
de
língua
e,
quem
sabe,
tantas
outras
áreas
da
ciência
linguística
que
elas
parecem
dominar
tão
bem.
Ao
que
parece,
elas
se
dizem
discípulas
orgulhosas
de
Evanildo
Bechara,
o
gramático
que,
não
por
acaso,
aparece
esta
semana
como
o
entrevistado
do
órgão
principal
de
comunicação
da
Universidade
V.E.J.A.
Elas,
do
alto
de
sua
sapiência
eruditíssima,
têm
todo
o
direito
de
rotular
a
ampla
maioria
dos
linguistas
e
educadores
brasileiros
de
“falsos
intelectuais”.
Sem
dúvida,
baseadas
em
intensas
pesquisas
de
campo
e
em
reflexões
teóricas
poderosas,
elas
não
precisam
ter
o
mínimo
prurido
em
aplicar
tal
rótulo
a
“uma
corrente
de
professores
de
linguística”.
Conscientes
da
estreita
relação
entre
linguagem
e
sociedade,
as
doutas
perguntam:
“Mas
as
autoridades
já
estão
cientes
desse
desastre
e
cuidam
de
reverter
seus
efeitos,
certo?
Errado.
A
ignorância
prospera
sob
a
chancela
oficial”,
e
acusam
o
Ministério
da
Educação
brasileiro
(MEC)
de
colaborar
para
o
mencionado
desastre.
Não
cabe
duvidar,
portanto,
que
as
Sras.
Betti,
Abreu
e
Lima
e
Goulart
conheçam
a
fundo
as
diretrizes
oficiais
de
ensino
que,
no
Brasil,
há
pelos
menos
vinte
anos,
vêm
guiando
os
programas
e
currículos
das
escolas.
Sem
dúvida,
por
modéstia
intelectual,
os
nomes
das
três
Graças
da
Linguística
não
aparecem
nos
créditos
de
tudo
o
que
se
tem
produzido
de
importante
nas
últimas
décadas
nas
áreas
da
linguística
e
da
educação.
De
agora
em
diante,
só
leremos
E.
Bechara
e
suas
pupilas
R.
Betti,
R.
Abreu
e
Lima
e
N.
Goulart.
Nem
mesmo
o
espanhol
Antonio
de
Nebrija
merece
já
o
nosso
respeito.
Afinal,
se
ele
escreveu,
em
1492,
que
“siempre
fue
la
lengua
compañera
del
imperio”,
sem
dúvida
também
era
um
falso
intelectual.
Tanto
quanto,
mais
tarde,
o
Sr.
de
Vaugelas,
na
França,
que
ousou
dizer,
no
século
XVII,
que
a
língua
boa
era
a
falada
pela
parte
mais
sadia
da
Corte.
Em
sua
preciosa
resenha
dos
trabalhos
de
Labov,
a
Sra.
Profa.
Dra.
Nathalia
Goulart
escreve,
lapidarmente:
“utilizada
de
maneira
torta
num
livro
didático
como
Por
Uma
Vida
Melhor,
e
misturada
a
um
blá-‐blá-‐blá
ideológico
sobre
‘preconceito’
e
‘classes
dominantes’,
essa
abordagem
é
nada
menos
que
um
desatino,
propagando
a
ideia
de
que
a
norma
culta
e
a
educação
formal
são
fardos
aos
quais
as
pessoas
devem
ser
curvar
por
imposição
social,
e
não
pelos
benefícios
que
elas
propiciam”.
A
escolha
lexical
da
Dra.
N.
Goulart
deixa
claro
o
seu
pensamento
sobre
a
sociolinguistica:
“A
teoria
sociolinguística
começou
a
se
infiltrar
no
sistema
educacional
brasileiro
a
partir
da
década
de
1980”.
Tal
como
nos
escritos
de
saudosa
memória
da
época
da
Guerra
Fria,
o
verbo
“infiltrar”
aqui
é
empregado
com
precisão
cirúrgica.
Quase
nos
íamos
esquecendo:
também
lançamos
ao
caminhão
do
lixo
(reciclável)
um
perigoso
e
pernicioso
livrinho
assinado
por
Magda
Soares
em
que
ela,
como
boa
falsa
intelectual,
escreveu,
na
década
de
1980:
Quanto
a
“um
certo
Marcos
Bagno”,
que
elas
civicamente
nos
informam
ser
“hoje
o
grande
madraçal
da
ortodoxia
dessa
estupidez”,
usemos
nossas
redes
sociais
para
solicitar
ao
presidente
Obama
que,
tal
como
livrou
o
mundo
(sem
que
o
mundo
pedisse)
do
terrível
Ossama
bin-‐Laden,
faça
o
mesmo
com
esse
“expoente
dos
talibãs
da
linguística
no
Brasil”.
Queremos
vê-‐
lo
devidamente
explodido
e
lançado
na
Baía
de
Guanabara,
sem
direito
a
ritual
funerário
islâmico!
Afinal,
se
foi
ele
(e
não
F.
de
Saussure,
como
nós
ingenuamente
acreditávamos)
quem
inventou
o
“preconceito
linguístico”,
outro
destino
não
merece.
Não,
colegas
brasileiras
e
brasileiros!
Façam
como
nós!
Rasguem
suas
matrículas,
abandonem
suas
faculdades
e
corram
para
beijar
os
pés
dessas
santa
senhoras
que
vieram
nos
salvar
da
ignorância.
Peçam
já
seu
ingresso
na
Universidade
V.E.J.A.
de
Linguística
e
Educação.
Mas
existe
um
pormenor:
ouvimos
dizer
que
para
ser
admitido
lá
é
preciso
saber
de
cor
alguns
discursos
de
Benito
Mussolini.
Como
se
vê,
é
uma
instituição
de
perfil
ideológico
moderado.
Nada
de
inflamações
nazistas
como
as
de
Lars
von
Trier
ou
Galliano.
Vade
retro!