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Explicação e exemplos
Das diversas tendências preconizadas na rede, cinco são as que, hoje, mais
se destacam:
Ranking único de reputação: Ao comprar um produto, você prefere ouvir a
opinião do vendedor ou de um amigo que já fez a compra no passado? Se
respondeu o segundo, é porque já reconhece o fato de que, tanto na rede
quanto na vida, nem todos são iguais. Opiniões têm pesos diferentes
dependendo do histórico de quem as dá – mas, hoje, o problema é
localizar e interpretar, de maneira prática, o histórico dos milhões de
usuários que navegam na Web. Em quem se deve acreditar mais? Diversas
redes utilizam os seus próprios mecanismos para ajudar na resposta – mas
falta um único sistema que consiga somar os resultados de cada interação
feita por cada usuário, em todo tipo de rede, e determinar a sua
reputação de forma única e inconteste. Em grande escala, isso permitirá
que a própria rede consiga separar joio de trigo e, com base no histórico
de relacionamento de cada usuário com as massas, resolva um dos
maiores problemas da Web: a credibilidade.
A decadência das organizações formais: A partir do momento em que a
credibilidade da informação for algo “triável” por toda a rede com base
em um sistema unificado de reputações, organizações formais que vivem
dessa mesma credibilidade – de sindicatos a ONGs – perderão a sua
função social. Isso não significa que não haverá ninguém, por exemplo,
para defender o fim do desmatamento ou coisas do gênero: significará
que haverá muitos “alguéns” espalhados pela rede e aglomerando os seus
seguidores Web afora, sem a necessidade de instituições tão formais
quanto burocráticas. Page | 3
Novas redes para organizar a organização informal: A humanidade jamais
será organizada de maneira perfeita – isso simplesmente não está na
nossa “genética coletiva”. Com tantas opiniões precisando ser expressas,
novos impérios farão da organização das massas os seus modelos
fundamentais de negócio. Empresas que já se aproximam disso, como o
Google e o Facebook, estão passos à frente – mas, a partir do momento
em que se tornaram gigantes, se tornaram também burocráticas e lentas e
as suas velhices, ainda distantes dos nossos raios de visão, certamente
chegarão juntamente às suas derrocadas, possibilitando o surgimento de
novos e renovados impérios.
A Revolução Personalizada: No século XVIII, a Revolução Industrial levou o
mundo a um novo patamar capitalista ao viabilizar a produção em massa
de bens de consumo. Hoje, essa mesma massificação é um dos grandes
vilões do mercado uma vez que o público quer, crescentemente, algo feito
exclusivamente para ele. Por mais que as opiniões bebam da coletividade,
os desejos serão sempre únicos, pessoais e intransferíveis. Essa
personalização deve ultrapassar as fronteiras dos pequenos fornecedores
de produtos e serviços e atingir os grandes mercados como uma evolução
natural.
A mudança na geografia: Em um mundo que avança sob a imposição das
massas, é natural que a geografia seja algo secundário. Afinal, pouco
importa se uma determinada opinião seja originária do Brasil, da Suécia
ou da África do Sul. Sempre haverá alguém para traduzi-la e para agregar
a ela as vozes das massas apátridas. Opiniões coletivas costumam ignorar
fronteiras o que, no longo prazo, deve mudar radicalmente toda a
organização mundial.
Você concorda com tudo isso? Discorda? Seja qual for a sua opinião, uma
coisa é certa: haverá sempre alguém mais que compartilhará a mesma
opinião contigo e que você facilmente conseguirá somar em uma única e
ensurdecedora voz. Afinal, o crowdsourcing em si não é uma tendência,
mas uma realidade inconteste.
Flash mob, a peregrinação contemporânea
* Por Marina Pechlivanis
Flash mob distribuindo gifts (ou um ação de gifting com flash mob), como
no caso dos chocolates – este formato de evento está mobilizando
pessoas em todo o mundo. Segundo os entendidos, estas mobilizações
relâmpago não têm conotação política nem social: o propósito é não ter
propósito. A não ser quando a mobilização é em prol do consumo.
Um outro ponto-de-vista para este poder das multidões nos traz Jeff
Howe (O Poder das Multidões; por que a força da coletividade está
remodelando o futuro dos negócios), que tece uma análise com menos
entretenimento e mais construção de conhecimento. “A multidão gosta
de ser envolvida”, pontua, abrindo frente para o que chama de
crowdsourcing – um mecanismo pelo qual todo o talento e o
conhecimento adquirido pelas multidões podem ser transformados em
soluções para melhorar o dia a dia das corporações e a vida das pessoas
frente o salto tecnológico que se processa a cada segundo. Surge do
movimento “código-fonte aberto” quando o conceito colaborativo
imperou na livre troca de informações para a programação de
computadores. É o conceito wiki (rápido, em havaiano), que construiu
organizações como o Google e a Wikipedia e provando que, como diz
Michael Useem (dirtor do Leadership Center da Wharton Scholl), “a
comunidade certa, com os incentivos adequados, é capaz de inventar,
escrever e conduzir estratégias de pesquisa e negócios com maior
eficiência e custos mais baixos que o da empresa tradicional.” E não
podemos nos esquecer de uma questão importante: é preciso atrair a
multidão certa. “A multidão é de veneta e atraí-la é mais fácil do que
mantê-la”, daí a importância de envolver as pessoas, mantendo-as
motivadas a colaborar, com vibração e comprometimento. E mais: “a
multidão não é boba. Se desconfiar de algum tipo de trapaça, sairá
correndo e não voltará mais, e contará a experiência negativa em blogs”.