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Realizado por:
David Sousa
Julho 2009
TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA – CAMA PARA CADEIRÃO/CADEIRA DE RODAS
A maior parte das dores dorsais dos prestadores de cuidados surge quando estes
levantam um paciente para o transferir de um lugar para o outro (cama / cadeirão ou
cadeira de rodas e vice-versa). As transferências de pacientes constituem, pois,
factores de risco para a coluna vertebral, nomeadamente devido ao seu peso e às
posições adoptadas.
Estas movimentações manuais de risco poderiam ser minimizadas através da
utilização de meios auxiliares, tais como elevador de doentes, tábua de transferência
/deslize ou cinto de transferência, etc, mas, mesmo assim, muitas actividades
continuam a requerer esforço muscular por parte do profissional. Para reduzir o risco
de lesões, tanto para este quanto para o utente, deve usar-se correctamente o
princípio da mecânica corporal, que inclui o conhecimento de como e porquê certos
grupos musculares são usados.
Os princípios da mecânica corporal são:
1- Quanto maior for a base de suporte e mais baixo o centro de gravidade, maior
é a estabilidade (ex: os pés afastados proporcionam uma base de sustentação
mais estável do que os pés juntos);
2- O equilíbrio é mantido com menos esforço quando a base de sustentação é
alargada, na direcção em que o movimento ocorre (ex: flectindo os joelhos ao
invés de dobrar o corpo pela cintura, proporciona-se maior estabilidade e
redução da carga sobre a coluna);
3- Permanecer com os joelhos e ancas flectidos e o tronco em alinhamento
correcto, distribui a carga de trabalho pelos grupos musculares maiores e mais
resistentes (pernas) e auxilia a prevenir a distensão dos músculos dorsais;
4- Voltar-se para a direcção do movimento previne a torção anormal da coluna
vertebral;
5- Uma actividade balanceada entre braços e pernas evita que ocorram
distensões dorsais;
Para manter o alinhamento corporal o profissional levanta correctamente o utente,
utiliza técnicas de posicionamento adequadas e transfere-o com segurança do leito
para a cadeira ou vice-versa. Este procedimento deve adequar-se à situação individual
da pessoa, estimulando o seu potencial e diminuindo progressivamente a assistência
do cuidador, procurando:
Assegurar uma mecânica corporal correcta para a pessoa e para o cuidador
durante a transferência;
2
Mobilizar a pessoa de forma a que esta se sinta segura, usando movimentos
suaves e firmes e tendo em conta as manifestações de dor ou desconforto;
Utilizar o elevador, a tábua de transferência / deslize quando a pessoa não puder
fazer a transferência de pé.
Os profissionais podem utilizar muitas técnicas de transferências, mas devem
atender a algumas directrizes gerais para qualquer desses procedimentos:
Avaliar as condições físicas, criando condições de segurança e remover os objectos que possam
interferir com a transferência do utente.
3
Sentar a pessoa na cama, elevando o tronco
e em simultâneo baixando os membros
inferiores.
(sempre que possível levantar a cabeceira
da cama, pois facilita esta tarefa)
Solicitar à pessoa colaboração na elevação
do tronco apoiando o cotovelo na cama.
No final da transferência:
Colocar o braço e os pedais da cadeira de rodas em posição de apoio de modo que o utente fique
confortável.
4
Transferência utilizando o cinto de segurança
Todos estes passos podem ser invertidos para se transferir a pessoa da cama para a cadeira de
rodas ou cadeirão.
5
Sentar a pessoa na beira do cadeirão cama ou cadeira
de rodas e inclinar o tronco para a frente.
6
Procedimentos para a transferência da
cadeira de rodas ou cadeirão para a cama (2 pessoas)
Todos estes passos podem ser invertidos para se transferir a pessoa da cama para a cadeira de
rodas ou cadeirão. Todos os outros princípios da transferência apenas com 1 cuidador se mantêm.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.idademaior.iol.pt/bem-estar/fitness/acabe-com-as-lombalgias/ consultado
em 20/07/2009 às 18h