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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

NOME DO CURSO

CAROLINE IASMIN RAMOS COSTA

VARIAÇÕES LINGUISTICAS:
Diatópica e Diastrática

Marabá
2010
CAROLINE IASMIN RAMOS COSTA

VARIAÇÕES LINGUISTICAS:
Diatópica de Diastrática

Trabalho apresentado a disciplina Comunicação e


Linguagem da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

Prof. Marcelo Silveira

Marabá
2010
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3
2 DESEMVOLVIMENTO .............................................................................................4
2.1 VARIAÇÃO DIATÓPICA .......................................................................................4
2.2 VARIAÇÃO DIASTRÁTICA ..................................................................................6
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................9
REFERÊNCIAS .........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

Nesta portfólio iremos definir e ver a aplicação na vida real das


variações lingüísticas devido ao local de nascimento e criação do individuo
(diatópica) e em relação á classe social (diastrática).
Ira mostrar também, que ambas variações podem complicar a
comunicação verbal e escrita entre duas ou mais pessoas no ambiente de trabalho,
algumas vezes causando até mesmo preconceito.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 VARIÇÃO DIATÓPICA

A língua não é indivisível; ela pode ser considerada um conjunto de


dialetos. Alguém já disse que em país algum se fala uma língua só. Há várias
línguas dentro da oficial. E no Brasil não é diferente. Cada região tem seus falares,
cada grupo sociocultural tem o seu. Pode-se até afirmar que cada cidadão tem o
seu. A essa característica da Língua damos o nome de variação lingüística, ou
variação diatópica.

Qualquer cidadão, quando resolve emitir algumas palavras, faz isso não
isoladamente. As frases ditas por cada pessoa não são construídas por cada um,
mas sim por tudo o que o fez tornar o que é hoje: sua família, a terra em que nasceu
e em que vive, as escolas em que estudou (principalmente nas séries iniciais), as
pessoas com as quais convive, os livros que lê, os filmes a que assiste, enfim, a
maneira de falar é formada, não é criada. E é formada pouco a pouco. Aliás, nunca é
totalmente acabada. Imagine um idoso que nunca aprendeu a ler nem a escrever
entrando em contato com as letras; seu mundo se transformará. Ele se apoderará de
um conhecimento nunca antes imaginado. Passará a usar expressões
desconhecidas até então, e se tornará um cidadão de fato. O mesmo acontece com
os indivíduos que aprenderam a ler e a escrever, mas que não leem nem escrevem
jamais. Se passarem a entrar em contato com o mundo das letras, por meio de
romances, contos, textos filosóficos e poesias, transformarão sua visão de mundo e
passarão a ter um novo falar, uma vez que terão o que falar: aquilo que leram.

A variação linguística mais evidente é a que corresponde ao lugar em que o cidadão


nasceu ou no qual vive há bastante tempo. Há jeitos de pronunciar as palavras, há
melodias frasais diferentes de região para região. A variação mais famosa do Brasil
é o “s” chiante do carioca da gema.

É a mais famosa, mas não é a única. Outra bastante perceptível pelo


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visitante é o “r” retroflexo do londrinense quando pronuncia palavras como “porta,


carne, certo” e do piracicabano quando pronuncia as mesmas palavras do
londrinense e também as que têm “r” entre vogais: “cara, cera, tora”. Retroflexo
significa “curvado para trás, flexionado para trás”. É o que acontece com a língua
quando ocorre a pronúncia das palavras apresentadas: a ponta dela é flexionada
para trás, às vezes até exageradamente. É uma pronúncia idêntica à de “car” em
Inglês.
Também o “l” (ele), na região de Pato Branco, PR, que é alveolar,
mesmo antes de consoante e no final da palavra. Alveolar é o nome dado à
consoante que, quando pronunciada, é articulada com a ponta da língua próxima ou
em contato com os alvéolos dos dentes incisivos superiores. Na região de Pato
Branco, pronuncia-se o “ele” de “alto” da mesma forma que o “ele” de “alô”.

A essa variação, que corresponde ao lugar, dá-se o nome de variação diatópica.


Essa palavra é formada pelos seguintes elementos:

 Dia-, prefixo que significa “através de, por meio de, por causa
de;
 Topos, radical grego que significa lugar;
 -ico, sufixo grego que forma adjetivos;

A variação diatópica pode ocorrer, como vimos no parágrafo anterior, com sons
diferentes. Quando isso acontecer, dizemos que ocorreu uma variação diatópica
fonética, já que fonética significa “aquilo que diz respeito aos sons da fala.
A diferença, porém, pode não ser de som, mas sim de vocabulário, ou seja, de
palavras diferentes em sua estrutura. Por exemplo, em Curitiba, PR, os jovens
chamam de “penal” o estojo escolar para guardar canetas e lápis; no Nordeste, é
comum usarem a palavra “cheiro” para representar um carinho feito em alguém; o
que em outras regiões se chamaria de “beijinho”. Macaxeira, no Norte e no
Nordeste, é a mandioca ou o aipim. Essa variação denominamos de variação
diatópica lexical, já que lexical significa “relativo a vocabulário”.

A diferença pode não ser de som nem de vocabulário. Pode estar na estrutura frasal,
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ou seja, na frase toda. Em algumas regiões brasileiras é comum a utilização do


pronome “tu”; em outras, não. No Maranhão, no Espírito Santo e no Rio Grande do
Sul, um cidadão diria o seguinte: “Tu já estudaste Química?”. Na maioria dos outros
estados, o cidadão diria assim: “Você já estudou Química”? A essa variação
chamamos de variação diatópica sintática. Sintático significa “parte da gramática que
estuda as palavras enquanto elementos de uma frase”.

O Brasil é extenso e não seria diferente com as linguagens. Há


pessoas que nascem em uma região e que por algum motivo precisam se mudar
para outra região, como por exemplo, pessoas que nascem e passam boa parte da
sua vida no Rio Grande do Sul e que acabam se casando com algum militar e são
transferidos para o estado do Pará. No inicio eles vão estranhar um pouco e muitas
vezes ficaram totalmente por fora do assunto que está sendo discutido em uma
mesa, devido as inúmeras diferenças entre os modos de cada um falar. No RS
dinheiro, vulgarmente falando, é chamado de “pila”, no PA “pila” é ladrão. Quando
queremos manter nossa casa em segurança ao sair, nós trancamos as portas, no
RS dizem “chavear as portas”.

Quando esta mulher for começar a trabalhar nessa nova região em que
habita, a forma que ela fala poderá atrapalhar no processo de seleção ou ate
mesmo no convívio com seus colegas de trabalho, se for atendimento ao publico a
mesma deverá ter atenção redobrada ao pronunciar certos verbetes.

2.2 VARIAÇÃO DIASTRÁTICA

Outra variação bastante evidente também é a que corresponde à


camada social da qual o indivíduo faça parte. O falar de um cidadão é subordinado
ao nível socioeconômico e cultural dele. Quanto mais estudo tiver, mais bem
trabalhadas serão suas frases. Quanto mais livros ler, mais cultura terá. Quanto
mais exemplos tiver de seus pais e professores, mais facilmente se comunicará
com os demais.

Essa variação, no Brasil, é facilmente identificada. Basta conversar com um cidadão


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humilde, com poucos anos de estudos, que já perceberá uma linguagem diferente
da habitual de outras classes sociais. Frases como “Naonde a gente podemos
ponhar esse troço aqui?” ou como “Houveram menas percas” não são ouvidas em
um ambiente em que estejam professores, médicos, cientistas, advogados, etc. São
frases comuns a quem não teve oportunidades para ascender a estratos sociais
mais privilegiados.

A essa variação, que corresponde ao estrato social, à camada social e cultural do


indivíduo, dá-se o nome de variação diastrática. Essa palavra é formada pelos
seguintes elementos:

 Dia-, prefixo grego que significa, através de, por meio de, por
causa de;
 Estrato, radical latino que significa camada;
 -ico, sufixo grego que forma adjetivos;

A variação diastrática, como também ocorre com a diatópica, pode ser fonética,
lexical e sintática, dependendo do que seja modificado pelo falar do indivíduo: falar
“adevogado”, “pineu”, “bicicreta”, é variação diastrática fonética. Usar “presunto” no
lugar de “corpo de pessoa assassinada” é variação diastrática lexical. E falar
“Houveram menas percas” no lugar de “Houve menos perdas” é variação diastrática
sintática.

A última variação, não menos importante que as anteriores, é a que corresponde à


licença que cada um de tem para falar e escrever o que bem entender da maneira
que quiser. É a que permite um cidadão extremamente culto usar informalmente a
expressão “Eu encontrei ele” no lugar de “Eu o encontrei”. É a linguagem informal,
solta, às vezes até desleixada.

Principalmente o jovem tem o hábito de usar essa variação. É bastante


comum ouvirmos um “veio”, com o e aberto, numa conversa entre adolescentes, ou
um “mano” na alta sociedade. É comum também essa variação na linguagem
caseira, em que pai, mãe e filhos não estão preocupados com a comunicação dentro
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da norma padrão, ou na linguagem descontraída de uma roda de amigos. Outra


modalidade desta variação ocorre na Literatura, na qual o autor de poesias, contos,
romances, novelas, etc. tem a liberdade de cometer deslizes, de inventar palavras,
de recriar estruturas sintáticas, enfim, tem liberdade para aplicar seu estilo em seus
escritos. Isso tem até nome: licença poética ou liberdade poética.

continuando com exemplo da moça do RS, ela pode também ou não ter muito
estudo, ou ter o costume de falar desleixadamente. Isso também a prejudicará em
seu trabalho, no momento em que estiver atendendo a um cliente. ou falando com o
seu gerente.

Porém há alguns casos em que devemos deixar um pouco a fala


culta,quando por exemplo, entra uma pessoa que não tem muito estudo e fala
vulgarmente, provavelmente esta pessoa não entenderá muitas coisas que a
vendedora disser, é neste momento que ela deve ter consciência e respeito pelo
enunciatário, pois para a mensagem chegar corretamente ate ele.
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3 CONCLUSÃO

Como foi visto, as variações diatópica e diastrática podem atrapalhar


consideravelmente a comunicação entre duas ou mais pessoas. Geralmente elas
são consideradas “ruídos de comunicação”.
Uma forma de amenizarmos isso no ambiente de trabalho seria:
• promover encontros fora do horário de trabalho para os
próprios colaboradores se familiarizarem com os diferentes
termos usados pelos colegas;
• realizar oficinas de “Como se expressar melhor”;
Essas medidas iriam de certa forma colaborar para entendimento e
familiarização dos demais colaboradores com pessoas que não nasceram no
mesmo local, ou não tiveram oportunidade de estudar.
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REFERÊNCIAS

CATARINO, Dilson. Variação Linguistica. Disponível em :


http://dilsoncatarino.blogspot.com/2008/02/variao-lingstica.html, Acessado em: 21 de
agosto de 2010.

STRECKER, Heidi. Comunicação e Linguagem. São Paulo: Pearson Prentice Hall,


2009.

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