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N2 N 2–
d) Carácter magnético
Universidade Aberta
Química Geral – 607
http://www.univ-ab.pt/disciplinas/dcet/qg607/
Q.5. Usando a Teoria das Orbitais Moleculares preveja os valores relativos das
+ +
distâncias internucleares nas seguintes espécies: H2 H2 He2
I σ 12sσ 1*s2 σ 22sσ 2*2s σ 22 pxπ 22 pyπ 22 pzπ 2*0pyπ 2*0pzσ 2*0px
II σ 12sσ 1*s2 σ 22sσ 2*2s σ 22 pxπ 22 pyπ 22 pzπ 2*1pyπ 2*0pzσ 2*0px
III σ 12sσ 1*s2 σ 22sσ 2*2s σ 22 pxπ 22 pyπ 22 pzπ 2*2pyπ 2*1pzσ 2*0px
IV σ 12sσ 1*s2 σ 22sσ 2*2s σ 22 pxπ 22 pyπ 22 pzπ 2*1pyπ 2*1pzσ 2*0px
V σ 12sσ 1*s2 σ 22sσ 2*2s σ 22 pxπ 22 pyπ 22 pzπ 2*1pyπ 2*0pzσ 2*1px
RESPOSTAS
Q.1. A estabilidade de uma substância é medida pela sua ordem de ligação, e será
tanto mais estável quanto maior for a ordem de ligação. É portanto necessário
calcular a ordem de ligação para estas espécies:
σ ∗2s
2s 2s
σ 2s
σ ∗1s
1s 1s
σ 1s
σ ∗2s
2s 2s
σ 2s
σ ∗1s
1s 1s
σ 1s
8−5 3
ordem de ligação = = 1,5 , ou seja é uma ligação mais fraca do que as das
2 2
moléculas anteriores. A distribuição electrónica da molécula será:
σ ∗2s
2s 2s
σ 2s
σ ∗1s
1s 1s
σ 1s
5 e– V. + 5 e– V. = 10 e– V.
2*
4 O.M.A.L. c/ 2 e– V. ⇒ σ 2s
4 O.A.V. + 4 O.A.V. = 8 O.M.V.
2
2
4 O.M.L. c/ 8 e– V. ⇒ σ 2s σ 2p π y2 π z2
2* 1*
4 O.M.A.L. c/ 3 e– V. ⇒ σ 2s πy
4 O.A.V. + 4 O.A.V. = 8 O.M.V.
2
2
4 O.M.L. c/ 8 e– V. ⇒ σ 2s σ 2p π y2 π z2
Do ponto de vista energético sabemos que uma molécula é tanto mais estável
quanto maior for a sua ordem de ligação. Com base na distribuição electrónica
anteriormente efectuada podemos calcular a ordem de ligação para cada uma das
espécies.
8–2
Para N 2 : O.L. = =3
2
8–3
Para N 2– : O.L. = = 2,5
2
Conclui-se então que a molécula de azoto, N2, é, do ponto de vista energético, mais
estável uma vez que apresenta uma ordem de ligação superior.
4 e– V. + 6 e– V. = 10 e– V.
4 O.M.A.L. c/ 2 e– V. ⇒ σ 22s*
4 O.A.V. + 4 O.A.V. = 8 O.M.V
2
4 O.M.L. c/ 8 e– V. ⇒ σ 22s σ 2p π y2 π z2
Q.4.
a) A estabilidade de uma substância é medida pela sua ordem de ligação e será
tanto mais estável quanto maior for a ordem de ligação. É portanto necessário
calcular a ordem de ligação para estas espécies. Comecemos por representar a
configuração electrónica do átomo de oxigénio:
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b) A energia de ligação será tanto maior quanto maior for a ordem de ligação, ou
seja, quanto mais estável for a molécula. Assim, terá maior energia de ligação o ião
O2+ .
Q.5. A ligação química numa molécula será tanto mais forte quanto menor for a
distância internuclear, ou seja, quanto maior for a ordem de ligação. Assim, é
+ +
necessário calcular a ordem de ligação para as várias espécies: H2 e H2 e He2 . A
ordem de ligação é calculada por:
nº e– ligantes – nº e– antiligantes
ordem de ligação =
2
H H2 H
σ∗1s
1ss 1s
σ1s
2−0
Para esta molécula a ordem de ligação será: OL = = 1 ⇒ ligação simples
2
+ +
H2 - A molécula de H2 é em tudo idêntica excepto que tem apenas um electrão para
distribuir pelas orbitais moleculares; de acordo com as regras de preenchimento
este electrão vai ocupar a orbital molecular ligante (de mais baixa energia),
ficando a orbital molecular antiligante vazia.
1− 0
A ordem de ligação será: OL = = 0 .5
2
+ +
He2 - A molécula de He2 é constituída por dois átomos de He e consequentemente o
preenchimento das orbitais moleculares é dado por:
He He2+ He
σ∗1s
1s 1s
σ1s
2 −1
Para esta molécula a ordem de ligação será: OL = = 0 .5
2
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Assim, e de acordo com as ordens de ligação encontradas uma previsão por ordem
+ +
crescente dos valores das distâncias internucleares será: H2 < H2 ≈ He2
Q.6.
a) A afirmação é verdadeira uma vez que uma espécie diamagnética é aquela que
não apresenta electrões desemparelhados. De acordo com a representação
todos os electrões estão emparelhados.
e – ligantes – e – antiligantes
b) A ordem de ligação é dada por: O.L. = . De
2
10 – 7
acordo com a representação III a ordem de ligação é: O.L. = = 1,5
2
c) Uma configuração está no estado fundamental ou de menor energia se se
verificarem as regras de preenchimento electrónico, ou seja, são preenchidos
primeiro os níveis de mais baixa energia. A referida configuração apresenta o
nível σ 2*1px (de maior energia) preenchido antes do nível π 2*0pz (de menor energia),
o que significa que não está no estado fundamental.
e) Os electrões não ligantes são aqueles que não contribuem para a ligação e neste
caso são 10 se considerar a configuração total (orbitais do 1º nível) ou 6 se
considerar apenas a configuração de valência (orbitais do 2º nível).
Q.7.
BF3:
B
F F
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PF3:
P
H H
H
Q.8. Comecemos por representar a configuração electrónica dos vários átomos que
constituem a molécula:
C – 1s 2 2 s 2 2 p 2
H – 1s1
O – 1s 2 2 s 2 2 p2y 2 p1x 2 p1z
σ π
σ
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2s 2p
2s 2p
Orbitais puras p
Orbitais híbridas sp
σ σ σ
1) por coalescência directa entre as orbitais híbridas sp dos dois átomos de carbono
o que origina uma ligação σ;
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Verifica-se que uma das orbitais p de valência do carbono está vazia, pelo que um
electrão da orbital 2s pode ser facilmente promovido para a orbital 2p vazia e passa a
ter a seguinte configuração de estado excitado:
2 1 1 1 1
C: 1s 2s 2p 2p 2p o que lhe permite formar 4 ligações.
Tratando-se de uma molécula linear, o átomo de carbono sofre uma hibridação sp,
2 1 1 1 1
passando a sua configuração electrónica a ser: 1s (sp) (sp) 2p 2p
e as orbitais de valência do átomo de carbono podem representar-se da seguinte
forma:
X
sp
sp
2 2 2 1 1
Cada átomo de oxigénio tem a seguinte configuração: 1s 2s 2p 2p 2p , ou seja, 6
electrões de valência; a configuração das orbitais p pode ser representada por:
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Entre o átomo de carbono e cada átomo de oxigénio forma-se uma ligação σ por
coalescência de topo, entre a orbital híbrida (sp) do carbono e a orbital px do oxigénio
(eixo internuclear coincide com o eixo das orbitais) e uma ligação π por coalescência
lateral (eixos paralelos) entre as orbitais p semipreenchidas do carbono e do oxigénio.
π π
p
p σ sp sp
σ
ou seja, existem 2 electrões que não participam na ligação e portanto esta molécula é
do tipo AX3E a que corresponde uma geometria pirâmide trigonal, com ângulos
inferiores a 109°, o que indica uma hibridação sp3. A configuração electrónica
hibridada é representada por:
N: 1s2 2(sp3)2 2(sp3)1 2(sp3)1 2(sp3)1
E as ligações do tipo σ são obtidas por coalescência de topo entre as orbitais híbridas
sp3 do azoto, (semi-preenchidas) e as orbitais 1s do hidrogénio:
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Q.12. A geometria adoptada por uma molécula é a que torna essa molécula mais
estável, ou seja, a que minimiza a sua energia. Nesta minimização há vários factores
em jogo, sendo o mais importante a minimização da repulsão entre os pares
electrónicos na camada de valência de cada átomo que forme ligações a dois ou mais
átomos.
Assim, começa-se por fazer a contagem do número de pares electrónicos da
camada de valência do átomo central. Os pares electrónicos da camada de valência
do átomo central, quer sejam ou não usados nas ligações, vão dispor-se no espaço o
mais afastado possível uns dos outros por forma a minimizar as repulsões entre si.
Sabendo a distribuição espacial dos pares electrónicos da camada de valência do
elemento central, é fácil deduzir a sua geometria. As moléculas são então
classificadas de acordo com a designação geral AXnEm , onde n é o número de pares
electrónicos usados na ligação e m é o número de pares electrónicos do átomo
central, não usados na ligação.
BeH2
O átomo central é Be, cuja distribuição electrónica é dada por: 1s22s2 ; há dois pares
electrónicos na camada de valência e ambos servem para estabelecer ligações aos
átomos de hidrogénio. A distribuição mais favorável destes pares é através de um
ângulo de 180°, ou seja a molécula terá uma geometria linear, do tipo AX2:
H Be H
H2O
O átomo central é O, cuja distribuição electrónica é dada por: 1s22s22p4 ; há quatro
pares electrónicos na camada de valência mas apenas dois são usados nas ligações
com o hidrogénio (dois pares não são usados nas ligações). Esta molécula é do tipo
AX2E2, sendo a distribuição mais favorável em forma de tetraedro (ângulo inferior a
109°) e a geometria prevista é a angular ou em forma de V:
O
H H
Q.13.
BeH2
Com base na resposta anterior, esta é uma molécula de geometria linear, sendo
as configurações electrónicas no estado fundamental:
1
H: 1s
2 2
Be: 1s 2s
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Verifica-se que as orbitais p de valência do berílio estão vazias, pelo que um electrão
da orbital 2s pode ser facilmente promovido para uma orbital 2p e passa a ter a
seguinte configuração de estado excitado:
2 1 1 0 0
B: 1s 2s 2p 2p 2p
p
sp sp
Cada uma das ligações é formada por coalescência directa de uma orbital híbrida sp
semipreenchida do berílio com a orbital 1s de cada um dos átomos de hidrogénio, ou
seja, ligações σ.
H H
1s
B 1s
sp e
sp
H2O
Configurações electrónicas no estado fundamental:
1
H: 1s
2 2 2 1 1
O: 1s 2s 2p 2p 2p
Cada uma das ligações é formada por coalescência directa de uma orbital híbrida sp3
semipreenchida do oxigénio com a orbital 1s de cada um dos átomos de hidrogénio,
ou seja, ligações σ.