Sei sulla pagina 1di 4

Raças e Etnias

Raças humanas
O conceito de raças humanas foi usado pelos regimes coloniais e pelo apartheid (na
África do Sul), para perpetuar a submissão dos colonizados; actualmente, só nos
Estados Unidos se usa uma classificação da sua população em raças, alegadamente para
proteger os direitos das minorias.

A definição de raças humanas é principalmente uma classificação de ordem social,


onde a cor da pele e origem social ganham, graças a uma cultura racista, sentidos,
valores e significados distintos. As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele,
tipo de cabelo, conformação facial e cranial, ancestralidade e, em algumas culturas,
genética. O conceito de raça humana não se confunde com o de sub-espécie e com o de
variedade, aplicados a outros seres vivos que não o homem(embora humanos e animais
estejam exatamente sobre o mesmo tipo de seleção genética, apesar das pomposas
fachadas pseudo-civilizatórias). Por seu caráter controverso (seu impacto na identidade
social e política), o conceito de raça é questionado por alguns estudiosos como
constructo social; entre os biológos, é um conceito com certo descrédito por não se
conformar a normas taxonômicas aceites.

Algumas vezes utiliza-se o termo raça para identificar um grupo cultural ou étnico-
lingüístico, sem quaisquer relações com um padrão biológico. Nesse caso pode-se
preferir o uso de termos como população, etnia, ou mesmo cultura.

A primeira classificação dos homens em raças foi a "Nouvelle division de la terre par
les différents espèces ou races qui l'habitent" ("Nova divisão da terra pelas diferentes
espécies ou raças que a habitam") de François Bernier, publicada em 1684. No século
XIX, vários naturalistas publicaram estudos sobre as "raças humanas", como Georges
Cuvier, James Cowles Pritchard, Louis Agassiz, Charles Pickering e Johann Friedrich
Blumenbach. Nessa época, as "raças humanas" distinguiam-se pela cor da pele, tipo
facial (principalmente a forma dos lábios, olhos e nariz), perfil craniano e textura e cor
do cabelo, mas considerava-se também que essas diferenças reflectiam diferenças no
conceito de moral e na inteligência, pois uma caixa cranial maior e/ou mais alta
representava um cérebro maior, mais alto e por consequencia maior quantidade de
células cerebrais).

A necessidade de descrever os "outros" advém do contacto social entre indivíduos e


entre grupos diferentes. No entanto, a classificação de grupos traz sempre
consequências negativas, principalmente pelo facto dos termos empregues poderem ser
considerados pejorativos pelos grupos visados (ver, por exemplo ameríndio e
hotentote). Tradicionalmente, os seres humanos foram divididos em três ou cinco
grandes grupos de linhagem (dependendo de interpretação), mas a denominação de cada
um – pelo motivo indicado – tem variado ao longo do tempo:

Mongolóide (raça amarela): povos do leste e sudeste asiático, Oceania (malaios


e polinésios) e continente americano (esquimós e ameríndios).
Caucasóide (raça branca): povos de todo o continente europeu, norte da África
e parte do continente asiático (Oriente Médio e norte do Subcontinente Indiano).
Negróide (raça negra): povos da África Subsaariana.

Os outros dois grupos de linhagem humana poderiam ser:

Australóide: sul da Índia (drávidas), negritos das Ilhas Andaman (Oceano


Índico), negritos das Filipinas, aborígenes de Papua-Nova Guiné, aborígenes da
Austrália e povos melanésios da Oceania.
Capóide: tribos Khoisan (extremo sul do continente africano).

Apesar de poderem ser considerados como dois grupos distintos de linhagem humana,
australóides e capóides também podem ser considerados como negróides, de acordo
com essa mesma classificação tradicional.

Como qualquer classificação, esta é imperfeita e, por isso, ao longo do tempo, foram
sendo usados outros termos, principalmente para grupos cujas características não se
ajustavam aos grupos "definidos", como é o caso dos pardos para indicar os indígenas
do sub-continente indiano, entre outros. De notar que, a par desta classificação baseada
em características físicas, houve sempre outras, mais relacionadas com a cultura,
principalmente a religião dos "outros", como os mouros ou "infiéis", como os europeus
denominavam os muçulmanos, ou os judeus.

No início do século XX, Franz Boas pôs em causa a noção de raça e foi seguido por
outros antropólogos, como Ashley Montagu, Richard Lewontin e Stephen Jay Gould.
Contudo, alguns poucos cientistas como J. Philippe Rushton, Arthur Jensen, Vincent
Sarich e Frank Miele (autores de "Race: The Reality of Human Differences")
proclamam que não só essa tese é falsa, mas que foi politicamente motivada e não tem
bases científicas.

Existem também estudos que procuram mostrar que a percepção social da cor como
definidora de uma divisão humana em "raças" não é mais do que uma construção sócio-
cultural. Assim, durante a montagem do sistema escravista moderno, no qual milhões de
africanos foram transferidos compulsoriamente para as Américas para o trabalho
escravo, fortaleceu-se o conceito de uma "raça negra", superpondo-se a toda uma grande
quantidade diferenças étnicas que existiam na África, e que ainda existem hoje. Os
africanos nas sociedades que precederam o moderno sistema escravista, não se viam
como "negros", tal como sustenta José D'Assunção Barros em seu livro A Construção
Social da Cor (2009). Na África, os africanos enxergavam-se a partir de identidades
étnicas diferenciadas, e não de uma única "raça negra", um conceito que para eles não
existia. Os interesses do tráfico levavam os comerciantes a motivar a diferença étnica na
ponta africana do tráfico negreiro, pois os comerciantes de escravos conseguiam
escravos das guerras intertribais, nas quais as tribos vencedoras vendiam os indivíduos
pertencentes às tribos vencidas. Mas, ao mesmo tempo, na ponta final do processo de
escravização, quando o escravo deveria ser vendido nas Américas e incorporado ao
trabalho no sistema colonial, já interessava aos comerciantes e senhores de engenhos -
ou ao sistema escravista, de modo geral - criar uma categoria única para os "negros"
africanos, inclusive misturando africanos procedentes das várias etnias de modo a que
não se concentrassem eem um mesmo local indivíduos pertencentes a uma mesma etnia
de origem na´´Africa, pois os vínculos de identidade poderiam favorecer as revoltas.
Percebe-se, portanto, que a construção da idéia de "negro", à altura da montagem do
sistema escravista, foi um processo complexo, que recobriu, embora sem eliminá-las
totalmente, as etnias africanas de origem.

Análises genéticas recentes permitem que a evolução e migrações humanas seja


representado duma forma cladística. Estes estudos indicam que, como pensam os que
defendem a teoria da origem única, a África foi o berço da humanidade, outros
defendem a teoria da origem multiregional[4] . Verificou-se que os aborígenes
australianos foram originados num grupo que se isolou dos restantes há muito tempo e
que todos os outros grupos, incluindo "europeus", "asiáticos" e "nativos americanos"
perfazem um único grupo monofilético resultante das migrações para fora do continente
africano e que poderia dividir-se no equivalente aos oeste- e leste "euro-asiáticos",
reconhecendo sempre haver muitos grupos intermédios.

Raças no Brasil
O geógrafo Aroldo de Azevedo classificou as "raças" no Brasil como sendo:

• Preto, depois chamado negro, e atualmente afro-brasileiro, o escravo, dividido


em várias raças: banto, banguela, congo e mina.
• branco, o europeu imigrado para o Brasil.
• negro da terra, o índio, dividido em várias nações.
• mulato, oriundo do cruzamento do branco com o negro.
• caboclo, oriundo do cruzamento do branco com o índio.
• cafuz ou cafuzo, oriundo do cruzamento do índio com o negro.
• cabra: oriundo do cruzamento do mulato com o negro.

Etnia

Uma etnia ou um grupo étnico é, no sentido mais amplo, uma comunidade humana
definida por afinidades linguísticas e culturais e semelhanças genéticas[carece de fontes?]. Estas
comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura social, política e um
território.

A palavra etnia é usada muitas vezes erroneamente como um eufemismo para raça, ou
como um sinônimo para grupo minoritário.

RAÇA E ETNIA Embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça
é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os
fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a Religião, a língua e as
tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele,
constituição física, estatura, traço facial, etc.


Etimologia
A palavra "etnia" é derivada do grego ethnos, significando "povo". Esse termo era
tipicamente utilizado para se referir a povos não-gregos, então também tinha conotação
de "estrangeiro". Em Israel, nos tempos bíblicos, a palavra equivalente no hebraico do
Antigo Testamento era usada para distinguir os israelitas de todos os povos não judeus,
chamados "gentios". O mesmo sentido acompanhou o uso da palavra grega e seus
correlatos nos tempos de Jesus e, no Novo Testamento, esta palavra é usada também
para distinguir os não cristãos em oposição aos cristãos, adquirindo também o sentido
de "pagãos". Mesmo assim, boa parte dos textos do Novo Testamento usam a palavra
grega ethnos para se referir aos povos ainda não alcançados pela pregação do
Evangelho, adquirindo a conotação de "povos-não-alcançados". A palavra deixou de ser
relacionada com o paganismo em princípios do Século XVIII. O uso do sentido
moderno, mais próximo do original grego, começou na metade do Século XX, tendo se
intensificado desde então.

Fatores de Classificação
Língua

A língua tem sido muitas vezes utilizada como fator primário de classificação dos
grupos étnicos, embora sem dúvida não isenta de manipulacão política ou erro. É
preciso destacar também que existe grande número de línguas multi-étnicas e
determinadas etnias são multi-língues.

Cultura

A delimitação cultural de um grupo étnico, com respeito aos grupos culturais de


fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo, em especial no tocante a grupos humanos
altamente comunicados com seus grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que
mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas.

Geralmente se percebe que os grupos étnicos compartilham uma origem comum, e


exibem uma continuidade no tempo, apresentam uma noção de história em comum e
projetam um futuro como povo. Isto se alcança através da transmissão de geração em
geração de uma linguagem comum, de valores, tradições e, em vários casos,
instituições.

Embora em várias culturas se mesclem os fatores étnicos e os políticos, não é


imprescindível que um grupo étnico conte com instituições próprias de governo para ser
considerado como tal. A soberania portanto não é definidora da etnia, mas se admite a
necessidade de uma certa projeção social comum.

Potrebbero piacerti anche