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Os leucócitos, ou glóbulos brancos são células nucleadas produzidas na medula óssea e

encontradas no sangue, com formato esférico, tamanho e volume superiores às


hemácias.

Sua função é proteger o organismo, de maneira imunitária, contra agentes patológicos


causadores de doenças, utilizando para isso a produção de anticorpos.

Essa ação pode ser percebida através do aumento do tamanho de gânglios, sobretudo os
localizados logo abaixo da pele, que revela a existência de infecções. O leucócito não é
como as células normais do corpo, age como um organismo vivo independente e
unicelular, com capacidade de locomoção e de capturar microrganismos por conta
própria.

Em uma pessoa sadia o número oscila entre 5 e 11 mil leucócitos por ml de sangue, já
em uma situação de resposta a processos infecciosos esta quantidade pode triplicar para
poder atacar com eficácia os microrganismos invasores. A secreção amarelada (pus) que
aparece em lesões nos tecidos, tem em sua composição uma grande massa de leucócitos
juntamente a outros resíduos.

Isso acontece porque os leucócitos deixam a circulação sanguínea em direção ao tecido


conjuntivo, que acompanha os capilares, atraídos por quimiotaxia até as substâncias
químicas liberadas pelos microorganismos. Esse fenômeno é conhecido como diapese.

Classificação
Os leucócitos são classificados de acordo com a granulosidade do citoplasma e a
quantidade de lóbulos nucleares. Sendo assim, são divididos em dois grupos:
granulócitos e agranulócitos.

Os granulócitos apresentam grânulos específicos em seu citoplasma e são classificados


em três tipos, conforme a afinidade dos grânulos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
Já os agranulóides podem ser monócitos e linfócitos.

Neutrófilos

São os mais numerosos,cerca de 55 a 65% do total de


leucócitos. As células mais jovens são conhecidas por “neutrófilos em bastonete”,
devido ao núcleo não segmentado em forma de bastonete. Já os neutrólios mais velhos
possuem o núcleo segmentado em lobos, em número que varia de dois a cinco, sendo
denominados “neutrófilos segmentados”.

Os neutrófilos são móveis e fagocitários. São a primeira linha de defesa do organismo,


já que são atraídos pela quimiotaxia até os microorganismos patogênicos, destruindo-os.

Eosinófilos

Com núcleo bilobado e com o citoplasma preenchido por muitos grânulos róseos.
Móveis e fagocitários, atuam nos organismos envolvidos por reações alérgicas. Os
eosinófilos liberam a hidrocortizona, um hormônio que diminui essas reações alérgicas
e a quantidade de eosinófilos no sangue.

Basófilos

Normalmente em pequeno número, cerca de 0,5% do total de leucócitos, possuem um


núcleo irregular em forma de “S”. Os basófilos são móveis e fagocitários, possuem uma
função desconhecida, que acredita-se ser a liberação da heparina no sangue, uma
espécie de coagulante. Isso supostamente estaria ligado a processos alérgicos e
inflamatórios.

Linfócitos
Possuem um núcleo regular e que ocupa quase todo o volume da
célula. Ativamente móveis, circulam sempre através do sangue, pelos linfonodos, baço e
tecido conjuntivo. Sua função é garantir imunidade aos organismos.

Os linfócitos são classificados em “T” e “B”. Os linfócitos T possuem um ciclo de vida


maior, podendo chegar a anos, formando-se na medula óssea e migrando posteriormente
até o timo. Os linfócitos B vivem menos, algumas semanas, e também são formados na
medula óssea e, quando estimulados, migram para o tecido conjuntivo, convertendo-se
em plasmócitos, produtores de anticorpos.

Os linfócitos são responsáveis pelas respostas de base celulares, relacionadas à rejeição


de enxertos. Alguns linfócitos, em contato com um antígeno, passam a fazer parte das
células de memória imunológica.

Monócitos

Células grandes com núcleo na forma de rim ou ferradura. Ativamente móveis, os


monócitos saem da circulação sanguinea para chegar ao tecido conjuntivo, tornando-se
macrófagos. São ativos na fagocitose de microorganismos patogênicos.

http://www.infoescola.com/citologia/leucocitos/

É uma reação caracterizada por reaçãode vasos sanguíneos, levando ao


acúmulo de fluidos e leucócitos com objetivos de destruir, diluir e isolar os agentes
lesivos. Os participantes são parede vascular, células do vaso sanguíneo
(inflamatórias), mastócitos, fibroblastos e macrófagos residentes no tecido
conjuntivo, proteoglicana, fibras colágenas e elásticas e membrana basal. As
alterações inflamatórias se dão por mediadores químicos.
Inflamação aguda
Seus três maiores componentes são: alterações do calibre e fluxo, aumento de
permeabilidade e migração de leucócitos. Os seus sinais cardiais são dor, calor,
rubor e tumor. O aumento da permeabilidade causado pela inflamação permite o
extravazamento de um líquido rico em proteínas para o interstício.Este fato, gera o
acúmulo de líquido no interstício promovendo edema (tumor). Além disso, ocorre
vasodilatação a qual leva ao aumento do fluxo sanguíneo caracterizando o calor e o
rubor.
1. Alterações no calibre e fluxo vascular
Primeiramente ocorre vasoconstricção transitória e, então, vasodilatação provocada
pela liberação de histamina pelos mastócitos, quando estimulados pelo agente
lesivo. O aumento de permeabilidade leva ao edema. Com isso,aumenta a
concentração de células vermelhas dentro do vaso , o que promove o aumento da
viscosidade sanguínea. Como consequência disso,há lentificação da circulação
(estase) e, depois, marginação leucocitária.
As hemácias têm fluxo axial e os leucócitos, fluxo mais marginal. Com a estase, os
leucócitos tendem ainda mais a fazer marginação leucocitária.
2. Permeabilidade vascular aumentada
Ela ocorre por ação da histamina, bradicinina, citocina,etc. Alguns dos seus
resultados são perda de proteínas plamáticas e formação de edema.
Em condições normais temos aumento da pressão hidrostática arterial e da pressão
coloidosmótica venular. Já na inflamação aguda, há aumento da pressão
hidrostática e redução da pressão coloidosmótica. Isso leva à saída de líquidos com
formação de edema. Vale a pena lembrar que a inflamação aguda gera lesão
endotelial por gerar descontinuidadeda parede vascular.
Mecanismos de extravazamento
· Formação de fendas no endotélio pelo mecanismo de contração das
células endoteliais. Ela ocorre principalmente em vênulas e os principais
mediadores são histamina e leucotrienos.
· Reorganização do citoesqueleto levando ao afastamento de células
endoteliais formando fendas (alteração estrutural). Ela ocorre,
principalmente, em vênulas e capilares, é provocada por citocinas e por
hipóxia.
· Lesão direta da célula endotelial promovendo formação de fendas. Ela
caracteriza-se pelo principal mecanismo presente na queimadura.
· Lesão mediada por leucócitos através de seus grânulos lesivos liberados
no endotélio. Ela ocorre em vênulas, capilares glomerulares e
pulmonares. Trata-se de um mecanismo tardio pois depende de
quimiotaxia e atividade leucocitária.
· Transcitose aumentada. Nessa, organelas citoplasmáticas, principalmente
vacúolos citoplamáticos, ficam aglomeradas formando canais que levam
à saída dos proteínas. Tal processo ocorre em vênulas e os mediadores
envolvidos são os fatores de crescimento do endotélio vascular (VEGF)
3. Eventos celulares (migração de leucócitos)
Tais eventos acontecem por alterações do lúmem, diapedese e quimiotaxia. No
lúmem ocorre marginação, rolamento (adesão frouxa), adesão (aderência firme) e,
finalmente, liberação de colagenases que degradam membrana basal quando a
célula inflamatória alcança a região entre endotélio e membrana basal. Através
desses eventos, tais células chegam ao interstício.
Os processos citados anteriormente ocorrem por ação das moléculas de adesão
presentes no leucócito e no entotélio que se encaixam de maneira complementar.
As moléculas de adesão são representadas por quatro famílias:
selectinas(principalmente no endotélio) E, P e L,imunoglobulinas, integrinas e
glicoproteínas.
Selectinas:Ligam-se a moléculas de açúcar. Essas,por sua vez, unem-se a a
ligantes específicos, imunoglobulinas. O aumento de aderência entre leucócito e
endotélio gerado pelas selestinas é importante no fenômeno de rolamento.
Integrinas:Estão presentes, principalmente, nos leucócitos. Com uma ativação
endotelial, libera-se moléculas que aumentam a expressão de integrinas dos
leucócitos. Tais moléculas de adesão promovem aderência maior do leucócito ao
endotélio, fenômeno chamado adesão. Elas ligam-se aos ICAMs e VCAMs, que são
elementos das imunoglobulinas.
PeCAM: molécula de adesão no endotélio e no leucócito. Elas promovem aderência
do leucócito do vaso e sua transmigração.
4. Mecanismos de ação das moléculas de adesão
· Redistribuição da molécula das moléculas de adesão (P-selectinas)
· Produz estímulo inflamatório o qual induz produção de citocinas.Essas
induzem a formação de mais moléculas de adesão
· O estímulo inflamatório gerado por elas induzem a alteração de sua
forma, aumentando mais sua avidez pela célula endotelial.
5. Quimiotaxia
Trata-se de locomoção orientada ao longo do gradiente químico.Existem
quimiotaxinas endógenas e exógenas. As endógenas são representadas por
componentes do sistema complemento (C3a, C5a), metabólitos do ácido
araquidônico (eicosanóides) e citocinas produzidas pos macrófagos e leucócitos e
que agem nos leucócitos. As principais quimiotaxinas exógenas são produtos
bacterianos.
6. Mecanismos de ação da quimiotaxia
Ela ocorre através da ligação do estímulo quimiotático a receptores específicos dos
leucócitos. No citoplasma do neutrófilo temos filamentos de actina e miosina. O
cálcio promove polimerização da actina e da miosina provocando,assim, emissão de
pseudópodes. Ao mesmo tempo, na outra extremidade da célula, há
despolimerização. Esses dois fatores associados levam à locomoção. A posição do
neutrófilo depende do padrão de receptor de membrana e da concentração de
quimiocina presente no meio.
Quando o neutrófilo chega no local da lesão, ocorre a ativação leucocitária a qual se
dá por:
· Produção de metabólitos do ácido araquidônico
· Degranulação e secreção de enzimas lisossômicas
· Atividade da explosão oxidativa (pos radicais livres)
· Modulação de moléculas de adesão
· Potenciação ("priming"): Este acontece quando há um mediador que não é
capaz de gerar reposta pela célula. Então, um outro mediador faz com
que a célula responda àquele mediador inicial.Isto ocorre por soma de
efeitos.
7. Fagocitose (mecanismos)
A) Reconhecimento do agente lesivo pelo leucócito através das
opsoninas pelo fênomeno da opsonização,ou seja,
facilitação da fagocitose. Como exemplo de opsonimas
temos C3 e Fc de IgG, as quais têm receptores
correspondentes na superfície do leucócito.
B) Ligação do agente lesivo à célula
C) Formação de prolongamentos citoplasmáticos em torno do
agente lesivo, fenômeno conhecido como engolfamento
D) Formação do fagolisossoma
E) Morte da partícula
A inflamação é potencialmente danosa para o organismo se o lisossoma degranular
seus componentes fora do fagossoma.A morte dos agentes lesivos se dá
principalmente por ação de radicais livres e dentre eles, o superóxido é o mais
importante. Em condições normais não há formação de radicais livres pois não
ocorre encontro de componentes citoplasmáticos e de membrana.
O sistema mieloperoxidase com a ajuda do cloro e do peróxido de hidrogênio é o
principal componente na morte dos agentes lesivos. A morte do microorganismo e
lesão tecidual dá-se, além de pelo radical livre, por enzimas lisossomais e
metabólitos do ácido araquidônico. Os modos de liberação de enzimas para o
extracelular são representados por regurgitação (engolfamento incompleto),
fagocitose frustrada (ocorre em superfícies lisas), fagocitose de superfície (onde o
leucócito empurra a partícula contra uma superfície dificultando a formação do
fagolisossoma), liberação citotóxica (nela ocorre morte do leucócito junto com a
partícula liberando enzimas lisossomais) e exocitose.
8. Mediadores químicos
Eles originam-se no plasma oe de células, ligam-se a receptores específicos na
célula alvo e podem estimular a liberação de outros mediadores. Eles, também,
possuem vida curta, têm efeitos em um ou diversos alvos ou ainda, efeitos
diferentes em células,tambem, diferentes e, finalmente, tem potencial de causar
efeitos danosos.
Grupos:
1. Aminas vaso-ativas
Elas estão em estoques pré-formados. As mais importantes são histamina e
serotonina.
A histamina encontra-se em mastócitos e é liberada na fase imediata ou inicial da
inflamação provocando vasodilatação e aumento de permeabilidade. Já a
serotonina encontra-se no interior de plaquetas e promove aumento da
permeabilidade.
2. Proteases plasmáticas
Estas são compostas pos componentes do sistema complemento, sistema cinina
e do sistema de coagulação.
Como exemplo dos componentes do sistema complemento temos C3a e C5a.
Suas principais ações são aumento de permeabilidade, vasodilatação, estímulo de
produção de metabólitos do ácido araquidônico, adesão leucocitária, quimiotaxia e
opsonização.
O sistema cinina é composto, basicamente, pela bradicinina. Suas ações
principais são aumento de permeabilidade, contração de musculo liso,
vasodilatação e produção de dor.
Um outro sistema de protease plasmática relacionado corresponde ao sistema
de coagulação. Este é ativado a partir do fator de Hagemam (XII). Como alguns
dos participantes desse sistema temos a trombina e o fator Xa. A trombina leva à
formação de fibrinopeptídeos cujas funções são aumento de permeabilidade
vascular, quimiotaxia, adesão leucocitária e proliferação fibroblástica. Por outro
lado, o fator Xa promove além de aumento de permeabilidade, exsudação
leucocitária.
Finalmente, o último sistema de protease plasmática relacionado é o sistema
fibrinolítico cujo principal componente é a plasmina. Essa lisa coágulos de fibrina e
cliva C3. Os produtos da degradação da fibrina aumentam a permeabilidade
vascular. Uma outra função é a ativação do fator XII.
3.Metabólitos do ácido araquidônico (eicosanóides)
O ácido araquidônico (AA) é um ácido graxo presente de forma esterificada nas
membranas das células. Os eicosanóides são produzidos pelas vias da
ciclooxigenase e lipoxigenase que, são sistema enzimáticos. Estas vias são capazes
de degradar o ácido araquidônico formando diferentes agentes que são importantes
mediadores químicos. Os produtos da via lipoxigenase são os leucotrienos enquanto
que os da via ciclooxigenase são prostaglandinas e tromboxano A2. As
prostaglandinas provocam vasodilatação, inibição de agregação plaquetária e dor.
O tromboxano A2 tem como funções vasoconstricção e promoção da agragação
plaquetária.
4.Fator ativador plaquetário (PAF)
Trata-se de um fosfolipídeo derivado de membrana de plaquetas, basófilos,
mastócitos, macrofagos e células endoteliais. Os principais efeitos são:
· Ativação e agregação plaquetária
· Vasoconstricção e broncoconstricção quando em altas concentrações
· Vasodilatação e aumento da permeabilidade quando em baixas
concentrações
· Adesão leucocitária
· Quimiotaxia
· Degranulação
· Explosão oxidativa
5.Quimiocinas e citocinas
São proteínas produzidas por linfócitos, macrófagos, endotélio, células epiteliais
e do tecido conjuntivo. Seus nomes são dados de acordo com a célula produtora.
Por exemplo, citocina produzida por monócitos chamam monocinas e assim por
diante.
Elas são diviidas basicamente em 5 classes funcionais:
· Citocinas que regulam função leucocitária
· Citocinas envolvidas na imunidade natural
· Citocinas que ativam células inflamatórias
· Quimiocinas
· Citocinas que estimulam a hematopoiese.
Na inflamação, que é o que mais nos interessa nesta seção, as citocinas mais
importantes são fator de necrose tumoral e interleucina 1. Suas ações são
vasodilatação e reações de fase aguda, ou seja, alterações sistêmicas da
inflamação como febre, sudorese, anorexia, perda de pesada etc.
6.Óxido nítrico (NO)
Trata-se de um gás solúvel produzido por células endoteliais, macrófagos e
neurônios específicos. Ele tem ação parácrina, ou seja, age em células próximas ao
local de sua produção. Além disso, o NO possui vida média curta e relaciona-se à
enzima NO-sintetase, que está presente em células endoteliais e em macrófagos.
Um estímulo inflamatório induz produção e liberação de tal enzima pela célula. A
consequência disso é a liberação de NO.
Suas ações principais referem-se ao relaxamento do endotélio (vasodilatação) e
degradação de microorganismos.
7.Radicais livres do Oxigênio
Eles são produzidos por neutrófilos quando existem os seguintes estímulos:
exposição a agentes quimiotáticos, imunocomplexos e ação de macrófagos. Seus
principais representantes são superóxido, peróxido de hidrogênio e anion hidroxila.
Pequenos níveis de radicais livres aumentam a expressão da quimiocina, da
citocina e de moléculas de adesão. Por outro lado, altos níveis provocam dano
epitelial, ativação de proteases e lesão de outros tipos de células causando lesão
tissular.
8.Constituintes lisossomais dos leucócitos
Eles correspondem aos grânulos específicos e azurófilos e causam degradação
de bactérias e debris, potenciação dos efeitos inflamatórios (por se tratarem de
proteases) e lesão tecidual.
9.Neuropeptídeos
Eles têm ação inicial. Seu principal representante é a substância P. Suas ações
são: aumento da permeabilidade vascular, transmissão dos sinais de dor, junto
com a bradicinina, regulação da pressão sanguínea e estímulo da atividade
secretória de células endoteliais e imunológicas, acarretando suas ações
características.

http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/1250/inflamacao

O sistema imune adaptativo também chamado de sistema imune adquirido é a


imunidade que um indivíduo recebe após ter tido contato com certo agente invasor.

[editar] Tipos de imunidade adquirida


A imunidade adquirida refere-se à proteção que um organismo desenvolve contra
certos tipos de micróbios ou substâncias estranhas. A imunidade adquirida é
desenvolvida durante toda a vida de um indivíduo, podendo esta imunidade ser ativa ou
passiva. Ambas podem ser adquiridas de forma natural ou artificial.

A imunidade adquirida ativa ocorre quando a pessoa é exposta a microorganismos ou


substâncias estranhas e o sistema imunológico responde.

Já a passiva ocorre quando os agentes patogénicos são transferidos de uma pessoa para
outra. Vale a pena ressaltar que esta imunidade dura somente enquanto os anticorpos
estão presentes (na maioria dos casos, algumas semanas ou meses).

O nosso sistema imune possui células de memória que se lembram do contato com
determinado invasor e adquire mecanismos de defesa contra ele nos possíveis contatos
posteriores. Essas reações serão mais rápidas e eficiente. É o princípio das vacinas.
Existem reforços para a diminuição da ação dessas células de memória.

[editar] Características da Resposta Imunológica -


Sistema Imune Adaptativo
Específica

Memória

Autolimitação

Distinção entre próprio x não próprio

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imune_adaptativo

Na presença de moléculas, partículas ou micro-organismos estranhos ao corpo (antígenos),


uma classe de glóbulos brancos, denominados linfócitos, é responsável por atuar contra a
ação desses.

Neste caso, os chamados linfócitos T auxiliadores (CD4) se ligam ao antígeno, permitindo que
o agente infeccioso não se espalhe pelo organismo. Além disso, os CD4 ativam dois grupos
de linfócitos: os T matadores (CD8) e os B (plasmócitos), enviando informações relacionadas
à forma e constituição do elemento estranho para que estes o combatam de forma eficaz;
sendo os primeiros responsáveis pela destruição das células infectadas do corpo.
São dos plasmócitos que originam os anticorpos, por meio de processos de ativação e
diferenciação. Estes, também chamados de imunoglobulinas, são substâncias de natureza
proteica que também se ligam aos antígenos, inativando-os e facilitando sua destruição.
Antígeno e anticorpo possuem uma relação de especificidade, ou seja: anticorpos específicos
reconhecem as particularidades de determinados corpos estranhos, atuando de forma a
neutralizar e combater seus efeitos.

Alguns linfócitos se diferenciarão nas chamadas células de memória, imunizando o


organismo em caso de uma nova invasão de determinados antígenos. É baseado neste
princípio que as vacinas atuam. Utilizando, geralmente, antígenos isolados de organismos
causadores de doenças, ao ser injetada a vacina, esta provoca uma resposta imunitária no
organismo, produzindo tais células. Assim, doenças como o sarampo, podem ser prevenidas.

Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulina, são proteínas com ligações de um ou mais
açúcares de características sintetizadas que são expelidas pelas células plasmáticas. Possuem uma
forma estrutural em Y composta por quatro cadeias polipeptídicas.

Sua função é realizar a defesa do organismo a partir da inibição de toxinas, impedimento de multiplicação
de microorganismos e destruição de antígenos. A reação dos anticorpos se inicia ainda no período intra-
uterino quando copiam as seqüências dos aminoácidos produzidos pelo feto e as armazena.

Ao detectar um antígeno, ou seja, uma substância que o sistema imunológico não reconhece, os
anticorpos trabalham para eliminá-lo através da fixação do complemento, opsionização, desgranulação
dos mastócitos, aglutinação, neutralização da substância e outros.

São classificados em:

IgM: Proteína encontrada nos linfócitos B.

IgA: Proteína dominante encontrada na saliva, lágrima, leite, mucosas do trato respiratório,
gastrointestinal e genitourinário cuja função é proteger o organismo contra vírus e bactérias.

IgG: A única proteína que passa pela placenta. Compõe 80% dos anticorpos do organismo sendo
encontrada em circulação no sangue.

IgE: Proteína de baixa concentração presente nas membranas dos basófilos e mastócitos. Desencadeia
processos alérgicos quando é encontrado em altos níveis.

IgD: Proteína receptora de antígeno encontrada na superfície dos linfócitos.

http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/anticorpos.htm

http://www.brasilescola.com/biologia/anticorpos.htm
Sistema complemento

Esquema demonstrando as vias clássica e alternativa

O Sistema Complemento é composto por proteínas de membrana plasmática e solúveis


no sangue e participam das defesas inatas (natural)e adquiridas( memória). Essas
proteínas reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série de
respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do
complemento são proteases que se auto-ativam por clivagem proteolítica [4].

Introdução e Conceito
Às vezes a interacção dos anticorpos com antígenos é eficiente por si só. Por exemplo:

• Revestindo um vírus ou bactéria prevenindo assim a sua ligação – e invasão – a


uma célula hospedeira (anticorpos antipólio)

• Ligando-se a uma toxina (toxina da difteria ou tétano) impedindo assim a


entrada da toxina na célula - neutralizando a toxina.

Mas, muitas vezes, a ligação de anticorpos a antigénios não produz função útil a menos
que ela possa activar um mecanismo efectivo, seja ele celular ou humoral. O sistema
complemento participa nestas funções efectoras.

Denomina-se complemento um complexo sistema multiprotéico com mais de 30


componentes, na sua maioria proteínas plasmáticas, cujas funções principais são a
defesa frente às infecções por microorganismos, a eliminação da circulação dos
complexos antigénio-anticorpo e alguns dos seus fragmentos actuam como mediadores
inflamatórios.
O complemento é um dos mecanismos efectores mais importantes da resposta imune
inata. Quando um microorganismo penetra no organismo, normalmente provoca a
activação do complemento. Como resultado da sua activação e amplificação, alguns
componentes do complemento depositam-se sobre a superfície do patogénico
responsável pela activação, o que determina a sua destruição (lise) e/ou a sua eliminação
por células do sistema fagocítico.

Para que o sistema complemento expresse a sua atividade é necessária a sua ativação
prévia. As actividades mais importantes de defesa do hospedeiro são efectuadas por C3
e C5, estruturalmente semelhantes. A clivagem de tais proteínas é feita por proteases
altamente específicas, as convertases. Existem três C3 convertases (C4b2a, C3(H20)Bb,
C3bBb) e duas C5 convertases (C4b2a3b, C3bBb3b), organizadas durante a activação
das três vias do complemento, denominadas vias: clássica, da lectina, e alternativa.

Via clássica
Nessa via a montagem e a organização das convertases são habitualmente iniciadas por
anticorpos da classe IgG ou IgM formando complexos com o antígeno. Várias outras
substâncias, tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR), determinados vírus e
bactérias Gram-negativas, também podem ativar esta via. Os ativadores são
reconhecidos por C1q, uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação ativa C1r
que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s ativado cliva C4, resultando na fixação
covalente do seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador. O componente C2
liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois fragmentos (este processo necessita da
intervenção de Ca2+ o Mg2+), dos quais C2a permanece ligado a C4b, completando a
montagem do complexo C4b2a, que é a C3 convertase da via clássica. Esta cliva C3
resultando na ligação de C3b à superfície do ativador e na ligação posterior de C3b à
subunidade C4b2a, formando a C4b2a3b que é C5 convertase da via clássica..P

Via da Lectina
A via da lectina utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a cascata do
complemento, a lectina ligadora de manose (MBL). A MBL liga-se a resíduos de
manose e outros açúcares, organizados em um padrão, que recobrem superficialmente
muitos patógenos. A lectina ligadora de manose é uma molécula formada por duas a
seis cabeças, semelhante a C1q, que formam um complexo com duas serina proteases a
MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo
MBL liga-se à superfície de um patógeno, MASP-2 é ativada para clivar C4, em C4a e
C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a C3 convertase da via da lectina - C4b2b. O papel
de MASP-1 ainda não está bem claro na ativação do complemento.

As pessoas deficientes em MBL têm maior suscetibilidade a infecções na infância, o


que mostra a importância da via da lectina na defesa do hospedeiro [4].

Via Alternativa
Esta via foi denominada alternativa por razões históricas, por ter sido descoberta após a
via clássica. A ativação desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea tiol-éster
localizada na cadeia alfa do componente C3, gerando o C3(H20).Esta molécula exibe
sítios reativos que permite a ligação de uma proteína plasmática, fator B (fB), formando
o complexo C3(H2O)B. O fB então é clivado por uma enzima denominada fator D
(fD). Esta clivagem origina 2 fragmentos Ba e Bb. O fragmento Bb fica ligado a
C3(H2O), gerando o C3(H2O)Bb, que na presença de íons Mg++, tem atividade serino-
protease, clivando o C3 em C3a e C3b. Assim como o C3(H2O), C3b também apresenta
sítio de ligação com o fB. Formando o complexo C3bBb, após clivagem do fB em fBb
e fBa pelo fD. O C3bBb atua então como C3 convertase, clivando mais moléculas de
C3, formando C3bBb3b que cliva C5 em C5a e C5b. O fragmento C5b permanece
ligado ao complexo e os outros componentes (C6,C7, C8 e C9)se ligam para a formação
MAC.

Complexo de Ataque à Membrana (MAC)


A clivagem de C5 pela C5-convertase produz C5a, que é lançado nas vizinhanças do
plasma onde é uma potente anafilatoxina (como C3a) e uma agente quimiotático para
neutrófilos; C5b, que serve como uma âncora para a formação de uma única estrutura
composta por C6, C7 e C8.

O complexo resultante C5b-6-7-8 guia a polimerização de até 18 moléculas de C9 em


um tubo inserido na bicamada lipídica da membrana plasmática. Esse tubo forma um
canal permitindo a passagem de íons e pequenas moléculas. Água entra na célula por
osmose e a célula sofre lise.

Controle da Ativação do Complemento


A multiplicidade e a potência das atividades biológicas geradas quando o complemento
é ativado, e, em particular, a capacidade do complemento de mediar as reações
inflamatórias agudas e de produzir lesões letais nas membranas celulares constituem
uma ameaça não apenas para os patógenos invasores mas também às células e aos
tecidos do hospedeiro. Esse potencial de autolesão da ativação do complemento é
normalmente mantido sob controle efetivo por diversos inibidores e inativadores que
atuam em pontos de amplificação enzimática, bem como em nível das moléculas
efetoras.

O C1 INH liga-se aos C1r, C1s, MASP-1 e MASP-2 ativados e os inibem, regulando
assim a ativação da via clássica, bem como da via da lectina. Diversas proteínas no
plasma e associadas à membrana, tais como C4bp, H, DAF, MCP e CR1, controlam a
taxa de formação e a atividade das convertases do complemento. Algumas dessas
proteínas atuam como co-fatores obrigatórios para a enzima proteolítica I, que cliva C4b
e C3b em fragmentos menores. Duas proteínas séricas, a proteína S, também
denominada vitronectina, e SP 40/40, bem como uma proteína associada a células,
CD59, inibem a formação do MAC. Por fim, a C3a/C5a INA, uma carboxipeptidase,
inativa as anafilatoxinas do complemento. Em seu conjunto, as proteínas de controle do
complemento realizam duas funções importantes: asseguram que a ativação do
complemento seja proporcional à concentração e à duração da presença dos ativadores
do complemento e protegem as células do hospedeiro contra o potencial deletério dos
produtos de ativação do complemento

Deficiências do Complemento
Já foram descritos casos déficits do complemento para quase todos os componentes
desse sistema. Normalmente esses indivíduos sofrem infecções freqüentes e/ou
enfermidades associadas a imunocomplexos. O déficit se transmite com caráter
autossômico recessivo. Os indivíduos heterozigóticos são fáceis de identificar porque
seu soro contém aproximadamente metade dos níveis normais do componente em
questão. A única exceção a este modelo é o déficit de C1-Inh, que é herdado por um
modelo autossômico dominante. Em geral, a situação clínica dos pacientes com déficits
genéticos do complemento reflete o papel biológico e a importância de seus distintos
componentes in vivo. Surpreendentemente, alguns indivíduos toleram os déficits de
complemento muito melhor que outros.

A via clássica é necessária para manter os imunocomplexos em solução e facilitar sua


eliminação. Disto, a manifestação mais comum nos déficits dos componentes da via
clássica é a presença de enfermidades associadas a imunocomplexos. A importância da
via alternativa como mecanismo de defesa inespecífico do organismo contra a infecção
por microorganismos reflete o caráter excepcional do déficit destes componentes. Não
existe nenhum indivíduo com déficit de fator B e só se conhece um com déficit parcial
de fator D (FARRERAS). O déficit de properdina é herdado de forma recessiva ao
cromossomo X, só ocorrendo em homens. Sua maior aplicação clínica consiste nas
infecções freqüentes.

O déficit na fase lítica provoca infecções recorrentes por Neisseria, seguramente pela
capacidade deste microorganismo sobreviver ao sistema imune como parasita
intracelular em macrófagos.

O déficit dos componentes reguladores é raro e leva ao consumo dos componentes do


complemento. No déficit que determina o consumo de C3 os pacientes sofrem infecções
bacterianas repetidas por ausência de opsonização.

Existem duas situações patológicas, a glomerulonefrite mesangiocapilar e a lipodistrofia


parcial, nas quais existe uma grande estabilização das C3-convertases, devido a
produção de anticorpos frente aos componentes ativados dessas convertases. Tais
autoanticorpos ou fatores nefríticos só podem ser da classe IgG. A estabilização das C3-
convertases produzem um consumo continuado de C3, pelo que estes pacientes
possuem níveis muito baixos desse componente.

Tabela sobre Deficiências do Complemento

Componente Sintomatologia
Via Clássica
C1q Enfermidades por imunocomplexos, infecções repetidas
C1r LES, glomerulonefrite, infecções repetidas
C1s LES (Lúpus eritematoso sistemático)
C4a Enfermidades por imunocomplexos, infecções repetidas
C4b Infecções repetidas
C2 LES. Mais de 90% assintomático
Via Alternativa
Fator D Infecções repetidas das vias respiratórias
Properdina Meningite
C3 Infecções repetidas, enfermidades por imunocomplexos
Fase Lítica
C5 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C6 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C7 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C8 Infecções repetidas por Neisseria, LES
C9 Assintomático
Reguladores
C1-inibidor Angioedema hereditário. LES. Níveis baixos de C2 e C4
Fator I Infecções repetidas. Valores baixos de C3 e fator B
Fator H Meningite
CR1 Não-genético. Problemas associados a imunocomplexos
CR3 Infecções repetidas. Déficit de LFA-1 e gp150,95
DAF Não-genético. Hemoglobinúria paroxística noturna

Imagens adicionais

Clássica

Alternativa

Clássica

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