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VoIP Voz sobre IP

por Alessandro do Valle Nunes (alessandro@dovalle.cjb.net)


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Universidade Católica do Salvador


Curso de Bacharelado em Informática
Disciplina: Teleprocessamento e Redes
Professor: Marco Antônio
Aluno: Alessandro do Valle Nunes

Voz Sobre IP
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Sumário

Introdução 3

Definição: O que é VoIP (Voz sobre IP) 4

Como a VoIP processa uma chamada de voz típica 8

Telefonia IP 10

Aplicações VoIP 12

Codificações do Sinal de Voz 15

Problemas para transmissão de voz em redes IP 17

H.323 25

SIP 33

MGCP 36

Conclusão 37

Referências Bibliográficas 38

Anexos: Mídia 39

Introdução
3

Trafegar voz, dados e imagem sobre uma única rede baseada no ambiente de
internet: esta revolucionária tecnologia é uma das soluções mais buscadas pelas
corporações que desejam manter-se competitivas atualmente. Com Voz sobre IP
já é possível realizar este tipo de integração.

O uso de Voz sobre IP (VoIP) vem sendo um importante objeto de investimentos


por fornecedores de soluções e usuários de telecomunicações nos últimos anos.
Neste trabalho serão abordados aspectos técnicos desta tecnologia, tais como: a
evolução das diversas técnicas de digitalização de voz empregadas ao longo do
tempo; os pontos relevantes da rede de transporte para o tráfego de voz
digitalizada e as duas principais propostas de sinalização na rede (H.323 e SIP).

Definição: O que é VoIP (Voz sobre IP)


4

Os primeiros artigos sobre o assunto datam do início de 70, com a primeira


experiência de transmissão de pacotes IP com áudio, entre a University of
Southern California e o Massachusetts Institute of Technology, em agosto de
1974. A primeira RFC (Request for Comments) sobre pacotes de voz, RFC 741,
foi publicada em 1977.

VoIP (Voice over IP) significa o transporte da voz sob uma infra-estrutura IP. Esta
infra-estrutura pode ser LAN ou WAN. Geralmente, quando se menciona VoIP,
fala-se da integração do PABX com um gateway (roteador ou switch), que faz a
conversão da voz tradicional para Voz sobre IP. Este conceito é um pouco
diferente da Telefonia IP, em que não há mais a figura do PABX e os próprios
telefones já fazem a conversão para VoIP.

A VoIP habilita o gateway (roteador ou switch) para o transporte de tráfego de voz


(por exemplo, chamadas telefônicas e faxes) sobre uma rede IP. O suporte de voz
é implantado usando-se a tecnologia de pacotes de voz. Na VoIP, o processador
de sinais digitais (DSP) segmenta o sinal de voz em quadros e os armazena em
pacotes de voz. Esses pacotes de voz são transportados através da rede IP, de
acordo com protocolos específicos, como o H.323 do ITU-T (International
Telecommunications Union-Telecommunications), também usado para a
transmissão de vídeo através da rede IP. Como se trata de uma aplicação
sensível a atrasos, é necessário o uso de equipamentos que suportam parâmetros
de Qualidade de Serviço (QoS), além de um projeto de rede bem definido.

Para utilizar a VoIP, são necessários módulos específicos no roteador ou switch


que possuam os processadores digitais (conhecidos como DSPs). Neste caso,
chama-se o roteador ou switch de gateways de voz.
5

Ambiente convencional

Voz sobre IP

O Retorno de Investimento estima-se entre 4 e 15 meses, dependendo da


quantidade de tráfego de voz.
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Algumas características

QoS. Qualidade de Serviço (Quality of Service). Uma chamada de um telefone


tradicional depende da ligação do circuito orientada que a PSTN fornece com alto
QoS. Uma rede IP, contudo, é "connectionless" e por defeito, não fornece nem
QoS nem o mesmo nível de performance e fiabilidade que a PSTN. Comunicações
de Voz entre duas partes ao longo de uma rede IP envolvem muitas vezes muitas
saltos na rede e aparelhos, tais como gateway H.323 e routers IP. Um delay de
um só sentido end-to-end de mais de 150 milisegundos (ms) é geralmente muito
longo. Para alcançar boas performances e fiabilidade para aplicações VoIP,o QoS
deve ser desenvolvido na sua rede antes de desenvolver a VoIP. O QoS permite
priorizar o tráfego da rede e garante a entrega de dados a tempo para aplicações
sensíveis ao tempo (aplicações VoIP, por exemplo).

Firewalls. Quando o desenvolvimento da VoIP inclui firewalls (ex., uma aplicação


VoIP entre intranet e Internet), precisa-se utilizar firewalls que suportem VoIP (ex.,
suportar H.323 se a aplicação for uma aplicação H.323). Uma aplicação H.323
negocia muitas vezes dinamicamente portos TCP e UDP para utilizar durante o
estabelecimento de uma chamada. Esta característica é muito diferente de outras
aplicações IP.

NAT. Muitas empresas utilizam o Network Address Translation (NAT) para mapear
endereços IP públicos e privados e manter o endereço IP da intranet da sua
empresa da Internet. Uma aplicação H.323 pode falhar quando passar ao longo do
NAT porque a aplicação pode repetir o endereço IP destinatário nos seus
payloads. Se a sua NAT não está prevenida contra H.323, não pode converter o
endereço no payload da aplicação quando converter o endereço no cabeçalho do
pacote IP.

DHCP. Para trabalhar numa rede IP, um telefone IP precisa de um endereço IP.
Um telefone IP pode utilizar DHCP para pedir um endereço dinâmico do seu
servidor DHCP, mas para configurar um telefone IP, tem de adicionar várias vezes
7

ao seu servidor DHCP a opção de um cliente DHCP que inclui parâmetros


especiais para suportar VoIP.

Learning PABX. Muitas vezes as empresas têm uma equipe de rede de voz que a
separa da equipae da rede de dados. Muitos engenheiros e gestores da rede IP
não estão familiarizados com o sistema de voz da sua empresa. Para integrar
melhor a rede de voz na rede IP, necessita-se aprender acerca do PABX da
empresa e dos circuitos de rede analógicos e digitais. Com compreensivo
conhecimento dos sistemas de voz, pode-se escolher ajuizadamente produtos de
VoIP, tais como uma gateway que suporte o tipo de porto de rede do seu PABX.
Muitas empresas começaram por integrar as equipes de voz e dados num grupo
para melhor suportar o desenvolvimento VoIP deles.

Como a VoIP processa uma chamada de voz típica


8

Antes de configurar a VoIP em um roteador, é preciso entender o que acontece


com uma aplicação quando se coloca uma chamada usando-se a VoIP. O fluxo
geral de uma chamada entre duas partes usando a VoIP é o seguinte:

1. O usuário pega o monofone; ocorre a sinalização que indica telefone fora do


gancho para a parte da aplicação sinalizadora da VoIP no roteador.

2. A parte de aplicação da sessão da VoIP emite um sinal de discagem e aguarda


que o usuário disque um número de telefone.

3. O usuário disca o número de destino; esses dígitos são acumulados e


armazenados pela aplicação da sessão.

4. O gateway compara os dígitos acumulados com os números programados e,


quando há uma coincidência, ele mapeia o número discado com o endereço IP do
gateway de destino.

5. A aplicação de sessão roda então o protocolo de sessão H.245 sobre TCP, para
estabelecer um canal de transmissão e recepção para cada direção através da
rede IP. Se a chamada estiver sendo realizada por um PBX, o gateway troca
sinalização (analógica ou digital) com o PABX, informando o estado da ligação
(envio de ring, ocupado, etc).

6. Se o número de destino atender a ligação é estabelecido um fluxo RTP sobre


UDP entre o gateway de origem e destino.

7. Os esquemas de compressão do codificador-decodificador (CODECs) são


habilitados para ambas as extremidades da conexão - e a conversação prossegue
usando o RTP/UDP/IP (Real-Time Transport Protocol/User Datagram
Protocol/Internet Protocol) como pilha de protocolos.

8. Quaisquer indicações de andamento de chamada (ou outros sinais que podem


ser transportados dentro da banda) cruzam o caminho da voz assim que um fluxo
de voz (RTP) for estabelecido. Após a chamada ser completada, pode-se enviar
9

sinalizações dentro da banda como por exemplo sinais DTMF (freq:uências de


tons) para ativação de equipamentos como Unidade de Resposta Audível (URA).

9. Quando qualquer das extremidades da chamada desligar, a sessão é


encerrada. Cada uma das extremidades então se torna disponível, aguardando a
próxima condição de "fora do gancho" para iniciar outro estabelecimento de
chamada.

Telefonia IP

Já existe no mercado a tecnologia conhecida como Telefonia IP, que se utiliza de


aparelhos especiais, como o PABX IP e telefones que já fazem a conversão para
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VoIP. Em Telefonia IP, toda a voz é transformada em um pacote IP a partir do


aparelho telefônico, e este aparelho é conectado a um comutador de dados
(switch) especialmente preparado para a integração de voz.

A solução de VoIP é complementada pelo Call Manager ( responsável pelo


gerenciamento e encaminhamento das chamadas), um Router com função de
Gateway (responsável pela comunicação da rede Voip com a rede analógica) e
outros softwares que complementam o serviço (IP Contact Center, Web Attendant,
IP SoftPhone , entre outros).

Os maiores benefícios da Telefonia IP são:

- Administração - Os administradores da Rede LAN podem administrar o


Call Manager de qualquer ponto da rede.

- Flexibilidade - O usuário pode usar um computador de como seu próprio


telefone, apenas instalando um software que simula o telefone. Com o uso
de um cartão de rede sem fio, o usuário pode ainda se locomover dentro da
empresa, mantendo seu ramal e classe de serviço. Se preferir usar um
Telefone IP, ele pode mudar de sala simplesmente levando o seu telefone
ou se "logando" em outro telefone, sem qualquer programação adicional.
Vale ressaltar que em ambos os casos o deslocamento também pode
ocorrer entre filiais.

- Plataforma aberta - Já existem vários fornecedores de Telefone IP que


podem ser usados na solução de Telefonia IP.

- Plataforma padronizada - O Call Manager é baseado em padrões de


mercado (H.323/SIP/MGCP/XML), permitindo o desenvolvimento rápido de
novas aplicações de acordo com a necessidade do usuário.

- Solução completa - A Telefonia IP pode ser considerada uma solução


completa envolvendo o PABX IP, correio de voz/mensagens unificadas,
Unidade de Resposta Audível (URA), Call Center, etc.
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- Economia de escala - O investimento em infra-estrutura pode ser


centralizado na matriz enquanto as filiais terão apenas telefones e
gateways.

Além dos conceitos de Voz sobre IP e Telefonia IP, existem outros serviços como
Video On-Demand e Video Conferência, que são os IP/TV e IP/VC.

Aplicações VoIP

As comunicações de voz representam uma regra fundamental na vida diária. Nos


tempos mais próximos, PSTN irá continuar a ser um importante veículo de
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distribuição de voz. Contudo, a VoIP, representa uma alternativa competitiva à


PSTN reproduzindo capacidades telefónicas a um baixo custo significativo. A VoIP
é aplicável a quase todos os tipos de comunicações de voz, desde a simples
comunicação entre pessoas ou entre escritórios a teleconferências complicadas. O
exemplo seguinte de aplicação de VoIP é possível que se aplique à sua empresa.

Comunicação Telefone e PC

Pode-se permitir comunicações de voz entre os telefones tradicionais na PSTN e


PCs que se encontrem numa rede IP ligando a rede IP à rede PSTN através de
uma gateway IP-PSTN, como mostra a figura 1. A gateway interpreta os
protocolos e as informações de voz provenientes das duas redes. Com esta
configuração, um utilizador de PC pode utilizar um PC baseado em telefone para
telefonar a uma gateway e fechar para o destino final da chamada. A cobrança da
ligação é baseada na distância entre a gateway e o destino.

Os utilizadores de Internet podem ainda receber chamadas telefónicas


directamente nos seus PCs. Por exemplo, muitos dos utilizadores de Internet são
utilizadores dial-up que têm apenas uma linha telefónica. Quando um utilizador
está a aceder à Internet, a linha de telefone está ocupada, assim o utilizador não
poderá receber chamadas telefónicas. Contudo, o software de VoIP, tal como
eRing Solutions' itRings!, permite um a PC de Internet receber uma chamada de
uma pessoa que utilize um telefone tradicional. O utilizador de PC utiliza um
microfone e um altifalante para falar e ouvir o chamador. Quando o utilizador
PSTN telefona para o utilizador de Internet, o utilizador PSTN telefona para uma
gateway itRings!, depois introduz o número de telefone do utilizador de Internet. A
gateway itRings! liga a PSTN e Internet estabelecendo comunicação entre os
utilizadores PSTN e de Internet.

Ligação entre Escritórios

Para lidar com comunicações de voz internas de escritório e entre escritórios, a


sua empresa terá de ter os seus próprios PBXs distribuídos ao longo de diferentes
localizações e filiais. Tradicionalmente, eram utilizadas linhas dedicadas,
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chamadas tie trunks em terminologia de telecomunicações, de operadores de


telecomunicações para interligar os PBXs. Para reduzir os custos e consolidar as
facilidades da rede, pode-se utilizar a sua rede IP para interligar esses PBXs. Na
figura 2, as gateways IP-PSTN interligam o PBX a cada uma das duas
localizações para a rede de dados IP. Desta maneira, partilham-se voz e dados na
mesma rede. A gateway IP-PSTN comprime frequentemente as chamadas de voz
(ex., de 64Kbps a 8Kbps), o que reduz os requisitos de largura de banda na rede
de dados. A implementação da gateway IP-PSTN é um aparelho dedicado ou uma
parte integral do PBX. Se um PBX incluir a funcionalidade gateway IP-PSTN, é
frequentemente denominado um PBX IP ou aparelho iPBX.

Acesso remoto para utilizadores móveis

Muitas empresas fornecem utilizadores móveis com acesso remoto na intranet da


empresa através de dial-up e serviços VPN. Dos seus computadores remotos,
utilizadores móveis podem aceder freqüentemente a recursos de dados comuns,
mas não serviços de voicemail e fax comuns. Para efetuar chamadas telefônicas e
utilizar serviços de fax, estes utilizadores necessitam de linhas analógicas
adicionais. Se o sistema de voz e fax da empresa permitirem IP, de qualquer
forma, utilizadores móveis podem ter acesso a serviços de voz e fax a partir do
mesmo computador pelo qual utilizam para acesso remoto a dados. Os
utilizadores móveis podem marcar o seu IP local Point of Presence (POP) e utilizar
a Internet para apresentar e resgatar mensagens de voz.

Aplicações Multimídia

As aplicações multimídia VoIP, tais como Microsoft Netmeeting e Microsoft


Exchange 2000 Conferencing Server, permitem os trabalhadores em diferentes
localizações utilizarem os PCs em rede para colaborarem em conferência em
tempo real, whiteboard, e partilha de ecrã. Estas aplicações permitem aos
utilizadores falarem com outros através do seu PC ao longo de uma rede IP, o que
poupa tempo de viagem e custo e melhora a eficiência de trabalho.
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E-commerce

Os clientes costumam consultar o site Web de vendedores para informação. Por


vezes podem não encontrar a informação que procuram ou podem ter questões
acerca a da informação encontrada. Para melhor servir os clientes, um site Web e-
commerce pode fornecer um mecanismo interativo que permite aos clientes falar
com um agente de serviço a clientes ao vivo num call center. Este site Web e-
commerce com permissão de voz integra a Internet, PBX, e call center dentro de
um sistema.

Quando um cliente tem uma questão, ele ou ela pode clicar no botão Speak to an
Agent no site Web de vendedores. Em seguida o cliente preenche e submete-se a
um pequeno formulário que fornece ao vendedor informação de contacto e
detalhes acerca do tipo de informação que o cliente procura. O site da Web
direciona o formulário para o agente do serviço a clientes apropriado no call center
e estabelece um canal de voz entre o PC do cliente e o aparelho de telefone do
agente no PBX - base do call center. Durante a conversação, o agente pode
colocar páginas Web no ecrã do cliente e guiá-lo até à informação correta. Avaya's
Electronic Interactive Voice Response (e-IVR) e Cisco Systems' Cisco Customer
Interaction Suite permite a interacção de voz entre clientes e agentes em sites
Web e-commerce.

Codificações do Sinal de Voz

Voz IP utiliza uma série de CODECs (Codificadores / Decodificadores). A tabela


abaixo demonstra uma comparação entre as principais características dos
CODECs atualmente utilizados.
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Existe uma técnica para comparação da qualidade da voz decodificada, conhecida


como Mean Opinion Score (MOS). Esta técnica utiliza uma pontuação para cada
tipo de ruído, segundo a tabela abaixo:

Pontuação: Nível de ruído:

5 Imperceptível

4 Pouco perceptível, sem incômodo

3 Perceptível, pouco incômodo

2 Incômodo, mas não desagradável

1 Muito incômodo, desagradável


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O nível de ruído pode variar de acordo com a fonte de transmissão dos dados, no caso de VoIP, áudio.

O ITU-T criou uma série de recomendações, baseadas na comparação entre os


diversos CODECs. No gráfico abaixo pode-se notar a diferencia entre cada
CODEC de acordo com a MOS e a taxa de transferência.

Problemas para transmissão de voz em redes IP

Existem várias dificuldades para se garantir alguma qualidade na transmissão de


voz em redes IP. Estas adversidades surgem em virtude das redes baseadas em
IP serem redes de comutação de pacotes, em contraponto às redes telefônicas,
que são redes de comutação de circuitos. Estas diferenças serão explicadas e
veremos então mais claramente o porquê de tais dificuldades.

Nas redes de comutação de circuitos, um caminho fixo é estabelecido ao se


efetuar a conexão entre as entidades comunicantes. Além disto, após ser feita a
alocação de banda e demais recursos da rede, esta fica dedicada somente àquela
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conexão, sem compartilhamento. Ganha-se, portanto, uma garantia de Qualidade


de Serviço (QoS - Quality of Service), conforme desejado. Entretanto, perde-se em
eficiência no uso dos recursos da rede, já que mesmo que não se transmita nada
na banda alocada, ele se encontrará inutilizada, por não haver compartilhamento
de recursos.

As redes de comutação de pacotes, por sua vez, compartilham os recursos entre


diversos usuários que desejem transmitir. Além disto, estas redes não alocam um
caminho dedicado a uma conexão. Com isto, pacotes diferentes de um mesmo
usuário podem ser transmitidos por rotas diferentes. Desta forma, pode-se perder
a ordenação dos pacotes transmitidos. Neste tipo de rede, também é significativa
a necessidade de processamento por parte dos nós intermediários de uma
conexão.

Outra dificuldade que aparece na transmissão de mídias que exigem cadência,


como voz, é que o serviço prestado pelas redes IP é do tipo "melhor esforço" (best
effort). Assim, todos os pacotes são tratados de forma igual, sem nenhuma
discriminação entre os diversos tipos de tráfegos, nem atribuição de prioridades
aos pacotes. O escalonamento é feito baseado em filas FIFO (First In First Out),
onde, se houver espaço nos buffers dos roteadores, o pacote é armazenado para
transmissão e, caso contrário, ele é descartado.

Outro fator crítico para a transmissão de voz é o problema dos atrasos. Estes
podem ser agrupados em dois tipos: os fixos e os variáveis. As variações de
atraso também recebem a denominação de jitter. Os dois tipos possuem
naturezas e causas diferentes. Os atrasos fixos causam desconforto na
conversação e os variáveis, atrapalham a cadência na transmissão da voz.

Os atrasos fixos são ocasionados por diversos fatores, que podem ser citados
abaixo:

• Compressão: Tempo gasto na codificação da voz em pacotes.


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• Entre-processos: Atraso que ocorre em função dos handoffs entre os


roteadores da rede.

• Transmissão: Devido às limitações de velocidade dos enlaces.

• Rede: Uma função das capacidades da rede.

• Buffer

• Descompressão

Compressão de Cabeçalhos IP

Os atrasos variáveis são decorrentes do tráfego e do congestionamento da rede.


Estes são causados principalmente pelo enfileiramento dos pacotes nos
roteadores. A combinação destes efeitos pode ser verificada na figura abaixo. Vale
lembrar que atrasos da ordem de 150ms (para alguns, 250ms) são considerados
intoleráveis para transmissão de voz, pois causam perda de interatividade. Valores
mais altos do que isto, porém, podem ser atingidos, em algumas situações, na
Internet.
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Fontes de atraso em transmissão de voz em redes de pacotes

Além dos atrasos, é fundamental considerar as perdas existentes na rede. Para o


tráfego de voz codificado sem compressão, elas não são tão importantes.
Contudo, ao comprimirmos a voz, estaremos aumentando a sensibilidade em
relação às perdas. Apesar do protocolo TCP (Transmission Control Protocol)
tentar garantir a recuperação contra congestionamento e perdas, uma garantia
maior só é obtida através de uma banda maior disponível, bem como uma
melhoria no tempo de processamento dos nós.

Outro problema a ser considerado é a escassez de banda. A conversação normal


possui intervalos de silêncio, o que pode gerar um desperdício de recursos em se
tratando de alocar uma possível banda fixa, como ocorre com a telefonia
convencional.
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Por fim, podemos mencionar também como mais uma dificuldade que se afigura o
uso do protocolo UDP como transporte para aplicações de voz. Este protocolo,
que não efetua a reordenação, nem a recuperação por retransmissão, tem a
vantagem de ser o mais adequado para se manter a cadência da conversação.
Além do mais, há alguma tolerância a perdas quando se trata da transmissão de
voz. Contudo, o UDP é do tipo datagrama, e não possui controle de
congestionamento algum. Por isso, ele pode ser um emissor agressivo para a
rede, gerando, assim, congestionamento.

Apesar de todas estas dificuldades, serão mostradas a seguir as tecnologias que


estão em desenvolvimento, ou já estão estabelecidas, que permitem contornar
estes obstáculos.

Principais preocupações:

•Disponibilidade de Banda (Tipo de CODEC / qualidade)


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•Valor Máximo de Atraso (ligação com sinal de câmbio)

•Jitter

•Perda de Pacotes

•Erros na Transmissão

•Eco

Recomendação G.114 (ITU-T)

Datada de 1993, estas recomendações dizem respeito aos limites estabelecidos


para o tempo de transmissão em um sentido:

• 0 a 150 ms - Aceitável para a maioria das aplicações

• 150 a 400 ms - Deve ser avaliado o impacto na qualidade da aplicação

• acima de 400 ms - Geralmente inaceitável

Atraso de algoritmo é o atraso gerado pelo emissor. Formação de um quadro,


mais lookahead. O atraso total de codec é atraso de algoritmo ao tempo mais o
processamento na origem e no destino. O atraso total do sistema é atraso total
formado pelos processos do codec, da serialização, da propagação do sinal
digital, do tempo de filas internas, e do buffer para amenizar o efeito do jitter.

Jitter
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Quando temos atrasos com variações irregulares, chamamos este efeito de jitter.

O emissor pode enviar com freqüência os pacotes que compõem uma mensagem,
mas isso não implica que o receptor irá recebe-los com o mesma diferença de
tempo em que cada um foi enviado.

Para solucionar esse problema utiliza-se um buffer, que armazena os pacotes


recebidos pelo receptor, e reduz a diferença de tempo entre os pacotes.
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Supressão de Silêncio

Como em toda conversação há


momentos de silêncio, ou pausa, é
necessário se decidir o que será, ou
não, transmitido. Assim como um
texto é cheio de espaços em branco,
separando as palavras, uma
conversação é cheia de momentos de
pausa. Estima-se que a maior parte de
uma conversa seja composta de silêncio (ver gráfico ao lado).

Existem várias alternativas para a supressão de silêncio, dentre elas: transmissão


de ruídos, detecção do silêncio, repetição do último pacote, interpolação de
pacote, FEC (Forward Error Correction), etc...

Uso do VAD (Voice Activity Detection), para detecção do silêncio


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H.323

Esta é uma recomendação “guarda-chuva”, referenciando outras recomendações


ITU-T e até o protocolo RTP (Real-Time Transport Protocol) do IETF.
Basicamente, destina-se a transmissão em ambiente com uma ou mais redes
locais.

Exemplos: Ethernet (IEEE 802.3), Fast Ethernet (IEEE 802.10), FDDI (no modo
sem garantia de QoS) e Token Ring (IEEE 802.5).

H.323 – Histórico

Um dos princípios da tecnologia VoIP é o padrão H.323. H.323 define


comunicações multimídia em tempo real - áudio, vídeo e dados - através de
pacotes-base da rede, tais como o IP-base da rede. O ITU especifica que o
padrão H.323 e, em 1996, foi lançada a primeira versão, que foca
acentuadamente nas comunicações multimídia em ambiente LAN que não fornece
a garantia de Qualidade de Serviço (QoS).
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Enquanto o ITU lançou este padrão, investigadores experimentavam as


comunicações de voz através da Internet. A utilização de métodos proprietários
para o estabelecimento de chamadas, comprimindo o tráfego de voz, e localização
de partes de comunicação resultam em produtos incompatíveis. Comunicações
dentro da investigação e indústria rapidamente se aperceberam da necessidade
de um padrão de VoIP e adotar H.323 para alcançar a interoperatibilidade entre os
produtos VoIP. Novos requisitos, tais como comunicações entre um PC baseado
em telefone e um telefone tradicional, comunicação de voz entre dois utilizadores
de PC por meio da Internet, autenticação de chamadas e autorização,
influenciando o desenvolvimento da segunda versão do H.323. Em 1998, o ITU
lançou o H.323 versão 2, que favoreceu estes requerimentos. Esta versão não é
apenas aplicável em ambientes LAN, mas também em ambientes WAN e
metropolitan area network (MAN). Em 2000, o padrão H.323 desenvolvido para a
versão 3, que inclui características tais como capacidades de fax sobre de redes
de pacotes, estabelecimento rápido de chamadas, e comunicação entre
gatekeepers.

H.323 é parte da família padrão H.32x do ITU. Outros padrões H.32x determinam
comunicações multimidia sobre outros tipos de rede (ex., H.320 para ISDN, H.321
e H.310 para Broadband ISDN - B-ISDN, H.322 para LANs que garantam QoS, e
H.324 para redes de circuitos comutados. A PSTN é uma rede de circuito
comutada.)

Abaixo temos um breve histórico de cada versão:

4ª versão – final de 2000;

3ª versão – 1999 (reutilização de conexões, controle remoto de dispositivos,


inclusão de um tipo simplificado de endpoint);

2ª versão – 1998 (melhorias no tocante à segurança, diminuição do tempo


necessário para liberação do canal após a chamada ter sido atendida pelo destino,
incorporação de serviços adicionais e maior integração com T.120);
26

1ª versão – 1996.

Componentes H.323

O padrão H.323 engloba quatro componentes: terminais, gateways, gatekeepers,


e Multipoint Control Units (MCUs). Juntos estes componentes podem oferecer
comunicações multimidia ponto-a-ponto e ponto-a-multiponto.

Um terminal H.323 fornece comunicações em tempo real com outros terminais


suportando voz e vídeo opcional e comunicações de dados. O terminal pode ser
um PC-base de telefone, um aparelho solitário (ex., um telefone IP), ou uma
aplicação a correr num PC. Terminais H.323 são compatíveis com outros terminais
H.32x.
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H.323 – Terminal

Uma gateway H.323 interliga e permite comunicações entre redes H.323 e redes
não H.323, tais como PSTNs. A gateway traduz protocolos para o estabelecimento
e desligamento de chamadas, converte e transfere informação entre duas redes.
(Contudo, para comunicações entre dois terminais H.323 numa rede H.323, não é
necessário uma gateway.) Uma gateway H.323 popular é a gateway IP-PSTN que
liga uma rede IP e PSTN e permite um terminal de conversação H.323 para um
telefone tradicional na PSTN.

Um gatekeeper H.323 é o ponto central de uma rede H.323 e fornece o controle


de chamadas dentro da rede. As suas funções incluem tradução de endereços,
controlo de admissão, manuseamento de largura de banda, busca e relatório de
tempos de conversação. Um gatekeeper é opcional mas quando se apresenta,
terminais e gateways H.323 (aka endpoints) deve utilizá-lo. Um MCU H.323
administra conferências entre três ou mais terminais H.323. Quando terminais
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participam numa conferência, devem estabelecer uma ligação ao MCU. O MCU


garante que todos os terminais na conferência tenham um nível comum de
comunicação, controla recursos de conferência (ex., o terminal específico que
multicasts vídeo), e determina qual o codificador-descodificador (codec) de vídeo
ou áudio para utilizar entre terminais. Em adição, o MCU pode fornecer
opcionalmente

processamento centralizado de corrente de informação de media conferência.

H.323 - Componentes da Arquitetura

Protocolos H.323

O padrão H.323 inclui sete protocolos maiores: codec aúdio; codec vídeo; H.225
registo, admissão e estado (RAS); H.255.0 sinalização da chamada (aka Q.931);
H.245 controlo de sinalização; Real Time Protocol (RTP); e Real Time Control
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Protocol (RTCP). Codec Áudio codifica os sinais de voz do microfone no terminal


H.323 em códigos áudio apropriados para a transmissão em redes H.323.
Decodifica o código de áudio que o terminal H.323 recebe da rede H.323. Um
terminal H.323 suporta uma ou mais codificação e decodificação de algoritmos de
áudio, inclusive G.711, G.722, G.723.1, G.728 e G.729. (O ITU especifica todos
estes algoritmos). O H.323 necessita de representantes de implementações de
terminais H.323 para suportar G.711. Para que dois terminais se entendam um ao
outro, devem suportar pelo menos um algoritmo codec de áudio comum.
Semelhantemente, o codec vídeo codifica sinais de vídeo que uma câmera num
terminal H.323 recebe em códigos de vídeo para transmissões na rede H.323.
decodifica os códigos de vídeo recebidos para o display de vídeo no terminal
H.323. O Codec de vídeo é opcional para implementações H.323. Os algorítmos
de codec de vídeo H.323 são o H.261e H.263. Dois terminais H.323 trocam
informação vídeo devem suportar pelo menos um algorítmo codec de vídeo
comum. H.225.0 RAS é um protocolo cliente/servidor para utilizar entre um
endpoint e o gatekeeper. Este protocolo define como endpoints H.323 se localizam
e registam com o gatekeeper. H.225.0 RAS também define como o gatekeeper
localiza endpoints, admite-os num zona e especifica a sua permissão de acesso.
H.255.0 sinalização de chamadas é um protocolo que estabelece uma ligação
para o H.245 controlo de sinalização. H.245 controlo de sinalização é um protocolo
para a troca de mensagens de controlo, tais como capacidades dum terminal de
aúdio e vídeo e negociação das facilidades de chamadas entre dois endpoints de
comunicação.
H.323 emprestou o RTP E RTCP para o IETF; que definem os protocolos no
Request for Comments (RFC) 1889. Aplicações de VoIP são muitas vezes
aplicações de aúdio e vídeo em tempo real. RTP fornece serviços de entrega end-
to-end para dados que necessitem de suporte em tempo real. O serviço incui tipo
de identificação payload (ex., pacote), seqüência de numeração, timestamping e
monitorização da entrega. Em VoIP, RTP utiliza funções de multiplexagem e
checksum UDP. RTCP monitoriza a qualidade da entrega de dados através da
função de um relatório de feedback que o remetente e recepção do RTCP
30

executam. O protocolo também contém um nível de transporte de identificação, o


nome canônico, para uma fonte RTP que o destinatário utiliza para sincronizar
áudio e vídeo.

H.323 - Pilha de Protocolos

Procedimentos H.323

Dois terminais podem comunicar diretamente sem um gatekeeper, mas o


gatekeeper fornece várias funções úteis, tais como controlo de admissão e
manuseamento de largura de banda. Uma boa rede H.323 inclui um gatekeeper.
Antes de um terminal poder falar para outro terminal num gatekeeper administrado
por uma rede H.323, o terminal deve ter admissão por parte do gatekeeper. O
terminal descobre o gatekeeper ao longo de um método estático ou dinâmico. No
método estático, pode configurar-se o terminal para guardar estaticamente o
endereço IP do gatekeeper no terminal. No método dinâmico, o terminal envia
para o gatekeeper um pedido de mensagem para um endereço multicast, e o
gatekeeper que ouve o endereço multicast, responder ao pedido com a
mensagem de confirmação do gatekeeper que contêm o endereço IP do
gatekeeper. O primeiro terminal, Terminal 1, por exemplo, envia um pedido de
admissão ao gatekeeper e pede permissão para falar com o terminal destinatário,
Terminal 2. O gatekeeper responde ao Terminal 1 com uma mensagem de
31

confirmação de admissão que inclui o endereço IP do Terminal 2. O gatekeeper


pode recusar o pedido de admissão se o ACL mostra ao Terminal 1 que não tem
permissão para falar com o Terminal 2 ou a largura de banda utilizada
actualmente excedeu o threshold definido. Este processo de admissão utiliza o
protocolo H.225.0 RAS.

Quando o Terminal 1 recebe a confirmação de admissão, abre uma ligação TCP


para o protocolo H.255.0 RAS sinalização de chamadas entre o Terminal 1 e o
Terminal 2 e utiliza o protocolo para enviar para o Terminal 2 uma mensagem de
configuração. Quando o Terminal 2 recebe uma mensagem de configuração, esta
utiliza o mesmo procedimento de admissão que o Terminal 1 efectuou para pedir
permissão do gatekeeper para falar com o Terminal 1. Quando o Terminal 2
recebe a confirmação de admissão, este utiliza então o protocolo H.255.o de
sinalização de chamadas para enviar ao terminal 1 uma mensagem de ligação que
inclui o H.245 número de porto TCP que o Terminal 2 pretende utilizar. O Terminal
1 estabelece então uma ligação TCP com o Terminal 2. Ao longo desta ligação,
ambos os terminais utilizam o H.245 protocolo de controlo de ligação para trocar
informações sobre a capacidade do terminal e negociar as vantagens da
chamada. Antes de utilizar o protocolo H.245 para abrir canais áudio, o terminal
também determina qual dos terminais é o principal e qual deles é o secundário
para a chamada. Cada terminal abre um canal lógico unidirecional para a
transmissão de áudio. O Terminal 1 envia para o Terminal 2 um pedido de canal
aberto H.245 para abrir um canal de áudio, que inclui o porto UDP que o receptor
RTCP irá reportar. O Terminal 2 reage ao Terminal 1 com o reconhecimento de
um canal aberto H.245 que indica ao porto UDP que o fluxo de áudio RTP irá
utilizar e o remetente RTCP irá reportar. Da mesma maneira, o Terminal 2
estabelece outro canal de áudio de si mesmo para o Terminal 1. Os terminais
completam o estabelecimento da chamada e podem dar início à troca de
comunicações VoIP. A Figura 5 ilustra este processo.

Este exemplo não descreve um terminal comunica com outro terminal fora da zona
H.323, tal como a PSTN. Contudo, o processo é similar: o Terminal 1 comunica
32

com a gateway e a gateway converte os protocolos e mensagens entre o Terminal


1 e o Terminal 2.

H.323 - Sinalização em Chamada

SIP

H.323 recebeu suporte de vendedores VoIP, mas dois outros padrões VoIP
ganharam aceitação na indústria. O IETF desenvolveu o Session Initiation Protocol
(SIP, definido no RFC 2543) e o Media Gateway Control Protocol (MGCP, definido
no RFC 2705) para a Internet.

Como aprendeu o estabelecimento de chamadas em H.323 não é simples - requer


controle de admissão, estabelecimento de ligação, negociação da vantagem da
chamada e a abertura do canal de áudio e envolve vários protocolos.
33

O estabelecimento de uma chamada VoIP através do H.323 pode demorar mais


tempo que uma chamada normal PSTN. Contudo o novo H.323 versão 3 acelera o
estabelecimento da chamada, vendedores não implementaram largamente esta
versão nos seus produtos.

Comparativamente com o H.323, o SIP é um protocolo menos pesado no que diz


respeito ao estabelecimento da chamada. Quando um utilizador pretende telefonar
para outro utilizador, o chamador inicia a chamada com uma mensagem de
convite, que contêm informação como a identificação do chamador e as
características da chamada e os serviços que o chamador pretende utilizar. O
chamador envia a mensagem de convite para um servidor SIP, cujas funções
tanto como um proxy ou um servidor redirecionado. O chamador aprende o
endereço do servidor SIP by querying um servidor DNS. Quando um servidor
proxy recebe uma mensagem de convite, utiliza uma localização de serviço para
encontrar a chamada party e reenvia a mensagem de convite para a chamada. A
chamada envia então uma resposta OK para um servidor SIP proxy, que reenvia a
resposta OK ao chamador. O chamador envia então a chamada em conhecimento
ao longo do servidor proxy que completa o estabelecimento da chamada. A Figura
6 descreve o processo de estabelecimento de uma chamada SIP com um servidor
proxy. Em contraste com este processo, quando um servidor redirecionado SIP
recebe uma mensagem, este devolve para o chamador a localização da chamada,
para o qual o chamador pode enviar a mensagem de convite. O redirecionamento
do servidor SIP pode também efectuar uma autenticação e autorização de uma
chamada.
O SIP utiliza um padrão de Internet URL para identificar um cliente ou utilizador
SIP (ex., SIP: john@acme.com, o que representa a identificação do utilizador SIP
John). Com este formato, pode utilizar o endereço email de alguém para adivinhar
a identificação da pessoa SIP. Pode "embed" um URL SIP numa página Web;
depois, quando clicar o URL SIP na página Web, pode iniciar uma chamada para
a pessoa que o URL representa.
34

SIP oferece uma característica única, "fork", que o H.323 não fornece. Um servidor
SIP pode "fork uma mensagem de convite recebida por “issuing" mais que um
pedido para um grupo de telefones ou computadores para que várias extensões
recebem a mesma chamada em conjunto. O party que responde às chamadas lida
com com o resto das comunicações. Esta característica funciona bem para
operações de serviço a clientes.SIP é um protocolo baseado em texto, semelhante
ao HTTP, e tem apenas seis mensagens de controlo fundamentais para o
estabelecimento e desligamento de chamadas. Por isso, pode facilmente
implementar o SIP com linguagens tais como Java e Perl. Um dos vendedores que
suporta e promove fortemente SIP é a 3Com. A empresa desenvolveu um servidor
SIP e uma linha de produtos telefones SIP. A Microsoft está também a
desenvolver um servidor SIP e um cliente SIP para o Wndows, que a empresa
mostrou na Conferência Voice of Net (VON) Spring 2001.

Funcionalidades:

+ Localização de usuários;

+ Estabelecimento de chamadas;

+ Suporte a unicast ou multicast;

+ Administração na participação de chamadas (transferências, conferência...);

+ Possibilidade de participação de um usuário em terminal H.323, via gateway.

SIP – Comandos

Alguns comandos SIP:

H INVITE - “convida” um usuário para uma chamada;

H BYE - termina a conexão entre dois usuários;


35

H OPTIONS - solicita informações de capacidade;

H ACK - confirma recebimento de resposta a um INVITE;

H CANCEL - interrompe a busca por um usuário;

H REGISTER - informa a localização de um usuário ao servidor de registro.

SIP - Exemplo

MGCP

Outro padrão VoIP para implementações gateway é o MGCP IETF. Este protocolo
assume que o estabelecimento de chamadas e funções de controle está fora da
gateway. Separadamente as funções de gateway para o estabelecimento de
chamadas e funções de controle simplificam as implementações de gateway,
atualização e manutenção. O MGCP pode trabalhar com H.323. Gateways
definidas e suportadas por MGCP incluem gateways "trunking" (i.e., gateways
PSTN-IP) essa interface entre redes VoIP e PSTN; gateways Voice over
Asynchronous Transfer Mode (ATM) que fazem a interface entre redes de Voz
sobre ATM e PSTN; gateways residenciais que fornecem a interface a redes VoIP
36

para cable modem, Digital Subscriber Line (DSL) e aparelhos sem fios broadband;
e gateways baseados em PBX que fornece interfaces de PBX digital tradicional
para redes VoIP.

Conclusão

VoIP ainda é novo e não tem sido amplamente implementado. Contudo, a eficácia
dirigida do IP onipresente irá ter a certeza que eventualmente desenvolve
aplicações VoIP na sua rede. Antes de começar a implementar a VoIP, necessita
de construir uma infraestrutura de rede que suporte a VoIP, mantendo em mente
as seguintes considerações.

A VoIP ajuda a reduzir o custo das comunicações de voz da sua empresa através
da utilização das vantagens de custo da montagem da rede IP e Internet e
integrando a velha PSTN. Esta tecnologia desenvolvida permite-lhe construir
novas aplicações e-commerce interativas para melhorar a eficiência e qualidade
do serviço a clientes.
37

Muitas empresas ainda mantêm uma rede dedicada de voz e uma rede de dados
separada, mas estão a aperceber-se do valor (ex., baixo custo, preço flat-rate) da
Voz sobre IP (VoIP) em redes baseadas em dados. VoIP é uma tecnologia que lhe
permite fazer chamadas telefônicas e enviar faxes sobre uma rede de dados IP
como se estivesse a utilizar a rede Pública Tradicional Telefônica Comutada
(PSTN). Esta capacidade permite a redução dos custos de telefone e fax das
empresas; converge serviços de dados, voz, fax, e vídeo; e constrói novas
infrastruturas para aplicações avançadas de e-commerce (ex., Call center Web).

VoIP recebeu suporte das organizações standart, tais como a International


Telecommunications Union (ITU) e a Internet Engineering Task Force (IETF) e dos
distribuidores de comunicações. Hoje, pode-se encontrar produtos de VoIP no
mercado e construir redes VoIP. Antes de se implementar VoIP na sua empresa
deve tornar-se familiar com esta aplicação, tecnologias fundamentais, H.323 e
outros padrões VoIP, e explorar várias considerações de desenvolvimento VoIP.

Referências Bibliográficas

LIMA, Élen de Oliveira. Protocolo de Comunicação de Voz sobre IP. Universidade


Católica do Salvador. Salvador, 2000.

Fernandes, Nelson Luiz Leal. Voz sobre IP – uma visão geral. Disponível [on line]
em: http://www.rederio.br/downloads/pps/PalestraVozIP_RedeRio2.pps. Acesso
em: 22/04/2002.

Produtos & Serviços. Disponível [on line] em: http://www.cisco.com/global/BR/.


Acesso em: 22/04/2002.

Telecom. Disponível [on line] em: http://www.idgnow.com.br/. Acesso em:


22/04/2002.
38

Voz sobre IP. Disponível [on line] em: http://www.voz-sobre-ip.com/. Acesso em:
22/04/2002.

Telefone Comum sobre IP. Disponível [on line] em:


http://www.dtr.com.br/Interfone/. Acesso em: 22/04/2002.

Voz sobre IP: Uma visão geral. Disponível [on line] em:
http://www.rederio.br/downloads/PalestraVozSobreIP.html. Acesso em:
22/04/2002.

Problemas para transmissão de voz em redes IP. Disponível [on line] em:
http://www.gta.ufrj.br/~gardel/redes/prob.htm. Acesso em: 22/04/2002.

Telefonia IP. Disponível [on line] em: http://www.argonet.com.br/voip.htm. Acesso


em: 22/04/2002.

Anexos: Mídia

Yahoo! lança serviços de voz

Terça-feira, 10 de Outubro de 2000 - 13h11


Fonte: IDG Now!

O Yahoo!, site mais visitado do planeta, anunciou um pacote de serviços de voz


para melhorar a comunicação e o acesso a informação de seus usuários. A
iniciativa, batizada de Yahoo! by Phone, envolve ferramentas que permitem a
comunicação utilizando recursos de voz e texto.

O serviço é gratuito e poderá ser acessado pelo telefone 1-800-My-Yahoo (1-800-


69-92466). As informações a serem ouvidas devem ser solicitadas por meio da
digitação de códigos em telefones de tom.
39

O pacote permitirá que os usuários ouçam seus e-mails através do telefone


convencional ou celular e façam ligações interurbanas para qualquer cidade dos
Estados Unidos via voz sobre IP, pagando apenas a chamada local. O último
estará utilizando os serviços da provedora Net2Phone.

Os consumidores também poderão acessar o mesmo conteúdo e serviços


disponíveis no site do Yahoo! - como quota de ações, serviços finaceiros, notícias,
esportes e previsão do tempo - de qualquer telefone e qualquer lugar daquele
país.

VoicePhone lança solução de voz sobre IP

Sexta-feira, 28 de Julho de 2000 - 14h22

Fonte: IDG Now! (Karina Garcia)

Dentro de 15 dias a empresa americana Voice Global Connection estará lançando


no mercado nacional o aparelho telefônico VoicePhone. Conectado a um
computador online, o produto permite que o usuário faça ligações interurbanas e
internacionais pela Web - voz sobre IP - sem o auxílio dos tradicionais microfones
e caixas de som multimídia.

Segundo a empresa, o aparelho permite fazer ligações pela Internet com a mesma
qualidade das que são estabelecidas pelas operadoras de telefonia. As ligações
sobre IP podem reduzir os custos das chamadas telefônicas em até 95%, já que o
usuário só pagará a ligação ao provedor de Internet e o impulso local de acesso.

A empresa disse ainda que, para garantir a qualidade das ligações oferecida pelo
VoicePhone, as duas pessoas que estiverem se comunicando devem possuir o
40

aparelho, que estará custando US$ 150 para o usuário final. Por esse mesmo
motivo, a Voice Global Connection estará comercializando no mínimo dois
equipamentos, que podem ser utilizados em ambiente de rede local ou dial-up.

Só operadoras prestam serviços de telefonia fixa, diz Anatel

Segunda-feira, 7 de Agosto de 2000 - 10h37

Fonte: IDG Now!

Com exceção das operadoras privatizadas - Telemar, Brasil Telecom e Telefônica


- e as espelhos, nenhuma outra empresa poderá prestar serviços de telefonia fixa,
nem com o auxílio da Internet, informou Luiz Francisco Perrone, vice-presidente
da Anatel.

Segundo Perrone, as empresas que estiverem fazendo uso da tecnologia para


operar os serviços de telefonia fixa - inclusive voz sobre IP - estarão ferindo a
regulamentação brasileira. "Quando se estabelece uma conexão na Internet pode-
se transmitir sinais de dados, vídeo, multimídia e voz. O que não pode é a
empresa efetuar o serviço de telefonia fixa".
41

Motorola e Nortel firmam aliança em voz sobre IP

Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2002 - 11h40

Fonte: IDG Now!

Os equipamentos a cabo digitais da Motorola incluirão a partir de agora tecnologia


da Nortel Networks. O acordo selado entre as duas tem como objetivo realizar
chamadas telefônicas sobre IP (Internet Protocol) a preços mais acessíveis.

De acordo com Ann Fuller, porta-voz da Nortel, as fabricantes parceiras esperam


que o trabalho em conjunto assegure a eficiência dos dispositivos de acesso a
cabo nas residências dos usuários, contando com o equipamento telefônico da
Nortel nas operações centrais das operadoras de cabo para baratear a oferta de
novos serviços digitais.

"Hoje, uma companhia de cabo teria que fazer testes prévios para essa
tecnologia", observa Ann Fuller. Trabalhando desta forma, a executiva afirma que
“as operadoras de cabo desenvolverão muito mais rápido uma rede de voz sobre
IP e novos serviços”, afirma a porta-voz.

O acordo, que não é exclusivo, inclui vendas coordenadas e suporte a produtos de


voz sobre IP de ambas as companhias, bem como planejamento e design de
redes, e implementação de serviços para potenciais clientes do setor de cabo.
42

IFX Networks cria solução de voz sobre IP para empresas

Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2002 - 11h42

Fonte: IDG Now! (Karina Garcia)

A IFX Networks, especializada em serviços de comunicação de dados


corporativos e Internet, lançará uma solução de voz sobre IP para o mercado
empresarial. A novidade permitirá que os usuários façam ligações através da
Internet utilizando o PABX da empresa, telefone ou computador.

A tecnologia, segundo especialistas, permite uma economia no custo das


chamadas telefônicas de longa distância de até 95%, já que o usuário só paga a
ligação ao provedor de Internet e o impulso local de acesso.

De acordo com John Weimer, presidente da IFX no Brasil, esse será mais um
serviço de valor agregado da compahia, no qual a IFX fornecerá uma determinada
quantidade de banda com protocolo de Internet, que pode variar de acordo com
necessidade da empresa. O cliente poderá contratar o mínimo de 256 Kbps até
155 Mbps. "Com a aquisição, o usuário poderá trafegar - além de voz - dados e
vídeo", afirma.

O executivo prefere manter segredo quanto ao nome do produto e o preço que


será cobrado por ele, mas garante que a solução chegará ao mercado no primeiro
semestre do ano em diversos países onde a empresa está presente, inclusive no
Brasil. A oferta do serviço, no entanto, ainda depende do sinal verde da Agência
43

Nacional das Telecomunicações (Anatel). A empresa já solicitou autorização e


aguarda agora a aprovação do órgão.

Além da subsidiária local, a IFX mantém operações na Argentina, Bolívia, Chile,


Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá,
Uruguai, Venezuela e mais os Estados Unidos. Vale ressaltar que a IFX é um dos
principais investidores do provedor de acesso gratuito Tutopia.

FBI estuda novas versões do Carnivore

Terça-feira, 24 de Outubro de 2000 - 12h33

Fonte: IDG Now!

O FBI está desenvolvendo novos recursos de Internet para sua ferramenta de


inspeção de e-mails, Carnivore. A informação foi dada pelo Centro de Informações
Eletrônicas Privadas (EPIC), grupo defensor da privacidade americana, que
conseguiu arrancar alguns documentos do FBI depois de processar a agência
americana.

Segundo a entidade, o FBI está criando agora um Carnivore melhorado, com duas
novas versões do sistema. O EPIC calcula que mais de um terço das informações
já foi parar em suas mãos, somando 565 documentos. Tais dados mostram que as
versões futuras do sistema deverão incluir recursos para interceptar comunicações
de Voz sobre IP (Internet Protocol), uma tecnologia geralmente usada para fazer
chamadas telefônicas com o uso da Web.

Os documentos esclarecem que as capacidades do Carnivore vão além do


rastreamento de e-mails. O sistema também será capaz de extrair pacotes que
contenham informações sobre sites da Web e dados pessoais, e aparentemente
qualquer coisa que esteja sendo comunicada.

Os documentos - encaminhados ao EPIC no dia 2 de outubro - são os primeiros


de uma série de informações que o Centro deverá receber como resultado de seu
44

processo. Este, está sendo investigado pelo Congresso americano e questionado


por órgãos defensores da privacidade daquele país.

O EPIC moveu uma ação contra o FBI no início do ano, depois que a agência
americana revelou a existência do Carnivore. O processo, baseado na Lei de
Liberdade de Informação (FIOA), exige a publicação de todas as gravações
adquiridas pelo FBI com o uso do Carnivore, incluindo o código original e outros
detalhes da tecnologia

Deltatronic anuncia solução de voz sobre IP para empresas

Quarta-feira, 29 de Agosto de 2001 - 13h17

Fonte: IDG Now!

A Deltatronic, distribuidora de equipamentos para conectividade, está


apresentando na Comdex 2001 uma nova solução capaz de promover a
integração de voz e dados de um mesmo canal de comunicação. Trata-se do
Internet Telephony Gateway para VolP, da Planet, um sistema capaz de transmitir
ligações telefônicas através de redes (TCP-IP), baseadas na Internet ou link
dedicado.

Segundo a companhia, a nova solução possibilita a realização de chamadas


telefônicas sobre IP (Internet Protocol), de forma transparente, como se estivesse
utilizando linhas telefônicas regulares e sem custo de ligações interurbanas.

"Com o VolP Planet, pretendemos levar às empresas a solução ideal de telefonia


alternativa, mas com a mesma segurança e confiabilidade de um sistema
tradicional", disse Arthur Santos, supervisor de Engenharia de Produtos da
Deltatronic em Belo Horizonte. A Deltatronic informou que a solução VoIP já
encontra-se disponível para comercialização.

Segundo o executivo, o equipamento é um gateway que habilita o usuário a


combinar voz em sua estrutura de dados existente. Para a empresa, a solução
permite uma redução de custos de chamadas telefônicas entre filiais remotas de
45

uma empresa, e diminuição no número de linhas tronco da companhia. Além


disso, o tráfego de voz e dados é feito através de uma única infra-estrutura, e o
serviço pode ser utilizado tanto para ligações locais, como interurbanas e
internacionais. Para facilitar o uso, o aparelho ainda configura e planeja chamadas
telefônicas via Internet

British Telecom e Nokia concluem primeiros testes de 3G

Terça-feira, 8 de Maio de 2001 - 11h53

Fonte: IDG Now!

A operadora inglesa British Telecom e a Nokia concluíram seus primeiros testes


da tecnologia de terceira geração (3G). O experimento incluiu serviços de voz
sobre IP via celular, aplicações como apresentação de vídeos pelo telefone, envio
e recebimento de mensagens multimídias baseadas no protocolo IP e streaming
em vídeo. Segundo as companhias, os recursos foram baseados no padrão
internacional 3GPP (Third Generation Partnership Project).

De acordo com a Nokia, os testes foram feitos nos servidores de aplicação da


operadora baseados em IPv6 (Internet Protocol version 6). Além dos testes, as
duas companhias estão trabalhando em conjunto no desenvolvimento da rede e
de novos serviços e produtos - como o System in Package (SiP). Ainda não há
previsão de quando o sistema estará pronto para operar, mas as parceiras
acreditam que o tráfego da rede feito por pacote de dados deverá exceder o
sistema de tráfego por circuito em 2005.

No mês passado, a concorrente da BT, a gigante Vodafone, anunciou que havia


feito sua primeira chamada de celular em 3G de uma rede real no Reino Unido.
Adicionalmente, a japonesa NTT DoCoMo disse que irá lançar seus testes de 3G,
baseados no sistema WCDMA (Wideband Code-Division Multiple Access), em 30
de maio para 4 mil clientes em Tóquio.
46

Sem se abalar, a BT continua prometendo que será a primeira companhia no


mundo a oferecer os serviços de terceira geração. O lançamento está previsto
para acontecer no final de maio na Ilha de Man (que fica entre a Inglaterra e a
Irlanda), através da subsidiária da operadora, Manx Telecom.

AOL Time Warner e Nortel fecham parceria

Quarta-feira, 31 de Janeiro de 2001 - 19h40

Fonte: IDG Now!

A AOL Time Warner fechou um acordo de tecnologia e marketing com a Nortel


Networks, que visa estender os recursos das empresas nas áreas de
telecomunicações e mídia, oferecendo novos serviços aos consumidores e
mercado corporativo.

Pela aliança, a Nortel fornecerá tecnologia para as diversas empresas da AOL


Time Warner e irá utilizar as plataformas de acesso à Internet da gigante da mídia
para fornecer serviços de voz sobre IP em seu site para o mercado corporativo.

A fabricante informou ainda que estará expandindo sua parceria de publicidade


com a Time Inc., incluindo as edições das revistas Time e Fortune. A parceria
também ampliará os negócios relacionados ao marketing das empresas. Assim, a
Nortel investirá mais no patrocínio à rede CNN de televisão.
47

6% das ligações internacionais são feitas via voz sobre IP

Quarta-feira, 7 de Novembro de 2001 - 12h12

Fonte: IDG Now!

As chamadas telefônicas feitas pela Internet já correspondem a 6% de todo o


volume de ligações internacionais feitas no mundo, segundo um estudo da
TeleGeography Inc. A tecnologia permite uma economia no custo das chamadas
telefônicas de até 95%, já que o usuário só pagará a ligação ao provedor de
Internet e o impulso local de acesso.

De acordo com o presidente da empresa, Jason Kowal, em regiões do mundo com


uma grande quantidade de acordos de interconexão entre operadoras de telefonia
fixa, as prestadoras poderiam utilizar a Internet para diminuir os custos
operacionais.

No entanto, as companhias de longa distância internacional que possuem um


monopólio doméstico geralmente encaram as chamadas de voz sobre IP como
uma ameaça aos seus ganhos, já que a atividade reduz gradualmente suas
receitas e seus acordos de pagamento com operadoras do exterior.

Segundo o estudo, a rota de ligações dos Estados Unidos para o México


corresponde a 12% do tráfego de voz sobre IP mundial. As chamadas feitas dos
Estados Unidos para a China contabilizam 6,6%, com a Rússia, Brasil, Polônia e
Israel no principal grupo de destino das ligações pela Web. Kowal disse ainda que
grande parte das ligações IP são originadas nos EUA, mas seu uso está
ganhando terreno também na Inglaterra e na China.
48

47% das chamadas de longa distância serão feitas pela Web

Quarta-feira, 29 de Novembro de 2000 - 16h24

Fonte: IDG Now!

Uma pesquisa realizada pela IDC revelou que as aplicações de voz pela Web (voz
sobre IP) deverão gerar um tráfego de 470 bilhões de minutos em conversação
em 2005. Tais recursos englobam ligações feitas de PC para telefone,
comunicações unificadas, e-commerce com capacidade de voz e teleconferências
via Internet.

Mark Winther, vice-presidente de pesquisas de telecom da IDC, estima que cerca


de 5,5 bilhões de minutos são gastos atualmente com telefonia baseada na
Internet. Segundo ele, em 2005, a comunicação de voz pela Internet deverá
representar nada menos que 47% do total de tráfego de voz para chamadas de
longa distância internacionais e nacionais dentro dos Estados Unidos.

Winther faz uma retrospectiva dos serviços de comunicação que vieram antes da
voz sobre IP. O primeiro deles, o Hotmail, foi lançado em julho de 1996 como um
serviço de correio eletrônico gratuito, inovador para a época. Este ultrapassou 1
milhão de assinantes registrados nos primeiros seis meses de atividades. Em
dezembro do mesmo ano, os internautas conheceram o ICQ, o primeiro serviço de
chat em tempo real. Em cinco meses, o ICQ bateu 1 milhão de usuários
registrados.

Mas, de acordo com a estimativa da IDC, o sucesso dos serviços de voz pela Web
poderá impedir o crescimento dos recursos citados anteriormente. Um exemplo é
a dialpad.com que, em outubro do ano passado, lançou um serviço de chamadas
PC-to-phone gratuito. Em apenas 60 dias, a empresa conquistou 1 milhão de
usuários. Atualmente, os clientes ativos do serviço vêm gerando volumes cada vez
maiores de minutos de "conversas online", como a PhoneFree.com, que
contabiliza mensalmente 40 milhões de minutos em conversação pela Web.
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De acordo com o vice-presidente da IDC, a melhoria nas aplicações de voz sobre


IP representará a morte dos altos preços de telefonia de longa distância. A
solução para as empresas do setor será conciliar os dois tipos de serviço - integrar
a potência da Internet com a familiaridade do telefone fixo.

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