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A radiação eletromagnética é uma forma de energia que se propaga pelo espaço sem a
necessidade de um meio físico para sua sustentação e que apresenta, simultaneamente,
características de ondas e de partículas. A radiação eletromagnética se apresenta de diversas
formas, sendo mais facilmente perceptíveis a luz e ao calor. Inicialmente, a radiação
eletromagnética foi conhecida apenas por seu caracter ondulatório ao explicar de maneira
satisfatória fenômenos óticos tais como: reflexão, interferência, refração, difração e
polarização. No entanto, o modelo corpuscular foi o único a explicar o efeito fotoelétrico e a
absorção e emissão de energia radiante. Assim, a radiação eletromagnética é vantajosamente
entendida como uma forma de energia que apresenta propriedades de partículas e de ondas.
Existe uma relação básica envolvendo três destes parâmetros, mostrada na expressão 1:
f=c/λ (1)
E=h. f(2)
E=h.c/λ (3)
Esta relação demonstra que uma onda eletromagnética com um cumprimento de onda
pequeno ( alta freqüência ) é transporta mais energia que uma onda com grande cumprimento
de onda ( baixa freqüência ).
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A região ultravioleta de vácuo recebeu este nome porque nesta região do espectro os raios UV
são fortemente absorvidos pelo ar. A região de UV próximo é ainda dividida em três outras, que
são denominadas de:
Germicida – freqüências entre 3.10 16 Hz e 1,1.10 14 Hz
Região de bronzeamento – freqüências entre 1,1.10 14 e 9,1.10 14 Hz
Região de luz negra – freqüências entre 9,1.10 14 e 8.10 14 Hz
Por sua vez a região do espectro denominada visível recebeu este nome porque corresponde
com a faixa de ondas capazes de ser detectadas pelo olho humano. A tabela 2 apresenta as
cores obtidas para cada faixa de cumprimento de onda dentro da região visível. Na figura 2 são
mostradas as relações de proporcionalidade entre as grandezas que descrevem o
comportamento da radiação dentro do espectro eletromagnético.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Ultravioleta Infravermelho
n° de onda ( cm –1 )
Freqüência ( Hz)
Energia ( J )
2.10 –16 1.10 -18 5.10 -19 2,5.10 -10 8.10 -20 8.10 -21 5.10 -22
Quando a radiação eletromagnética incide em um meio material, seu vetor elétrico interage
com os elétrons dos componentes do meio – átomos, íons ou moléculas – e isto pode dar
origem a diferentes fenômenos, tais como a reflexão, refração, dispersão, difração,
espelhamento, absorção atômica e absorção molecular.
As absorções atômicas e molecular são ditas quantizadas porque os átomos, íons e moléculas
possuem níveis de energia limitados e bem definidos e eles somente podem sofrer excitação
quando absorvem quantidades específicas de energia – isto é, quando absorvem radiação com
comprimento de onda definido.
Absorção atômica é a absorção de energia radiante por átomos isolados; sendo que, por
átomos isolados entende-se o material no estado vapor com átomos não ligados quimicamente
a outros átomos. Quando se irradia um vapor de sódio, por exemplo, com freqüências na
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
região do UV – Vis, somente poucas freqüências na região do visível são absorvidas e o sódio
permanece transparente às demais freqüências. Assim, o espectro atômico do sódio consiste
de uma série de raias com freqüências bem definidas, resultantes de transições eletrônicas que
envolvem somente elétrons da camada de valência.
As diferenças entre os níveis eletrônicos são muito maiores que entre os níveis vibracionais em
um mesmo estado eletrônico. Por outro lado, as diferenças entre os estados vibracionais são
muito maiores que entre os estados rotacionais em um mesmo nível vibracional.
a) Transições rotacionais
b) Transições vibracionais
Nas vibrações moleculares, que persistem nos estados condensados da matéria, as ligações
químicas são estiradas e torcidas, sendo que estas transições envolvem energias maiores que
as variações rotacionais, correspondentes às freqüências de 13.000 cm-1 e 400 cm-1 .
c) Transições eletrônicas
Nos compostos orgânicos, a maioria dos elétrons envolvidos em ligações simples possuem
energias de excitação relativamente altas, com comprimentos de onda menores que 180 nm –
região de ultravioleta do vácuo. Assim, em virtude das dificuldades operacionais envolvidas na
obtenção de espectros nesta região, na prática têm grande utilidade as informações obtidas
através dos estudos realizados nas regiões do visível e ultravioleta próximo. Nestas regiões, as
absorções estão limitadas a um número relativamente pequeno de grupos funcionais,
denominados cromóforos, que apresentam elétrons de valência com energias de excitação
relativamente pequenas.
Os espectros eletrônicos das espécies orgânicas contendo grupos cromóforos costumam ser
extremamente complexos em função da sobreposição de transições vibracionais às transições
eletrônicas, de tal forma que sua aparência é de bandas largas e contínuas, combinação de
séries de raias sobrepostas. Os elétrons que contribuem para absorção da radiação são:
Os orbitais moleculares presentes nas moléculas orgânicas podem ser classificados nos
seguintes tipos, de acordo com a teoria do orbital molecular:
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A figura 3 mostra um diagrama representativo dos níveis energéticos dos tipos de orbitais
moleculares considerados.
σ* Antiligante
Energia
π * Antiligante
n →σ *
n →π *
n Não ligante
π →π *
π Ligante
σ →σ*
σ ligante
Em geral o nível energético dos elétrons não ligantes situa-se entre os níveis dos orbitais
ligantes e antiligantes. As transições eletrônicas representadas são do tipo σ → σ *, n → σ *, n
→ π * e π → π *. As diferenças de energias envolvidas nos vários tipos de transição seguem a
seguinte ordem:
a)Transições σ → σ *
As transições sigma – sigma antiligante requerem uma grande quantidade de energia para
acontecer. Compostos como os hidrocarbonetos saturados absorvem somente na região do
ultravioleta de vácuo porque estes não possuem elétrons não ligantes “n”, contando apenas
com ligações σ . Por exemplo, o propano ( H3C-CH3-CH3) possui um máximo de absorção em
135 nm.
b)Transições n → σ *
c)Transições n → π * e π → π *
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
As moléculas orgânicas onde os cromóforos estão separados por mais de uma ligação simples
diz que não há conjugação e cada um dos cromóforos presentes contribui com bandas de
absorção individuais para o espectro. No entanto, quando a separação dos cromóforos é de
apenas uma ligação simples, há conjugação e os espectros exibem acentuadas modificações
já que a distribuição do elétron é deslocalizada sobre um mínimo de quatro centros atômicos.
Como conseqüência dessa deslocação há uma queda do nível energético do orbital π *, com a
resultante diminuição da energia necessária para a transição π → π * e o aumento da
intensidade da absorção em virtude do aumento da probabilidade de ocorrência da transição .
Quando conjugação envolve três ligações duplas, o efeito batocrõmico é ainda mais
pronunciado.
Uma molécula de cloreto de hidrogênio – HCL, por exemplo, possui momento de dipolo
diferente de zero, uma vez que o átomo de cloro é mais eletronegativo que o próton ( átomo de
hidrogênio ) e atrai mais para si os elétrons de valência. Quando esta molécula absorve
radiação na região do infravermelho, a freqüência de vibração da ligação CL – H aumenta,
aumenta a separação entre os núcleos com cargas parciais positiva e negativa e o campo
elétrico da radiação assim pode transferir energia para a molécula.
Como no caso dos níveis eletrônicos, os níveis rotacionais e vibracionais também são
quantizados, as trocas de energia ( absorção / relaxação ) em níveis vibracionais requerem
mais energia que as trocas nos níveis rotacionais. Para amostras gasosas, um nível vibracional
pode conter vários níveis rotacionais. Em amostras sólidas e líquidas, a rotação das moléculas
sobre restrições de modo que poucos níveis rotacionais são percebidos. Assim, considerando
que a grande maioria das amostras está normalmente na forma líquida ou sólida, as transições
mais importantes para identificação de substâncias por infravermelho são as vibracionais,
sendo estas usualmente classificadas em estiramento ( deformação axial ) e deformação
angular.
Simétrica Assimétrica
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
a) Estiramento simétrico
Vibrações de estiramento simétrico são vibrações nas quais os núcleos envolvidos na ligação
se aproximam e se afastam simultaneamente de um mesmo ponto de referência.
b) Estiramento assimétrico
Vibrações de estiramento assimétrico são vibrações nas quais um dos núcleos se aproxima de
um determinado ponto de referência à medida que o outro núcleo se afasta.
Vibrações de deformação angular são vibrações que alteram o ângulo formado entre duas
ligações vibrantes e que, consequentemente, exigem um número mínimo de três átomos na
molécula para ocorrerem. As vibrações de deformação angular são classificadas em 04 tipos,
divididos em duas categorias:
♦Deformações angulares no plano: simétrica e assimétrica
♦Deformações angulares fora do plano: simétrica e assimétrica
Novamente aqui os termos simétrica e assimétrica referem-se ao movimento em fase de dois
dos três átomos envolvidos em relação a um ponto . A figura 05 mostra os quatro tipos de
deformação angular. Nesta, os ângulos que sofrem alteração durante as vibrações estão
identificados com a letra A, as setas tracejadas representam movimentos para trás do plano da
página, as setas não tracejadas ( contínuas ) representam movimentos ara frente do plano da
página e os números próximos às ligações representam a ordem na qual ocorrem as vibrações.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
1
1 1
2
2 2
A
A A 2 1 A A
1 2
1
2
2 1 1 2
A A A A
1.6.3- Acoplamentos
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Os solventes empregados no preparo das amostras podem afetar a posição relativa das
bandas de absorção se estes interagem de alguma forma com o soluto. Por esta razão,
emprega-se usualmente solventes inertes ou apolares, tais como tetracloreto de carbono ou
disulfeto de carbono.
A temperatura da chama tem papel fundamental para a obtenção dos átomos do elemento de
interesse em condições de absorver a radiação. A tabela 4 mostra as temperaturas obtidas por
diferentes chamas.
Destas chamas, normalmente são utilizadas somente as duas ultimas: chamas ar – acetileno e
óxido nitroso – acetileno . A primeira, relativamente mais fria, é satisfatória para a maioria dos
elementos e a Segunda , por sua vez , é recomendada para aqueles elementos que tendem à
formação de óxidos refratários na chama, sendo eficiente para o controle de alguns tipos de
interferências.
A fonte usual para região visível é a lâmpada com filamento de tungstênio. Este, quando
aquecido à incandescência emite radiação contínua em uma região bastante ampla
correspondente ao espectro visível e infravermelho, e com uma intensidade de radiação
razoavelmente alta a ponto de permitir seu uso nos aparelhos comerciais. O filamento da
lâmpada opera numa faixa de temperatura entre 2.300 K e 3.300 K . Neste tipo de lâmpada, há
necessidade de um rigoroso controle de tensão de alimentação da lâmpada uma vez que a
energia emitida varia com a quarta potência da tensão aplicada.
Outra fonte para obtenção de radiação na região do visível é a lâmpada de tungstênio – iodo.
Esta lâmpada possui invólucro de quartzo, podendo suportar temperaturas mais altas e sendo
mais eficientes que a lâmpada de tungstênio comum. O funcionamento desta lâmpada envolve
uma reação química relativamente simples: nas proximidades do invólucro de quartzo, o iodo
reage com o tungstênio sublimado, formando o composto WI2 , que se difunde e acaba
colidindo com o filamento incandescente. Nesta colisão, o sal é decomposto e o tungstênio é
novamente adicionado ao filamento. Este ciclo se repete enquanto houver diferença de
potencial elétrico aplicada ao filamento e este ciclo em ambiente fechado propicia à lâmpada
tungstênio – iodo uma vida útil duplicada em relação à lâmpada com filamento de tungstênio.
A lâmpada com filamento de tungstênio é usualmente utilizada como fonte para radiações na
região do infravermelho próximo – de 12.500 cm –1 a 4.000 cm-1 .
b) Globar
c) Filamento de Nernst
Tal qual o globar, o filamento de Nernst é uma fonte de radiação para a região de infravermelho
fundamental, sendo geralmente utilizada para obtenção de radiações na faixa de 1.000 a
10.000 cm-1 . O filamento de Nernst é composto por óxidos de terras raras empacotadas na
forma de um cilindro oco de aproximadamente 2 nm x 20 nm e contatos elétricos de platina. As
temperaturas alcançadas encontram-se na faixa de 1.200 K a 2.000 K . Como desvantagem
cita-se o fato do filamento se autodestruir com o aumento excessivo da temperatura – o que
requer um circuito de controle limitador para alimentação elétrica do filamento. Ainda, outra
desvantagem vem do fato da resistência do filamento de Nernst possuir um grande coeficiente
negativo de temperatura, isto é, a resistência diminui com o aumento d temperatura, o que
dificulta a manutenção da temperatura ( energia ) desejada sem o auxilio de um sistema de
aquecimento externo.
d) Filamento de Nichrome
devem ser estreitas. Estas duas características fornecem à técnica de absorção atômica
alta sensibilidade, alta especificidade e baixa interferência espectral.
♦ Intensidade: as fontes devem emitir esta energia radiante com uma intensidade tal que
possa ser utilizada para determinações quantitativas de alta precisão e baixos limites de
detecção.
Além disto, as fontes devem apresentar características que permitam facilmente sua utilização
rotineira: custo não proibitivo, facilidades de comunicação e de ajuste no aparelho, segurança
para o operador, estabilidade, etc.
As lâmpadas de cátodo oco são as mais utilizadas e podem ser encontradas no mercado para
todos elementos indicados na tabela 5.
H He
Li Be B C N O F Ne
Na Mg Al Si P S Cl Ar
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Ti Pb Bi Po At Rn
Fr Ra Ac
Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Ar+ Ar+
M* M0
M0 M0 M*
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
As lâmpadas com cátodo constituídos de ligas são lâmpadas multi – elementos, que funcionam
de modo idêntico às mono – elementos e apresentam as seguintes características adicionais:
Nas lâmpadas de descarga sem eletrodos uma pequena quantidade do elemento ou sal do
elemento é selada em um bulbo de quartzo. O bulbo é instalado no interior de um cilindro de
cerâmica, ao redor do qual uma antena de um gerador de RF é enrolada. Quando o campo de
RF formado é potente o suficiente, a energia acoplada vaporiza o material no interior do bulbo,
levando seus átomos à excitação e à emissão da radiação monocromática característica.
As lâmpadas de cátodo oco ou de descarga sem eletrodos que serão utilizadas para as
determinações devem ser instaladas nos suportes específicos, localizados no carrossel de
lâmpadas. Os plugs devem ser encaixados nas respectivas tomadas fêmea presentes no
compartimento de lâmpadas e após a instalação e alinhamento a tampa do compartimento
deverá permanecer fechada. Um cuidado especial deverá ser tomado no encaixe do plug para
se evitar forçar um encaixe fora da posição padrão. Também, deve-se ter cuidado de fazer
corresponder as posições numeradas de encaixe das lâmpadas e de encaixe dos plug.
O alinhamento das lâmpadas é fundamental e, para isso, deverá seguir basicamente os passos
seguintes:
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Um valor de energia muito baixo daquele obtido quando da primeira utilização da lâmpada
virgem pode indicar o final da vida útil da lâmpada e, em alguns casos, medidas extremas
como reversão de polaridade e/ou aumento da corrente de operação podem surtir algum efeito
temporário. Vale observar que os valores de energia variam de um espectrofotômetro para
outro e de um elemento para outro.
O procedimento mais recomendado quando adquirida uma lâmpada nova é o registro de seu
perfil, isto é, fazer um registro gráfico de sua energia e do comportamento da intensidade em
função do comprimento de onda, nas proximidades da linha analítica de maior intensidade.
Cada lâmpada possui uma corrente ótima de funcionamento. Em geral, correntes altas
implicam em maior brilho de emissão e menor ruído da linha de base. O operador possui
liberdade ara acertar a corrente de trabalho, podendo trabalhar em valores inferiores ao
recomendado pelo fabricante, desde que o sinal de absorvância não seja diminuído em relação
à corrente ótima. Por outro lado, o aumento excessivo de corrente, além de diminuir a vida útil
da lâmpada, pode contribuir para o alargamento da linha espectral, com conseqüente redução
de sensibilidade e da faixa linear da curva de calibração. A corrente ótima recomendada
corresponde àquela na qual se obtém o melhor brilho com menor alargamento da faixa
espectral e a melhor relação sinal – ruído. Este valor é determinado experimentalmente, e
indica a corrente mais adequada para a maioria das situações de uso do equipamento. O
operador deve atentar para o fato de que lâmpadas para um mesmo elemento fabricadas por
diferentes empresas para diferentes marcas de equipamentos não apresentam
necessariamente os mesmos valores de corrente máxima e ótima. As lâmpadas costumam
apresentar valores ótimos e máximos de corrente para operação no modo contínuo ou
modulado. Os valores modulados devem ser utilizados em equipamentos que modulam
eletronicamente a fonte de energia radiante e, em geral, trabalham com correntes menores que
aquelas que o fazem mecanicamente.
As lâmpadas de potássio, sódio, gálio, índio, tório e estanho devem ser aquecidas por 10
minutos na corrente de operação antes do inicio das determinações. Estas lâmpadas, quando
aquecidas, contém material fundido e para tal este tempo de aquecimento se faz necessário.
Inversamente, para se retirar uma destas lâmpadas da torre, deve-se aguardar alguns minutos
após a interrupção da corrente aplicada para solidificação do metal.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Os tubos de rios X são dispositivos elétricos que produzem radiação na região de raios X
através de um processo de se bombardear um elemento adequado com feixes de elétrons de
alta energia. Estes elétrons podem ser gerados bombardeando-se o cátodo com íons positivos
de um gás de enchimento ou através da emissão termoiônica de um filamento aquecido.
Os elétrons emitidos no cátodo são acelerados em direção ao alvo por uma grande diferença
de potencial elétrico – 50 a 75 KV – que é mantida entre o filamento e o alvo anódico. O
controle desta d.d.p. permite o controle da energia cinética dos elétrons imediatamente antes
do impacto no alvo. Encontram-se no mercado tubos de raios X com alvos permanentes e
desmontáveis, sendo os últimos os mais utilizados. Geralmente é necessária a refrigeração
com água circulante para evitar a fusão, sendo que apenas 1% da energia cinética dos elétrons
é transformada em fótons com energia na região de raios X; entretanto o 99% restante desta
energia é transformada em energia térmica no momento do impacto.
Quando o feixe de elétrons alcança o alvo, dois processos podem ocorrer. Em um deles, o
processo esperado, há transferência de energia cinética suficiente para o átomo a ponto de
causar expulsão de elétrons de níveis internos de valência com a conseqüente emissão de
radiação na região de raios X. No outro processo, há uma transferência de energia numa
quantidade insuficiente para causar a ionização, mas suficiente para causar a excitação de um
elétron interno para a camada de valência com a conseqüente emissão de um espectro de
banda larga. Usualmente, este espectro de radiação de banda larga é conhecido como
radiação branca . Existe um comprimento de onda ( λ 0 ), expresso em nm, no qual toda a
energia dos elétrons incidente é convertida em raios X, independente do material de
construção do alvo. Este comprimento de onda pode ser calculado pela equação de Duane –
Hunt:
λ 0 = 1.239,8 / V
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
que 22, uma vez que o espectro de linhas característico emitido pelo alvo apresenta linhas de
alta intensidade que excitam de maneira eficiente elementos de número atômico baixo.
recoberto com uma película transparente de ouro ou prata, isolada da atmosfera por uma
camada de laca e vidro, sendo que a base e película metálica funcionam como eletrodos de um
sistema no qual a energia radiante incidente gera uma força eletromotriz na interface. A
interface funciona como uma barreira a ser vencida pelos elétrons do semicondutor quando
estes recebem energia radiante de uma onda eletromagnética incidente, em sua tentativa de
fluir para a película de prata. Para este tipo de transdutor, as correntes usualmente obtidas
situam-se na faixa de 10 a 100 µ A, que são suficientemente altas para serem detectadas por
um galvanômetro ou miliamperímetro. As células fotovoltáicas são dispositivos rústicos, de
baixo custo e que dispensam a presença de uma fonte elétrica de alimentação externa.
Normalmente, são utilizadas para a região do visível com níveis de iluminação relativamente
altos, sendo que a célula de selênio cobre uma região além do visível, com sensibilidade
máxima entre 500 e 600 nm.
Quando uma fonte de radiação com comprimentos de onda adequado atinge a superfície
fotosensível do cátodo, há emissão de elétrons que são atraídos e captados pelo potencial do
ânodo, com a conseqüente variação da corrente elétrica. O número de fotoelétrons emitidos
pelo cátodo é diretamente proporcional à potência do feixe de radiação incidente. A
sensibilidade do fototubo depende da natureza do material do cátodo e da maneira como é
preparada a superfície catódica. Os fototubos operam nas regiões do ultravioleta e visível,
sendo possível encontrar fototubos comercialmente disponíveis para regiões específicas do
espetro – 350 a 650 nm ou 600 a 950 nm, por exemplo. Diferentemente das células
fotovoltáicas, os fototubos requerem o uso de uma fonte elétrica de alimentação externa e são
capazes de gerar correntes muitos fracas; porem, de fácil amplificação. Os fototubos são
empregados para medição de baixos níveis de iluminação por serem bem mais sensíveis que
as células fotovoltáicas .
Os tubos fotomultiplicadores são transdutores que operam na região entre 200 e 700 nm, tendo
sensibilidade para medir potências radiantes duzentas vezes mais débil que as mensuráveis
com fototubos. As células fotomultiplicadoras combinam a emissão catódica com uma enorme
amplificação da fotocorrente gerada, através de um processo de multiplicação em cascata do
fluxo eletrônico. Fisicamente, as fotomultiplicadoras consistem de um cátodo, um ânodo e
diversos dínodos. O primeiro dínodo é mantido a um potencial de 90 V positivo com relação ao
cátodo, e a mesma diferença de potencial é aplicada entre os sucessivos dínodos até o ânodo.
Os elétrons primários emitidos pelo cátodo são acelerados em direção ao primeiro dínodo,
sendo que o impacto destes elétrons causa a emissão de cinco ou mais elétrons secundários,
que são acelerados contra o segundo dínodo, a assim sucessivamente. Em cada estágio, o
número de elétrons é multiplicado, aproximadamente, 4,5 vezes e ao final se consegue uma
amplificação de aproximadamente 10 8 .
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Dínodos Ânodo
Cátodo
( - 500 a – 2000 V )
Os detetores térmicos são transdutores que transformam energia térmica ( calor ) em sinal
elétrico, sendo este amplificado e enviado ao registrador para obter o espetro de absorção. Na
espectrofotometria de absorção na região do infravermelho a radiação é muito débil, não
podendo ser utilizados os detetores usados em outras regiões do espectro.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Os detetores de radiação na região de raios X utilizados podem ser classificados em três tipos,
sendo comum o emprego de mais de um detetor em um mesmo espectro para permitir ao
técnico escolher o detetor mais adequado para cada determinação. Os detetores
comercialmente disponíveis são:
A energia cinética do elétron ejetado é dada pela diferença existente entre a energia cinética do
fóton incidente e a energia necessária para ionizar a molécula do gás. Uma vez formadas as
espécies eletricamente carregadas – cátion e elétron livre, estas são, respectivamente,
aceleradas em direção ao cátodo e ânodo. No percurso, estas espécies colidem com outras
moléculas do gás de enchimento levando à formação de novos pares cátion – elétron livre. Ao
alcançarem os elétrons polarizados, os cátions são neutralizados e os elétrons dão origem a
um fluxo de elétrons – corrente elétrica – que aparece nos circuitos externos de polarização
como um pulso. Quando a diferença de potencial entre os eletrodos aumenta, cresce também o
número de pares de íons acelerados e o número de pares de íons formados. Deste modo,
como conseqüência, cresce também o pulso elétrico quando os elétrons livres alcançam o
ânodo. Como regra geral, pode-se dizer que o número de elétrons que são produzidos para
cada fóton na região de raios X varia com a diferença de potencial conforme indicado na figura
9. Nesta, vale mencionar que o número de elétrons produzidos por fóton incidente varia em
uma escala logarítmica e que a altura nas regiões A e B varia com a energia da radiação na
região de raios X incidente. Quando se aplica potenciais abaixo daqueles da região A, o
número de elétrons que alcança o ânodo é menor que o número de elétrons formado no
detetor pela interação com a radiação de raios X incidente. Neste caso, o campo elétrico é
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
baixo a ponto de ser insuficiente, evitando que os pares de íons se combinem antes do ânodo
atrair os elétrons. Esta região não possui aplicação para os detetores de ionização de gás.
ânodo
Raios X incidentes
Cátodo
4.1011
4.108
4.105
4.102
A B C D
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Na região B, denominada região proporcional, a altura do pulso gerado pelo detetor cresce
com o aumento do potencial elétrico aplicado devido as colisões entre os elétrons formados
inicialmente e outras moléculas do gás de enchimento. Através do processo de multiplicação
de pares de íons formados, a amplificação alcançada pode chegar até 104 . Os contadores
proporcionais selados contêm um gás de enchimento permanentemente retido em seu interior,
sendo suas janelas construídas de mica ou berílio. Por sua vez, os contadores proporcionais
de fluxo possuem janelas de mylar, com espessuras típicas de 6,35 µ m permitindo a livre
passagem de cumprimentos de onda na região entre 0,2 e 1 nm. Para cumprimentos de onda
superiores, são utilizadas janelas de polímeros como polipropileno ou nitrocelulose . Como
todas estas são permeáveis a gases, nestes casos há necessidade de um fluxo contínuo do
gás de enchimento através do detetor. Normalmente, são utilizados gases diferentes, sendo a
mais utilizada a mistura argometa , formada com 10% de metano e o argônio como gás de
balanço. Também são utilizadas misturas com maiores proporções de metano para trabalhos
em comprimentos de ondas mais elevados .
Nos contadores de cintilação atualmente utilizados se usa um cristal de iodeto de sódio dopado
com tálio, com uma janela em uma fotomultiplicadora, sendo seu fundo tampado com uma
camada de alumínio metalizado. Este procedimento minimiza as perdas de radiação visíveis, e
direciona adequadamente a radiação dentro da fotomultiplicadora. Os fótons na região dos
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
raios X que alcançam o cristal são absorvidos pelos átomos de iodo, que tornam excitados e
transferem a energia excedente para os átomos de tálio, que, por sua vez, emitem radiação em
410 nm. Os fótons emitidos na região visível alcançam o fotocátodo, causando a emissão de
elétrons, que, por sua vez, são acelerados em direção aos dínodos, produzindo uma corrente
elétrica que é amplificada e processada. Os contadores de cintilação apresentam uma alta
sensibilidade e o temo morto está na ordem de 0,25 µ s.
Monocromador ou filtro
Fonte radiativa
detetor
Espelho
Amostra
Medidor
Conversor eletrônico
que a estabilidade da fonte não seja um parâmetro crítico, uma vez que as determinações de
branco e amostra são efetuadas simultaneamente.
Célula 1
Monocromador ou filtro
Fonte radiativa
espelhos
detetor
Espelho
Chopper Célula 2
Medidor
Conversor eletrônico
Os filtros óticos utilizados nos colorímetros e fotômetros são dispositivos que retêm alguns
comprimentos de onda de um feixe policromático de radiação, deixando passar somente faixas
espectrais relativamente estreitas, não sendo entretanto, monocromáticas. Os filtros podem ser
de absorção ou interferência. Os filtros de absorção isolam uma certa banda espectral
absorvendo os demais comprimentos de onda. Os filtros de interferência são constituídos de
uma camada extremamente fina de um dielétrico não absorvente com baixo índice refração
fixado entre duas películas metálicas semitransparentes, geralmente de prata. Quando a
radiação incide perpendicularmente à face do filtro, parte da radiação é refletida pela primeira
película, mas parte é transmitida através do dielétrico e encontra a Segunda película
semitransparente. O processo se repete de tal forma que a radiação que é refletida na segunda
película é minimizada por interferência destrutiva.
♦ Fenda de entrada – admite a radiação contínua da fonte e produz uma estreita imagem
ótica.
♦ Colimador – torna paralelos os raios propagados pela fenda.
♦ Elemento de dispersão – pode ser um prisma ou rede de difração, que efetivamente
descompõe a radiação em seus diversos comprimentos de onda.
♦ Lente de focagem – foca as imagens na fenda.
♦ Fenda de saída – isola a faixa espectral de interesse.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Com o uso de monocromadores podem ser obtidas faixas espectrais relativamente estreitas,
sendo que a largura destas faixas depende do elemento de dispersão e das fendas. A largura
das faixas espectrais que podem ser obtidas é diretamente proporcional à largura das fendas,
mas, deve-se considerar que fendas estreitas implicam em redução de potência do feixe de
radiação que alcança o detetor. Assim, a largura mínima praticável para uma determinada
fenda é função da potência da fonte e da sensibilidade do detetor. Nos dois tipos de
monocromadores discutidos a seguir, as fendas de entrada e saída cumprem um papel muito
importante na qualidade do monocromador.
29
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
detetor uma banda estreita de radiação com diferentes intensidades de energia, a cada
comprimento de onda alcançado.
detetor
amplificador
Registrador
Fonte
Monocromador de Ebert
30
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Monocromador Czerney-Turner
Espelhos
Lâmpada Chama
Fonte
amplificador
Os equipamentos utilizados para determinações químicas na região dos raios X podem ser
classificados em dois tipos; espectrofotômetros dispersivos em comprimento de onda e
espectrofotômetros dispersivos em energia. Nos instrumentos dispersivos em cumprimento de
onda não há necessidade que os fótons que alcancem as amostras sejam monocromáticos.
Os espectrofotômetros dispersivos em energia normalmente apresentam uma resolução
inferior aos espectrofotômetros dispersivos em comprimento de onda.
31
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
sódio, por exemplo – para obtenção de uma pérola de vidro; ou prensagem com aglomerante
adequado – ácido bórico , por exemplo – Amostras líquidas podem ser analisadas em suporte
para células especiais, usualmente feitos de alumínio, onde a amostra é mantida por filmes de
mylar. Por sua vez amostras gasosas podem ser mantidas nas células utilizando-se janelas de
berílio.
Calor é energia térmica que se transfere de um corpo para outro, ou entre as partes de um
mesmo corpo, quando houver diferença de temperatura.
Na transferencia de calor por condução o calor é transmitido de molécula a molécula por meio
da agitação molecular. A molécula com temperatura mais alta possui uma vibração mais
intensa, transferindo ara de sua energia para as moléculas vizinhas que estão com uma
temperatura mais baixa. Este tipo de propagação é comum a qualquer meio material sólido,
líquido ou gasoso.
A convecção consiste no transporte de energia térmica de uma região para outra através do
deslocamento da matéria; portanto, somente é possível de acontecer nos líquidos e nos gases.
Por sua vez, na radiação o movimento vibratório das moléculas gera ondas eletromagnéticas,
devido à natureza elétrica das partículas que as constituem. Essas ondas, de intensidade e
freqüência proporcional ao estado vibratório das moléculas, se propagam mesmo na ausência
da matéria e podem ser absorvidas de modo inverso à geração, constituindo-se portanto, em
um processo de transferencia de energia.
O fluxo calorífico num material homogêneo em regime estacionário é dado pela expressão
seguinte:
θ =K.A.∆ T
e
32
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Analisando esta expressão se observa que o fluxo calorífico depende não só das dimensões
físicas e da diferença de temperatura, mas também de uma característica própria do meio onde
se processa a transferencia de calor, que é a condutibilidade térmica do mesmo.
Kr = K gás
K ar
K (kcal / h.m 2 . °C / m ) Kr
Gás Fórmula
0 °C 100 °C 0 °C 100 °C
Ar - 0,0192 0,0245 1,000 1,000
Argônio Ar 0,0136 0,0178 0,709 0,727
Dióxido de CO2 0,0118 0,0178 0,614 0,727
carbono
Dióxido de SO2 0,0066 - 0,344 -
enxofre
Hélio He 0,1195 0,1434 6,223 5,853
Hidrogênio H2 0,1367 0,1722 7,119 7,029
Metano CH4 0,0253 - 1,318 -
Monóxido de CO 0,0185 - 0,964 -
carbono
Nitrogênio N2 0,0196 0,0249 1,021 1,016
Oxigênio O2 0,0200 0,0259 1,042 1,057
Pode observar na tabela anterior que a condutibilidade térmica aumenta com a temperatura
dentro da faixa de 0 °C a 100 °C.
33
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Nesse princípio de operação é utilizado um circuito de medição que opera por comparação
consistindo na sua forma mais simples, de duas câmaras idênticas, conectadas nos braços
adjacentes de uma ponte de resistências, conforme ilustra a figura 14. A câmara M é a de
medição, por onde circula a amostra, enquanto a outra câmara ( R ) é a de referência, onde um
gás de características térmicas constantes, pode ser selado ou circular constantemente. Este
tipo de arranjo compensa parcialmente as variações de temperatura externa às câmaras.
M R
gás
mV
R1 R2
Quando as duas câmaras contiverem o mesmo gás, os filamentos aquecidos, que perdem
calor no sentido das paredes internas das câmaras, estarão na mesma temperatura. Dessa
forma, a ponte estará eletricamente equilibrada e oferece 0 mV entre os terminais de saída. Se
fizermos circular ela câmara de medição M, uma mistura ou um gás diferente ao existente na
câmara de referencia, a temperatura do filamento da câmara de medição será diferente que a
temperatura do filamento da câmara de referencia. Desta maneira, aparece um desbalance na
ponte de resistências e um sinal elétrico na saída de acordo com as características da mistura
com relação ao gás da câmara de referência. Por exemplo: se na câmara de referencia se
encontra N2 e introduzimos uma mistura de H2 + N2 , a temperatura e, portanto a resistência
elétrica, do filamento da câmara de medição será menor porque a condutibilidade térmica da
mistura é maior; desta maneira a escala do instrumento indicador poderá estar em %Vol H2 .
Os circuitos de medição são configurados de acordo com o número e a disposição elétrica das
câmaras de medição e de referência na ponte de resistências. O circuito mais comumente
utilizado é o alternado com quatro câmaras, como mostra a figura 15, que oferece uma
sensibilidade maior que o resto das configurações.
34
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
M R
gás
mV
M
R
gás
Filamento
Amostra
35
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Conexão elétrica
Filamento
Amostra
Filamento
Amostra
Amostra Tratamento
NH3 em N2 e H2 Absorção de NH3
O2 em N2 ou O2 em gás de Conversão de O2 em H2O
combustão ( adicionando-se H2)
O2 em H2 e CO Conversão de O2 para H2O ( em
condições de combustão controlada )
4.4 – Aplicações
O analisador por condutibilidade térmica, ode ser encontrado nos mais variados tipos de
processos industriais , tais como: fracionamento do ar, alto – forno, conversor, sínteses de
amoníaco e fornos.
Estudaremos agora o caso de análise de hidrogênio presente no gás de alto – forno, devido à
dissociação da água contida no ar soprado, deve permanecer em torno de 1,5%.
refrigeração. Nesta situação, as condições operacionais do forno são afetadas, pois parte da
energia destinada à redução dos minérios será consumida para dissociação da água.
Alto - forno
Matéria prima
Limpeza de gases
Gás limpo
Gás sujo
Sinal p/ painel
Sistema de
Ar soprado amostragem
Ventaneiras
Painel de Analisador
Condicionamento de H2
38
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Analisador
Gás de N2 ( gás para purga )
Alto – forno sondas
Reguladora
manômetro
Filtro bomba
desumificador
gás de zero
Rotâmetro Atm.
desumidificador
água Desumidificador
Dreno borbulhador
Dreno
39
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
4.5.1 – Instalação
A fim de minimizar o tempo de resposta, o analisador deverá ser instalado o mais próximo
possível da captação da amostra. A instalação deve ser feita para resistir a choques mecânicos
e vibrações.
4.5.2 – Calibração
Os ajustes de zero e fim de faixa deverão ser efetuado após um mínimo de duas horas do
instrumento ter sido ligado, para garantir a homogenização térmica dos elementos do
analisador cuja temperatura é controlada.
O método de análise consiste na medição do calor liberado na combustão total de uma mistura
gasosa, relacionando-a com o teor do componente em análise.
Essa reação libera, na combustão completa de uma molécula – grama de substância, uma
certa quantidade de energia, denominada de calor de combustão.
A temperatura na qual se observa uma atividade molecular suficiente para dar inicio à
combustão é denominada de temperatura de ignição.
Cada gás ou vapor apresenta uma temperatura de ignição própria. O valor dessa temperatura
depende da pressão e do meio ambiente. Na tabela 8 se mostra o valor da temperatura de
ignição para alguns gases, em mistura de ar e na pressão atmosférica.
41
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A relação entre os reagentes está compreendida numa faixa delineada entre dois limites,
conhecidos como limite inferior de explosividade ( LIE ) e limite superior de explosividade
( LSE ). Acima e abaixo desses limites não é possível a combustão.
Catalise é toda reação química em que toma parte um catalisador. O catalisador é uma
substância que, estando presente em uma reação química, modifica a velocidade da reação
sem sofrer qualquer alteração permanente na sua composição química e na sua quantidade.
No caso da combustão, o catalisador acelera a velocidade da reação, caracterizando-a assim
como uma catálise positiva.
O analisador por combustão catalítica, emprega uma das técnicas de medição do calor de
combustão a qual consiste em medir a variação da resistência elétrica de um filamento
construído de platina. A realização prática dessa técnica é obtida por um circuito elétrico sob a
forma de ponte de resistência, como mostra a figura 21.
Amostra
Fluido auxiliar
C
M
mV
R1 R2
42
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A amostra, antes de ser introduzida nas câmaras, é misturada com um fluido auxiliar numa
proporção suficiente para queimar todo componente a ser analisado. Essa proporção depende
do tipo de componente a analisar e do volume de amostra que é misturado. Se o gás em
medição for um combustível, o fluido auxiliar é ar, e se for oxigênio será empregado hidrogênio
como fluido auxiliar.
As câmaras são projetadas de tal maneira que a mistura gasosa entre em contato com os
filamentos de medição e compensação simultaneamente.
As duas unidades são interligadas eletricamente entre si, por meio de um cabo de quatro
condutores.
Sinal de saída de 4 a 20 mA
5.3.1 – Instalação
A unidade de controle é fornecida para ser montada em painel isolado e protegido em uma
cabine. Essa unidade requer de uma alimentação estável de CA .
43
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A unidade sensora deve ser instalada, de preferência, em local próximo à tomada de amostra,
ara minimizar o tempo de resposta. A válvula solenóide de calibração deve ser fiada
diretamente no compartimento da unidade sensora.
O uso de tubos de vidro ou plásticos nas conexões a amostra deve ser analisado de acordo
com a compatibilidade química da amostra, assim como o material dos o – ring de vedação
necessários.
Durante a partida, após verificar todas as conexões elétricas e de tubulação, deverá circular um
gás inerte ou desligue o sistema de amostra para ter certeza de que a amostra ser analisada
não circula pelo medidor. Posteriormente, deverá fixar a vazão de ar de diluição em 1500 cc /
min e a vazão da amostra em 500 cc / min. A razão entre o fluxo de ar e o fluxo da amostra
deve ser de 3 para 1, respectivamente ( para outros modelos observar o manual ).
Após o analisador ser energizados aguarde trinta minutos para que o bloco de células na
unidade sensora atinja a temperatura de trabalho que é de 500 +/- 50 °C.
5.3.2 – Calibração
Os ajustes de zero e fim de faixa devem ser feitos após 30 minutos da ligação do instrumento,
tempo necessário para atingir a temperatura de trabalho.
Nos ajustes utilizam-se dois tipos de gases: gás de zero , cuja composição eqüivale ao menor
valor da faixa de medição, e o gás de final de faixa, cuja composição eqüivale ao maior valor
da faixa de medição.
44
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Exaustão
Amplificação Calibração
Ponte de e conversão e saída
Medição 4 a 20 mA
Filtros e
estabilização
de tensão
Fonte de
alimentação
Câmara de Controlador
Mistura de temperat.
Como pode ser observado na figura 22, a unidade sensora é um bloco compacto composta por
duas partes:
♦ Bloco de célula
♦ Circuito eletrônico
O bloco de célula é construído de aço inox, furado de maneira que as duas câmaras paralelas (
de medição e de compensação ) tenham suas abertura voltadas para a câmara de
amostragem. Na câmara de mistura o ar de diluição e a amostra são combinados numa relação
apropriada e previamente estabelecida . O bloco da célula é mantido, por meio de um
controlador de temperatura a 500 °C, utilizando aquecedores.
O circuito eletrônico está dividido em dois cartões. O primeiro possui um circuito de ação
proporcional, que é responsável pelo controle de temperatura no bloco de célula. Dentro do
bloco de célula estão instalados, o termistor ( que age como sensor de temperatura ) e as
resistências que agem como elemento final de controle. O segundo cartão tem a finalidade de
converter e amplificar o sinal vindo do circuito de medição, enviando-o à unidade de controle,
filtrar e estabilizar a tensão de alimentação que vai para o circuito de medição e para o
controlador de temperatura .
45
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Campo magnético é a região definida do espaço onde atuam forças de natureza magnética.
Da mesma maneira que um corpo está submetido às ações do campo gravitacional terrestre, o
que o sujeita a uma força peso, uma massa magnética puntiforme ( onde sua massa pode ser
desprezada); colocada sob a ação de um campo magnético, fica sujeita a ação dessa força
magnética.
H=F/m
Como o campo magnético não é uma substância física, a propagação de um campo magnético
no espaço é representada por linhas imaginárias, denominadas de linhas de força, as quais
são provocadas por meio de ensaios com limalha de ferro e outros métodos avançados.
O campo magnético apresenta um comportamento próprio no vácuo, sendo esse,
significativamente alterado quando as linhas de força se propagam num meio material, seja ele
sólido, líquido ou gasoso.
As linhas de força do campo magnético, que se propagam em uma substância, podem ter sua
densidade aumentada ou diminuída em relação ao vácuo. Estas alterações ocorrem devido a
interações entre o campo magnético gerado pelas partículas sub-atômicas.
46
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Por sua vez, a permeabilidade magnética é a capacidade de uma substância para conduzir
linhas de força magnética.
♦ Substâncias paramagnéticas
♦ Substâncias diamagnéticas
♦ Substâncias ferromagnéticas.
47
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
As substâncias magnéticas se comportam como metais magnéticos, isto é, essas são atraídas
pelo campo magnético, enquanto que as substâncias diamagnéticas são repelidas pelo campo.
Segundo a lei de Farady, um pedaço de matéria colocado num campo magnético não
homogênio, sofre a ação de uma força dada pela relação seguinte:
F = ( X1 – X2 ) . v . H . ( grad. H )
X=K/T
♦ Analisadores paramagnético
♦ Analisadores termoparamagnéticos ( ou termomagnéticos )
O elemento sensível do analisador é uma peça móvel, disposta dentro de um campo magnético
heterogêneo, gerado por um imã permanente, com campo intenso. Esta peça é composta de
duas esferas de quartzo cheias de nitrogênio ( que possui suscetibilidade magnética 0 ),
acopladas em forma de um pequeno haltere, como mostra a figura 24.
48
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
PEÇAS POLARES
ESFERAS DE QUARTZO
Sob a ação do campo magnético heterogêneo, as esferas diamagnéticas sofrem uma força que
tende a girar a haltere. Dependendo da suscetibilidade magnética da amostra que circunda as
esferas, o campo magnético, na posição de repouso do altere, terá sua densidade de fluxo
aumentada ou diminuída, o que determinará um aumento ou uma diminuição da força exercida
sobre cada esfera.
O movimento executado pelo haltere pode ser detectado por sistemas óticos e ótico –
eletrônicos .
Um gás auxiliar ( nitrogênio ara faixas de medição < 21% e ar para faixas acima de 21 % )
circula em um circuito tubular que forma uma ponte pneumática. A vazão neste circuito é
detectada por um catarômetro ( detetor de pequenas vazões ). A amostra circula a câmara de
medição, que está ligada à ponte pneumática por dois tubos de interligação.
Quando não há oxigênio na amostra, as contrapressões nos dois tubos de interligação são
iguais. Consequentemente, não se estabelece fluxo de gás auxiliar pela ponte e, portanto, o
sinal de saída do catarômetro permanece inalterado. A medida que a concentração de oxigênio
aumenta, as moléculas desse gás são atraídas por um campo magnético concentrado na
direção do lado esquerdo do tubo de interligação, como mostra a figura 25. Esse processo
provocará contrapressões diferentes nas duas interligações, estabelecendo-se assim fluxo pela
ponte pneumática, que será detectado pelo catarômetro.
49
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
+ -
Ponte
de medição R1 R2
Filamentos
V saída
Ponte pneumática
Câmara de medição
Eletroimã
Tubos de interligação
50
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
próximo aos polos do imã, o oxigênio se aquece, reduzindo então a sua suscetibilidade
magnética. O oxigênio aquecido é deslocado pelo oxigênio frio, que apresenta maior
suscetibilidade magnética. Este processo se tornará contínuo, caracterizando assim o vento
magnético. A intensidade do vento magnético, corresponde à suscetibilidade do gás ou a
concentração do oxigênio na amostra.
Oxigênio quente
N Filamento S
Alimentação elétrica
Quando a célula está funcionando, uma corrente proveniente da fonte de alimentação circula
pelos filamentos, dissipando calor. Esse calor é transferido às paredes das câmaras por
condução, convecção e radiação. As perdas por convecção são ocasionadas por correntes
gasosas ascendentes e descendentes, no interior das câmaras, provocadas pela variação de
densidade do gás quando este é aquecido pelo filamento. Observe a figura 27.
Caso a amostra não contenha oxigênio, a temperatura dos dois filamentos é igual, uma vez
que não é observado qualquer efeito perturbador sobre as perdas de calor. A ponte
51
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
permanecerá equilibrada eletricamente, sendo sua tensão de saída igual a zero mV,
equivalente com 0 % de concentração de oxigênio na amostra.
Quando a amostra contém oxigênio, este é atraído para o interior da câmara de medição,
devido ao campo magnético. Estabelece-se assim o vento magnético, que provocará um
incremento sobre a corrente convectiva de origem térmica. Este aumento de convecção na
câmara de medição, reduz a temperatura do filamento correspondente, diminuindo sua
resistência e, consequentemente, desequilibra a ponte de resistências, originado uma tensão
de saída do sensor proporcional com a concentração de oxigênio na amostra. A temperatura
do filamento da câmara de referência não é afetada pela presença do oxigênio na amostra.
+ -
R1 R2
V saída
Amostra
O analisador termomagnético de Lehrer utiliza uma célula de analise que gera e mede o vento
magnético. A célula, cujo diagrama esquemático básico é mostrado a figura 28, é composta de
um tubo anelar perfeitamente simétrico, com derivações para entrada e saída de gás. Na parte
central, um tubo faz a comunicação entre os dois lados do anel. A fim de evitar efeitos
gravitacionais sobre o fluxo de gás no tubo, este deve ser montado horizontalmente. Neste
mesmo tubo são montados dois enrolamentos, conectados em uma ponte resistiva. Sobre o
enrolamento mais próximo ao anel é direcionado um campo magnético proveniente de um imã
permanente.
Quando circula pela célula uma amostra sem oxigênio, estabelece-se um fluxo igual em ambos
os lados do anel. Desta maneira, a diferença de pressão entre os lados 1 e 2 ( extremos do
tubo de comunicação central ), é igual a zero, não existindo fluxo no tubo de comunicação
52
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
central . A temperatura dos dois enrolamentos será igual, e portanto, a resistência elétrica
idênticas, permanecendo a ponte resistiva em equilíbrio.
Quando existe oxigênio na amostra, este será traído pelo campo magnético e entrará no tubo
de comunicação central. Devido à temperatura elevada na região do campo magnético, inicia-
se o vento magnético, cuja direção do fluxo será de esquerda á direita. Esse fluxo, permitirá a
renovação de gás no tubo de comunicação. O enrolamento esquerdo, que libera calor ara
aquecer o gás , ficará mais frio que o enrolamento da direita, originando um desequilíbrio na
ponte resistiva, e aparece uma tensão na saída da ponte, proporcional com a concentração de
oxigênio presente na amostra.
Enrolamentos
1 2
+ V saída -
R1 R2
Amostra
53
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Estas faixas de medição podem ser selecionadas através de seletores situados no painel
frontal
Uma variação de vazão de 100 cm3 / min para 1.500 cm3 / min causa uma variação de 0,1 % de
erro com relação ao fundo de faixa.
A) Instalação
O analisador de oxigênio modelo 541, marca Taylor, é fornecido ara ser instalado em locais
livres de vibração e com mínima variação na temperatura ambiente. Sua caixa é a prova de
gotejamento e resistente à corrosão em atmosferas químicas normais.
O material das conexões ode ser em : aço inox, cobre, latão ou plástico. Deve-se evitar usar
aço com alto teor de carbono nas tubulações e acessórios do sistema de amostragem .
O aço com alto teor de carbono pode contaminar a amostra com partículas que serão atraídas
pelas peças polares, bloqueando a rotação dos halteres.
Para manter a pressão constante na câmara do analisador, deverá ser instalado no inferior do
mesmo um borbulhador, que deverá ser preenchido com água até um nível previamente
estabelecido.
54
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A amostra deverá circular pela célula com uma vazão de 100 cm3 / min .
b) Calibração
Os ajustes de zero e fim de faixa ( span ), devem ser efetuados após 12 horas que o
instrumento foi ligado; este tempo é necessário para que o mesmo atinja a temperatura de
operação ( 60 ° C ) .
Circuito
regulador
Bloco de filtragem e de corrente
estabilização da tensão
de alimentação
Fotoemissor Fotosensor
Circuito de potência
para o aquecedor
Aquecedor
Controle de
Controlador de Sensor de fim de faixa
Temperatura temperatura
Amplificador
4 a 20 Ma de saída
55
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A pressão da amostra, com filtro e medidor de vazão, deve ser maior que 508 mmH2O .
Com relação à influência da variação na pressão atmosférica pode-se afirmar que origina um
erro de +/- 0,25% do fim de faixa por mmHg.
A influência da variação da vazão é menos significativa, sendo seu efeito de 0,5 % para uma
variação de vazão de 250 para 1.000 cm3 / min.
a) Instalação
A unidade de controle é fornecida para ser montada em painel isolado, protegido em cabine.
Esta unidade requer uma tensão de alimentação de CA. Para montar a unidade de controle
será necessário remover os parafusos que asseguram a unidade internamente para transporte.
As conexões da amostra utilizam, para vedação, anel de borracha, tipo compressão, que
permite a utilização de tubos plásticos ou metálicos. A escolha do material deve ser feita de
acordo com a compatibilidade química com a amostra.
Antes de ligar o analisador deve verificar as conexões elétricas e de amostra e passar um gás
inerte durante a partida, esperando no mínimo, 30 minutos para que o bloco da unidade
sensora atinja a temperatura de trabalho ( 50 °C )
b) Calibração
Os ajustes de zero e fim de faixa devem ser efetuados após 30 minutos que o instrumento foi
ligado. Usando o mesmo procedimento descrito no item anterior ( 6.5.1 )
56
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Bloco da célula
Amplificação e 4 a 20 mA
Ponte de medição conversão Calibração e
saída
Filtros e estabili -
zador de tensão
Amostra
Como é possível observar na figura 30, a unidade sensora está formada de duas partes:
♦ Bloco de célula
♦ Circuito eletrônico
Ao lado dos termistores, mas fora da região onde se concentram as linhas de força magnética,
são montados dois termistores de referência. O gás que circula pêlo bloco de célula, entra na
cavidade da câmara através da tela de difusão. Essa tela faz com que o gás se difunda no
interior da câmara, sem provocar turbulências.
♦ Fonte de alimentação: que fornece as tensões necessárias para os vários estágios dessa
unidade e da unidade sensora.
♦ Regulador de corrente de saída e ajuste de calibração.
57
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A analise por cromatografia é feita a partir de três elementos que desempenham as diversas
funções essenciais de um cromatógrafo. São eles:
♦ Introdutor: possui a função de introduzir uma quantidade constante de amostra num fluxo
contínuo de gás de transporte.
♦ Coluna de separação: é encarregada de separar os diversos constituintes da amostra,
conforme a afinidade de cada componente para com a fase estacionaria, que nela está
contida.
♦ Detetor: tem a função de detectar os componentes separados pela coluna.
Esses três elementos são acoplados, conforme mostra a figura 31, e instalados no interior de
um forno com temperatura controlada, para garantir a estabilidade da análise. Para assegurar o
funcionamento desses elementos, são associados ao cromatógrafo os seguintes acessórios:
58
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Amostra Registrador
Fonte de gás de transporte
Forno
Coluna de separação
Exaustão
t2
t1 t1, t2 e t3: tempo de retenção dos
componentes separados
A1 A2 A3
59
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
♦ Inatividade química: ele deve ser quimicamente inerte à amostra e a todos os elementos
do circuito cromatográfico.
♦ Pureza: A pureza do gás de arraste é fundamental para que não haja modificações no
processo de separação ou interferência sobre a sensibilidade do detetor. São considerados
impurezas: oxigênio, água e hidrocarburetos. O grau de pureza para o gás de arraste é
determinado pelo fabricante do analisador.
♦ Compatibilidade com o sistema de detecção: Um dos fatores que determinam a
natureza do gás de arraste a ser utilizado é o princípio de funcionamento do detetor. È o
caso, por exemplo, do detetor por condutibilidade térmica, que requer um gás de arraste
com uma condutibilidade térmica bem diferente dos componentes a ser determinados.
♦ Disponibilidade por parte de fornecedores de gás engarrafados
♦ Não toxidez: O gás de arraste não pode ser tóxico porque ele é exalado continuamente
para a atmosfera .
a) Suporte sólido:
♦ Carvão ativo
♦ Sílica gel
♦ Alumina
♦ Peneira moleculares
♦ Chromosorb: A, G, P, W e T
♦ Durapak N
♦ Carbowax 20M
b) Suporte líquido
♦ Parafina líquida
♦ Óleos silicone
♦ Poliglicóis ( Carbowaxes, Ucon)
A fase móvel gasosa interfere muito pouco no fenômeno de separação. O mesmo não ocorre
quando a fase móvel é líquida, pois esta interfere bastante na separação.
61
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A fonte de gás de transporte deve ser projetada para fornecer gás continuamente para o
cromatógrafo. Para tanto é recomendável os seguintes cuidados:
Na saída das garrafas deve ser instalada uma reguladora de pressão de dois estágios, para
ajustar a pressão do gás de transporte, conforme especificado pelo fabricante do cromatógrafo.
A linha de gás de transporte deve ter o menor comprimento possível a ser montada com um
número reduzido de emendas. As conexões roscadas devem ser evitadas, porém, quando
usadas, não devem ser lubrificadas ou revestidas com materiais que possam introduzir
contaminadores no sistema. Toda a linha de gás, e demais equipamentos associados á fonte
de gás de transporte devem ser limpos e secos antes do usos. Precauções especiais devem
ser tomadas na limpeza das linhas, quando o cromatógrafo for equipado com detetores de alta
sensibilidade .
Quando o forno possui controle de temperatura programada, este deve possuir baixa inércia
térmica, para que se consiga um rápido aquecimento e resfriamento dos elementos no seu
interior.
62
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A introdução da amostra é feita por dispositivos que injetam, quase instantaneamente, uma
quantidade conhecida e constante de amostra no fluxo de gás de transporte.
O volume da amostra injetado deve ser o menor possível, para obter a melhor forma do pico e
a máxima resolução ( separação dos picos ).
♦ Seringa
♦ Válvula
Para que a amostra seja injetada no fluxo de gás de transporte, a seringa é introduzida no
septo ( membrana divisória de material elástico ) do injetor.
♦ Válvulas rotativas
♦ Válvula gaveta
♦ Válvula membrana
As válvulas rotativa e gaveta assumem duas posições. Quando são utilizadas para injeção de
amostra, cada posição assume uma função específica, ou seja:
A válvula membrana assume uma terceira posição, a qual é utilizada nos circuitos
cromatográficos em que é necessária a equalização de pressão da amostra com a pressão
atmosférica.
63
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
♦ Coluna empacotada
♦ Coluna capilar
A coluna capilar é utilizada exclusivamente para a cromatografia a gás líquido. A película que
constitui a fase estacionaria é depositada na parede interna do tubo capilar .
♦ Forma: enrolada
♦ Diâmetro interno: 0,1 a 0,5 mm
♦ Comprimento: 10 m, 25 m, 50 m e 100 m
♦ Material: vidro, níquel e sílica fundida
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
tempo tempo
tempo
7.3.5- Detetor
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
linearidade = M / M0
M M0 Massa do componente
separado
FIG.34- RESPOSTA E UM DETETOR
♦ Resposta: a resposta do detetor pode ser universal ou seletiva. Quando o detetor tem
resposta universal, significa que ele responde a qualquer tipo de substância menos ao gás
de transporte; é o caso do detetor por condutividade térmica. Quando o detetor tem
resposta seletiva, significa que ele só responde a determinados tipos de substâncias; por
exemplo: detetores que respondem apenas para compostos orgânicos.
Existem vários tipos de detetores , que podem ser utilizados nos cromatógrafos. Essa
diversidade se deve à grande abrangência de análise por cromatografia, que requer para cada
aplicação um tipo mais apropriado de detetor. Entre eles destacam-se :
O detetor por condutividade térmica mede a diferença de condutividade térmica entre o gás da
saída da coluna e o gás de referência. Ele está constituído por duas câmaras, sendo uma de
referência e outra de medição . Pela câmara de referência passa o fluido utilizado como
transporte da amostra, sendo do tipo de difusão. A câmara de medição é do tipo fluxo direto e
está ligada `saída da coluna de separação.
O detetor por ionização de chama está baseado no princípio de que a condutividade elétrica do
gás é eletricamente é diretamente proporcional à concentração de partículas eletricamente
carregadas existentes.
cujo potencial é fornecido pela fonte. Os íons formados na combustão são atraídos pelos
eletrodos, estabelecendo-se uma corrente proporcional à quantidade de átomos de carbono no
gás de saída da coluna.
Exaustão
Detetor
Ânodo
Amplificador
- +
Cátodo
Da saída da coluna Ar
Queimador
H2
Quando da coluna provêm apenas o gás de transporte, ocorre a combustão somente entre o ar
e o hidrogênio. Neste caso a condutividade elétrica do gás que se queima entre os eletrodos é
baixa, uma vez que a quantidade de íons formados é muito pequena. Estabelece-se pelo
circuito uma corrente constante, denominada corrente de fundo, que é cancelada
eletronicamente no amplificador. Quando o gás de transporte sai da coluna com um
componente separado ( hidrocarbureto ), esse último queima-se, provocando um aumento de
íons na mesma proporção que a concentração do componente separado. Então, a
condutividade elétrica do gás que se queima entre os eletrodos cresce, aumentando a corrente
no circuito.
7.3.6- Programador
♦ Comanda o cromatógrafo
♦ Provê o tratamento eletrônico do sinal de saída do cromatógrafo
♦ Comanda o registrador
♦ Temporização do programa
♦ Comando de válvulas
♦ Seleção de amostra a analisar
Estas funções são utilizadas para adaptação do sinal de saída a instrumentos de registro,
controle ou aquisição de dados.
Como qualquer instrumento, o programador teve uma evolução tecnológica que acompanhou o
progresso da eletrônica. Assim sendo, os programadores são diferenciados da seguinte forma:
7.3.7- Registrador
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
barras a carta gráfica avança somente entre o registro de um componente e outro, e após cada
ciclo de análise.
7.4- Particularidades para analisador de gás por cromatografia ( modelo 6710 Beckman )
♦ Cromatógrafo
♦ Programador
♦ Registrador
Faixa de medição:
Temperatura do forno: 82 °C
Sinal de saída: 4 a 20 ma
7.4.1- Instalação
♦ Energia elétrica
♦ Suprimento de ar comprimido
♦ Suprimento de gás de transporte ( hidrogênio com pureza de 99,999% ou melhor)
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Após energizar o analisador, deve espera no mínimo 10 minutos, tempo necessário para que o
forno do cromatógrafo atinja a temperatura de trabalho, que é de 82 °C.
7.4.2- Calibração
A primeira etapa é efetuada no cromatógrafo, com este operando em modo de espera ( stand
– by ) . O ajuste consiste em equilibrar a parte de medição, através do ajuste de zero, uma vez
que, pela câmara de medição do detetor, circula somente o gás de transporte. Em seguida,
procede-se à calibração da corrente de saída, a fim de que esta varie de 4 a 20 mA, conforme
amplitude do sinal detectado.
O princípio de detecção é específico, pois está baseado na propriedade que possuem os gases
de absorver de forma seletiva, a energia de um feixe de radiação infravermelho; isto é, para um
determinado tipo de gás puro, somente certas faixas do espectro de radiação são absorvidas.
70
Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
A técnica de análise por absorção de radiação infravermelha é fruto de uma série de pesquisas
e descobertas, tendo como ponto de partida a descomposição da luz no seu espectro visível.
As moléculas de qualquer gás com temperatura acima de zero absoluto estão em contínuo
movimento de translação, rotação e vibração. A energia interna do gás é exatamente o
somatório dessas energias cinéticas, enquanto o nível médio energético de cada molécula está
relacionado com a temperatura do gás.
Quando o movimento vibracional da molécula é tal que os centros de carga positiva negativa
dos átomos apresenta uma discordância durante o movimento oscilatório, isto é, quando é
formado um momento dipolar, a molécula emite radiação eletromagnética na faixa do
infravermelho.
O princípio de operação dos analisadores infravermelhos pode ser estudado partindo da figura
36. O gás a ser analisado preenche a câmara de análise C, absorvendo parte da energia
emitida pela fonte de radiação infravermelho F. O feixe de radiação emergente da câmara
incide em um detetor de radiação que gera um sinal elétrico proporcional à intensidade do feixe
de radiação infravermelha incidente. O sinal do detetor é proporcional com a concentração da
substância em análise.
+/- 0,7 mm
Lente
Câmara de análise
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
Amostra
Filtros
Câmara de análise F1 Detetores
Fonte
D1
F F2
D2
Amostra
Câmara de análise Detetores
D1
Fonte
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
D2
Câmara de referência
Analisador de filtragem positiva
FIG.37 – TIPOS DE ANALISADORES ULTRAVIOLETA
Neste tipo de analisador a radiação emitida pela fonte F, atravessa a câmara de análise,
bifurcando-se para atravessar os filtros e, finalmente, incide nos detetores .
O filtro F1 é uma câmara selada com o mesmo tipo de gás a ser analisado, por exemplo: CO 2.
O filtro F2 é preenchido com um gás não absorvente de infravermelho, por exemplo: N2. Se o
gás que circula na câmara de análise é N2, o detetor D2 recebe o máximo de radiação da fonte,
ao passo que a radiação incidente no detetor D1 é menor, pois o filtro F1, cheio de CO 2 ,
absorve parte do espectro infravermelho.
Quando o gás na câmara de análise contêm CO2, o detetor D2 recebe menos radiação,
enquanto o detetor D1 permanece constante pois o filtro F1 já eliminou toda a radiação
correspondente a este gás. A diferença de sinal entre os detetores será amplificada e
representará a concentração de CO2 , na amostra.
No caso de variar a potência da fonte, será parcialmente compensado pois ambos os detetores
sofrerão o mesmo efeito simultaneamente.
A radiação emitida pela fonte divide-se em dois feixes paralelos. O primeiro atravessa a
câmara de análise e incide no detetor D1, que consiste em uma câmara preenchida com gás
idêntico ao que será analisado pelo instrumento. A temperatura desse gás é medida e constitui
o sinal de saída do analisador.
O segundo feixe atravessa uma câmara de referência e incide no detetor D2, identicoao
descrito anteriormente. A câmara de referência é preenchida com um gás “transparente” ao
infravermelho.
Se na câmara de análise estiver presente o gás a ser analisado, isto é, o CO2 , a temperatura
do gás no detetor D1 diminuirá, pois a radiação que nele incide estará desprovida parcial ou
totalmente da parte do espectro correspondente ao CO2.
É importante observar que o aquecimento do gás contido nos detetores CO2 , é provido apenas
pela parte do espectro relativo a esse gás, enquanto no analisador de filtragem negativa, o
aquecimento é provocado pela totalidade do feixe de radiação. A diferença entre os sinais dos
detetores será amplificada e representará a concentração do CO2 no gás em análise.
♦ Fonte de infravermelho
♦ Câmara de análise
♦ Filtros óticos
♦ Detetores de infravermelho
♦ Moduladores ( balanceadores )
♦ Sistema eletrônico
A radiação emitida pelo filamento segue a Lei de Plack para o corpo negro; porém , como o
filamento é um corpo real, há necessidade de corrigir o fator de emissividade.
O material das janelas deve ser transparente na faixa espectral de operação do analisador;
além disso, deve ser resistente mecanicamente e quimicamente, e não ser afetado pela
umidade.
♦ Quartzo
♦ Fluorita
♦ Fluoreto de lítio
♦ Fluoreto de sódio
Uma característica importante nas câmaras de análise é seu comprimento, que pode variar de
0,5 mm, para concentrações elevadas do componente em análise ( por exemplo: de 0 a 50 %
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
de CO2 ), até 200 mm ou mais para pequenas concentrações ( por exemplo: de 0 a 1.000
ppm )
Os filtros óticos são dispositivos que deixam passar apenas parte da radiação incidente sobre
eles. A parte passante do espectro permite classificá-los em filtros passa – alto, passa – baixo
e passa banda. O tipo mais usado nos analisadores infravermelho são os passa – banda, isto é
, aquele que permite a passagem de somente uma estreita faixa do espectro incidente sobre
ele.
♦ Filtros gasosos: Basicamente, semelhantes com a câmara de análise, com a diferença que
no seu interior é selado um gás puro e seco.
♦ Filtros sólidos: é o mais comum . Trata-se de um filtro passa banda bastante seletivo. É
constituído de uma lâmina de material transparente de baixo índice de refração, com as
superfícies prateada ou aluminizadas de forma a serem semitransparentes.
São transdutores que convertem a radiação infravermelha incidente sobre eles em um sinal
elétrico proporcional.
♦ Detetores fotoelétricos
♦ Detetores térmicos
♦ Termopilha
♦ Bolômetro
♦ Piroelétrico
♦ Pneumático
A termopilha está composta por alvos enegrecidos nos que se dispõem uma série de
termopares ligados em série.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
O detetor piroelétrico baseia-se na propriedade que certos cristais apresentam de gerar uma
tensão em uma certa direção, em função da sua temperatura. O fenômeno é similar ao efeito
piezoelétrico, e a simplicidade e estabilidade desse tipo de sensor vêm tornando sua aplicação
mais freqüente.
8.4.5- Moduladores
Vazão da amostra: 30 a 60 l / h
8.5.1- Instalação
O analisador URAS 2T é fornecido para ser instalado próximo à captação da amostra, em local
livre de vibrações mecânicas e protegido contra radiações diretas do sol, fornos, caldeiras, etc.
A temperatura ambiente não deve ultrapassar os 45 °C.
8.5.2- Calibração
Os ajustes de zero e span somente podem ser feitos após duas horas de energizados .
Com o gás de zero circulando pelo analisador, deverá atuar no potenciômetro de ajuste de zero
até a indicação corresponda com a concentração do gás analisado. Com o gás de fim de faixa
circulando pelo analisador, posicione o ajuste de fim de faixa até que a indicação corresponda
à concentração analisada.
Caso não consiga o ajuste de zero, proceda com o ajuste do diafragma do detetor e o ajuste de
fase. O ajuste do diafragma do detetor consiste no deslocamento de um anteparo que
intercepta parte do feixe de radiação incidente nas duas janelas do detetor. Isso deve ser feito
com o ajuste de zero na sua posição intermediária. O ajuste da fase tem por objetivo
sincronizar os dois feixes de radiação, de forma que sejam emitidos, pela fonte, em fase. Esse
ajuste é obtido pelo deslocamento da posição do interruptor rotativo, localizado em frentye à
fonte de radiação infravermelha.
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Instrumentação analítica com ênfase em análise de gases
M1 M2
Isolação galvânica
Receptor
Amplificador retificação e linearidade
Amplificação e ajuste de
corrente
pre-amplificador
sensor aquecedor
Fonte de alimentação
Controlador de temperatura
alimentação
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