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O que é crowdsourcing?

Explicação e exemplos

Crowdsourcing é um modelo de criação e/ou produção, que conta com a


mão-de-obra e conhecimento coletivos, para desenvolver soluções e criar
produtos.
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Até meados desta década, a moda era o outsourcing. As empresas se
perguntavam “para que vou ter o trabalho de fazer algo que outra
empresa faz melhor e mais barato?” e então contratavam essas empresas.
Inúmeras empresas de outsourcing foram surgindo com diversas soluções
e preços. E agora, para quem a empresa terceiriza este serviço? Como
saber qual a melhor? Quanto tempo gastar procurando?
No modelo do crowdsourcing, a empresa consulta a nuvem (crowd) de
produção, anuncia seu problema e determina um preço. Este processo
tem o nome “broadcasting“. As pessoas e empresas desta nuvem surgem
com as propostas (ou com a solução pronta) e você escolhe a melhor. E
essas soluções podem vir desde amadores até os mais experientes E com
a Internet, ficou fácil de organizar essas comunidades, daí que vem sua
popularização. A idéia ainda não é muito popular no Brasil, mas muito
difundida nos EUA
Exemplos de crowdsourcing:
Label Desafios – Empresa brasileira que tem feito um ótimo
trabalho para ajudar empresas a resolver seus problemas.
istockphoto.com – o sistema armazena milhões de fotos de
milhares de fotógrafos. Hoje não é preciso contratar um
fotógrafo. Basta entrar no site, pesquisar e comprar a foto.
Netflix – uma locadora nos EUA que aluga filmes pela internet.
Anunciaram o prêmio de 1 milhão de dollares para qualquer
pessoa que elaborar um algorítmo de recomendação pelo
menos 10% melhor que o atual.
Fiat Mio – a Fiat lançou recentemente no Brasil uma rede
social para seus consumidores poderem opinar e projetar um
novo carro conceito.
Mas antes de fazer uso deste modelo, tenha cuidado. Veja se não está
havendo exploração de mão-de-obra, se a proposta de valor é boa para
ambas as partes. Seja ético, sempre.
Para ver mais de perto esse modelo, confira o desafio que lançamos na
Label Desafios.
As 5 tendências para crowdsourcing
De todos os efeitos relacionados à era em que vivemos, talvez o mais
“empolgante” seja o crowdsourcing: de certa forma, a organização da
massa de informações baseada, essencialmente, na soma de opiniões
individuais.
Por conta do que podemos chamar de singular opinião da coletividade,
impérios nasceram pelas mãos de empreendedores que melhor
conseguiram captar as vozes das massas e transformá-las em produtos e Page | 2
serviços.
Mas as massas, como em qualquer época do mundo, sempre foram
conhecidas pela turbulência que corre em suas veias coletivas. As massas
derrubaram a monarquia francesa juntamente com cabeças de todos que
ousaram erguer as suas vozes em tons “altos demais”; as massas geraram
duas grandes guerras mundiais no século XX; as massas, canalizadas por
vozes de líderes natos ou por redes sociais imperativas, continuam
demandando mudanças radicais em tudo o que puder ser considerado
como status quo.
Em pleno século XXI, os tempos de carnificina anárquica e de credulidade
ingênua em líderes de ocasião parecem querer ficar para trás – e talvez
seja essa a grande ruptura de paradigmas desse novo tempo. Já que o
crowdourcing existe desde o início dos tempos, qual o seu futuro uma vez
que, agora, a tecnologia consegue organizar as redes como nunca antes?

Das diversas tendências preconizadas na rede, cinco são as que, hoje, mais
se destacam:
Ranking único de reputação: Ao comprar um produto, você prefere ouvir a
opinião do vendedor ou de um amigo que já fez a compra no passado? Se
respondeu o segundo, é porque já reconhece o fato de que, tanto na rede
quanto na vida, nem todos são iguais. Opiniões têm pesos diferentes
dependendo do histórico de quem as dá – mas, hoje, o problema é
localizar e interpretar, de maneira prática, o histórico dos milhões de
usuários que navegam na Web. Em quem se deve acreditar mais? Diversas
redes utilizam os seus próprios mecanismos para ajudar na resposta – mas
falta um único sistema que consiga somar os resultados de cada interação
feita por cada usuário, em todo tipo de rede, e determinar a sua
reputação de forma única e inconteste. Em grande escala, isso permitirá
que a própria rede consiga separar joio de trigo e, com base no histórico
de relacionamento de cada usuário com as massas, resolva um dos
maiores problemas da Web: a credibilidade.
A decadência das organizações formais: A partir do momento em que a
credibilidade da informação for algo “triável” por toda a rede com base
em um sistema unificado de reputações, organizações formais que vivem
dessa mesma credibilidade – de sindicatos a ONGs – perderão a sua
função social. Isso não significa que não haverá ninguém, por exemplo,
para defender o fim do desmatamento ou coisas do gênero: significará
que haverá muitos “alguéns” espalhados pela rede e aglomerando os seus
seguidores Web afora, sem a necessidade de instituições tão formais
quanto burocráticas. Page | 3
Novas redes para organizar a organização informal: A humanidade jamais
será organizada de maneira perfeita – isso simplesmente não está na
nossa “genética coletiva”. Com tantas opiniões precisando ser expressas,
novos impérios farão da organização das massas os seus modelos
fundamentais de negócio. Empresas que já se aproximam disso, como o
Google e o Facebook, estão passos à frente – mas, a partir do momento
em que se tornaram gigantes, se tornaram também burocráticas e lentas e
as suas velhices, ainda distantes dos nossos raios de visão, certamente
chegarão juntamente às suas derrocadas, possibilitando o surgimento de
novos e renovados impérios.
A Revolução Personalizada: No século XVIII, a Revolução Industrial levou o
mundo a um novo patamar capitalista ao viabilizar a produção em massa
de bens de consumo. Hoje, essa mesma massificação é um dos grandes
vilões do mercado uma vez que o público quer, crescentemente, algo feito
exclusivamente para ele. Por mais que as opiniões bebam da coletividade,
os desejos serão sempre únicos, pessoais e intransferíveis. Essa
personalização deve ultrapassar as fronteiras dos pequenos fornecedores
de produtos e serviços e atingir os grandes mercados como uma evolução
natural.
A mudança na geografia: Em um mundo que avança sob a imposição das
massas, é natural que a geografia seja algo secundário. Afinal, pouco
importa se uma determinada opinião seja originária do Brasil, da Suécia
ou da África do Sul. Sempre haverá alguém para traduzi-la e para agregar
a ela as vozes das massas apátridas. Opiniões coletivas costumam ignorar
fronteiras o que, no longo prazo, deve mudar radicalmente toda a
organização mundial.
Você concorda com tudo isso? Discorda? Seja qual for a sua opinião, uma
coisa é certa: haverá sempre alguém mais que compartilhará a mesma
opinião contigo e que você facilmente conseguirá somar em uma única e
ensurdecedora voz. Afinal, o crowdsourcing em si não é uma tendência,
mas uma realidade inconteste.
Flash mob, a peregrinação contemporânea
* Por Marina Pechlivanis

“As massas também se caracterizam por estímulos casuais que


produzem enormes efeitos, pela avalanche da maioria dos impulsos de Page | 4
amor e ódio, pela excitação às vezes totalmente incompreensível, na
qual a massa, sem refletir, se precipita do pensamento à ação,
arrastando consigo o indivíduo, sem qualquer resistência. Esse fenômeno
se deve provavelmente à influência mútua, ocorrida por intermédio das
emanações de sentimentos difíceis de se detectar…”

Pessoas com guarda-chuva se dirigem à Avenida Paulista, em São Paulo,


maio de 2010, esperando uma chuva de chocolates. Em 2 minutos (como
descrito no site da promoção), 300kg de chocolate deveriam despencar
dos céus, para o frenesi dos mobilizados à causa. Instantes depois, na
web, vídeos postados sobre evento com análises positivas (“usei um lençol
e peguei 200 chocolates”) e negativas (“era uma grande chuva de papel
picado; que enganação”). Em 2009, houve um “freeze mob” com o tema
“Pare tudo por um chocolate”; foi sucesso no Brasil, e também em Nova
York, Chicago, Luxemburgo e Paris.

Flash mob distribuindo gifts (ou um ação de gifting com flash mob), como
no caso dos chocolates – este formato de evento está mobilizando
pessoas em todo o mundo. Segundo os entendidos, estas mobilizações
relâmpago não têm conotação política nem social: o propósito é não ter
propósito. A não ser quando a mobilização é em prol do consumo.

Afinal, o que leva alguém a se mobilizar em prol de uma causa, se não


“infundamentada”, no mínimo non sense? Reflita: trata-se de um imenso
contágio viral, com mensagens circulando em e-mails, blogs, Twitter, My
Space, Orkut… indicando um happening, com uma data e um local. Até aí,
OK. Mas por que é que as pessoas, em “efeito cardume”, vão? Por que
obedecem a estes chamados virtuais, concretizando os encontros? É uma
grande brincadeira de “siga o mestre”, indo sem saber para onde se vai
apenas porque a tribo está indo?

Pode-se entender melhor o fenômeno nas palavras do sociólogo francês


Michel Maffesoli, que cunhou o conceito contemporâneo de tribos. “A
emoção lírica, em seus aspectos cotidianos –momentos festivos, histerias
e efervescências múltiplas – prende a pessoa à comunidade. Através das
experiências comuns, essas emoções proporcionam-lhe a certeza imediata
de participar de um conjunto mais amplo (social, natural) do qual ela é
apenas um elemento. Não existe, então, verdade objetiva. Só importam
verdades momentâneas, factuais, ligadas às situações existenciais,
tributárias das comunidades ou tribos de que todos participam.” Neste
contexto, versa sobre as leis da imitação, pois “existimos pessoalmente Page | 5
perdendo-nos nos outros”, especialmente neste “tempo das tribos”, no
qual “a noção de imitação está ocupando um lugar central na vida social”.
Para Ricardo Freitas, “a noção de tribos efêmeras na contemporaneidade
reflete a indefinição entre o público e o privado em uma época na qual o
espaço público parece dar lugar ao espaço publicitário”.

Com foco no consumo, podemos enxergar os flash mobs à luz de Sennett,


que pontua que as comunidades contemporâneas são uma versão
compacta de um processo de estar junto que raramente ocorre na vida
real; um estar junto dado apenas um imaginário coletivo de solidariedade
e igualdade qual um ritual de purificação. Neste mesmo aspecto, e
centrado na permanente experiência de shopper que o cenário midiático
proporciona, Zygmunt Bauman destaca que “o sentimento de uma
identidade comum… é uma fabricação da experiência. (…) Por essa razão,
essa comunidade não envolve negociações, nem esforço pela empatia,
compreensão e concessões”. Ir a um evento flash mob traz a mesma
sensação que peregrinar para as mecas do consumo.

Beatriz Sarlo traz a questão da sensação de localização que acontece


nestes eventos (aparentemente “não-lugares”, como classificaria Marc-
Augé), destacando que, mesmo seguindo referenciais fluidos como um
tempo instantâneo e um local volátil, trazem pontos de referência
universais (logomarcas, siglas, letras, etiquetas) qual um shopping center
em movimento. São, em uma época em que a mercadologia assume um
espaço de sagrado, “ simulacros dos grandes centros urbanos e mecas das
diásporas contemporâneas, para onde migram as mais diversas tribos
nômades em busca de encontros com ícones, marcas, mercadorias e
pessoas”.

A esse pensar soma-se a mediação da sensação fast, que modifica


temporalidades e reestrutura hábitos com velocidade nunca vista: o
mercado lança novidades incessantemente; que circulam
instantaneamente na mídia convencional (televisão, revista, rádio, jornal,
outdoor…) e nas novas mídias (celular, blogs, e-mails, Youtube…); que
mobilizam on-line os consumidores; que desejam imediatamente a ideia
da posse de determinado produto, serviço ou experiência; que os
adquirem instantaneamente e divulgam suas aquisições; que deixam de
ter sentido com outras novidades que se tornam o happening do
momento; e tudo se repete num motocontínuo que movimenta um
mercado universal e bilionário e que localiza e situa bilhões de pessoas
que aprenderam a viver dessa forma. Page | 6

Um outro ponto-de-vista para este poder das multidões nos traz Jeff
Howe (O Poder das Multidões; por que a força da coletividade está
remodelando o futuro dos negócios), que tece uma análise com menos
entretenimento e mais construção de conhecimento. “A multidão gosta
de ser envolvida”, pontua, abrindo frente para o que chama de
crowdsourcing – um mecanismo pelo qual todo o talento e o
conhecimento adquirido pelas multidões podem ser transformados em
soluções para melhorar o dia a dia das corporações e a vida das pessoas
frente o salto tecnológico que se processa a cada segundo. Surge do
movimento “código-fonte aberto” quando o conceito colaborativo
imperou na livre troca de informações para a programação de
computadores. É o conceito wiki (rápido, em havaiano), que construiu
organizações como o Google e a Wikipedia e provando que, como diz
Michael Useem (dirtor do Leadership Center da Wharton Scholl), “a
comunidade certa, com os incentivos adequados, é capaz de inventar,
escrever e conduzir estratégias de pesquisa e negócios com maior
eficiência e custos mais baixos que o da empresa tradicional.” E não
podemos nos esquecer de uma questão importante: é preciso atrair a
multidão certa. “A multidão é de veneta e atraí-la é mais fácil do que
mantê-la”, daí a importância de envolver as pessoas, mantendo-as
motivadas a colaborar, com vibração e comprometimento. E mais: “a
multidão não é boba. Se desconfiar de algum tipo de trapaça, sairá
correndo e não voltará mais, e contará a experiência negativa em blogs”.

Talvez pensar em campanhas de saúde, educação, informação… Não é


uma chuva de chocolate, mas é um gifting e tanto. E mais: dá um banho
de ânimo, pois possibilita acreditar no mobile em prol de campanhas
criativas, colaborativas, inspiradoras e – por que não? – úteis, também.
Naquele então já rezava Virgílio: “O espírito agita as massas”. Agite seu
planejamento de marketing. Flash-mobilize-se.
* Marina Pechlivanis é sócia e diretora da Umbigo do Mundo, mestre em comunicação e consumo pela ESPM e integrante do GEA
(Grupo de Estudos Acadêmicos), da Ampro Palestrou no Festival de Cannes/Promo Lions 2008 lançando o conceito “Gifting”. É
coautora do livro Gifting (Campus Elsevier, 2009).

Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2006, p.52.

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