16 SENEMI Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?

Jornal
em seu livro "Assim uma Igreja Como será a implantação do
Alerta da SENEMI Conquista Almas", diz: "Hoje, o projeto?
conceito de evangelismo de edifício de Em duas fases: divulgação e implantação.
É
Igreja é o maior impedimento para a Divulgação: Até o mês de julho iremos
evangelização mundial. Não porque divulgar a nível nacional o projeto.
na
nt
e
possuímos edifícios de igrejas — mas Implantação e desenvolvimento: No mês de
ÓRGÃO OFICIAL DA IGREJA DE CRISTO PENTECOSTAL NO BRASIL
o
si
es mas porque não queremos sair deles!" julho, na convenção intermediária, iremos
pr

Em meio
im é Este não é um apelo para que você treinar e preparar os pastores para que ao
verdade
incendeie a sua igreja . . . mas para que retornarem aos campos, já com as revistas
ela seja colocada na perspectiva certa! “Boas Notícias” e “Evangelizai” nas mãos,
O Instituto Bíblico Perceba que o evangelismo não é para possam capacitar os evangelizadores para a
Moody calcula que menos de 5 %
ser centralizado dentro do edifício da seara.

às tragédias
dos cristãos levaram uma alma a
igreja. Deverá ser centralizado fora do Fale-nos da revista “Boas Notícias”
Cristo. Entretanto, mais ou menos
edifício da igreja. A igreja não é um Esta revista será nossa ferramenta para
10% dos habitantes de um país
lugar para onde se devam trazer os alcançar as almas para Cristo. Ela será
cristão já frequentou alguma igreja
perdidos para convertê-los dentro simples, mas de uma maneira prática e

onde está
evangélica durante algum período
dela. “É um posto de batalha — de eficaz, que proporcionará aos
de suas vidas.
onde se envia os cristãos para fora, para evangelizadores um contato com cada
Isto quer dizer que Deus recebe
a peleja". evangelizado. Ela terá quatro lições que
mais cooperação dos pecadores do
FONTE SENEMI deverão ser aplicadas uma por semana nas
que dos cristãos. Algumas pessoas
Bibliografia: T.L. Osborn - casas de pessoas não-crentes ou em grupos.

* Ano LV.Nº2 /Abril / Maio / Junho de 2011 / www.icpb.com.br / Gratuito

perdidas virão à Casa de Deus, mas

Deus?
Conquistando Almas Dê-nos uma ideia do que será a
uma porcentagem muito menor de
revista “Evangelizai”
cristãos irá à casa do pecador. Os Faça parte da visão É um manual de evangelização que
perdidos provaram ser mais
cooperadores do que os salvos.
Atos 20.20 capacitará os evangelizadores, será uma
pr ferramenta indispensável no projeto, pois
Todavia, de quem Jesus espera oj
eto
o
do r ev
conterá dicas de abordagens, respostas às
mais? Ele nunca disse: "Ide, vós in
pr esce an
ge negativas das pessoas para não receberem o
Pág.
Pag. 8
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pecadores, à Minha Casa e sede cu a c liz
PB ar ai
IC E p estudo “Boas Notícias”, agenda para
salvos, para que não morrais", mas I D
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do r acompanhamento dos evangelizados e
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disse: "Ide vós (crentes) ... a toda
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muito mais.
criatura". PB ar
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ID Até quando vai o projeto
Evangelizai?
Hoje o conceito é o de O alvo é evangelizarmos 50 mil pessoas no
trazer as pessoas à igreja e depois a
O que é o Projeto Brasil, preparando a igreja para implantar os
Cristo. Este sistema é muito bom Evangelizai? pequenos grupos de evangelização e
para aqueles que forem à igreja. O discipulado. O material produzido pelo
conceito do Novo Testamento é o de É um programa de Evangelizai estará sempre a disposição da
levar os homens a Cristo e depois ao evangelização que tem o objetivo de ICPB para promover o evangelismo que só
local de reunião, devemos conquis- trazer de volta à igreja a comissão dada se encerrará com a volta de Jesus.
tá-los onde eles estão. por Jesus que foi de ir e pregar o
O Projeto Evangelizai tem o evangelho a toda criatura, Veja no mapa onde a
objetivo de trazer de volta à igreja a publicamente e de casa em casa, porta a SENEMI está atuando
comissão dada por Jesus que foi de porta, de dois em dois.
ir e pregar: publicamente e de casa Como surgiu esse projeto e
em casa, porta a porta, de dois em qual o alvo?
dois. (Visão ATOS 20.20) “E disse- No ano de 2010 andamos em todo o
lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Brasil visitando nossas igrejas e
evangelho a toda criatura” - Marcos notamos que faltava algo para auxiliar
16.15 nossos pastores na área de
O evangelismo pessoal pode evangelização. Como a SENEMI tem a
alcançar a "toda criatura". Não é incumbência de promover a
centralizado na cruzada — dentro evangelização, o Senhor nos deu este pr
oj
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da igreja — mas fora do edifício da projeto, que oro, espero e trabalho para do
o
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igreja. que seja uma bênção na vida das c u liz
e mais...
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Em realidade, os edifícios das pessoas que precisam de salvação e o
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igrejas, mesmo que, sem dúvida, para o crescimento da nossa ICPB. O risto ao
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façam parte vital do cristianismo de alvo é evangelizar 50 mil pessoas e ID
Crianças: O que fazer com elas
hoje, não eram um conceito do preparar a ICPB para trabalhar com Projeto Evangelizai, o que é? Curso de
Novo Testamento. Gene Edwards pequenos grupos. Quer saber mais? Acesse Palavra do Reverendo
www.icpb.com.br
Respostas para o projeto Evangelismo Pessoal
Pág. 16 Perseguição na Coréia do Norte
2ª Parte - Pág.
Pag. 4
Ciclo Educacional da ICPB
2 MENSAGEM
Palavra do
Reverendo
Vencendo as crises familiares
Jeremias 10.19- 23.
Sociólogos, psicólogos, educadores,
políticos, legisladores, religiosos discutem e
se preocupam com a chamada desintegração
da família.
O ataque do inimigo:
O primeiro ataque de Satanás já foi contra a
família, pois procurou pegar a mulher
desacompanhada do marido.
Satanás odeia tudo o que carrega em si algo
da glória de Deus, por isso ele ataca a
família.
O inimigo sabe que, atingindo a família, ele
atinge a igreja, a escola, a sociedade.
A mídia moderna, influenciada por Satanás,
procura deturpar a concepção bíblica de
família.
A família em Cristo deve ser um contraponto
aos ensinos propagados pelo reino das trevas.
A Palavra de Deus nos mostra algumas crises
que a família enfrenta, suas causas e como
superá-las.
A Crise (v.20)
A crise da derrota: ”A minha tenda foi
destruída.” Na velha Roma havia um adágio,
um ditado assim: Ai dos vencidos. Hoje há
muitos lares derrubados, muitas tendas estão
caídas, estão no chão, casamentos destruídos,
famílias destruídas;
A crise das emoções: Todas as cordas se
romperam. Laços, cordas do romantismo,
cordas da estima, laços da cordialidade, dos
Jornal
EXPEDIENTE
Órgão Oficial da ICPB
Ano 56 Abr/Mai/Jun de 2011
Superintendente Geral
Rev. Daniel Aparecido daSilva
Redator
Pr. Heitor Fruguli
Assistentes Editoriais
Wdson Ney dos Santos
Manoela Cristina dos Santos
Diagramação e Arte
Ricardo Bastos
Redação
Rua JK de Oliveira, 599
Centro - Monte Sião - MG
37580-000 - (35) 3465.1722
Fone: (19) 3891.2223
E-mail: serep@icpb.com.br
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Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
afagos, das carícias, do tempo juntos. As
famílias estão frias nesta área;
A crise da desolação, do desânimo: Os meus
filhos se foram e já não existem. Quantos
lares estão vendo seus filhos que se foram:
nas drogas, na prostituição, no crime. Quanta
desolação, filhos que se foram; e deixaram
saudade, tristeza, lágrimas e a casa vazia.
A crise da frustração: Ninguém há que
levante a minha tenda e lhe erga as lonas. A
família no beco sem saída. Tudo falhou. A
família está perplexa, olha de um lado e do
outro e não vê solução, e então diz: Ninguém
há que me ajude a sair desta situação e levante
a minha tenda.
As causas da crise (v.21.): Toda a crise descrita
no v.20 foi gerada por esses motivos. Nossa
sociedade moderna é uma sociedade
estúpida e irreverente; nossa ética, nossa
postura, nosso comportamento demonstram
que estamos perdendo a razão, o bom senso,
estamos entrando por um caminho que não
condiz com a vontade de Deus. Não
buscaram ao Senhor. A família esqueceu,
abandonou, jogou Deus fora do círculo
familiar. O consumismo, a ganância, a
insatisfação, o mundanismo levaram a família
a não buscar mais a Deus.
Por isso não prosperaram. Existe uma lei
natural, que chamamos de lei da semeadura,
que colhemos aquilo que semeamos.
Quando nos esquecemos de Deus é certo
que não prosperamos, todo esforço e todo
projeto resultam em frustração.
Vencendo a crise. (v.23)
Não precisamos viver em crise, há uma saída,
a solução existe. É preciso levantar os olhos e
ver de onde vem o socorro. O v. 23 nos
mostra como vencer a crise. Isto não cabe ao
homem, isto é, a solução não está nos
esquemas, nas estratégias humanas, a solução
está em Deus (Sl 121.1,2; 124.8; 46.1). A
questão não é: Eu posso ou não posso, mas
Deus pode. A única saída para a família é
Jesus Cristo, Ele é o caminho, a verdade e a
vida (Jo 14.6). Ele é a porta, quem entrar por
Ele será salvo (Jo 10.9 ). Jesus é a esperança da
família. Jesus viveu em família (Lc 2.51).
Muitos dos seus milagres foram em família
(Mc 1.29-31; 5.19,35,43; Jo 11.1-45). Ele
procurou estar com as famílias de Zaqueu, de
Marta, Maria e Lázaro etc. A Ceia foi
instituída em família (Lc 22.7-13). Jesus é o
amigo da família. Nas horas mais tensas,
difíceis, escuras, incertas Ele está com a
família. Exemplos: Foi assim que Jesus fez
com a viúva em Naim (Lc 7.11-17); com as
irmãs de Lázaro (Jo 11); com Jairo (Lc 8.40-
56) e outros. Ainda hoje Ele está com a
família. Ele diz: Eis que eu estou convosco
(Mt 28.20). Ele toma os pedaços e faz de
novo. Eu creio em milagres.
Não há nenhum tesouro material que
substitua o tesouro que há na família.
I N V I S T A NA S U A.
CREDO DOUTRINÁRIO
Por que cremos?
Nº2 – Cremos em Deus, o Pai; em
Jesus Cristo, o Filho; e no Espírito
Santo, a terceira pessoa da Trindade –
João 10.36; 14.26 e 20.21.
A doutrina da Trindade (do latim
trinitas = “triunidade” ou “três-em-
unidade”) é uma das mais
importantes doutrinas da fé cristã.
Sabemos que essa terminologia não
se encontra utilizada diretamente
nas Sagradas Escrituras, mas a sua
essência e desenvolvimento estão
explícitos por toda a Bíblia.
Ao longo da história da Igreja, e
principalmente nos anos iniciais da
era cristã, os concílios foram
realizados para elaboração das
estruturas do cristianismo de forma
documental. Os primeiros pais da
igreja buscaram de uma forma clara
e fundamentada elaborar um
documento que deixasse clara a
Trindade.
No séc. IV foi elaborado o
documento que se segue abaixo,
conhecido como Credo de Atanásio:
“... que adoremos um só Deus em
Trindade e a Trindade na Unidade,
nem confundindo as Pessoas, nem
separando a Substância. Na
verdade, uma é a Pessoa do Pai,
outra a do Filho, outra a do Espírito
Santo; mas uma só é a Divindade do
Pai, do Filho e do Espírito Santo;
igual a glória, coeterna a majestade.
Qual é o Pai, tal o Filho, tal o Espírito
Santo. Incriado é o Pai, incriado o
Filho, incriado o Espírito Santo.
Imenso é o Pai, imenso o Filho,
imenso o Espírito Santo. Eterno é o
Pai, eterno o Filho, eterno o Espírito
Santo. E, no entanto, não (há) três
eternos, mas um só Eterno; assim
como não (há) três incriados, nem
três imensos, mas um só incriado e
um só imenso. Igualmente
onipotente é o Pai, onipotente o
Filho, onipotente o Espírito Santo; e,
no entanto, não (há) três
onipotentes, mas um só é o
Onipotente. Assim, o Pai é Deus, o
Filho é Deus, o Espírito Santo é
Deus; e, no entanto, não são três
deuses, mas Deus é um só.
Quer saber mais? Acesse
www.icpb.com.br
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
O Silêncio – Uma oportunidade
de se achegar a Deus
Você já teve a experiência
ficar em silêncio no meio de muitas pessoas? Já viu como o
seu silêncio incomoda os outros? Ou como o silêncio dos
outros incomoda você? Sabe por quê?
Até mesmo o próprio silêncio expressa emoções e ações
que muitas de nossas palavras não falariam. No silêncio
você também é exposto, pois no meio de muitos que
falam, o que fica quieto se torna uma evidência.
O Silêncio de Deus sempre nos causa reações. Sim,
reações que muitas vezes não são felizes, por causa de
nossas limitações. O Seu Silêncio nos torna tão sensíveis e
dependentes, quebrantando-nos como um vaso a ser
refeito, nos faz olhar para nossas atitudes e rever tudo
que está dentro de nós. É como você tirar toda a
armadura onde se esconde e gritar: “Deus eu estou aqui!
Olha para minha vida. Olha para o meu coração. Eu
preciso de Ti, Senhor!”
Quando Deus está aparentemente em Silêncio qualquer
movimento humano é em vão. Você não tem nada que
venha a ser feito, do que somente se prostrar diante do
Senhor. Mesmo que não tenha palavras para falar,
mesmo que seja com dor no profundo do coração, mesmo
que as lágrimas não cessem de cair, você reconhece sua
pequenez e seu sincero coração é quebrantado diante
dAquele que lhe fez com um Amor sem igual.
Torta de Frango no Liquidificador
Rendimento: 8 porções
Ingredientes
Massa
2 copo(s) de leite
2 copo(s) de farinha de trigo
1 copo(s) de Óleo de soja
100 gr de queijo ralado
1 colher(es) (sopa) de fermento químico em pó
2 unidade(s) de ovo
1 caixinha(s) de creme de leite
Recheio
1 unidade(s) de peito de frango desossado
desfiado(s)
Cobertura
1 caixinha(s) de requeijão culinário
1 caixinha(s) de creme de leite
ESPAÇO MULHER
de
Derramar... quebrantar... buscar unicamente Aquele que
criou você, que gerou você, que escolheu você para ser seu
filho ou filha amada. Qual tem sido a sua reação diante
deste Silêncio? Às vezes precisamos tomar uma decisão e
não sabemos qual; ou precisamos de uma palavra para
ser ministrada e nada temos. Como somos limitados!
Tentamos por diversas vezes solucionar o que somente
Deus pode.
Quando olho para a Palavra de Deus vejo vidas que
passaram por momentos de espera, solidão e silêncio.
Mas, o que me admira é sua persistência, mesmo que suas
orações parecessem ser vãs. Observe a vida de Ana. Uma
mulher que todos os anos subia a Siló com seu esposo
para oferecer sacrifícios ao Senhor. Cada ano que se
passava sua dor por não ter filhos se tornava muito
pesada ao seu coração, pois se sentia triste e angustiada
por saber que a outra mulher de seu esposo tinha muitos
filhos.
Ana experimentou o Esperar de Deus, sentiu o Seu
Silêncio, mas não deixou de se quebrantar na presença
dAquele que era o único que poderia atender suas
petições. A dor desta mulher foi tão intensa ao seu
coração, que chorou abundantemente enquanto orava a
Deus. E fez um voto, dizendo: “Senhor dos Exércitos! Se
Modo de preparo
Massa
Bata tudo no liquidificador e acrescente
metade em uma forma untada e polvilhada.
Recheio
Arrume o peito de frango desfiado em
cima da primeira camada de massa.
Cobertura
Derreta o queijo, depois misture ao creme
de leite
Arrume em cima do frango desfiado e
depois acrescente a ultima camada de
massa.
Leve ao forno até dourar.
15
benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de
mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à
tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por
todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não
passará navalha” 1 Samuel 1.11). Ana quase foi
considerada uma bêbada por causa de seu estado pelo
sacerdote Eli, mas explicou quão grande era sua dor e
“que estava derramando a sua alma perante o Senhor” (1
Samuel 1.15c). Eli, ao ver sua sinceridade, disse: “Vai em
paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe
pediste” (1 Samuel 1.17). Ela se sentiu aliviada e não mais
triste, levantou-se e seguiu seu caminho, pois cria que o
Senhor a escutaria.
A oração de Ana foi respondida e concebeu um filho,
Samuel, que significa “ouvido por Deus”, este foi entregue
à Casa do Senhor com alegria no coração em
cumprimento do voto feito a Deus. Ele foi um grande
servo do Deus Altissímo.
Que maravilhoso é ver que Ana esperou, mas lhe foi
concedido segundo seu coração. O que mais me encanta é
ver que ela não foi apenas abençoada, mas conheceu o
Deus da Bênção. Será que temos reagido como Ana em
nosso tempo de espera, em nossas lutas diárias, em meio
ao Silêncio? São estes momentos tão difíceis os mais
oportunos para nos achegarmos a Deus, à sua
maravilhosa presença e quebrantarmos nosso coração.
O Senhor tem aguardado você, os Seus ouvidos têm
estado atentos para ouvir seu clamor. Você tem reservado
um tempo em Sua presença, ou só busca Sua presença
quando as coisas não vão bem? Se tem reservado esse
tempo, o tem feito com dedicação e sinceridade ou mera
religiosidade? Não deixe que a dor leve você para longe,
mas veja-a como uma corda que puxa você para perto de
Deus, ou como um imã que o atrai à Sua presença.
Tenha o Silêncio como uma grande oportunidade de se
achegar a Deus!
14 ESPAÇO MULHER Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus? Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus? CURIOSIDADES 3

Veja como foi o primeiro HF

Trabalhando para o Reino

Missionária Maria do Socorro Paiva de Souza
mais qualquer tipo de suspeita. O João EVANGELIZAR – materiais e cursos de evangelismo para toda
estava curado pelo poder de Deus, mas a igreja.
mesmo assim o médico pediu mais um Qual sua mensagem para nossas leitoras?
Poderia usar vários exemplos de mulheres na Bíblia que se
Fale um pouco sobre você. exame para confirmar o resultado, e se
destacaram na sua geração. Elas foram de simples esposas fiéis
Sou formada em Teologia pela ETO, EETAD, IBADEP, em Pedagogia constatou que não tinha nada de
a rainhas, mulheres de todos os tipos e qualidades. Mas a
pela UNAR, cursando 3° Semestre em Psicologia na UNIFIAN. Sou errado com ele, graças a Deus.
mensagem que deixo para as leitoras, servas do Senhor, é que
uma pessoa sincera, otimista, amo o que faço, criatividade é o meu Queridas leitoras, não devemos
não deixem ninguém dizer que não podem ser usadas nas
sobrenome, e ser missionária foi um dos maiores presentes que Deus duvidar do poder de Deus na vida dos
mãos de Deus. Cada uma de nós tem um chamado especial da
me deu. seus servos, isso pra mim foi uma das
Qual o ministério exercido por você dentro da parte de Deus.
experiências marcantes.
igreja?
Quais os seus desafios como esposa de
Além do ministério pastoral realizado junto ao meu esposo, exerço o
pastor? E como você enxerga e atua
cargo de superintendente da EBD, cuidando da área educacional
com relação a essa responsabilidade?
religiosa de nossa igreja. Realizo Cursos de Evangelização aos
Em primeiro lugar, ser esposa de
Professores e Seminários para capacitação dos mesmos. Responsável
pastor não é fácil, mas como
pelos eventos missionários de nossa cidade.
trabalhamos juntos, lado a lado, os
Conte-nos sobre suas experiências ministeriais.
desafios se tornam pequenos e assim
Ao longo desses 16 anos na ICPB em Araras, as experiências são
conseguimos driblá-los.
inúmeras. A mais recente é a história do João Lucas de apenas 7 anos,
Que tipo de atividades você
que não se sentia bem fazia vários dias e sua mãe precisou levá-lo ao sugere para serem feitas
médico. O médico pediu exame de sangue para verificar o que ele com as mulheres na igreja?
Posso sugerir alguns dos trabalhos
tinha, o resultado do exame foi, em princípio, suspeita de dengue ou Que Bom se Meu Marido
realizados em nossa igreja e que dão orasse comigo Segredos da Vinha
até mesmo leucemia. No dia seguinte a Fabiana, mãe do João Lucas,
certo.
me procurou para uma oração, pois a família estava em desespero
· DESPERTA DÉBORA –
pelas suspeitas do médico. Quando vi o menino ele estava gelado, não
mães que se reúnem para orar pelos
parava em pé, não tinha cor em seu rosto, orei e disse a essa mãe que
seus filhos.
poderia ficar em paz, confiar em Deus, que essas suspeitas estavam
· CHÁ COM MULHERES –
erradas. A mãe levou o João para casa e ele comeu, brincou, coisa que
realizado como forma de evangelismo.
não fazia por causa da enfermidade. Três dias depois, ele realizou
Simplesmente como Jesus Evangélicos em Crise
· A M M E ? ?
outro exame e o resultado deixou o médico admirado, pois não havia
4 CURSOS Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus? Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
alguns, e ainda continua acontecendo, por
isso muitos chegam até dizer: “O mundo de
CURSO DE EVANGELISMO
hoje é o mesmo de ontem, e o mundo de
amanhã será o mesmo de hoje”. Leia a
advertência do apóstolo Pedro (2 Pe 3.3,4;
PESSOAL - 2ª PARTE comparar com 2 Ts 2.1-3). “Os Últimos
Dias” para a Igreja têm sido de “... tempos
trabalhosos...” por causa da extrema
corrupção nas instituições eclesiásticas,
Qual a mensagem? nunca vivido antes, nem mesmo na Idade
Média (séc. V e meados do séc. XV); grande
No evangelismo pessoal, a doutrina principal é a de apostasia (2 Tm 3.1-5; 1 Tm 4.1-3; 2 Ts 2.3ss),
salvação da alma. É preciso que o crente conheça bem os textos para apresentá-los à e com o aparecimento de falsos cristos e
medida que a necessidade for exigindo. Não é um texto qualquer que vamos citar, profetas (Mt 7.15; 24.4,5,11).
mas aquele apropriado para o momento, pois a Bíblia tem uma mensagem adequada
A partir do século XIX a Igreja do Senhor foi
para cada caso, cada coração, cada circunstância. invadida pelo modernismo com sua teologia
liberal e no século XX pelo pragmatismo
Tipos de Evangelismo com a filosofia de que os fins justificam os
meios, e o que importa é o que produz
Em Massa – Este tipo de evangelização é expresso através dos cultos evangelísticos, no resultados e satisfação ao homem divinizado
e Deus está rebaixado. Por isso muitas
templo e fora dele, nas praças, estádios etc. As grandes cruzadas evangelísticas bem
organizadas são exemplos eficazes deste tipo de evangelização. Cristo o utilizou ao pregar denominações têm feito do cristianismo uma
para as multidões. religião de entretenimento ou diversão,
fazendo de seus locais de cultos um
Em Grupos Familiares – Este método está dando grandes resultados em várias regiões no Brasil e showroom, onde artistas se apresentam
ganhando altos cachês, a pregação do
no mundo, e tem sido muito eficaz, pois participamos do contexto da pessoa e também pode levar evangelho é anunciada de maneira light ou
a mensagem aos familiares mais próximos. moderada para não ofender as pessoas, o
lucro financeiro, a preocupação com o índice
Evangelismo Pessoal – Este tem sido o método mais utilizado em muitos séculos, porque todos trabalham e de audiência e o crescimento numérico estão
foi o método largamente utilizado por Jesus e pela igreja primitiva.
se tornando mais importantes do que as
pessoas por quem Jesus Cristo morreu. O
Tipos de Estratégia prestígio das lideranças eclesiásticas está tão
Há muitas estratégias a serem utilizadas, como: Cultos ou Estudos nos lares (At 5.42); nos hospitais (Mt em alta ao ponto de que elas são mais
25.43); nas prisões (Mt 25.43); nas filas dos ônibus; no púlpito; nos bares e restaurantes; nos consultórios e conhecidas pelas pessoas do que o próprio
colégios; nas feiras livres; ao ar livre (At 16.13); através do telefone; através de carta, postais, e-mail; na rádio Deus etc. Contudo, a Igreja não deve rejeitar
e TV; com CD e DVD, e muitas outras estratégias. O que não podemos fazer é ficar parados enquanto muitos “suas lideranças” (Hb 13.7,17; 1 Co 4.1,2), os
caminham para o inferno. que cantam somente para louvar ao Senhor
(2 Cr 20.21), nem tampouco o “crescimento
Plano de Salvação numérico” (At 2.47; 6.7), mas a filosofia
Muitas pessoas possuem dificuldades para explicar às outras a mensagem da salvação com mais clareza, por pragmatista. A Igreja deve estar alicerçada no
isso o Plano de Salvação é uma forma clara e objetiva de apresentar ao pecador a sua situação e a
seu sentido mais amplo: confessar que “Deus
importância de sua salvação. é soberano” e é Ele quem dá o crescimento (1
Co 3.6-9; Mt 6.13; 1 Tm 1.17); Jesus Cristo é o
1. Deus ama você! Senhor e cabeça da Igreja (At 2.36; 5.31; Rm
2. Toda pessoa é pecadora e necessita de Deus! 10.9; 1 Co 1.9; Ef 1.22); o Espírito Santo é
3. O salário do pecado é a morte! aquele que convence o pecador e dá poder à
Igreja (Jo 16.8-11; At 1.8; 2.4-6,33;1 Jo 2.27),
4. Jesus Cristo é a solução de Deus para o pecado da humanidade.
e anunciar o Evangelho em sua pureza (Pv
A salvação pode ser sua através do arrependimento e fé em Cristo
30.5,6; Jo 17.17; Rm 1.16,17; Hb 4.12).
Colocando em Prática
O Evangelismo deve ter um breve roteiro que será memorizado por você, mas que vai se moldar a cada caso,
deixando a liberdade de desenvolvê-lo de acordo com a necessidade do ouvinte: Inicio da Conversa
(quebrando o gelo), Desenvolvendo a Conversa (explicando as verdades bíblicas), Apelo ou Convite (leve-o
a uma decisão consciente por Cristo) e Encerrando a Conversa (explique à pessoa o resultado da decisão
que tomou), convide-a para ir participar de uma igreja.
Ø O que é Homilética?
Na próxima edição: Ø O que não devo fazer na
hora de pregar?
O Pregador Eficaz Ø Quais são os tipos de
sermão? Artesãos de uma As Cinco
Nova História Linguagens do Amor
ENTREVISTA
Diante desses fatos, vemos Deus prestes a
concluir todas as Suas promessas e os Seus
propósitos com a Igreja, através da segunda
vinda de Jesus Cristo.
Nos próximos editoriais estarei expondo
sobre: A segunda vinda parousiva (parousia)
de Jesus Cristo (primeiro estágio) para
arrebatar a Igreja; O julgamento do tribunal
(bhma bēma) de Cristo; As bodas do
Cordeiro; A segunda vinda de Jesus Cristo
(segundo estágio) para exterminar o
anticristo e o falso profeta e estabelecer o
milênio. Pr. Isaac Pinto de Oliveira é
bacharel em teologia e professor da cadeira
de Teologia Sistemática do SETEPEB.
UM DIVÃ PARA A FAMÍLIA
Conta-se a história de um psicólogo que
ainda jovem fez especialização em
comportamento infantil. Com muita
autoridade no assunto deu uma palestra a
pais na qual falou sobre “Dez REGRAS para
criar filhos”. Os anos se passaram e quando
ele se tornou pai, mudou o título da palestra
para “Dez SUGESTÕES para criar filhos”.
Conforme os filhos chegaram à adolescência,
ele já tinha mudado novamente o título para
“Dez PERGUNTAS acerca de criar filhos”.
No presente artigo falaremos sobre como
crianças com quadro de irritabilidade,
desatenção, ag ressividade ou
comportamento de hiperatividade podem
estar envolvidas nas tensões entre os pais.
É importante assinalar que os obstáculos não
superados, no início do casamento, podem
sobrecarregá-lo com as dificuldades do casal
em também se tornar pai e mãe (esta frase
está estranha). Casais imaturos não toleram
as necessidades do filho, uma vez que
precisam primeiramente resolver as próprias
demandas. Cada um exige do outro uma
Venha para o SETEPEB
e estude em um Seminário da ICPB
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13
atenção maior e o filho é percebido como um
rival que quer privilégios e exclusividade. Em
situações assim não existem recursos afetivos
para cuidar de um terceiro: o filho. Esses pais
provavelmente não usufruíram os cuidados
de seus próprios pais. Casal desse perfil terá
dificuldade tanto para suprir as carências um
do outro quanto se doar de modo saudável ao
filho.
Quando o casal está distante um do outro,
não é incomum que um dos dois, geralmente
a mãe, se apegue à criança, excluindo o
marido. Quanto menos receber afeto dele,
mais ela precisará receber do filho e quanto
mais envolvida com este, menos tempo e
energia terá para o marido, criando um
círculo repetitivo. É comum o marido brigar
com o filho como um modo de agredir a
esposa. Inconscientemente, a criança que
ama a ambos pode adoecer ou ter um
compor tamento que faça os pais
interromperem as discussões. Ao desviar
seus conflitos para o comportamento do
filho, os pais dão uma pausa no conflito
conjugal, embora o custo para a criança ou
adolescente possa ser grande. Se este é o caso
e os pais querem ajudar ao filho, uma
sugestão é iniciar uma terapia de casal,
visando fortalecer os vínculos conjugais. Sei
que é difícil compreender por que os pais
também precisam ser tratados se as
dificuldades estão no filho, porém a relação
entre o casal é anterior à relação com o filho,
por isso prioritária. Se o casal está bem,
ampliam-se as possibilidades, podendo
marido e esposa cuidarem melhor de si, um
do outro e do próprio filho.
Pb. Ademir Teixeira de Freitas é membro da
ICPB em Santo André - SP, é psicólogo clínico
( C R P 0 6 / 9 0 . 5 3 5 ) e a t e n d e c a s a i s.
blog: familiaraizesefrutos.blogspot.com
Imagem
ilustrat
iva
12 COLUNISTAS
A frágil sustentação
Aqueles que defendem esta frágil posição, têm se
sustentado principalmente na má interpretação do
texto de Efésios 4.11 para o uso do ministério
apostólico para nossos dias. O texto de Efésios 4.11
diz: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres”.
A refutação
As regras mais simples de hermenêutica nos ensinam
que os textos sagrados nunca devem ser tirados de
seu contexto. E no contexto da epístola de Paulo aos
Efésios, temos no capítulo 2 o texto que prova que
este ministério não mais existe. Antes de citar o texto,
é importante refletir: quando um prédio é
construído, o que é feito primeiro? As paredes ou a
fundação da obra? É obvio que todo alicerce, toda
fundação é feita em primeiro lugar. Não é possível
construir as paredes e no meio das paredes fazer a
fundação. Efésios 2.19,20 diz: “Assim, já não sois
estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos
santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele
mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”.
Cristo é a pedra angular e os fundamentos foram
postos pelos apóstolos e profetas. Os evangelistas,
pastores e mestres são os responsáveis pela
construção das paredes desta obra. Como bem
explica Norman Geisler: “De acordo com Efésios
2.20, os membros que formam a igreja estão
'edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas'. Uma vez que o alicerce está pronto, ele não
é jamais construído novamente. Constrói-se sobre
ele. As Escrituras descrevem o trabalho dos
apóstolos e dos profetas, quanto à sua natureza,
como um trabalho de base” (Geisler, p. 375).
A Bíblia registra o uso do termo apóstolo a outros
personagens. Russell N. Champlin explica que “há
também um sentido não técnico, secundário, da
palavra ´apóstolo´. Trata-se de uma significação mais
lata, em que o termo foi aplicado a muitas outras
pessoas, nas páginas do NT. Esse sentido secundário
dá a entender essencialmente ´missionários´,
enviados dotados de poder e autoridade especiais”
(Champlin, p. 288, v. 3). Nesse sentido, o apóstolo
Paulo chamou a alguns irmãos por apóstolos
seguindo este termo não técnico.
PersonagemTextoTiago, irmão do SenhorGálatas
1.19EpafroditoFilipenses 2.25Apolo1 Coríntios
4.9Andrônico e JuniasRomanos 16.7
No contexto de Efésios 4.1, Paulo não estava se
referindo a estes homens, mas sim aos 12, Matias
(que substituiu Judas Iscariotes), e a si mesmo. Estes
compunham, juntamente com os profetas, o
fundamento da igreja (Efésios 2.19,20).
Existiam duas exigências fundamentais para que um
apóstolo fosse reconhecido para tal função:
1) Ser testemunha ocular da ressurreição de Jesus
Cristo (Atos 1.21,22; Atos 1.2,3 cf. 4.33; 1 Coríntios
9.1; 15.7,8);
2) Ser comissionado por Cristo para pregar o
Evangelho e estabelecer a igreja (Mateus 10.1,2; Atos
1.26).
Assim como Matias, que passou a integrar o corpo
apostólico por ser uma testemunha, Paulo, que se
considerava o menor, por ser o último dos apóstolos,
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
contemplou a Cristo no caminho de
Damasco (Atos 9.1-9; 26.15-18),
onde ocorreu o início de sua
c o n ve r s ã o. O u s e j a , a m b o s
preenchem os pré-requisitos para tal
função. No entanto, os que se
intitulam apóstolos em nossos dias
não se encaixam nos padrões bíblicos
que validam o apostolado.
É interessante que, enquanto o
apóstolo Paulo refere-se a si mesmo
como “o menor dos apóstolos” (1
Coríntios 15.9), os atuais apóstolos
têm como característica a fama e a
ostentação do título. Tudo é
apostólico! A unção é apostólica! Os
eventos são apostólicos! As músicas
são apostólicas! Nem de longe se
assemelham com a humildade dos
apóstolos bíblicos. Eventos, cultos e
seminários se tornam mais
interessantes quando a presença do
Apóstolo Fulano é confirmada. É um
chamariz: “venha e receba a unção
apostólica diretamente do Apóstolo
Beltrano”. Tais apóstolos têm se
colocado como supercrentes, uma
nova e especial classe da igreja, a elite
cristã dos tempos modernos. Hoje
existe de tudo um pouco neste balcão
mercantil da fé: Apóstolo do Brasil,
Apóstolo da Santidade, Apóstolo do
Avivamento e até mesmo o mais
popular apóstolo brasileiro, chamado
por muitos por “Paipóstolo”.
Existem hoje ministérios com
características apostólicas, no sentido
das missões (envio) e no
estabelecimento de igrejas. No
entanto, isso não faz de ninguém um
apóstolo nos padrões bíblicos. A
forma como Wayne Grudem explica
esse fato é muito esclarecedora:
“Embora alguns hoje usem a palavra
apóstolo para referir-se a fundadores
de igrejas e evangelistas, isso não
parece apropriado e proveitoso,
porque simplesmente confunde
quem lê o Novo Testamento e vê a
grande autoridade ali atribuída ao
ofício de 'apóstolo'. É digno de nota
que nenhum dos grandes nomes na
história da igreja – Atanásio,
Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley e
Whitefield – assumiu o título de
'apóstolo' ou permitiu que o
chamassem apóstolo. Se alguns, nos
tempos modernos, querem atribuir a
si o título 'apóstolo', logo levantam a
suspeita de que são motivados por
um orgulho impróprio e por desejos
de autoexaltação, além de excessiva
ambição e desejo de ter na igreja mais
autoridade do que qualquer outra
pessoa deve corretamente ter”.
(Grudem, p. 764).
É equivocado aplicar o termo “apóstolo”
para ministros contemporâneos. A Bíblia de
Estudo de Genebra conclui que “Não há
apóstolos hoje, ainda que alguns cristãos
realizem ministérios que, de modo particular,
são apostólicos em estilo. Nenhuma nova
revelação canônica está sendo dada; a
autoridade do ensino apostólico reside nas
escrituras canônicas” (Bíblia de Estudo de
Genebra, p. 1272).
Conclusão
Os ofícios que o Novo Testamento expõe
para a igreja, para aqueles que compõem sua
liderança, são: apóstolos, pastores (ou
presbíteros, ou bispos – já que todos os
termos representam a mesma função/ofício
– Tito 1.5-7; Atos 20.17,28) e diáconos. Esta
restauração apostólica não encontra subsídio
bíblico ou histórico, portanto, levando em
conta este contexto, e considerando
principalmente que Paulo foi o último
apóstolo, conclui-se que não existem
apóstolos em nossos dias. Cabe à igreja de
nossos dias exercer suas funções sem
invencionices e modismos, seguindo o puro e
verdadeiro Evangelho. Pr. Laércio Rodrigues
é Pastor da ICPB no Jordão baixo, Recife - PE e
bacharel em teologia pelo Seminário Teológico
Pentecostal do Nordeste.
O Que Está Acontecendo Nos Últimos Dias
em Relação à Igreja do Senhor?
O Novo Testamento destaca três?? grupos
de pessoas “judeus”, “não-judeus” ou
“gentios”, e a “Igreja de Deus” (1 Co 10.32),
edifício imponente que Jesus Cristo tem
construído em honra a Deus para acolher
“...toda tribo, língua, povo, e nação...” (Mt
16.18; Ap 5.9). “... A Igreja do Deus vivo, a
coluna e firmeza da verdade...” (1 Tm 3.15) é
formada pelos nascidos de novo (Jo 3.5-7; 2
Co 5.17; Gl 6.15; 1 Pe 1.3,23), ovelhas do
Sumo Pastor (Jo 10.6-16), ramos da Videira
Verdadeira (Jo 15.1-6), pedras vivas, casa
espiritual, geração eleita, sacerdócio real,
nação santa (1 Pe 2.5,9; Ap 1.6). O fundador
da Igreja é Jesus Cristo (Mt 16.18), um ser
perfeito e impecável (Hb 4.15; 7.26; 1 Pe 1.19;
2.22; 1 Jo 3.5), mas a Igreja, desde sua
fundação, é imperfeita, porque todos seus
membros são pecadores (1 Jo 1.8-10) que
incessantemente lutam contra a natureza
pecaminosa herdada de Adão (Rm 5.12; 7.15-
25; Gl 5.17).
A ênfase bíblica fundamental quanto à
declaração “Últimos Dias”, se refere ao
tempo vivido pela humanidade desde a
primeira vinda de Jesus Cristo até a Sua
segunda vinda (Hb 1.1,2 comparar com 1 Jo
2.18). Por isso os primeiros cristãos
esperavam viver até o regresso de Jesus
Cristo, e isso causou grande decepção em
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
classificação de países por perseguição
Localizada na metade
setentrional da Península da Coréia, no leste
asiático, a Coréia do Norte é caracterizada
por altas montanhas separadas por vales
estreitos e profundos. Densas florestas
cobrem cerca de dois terços do país.
População
A população norte-coreana é de pouco mais
de 23 milhões de pessoas. Etnicamente, ela é
constituída quase que totalmente por
coreanos (99%). Há um pequeno número de
chineses e japoneses.
Segundo estimativas do governo, 70% da
população não professa nenhuma religião. O
restante segue crenças asiáticas como
xamanismo, confucionismo ou budismo. Há
grupos cristãos de protestantes, católicos e
ortodoxos.
Quase 100% da população é alfabetizada e
tem acesso à educação.
A população sofre com a fome - 36% dela é
subnutrida. Há abertura para organizações
humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome
da população, mas os esforços não são
suficientes. Isso acontece parcialmente por
causa da corrupta liderança das forças
militares. Eles interceptam muitas cargas de
PAÍSES PERSEGUIDOS
Coréia do Norte lidera novamente a
alimento e desviam-na aos seus soldados.
O próprio presidente Kim Jong-Il disse, certa
vez, que só precisa que 30% da população
sobreviva.
História
A história recente da Coréia do Norte tem
sido bastante sofrida. A Coréia foi dividida
em dois países logo após a II Guerra
Mundial, como consequência da Guerra Fria.
Antes disso, porém, o país foi ocupado pelo
Japão por 35 anos, entre 1910 e 1945.
Em junho de 1950, tropas norte-coreanas
invadiram a Coréia do Sul em uma tentativa
de unificar o regime comunista. O conflito
armado durou três anos e culminou com a
vitória sul-coreana, tendo causado
sofrimentos significativos à região.
A zona desmilitarizada entre os dois países
continua sendo uma das áreas mais
fortificadas e impenetráveis do mundo.
A guerra quase irrompeu novamente no fim
da década de 90, mas foi evitada graças a
esforços diplomáticos. Não obstante, ainda
há grande tensão entre as duas Coréias.
Governo e economia
Atualmente, a Coréia do Norte é um Estado
comunista controlado ditatorialmente por
um homem - o presidente Kim Jong-Il.
Em setembro de 2008, Kim Jong-Il não
compareceu a um importante desfile militar.
Surgiram boatos de que ele estaria enfermo, e
especulou-se sobre quem seria seu sucessor.
No entanto, o presidente reapareceu em
5
público, reafirmando seu poderio.
O dirigente comunista norte-coreano Kim
Jong-Il foi eleito por unanimidade para o
Parlamento na eleição de 8 de março de
2009. Ele teve 100% dos votos.
O país tem sido profundamente marcado
por um "culto à personalidade" que elevou o
falecido ditador King Il-Sung, pai de Kim
Jong-Il, à posição de deus.
O governo utiliza severos controles para
incutir essa ideologia sobre cada cidadão,
que inclui o culto a Kim Il-Sung e a seu filho
Kim Jong-Il, o atual presidente. Todas as
religiões contrárias a esta ideologia são
proibidas.
A nação permanece fechada para o mundo
exterior, porém as dificuldades econômicas
e a fome crescente geraram alguma abertura,
especialmente para ministérios de cunho
social.
Mais da metade da força de trabalho (64%)
atua na indústria e serviços.
Apesar de alguma modernização, a fome
ainda é um problema social. Problemas
sistemáticos, como a ausência de solo
cultivável, a existência de fazendas coletivas
e a falta de tratores e combustível, têm
levado a Coréia do Norte a uma sequência de
períodos de escassez de alimento iniciada em
1996.
A Igreja
Menos de 2% da população é cristã, apesar
de o cristianismo ter uma longa história na
 6 PAÍSES PERSEGUIDOS
região. Antes da guerra, o país era palco de
um avivamento. A capital, Pyongyang,
abrigava quase meio milhão de cristãos,
constituindo na época 13% da população.
Após a guerra, muitos cristãos fugiram em
direção ao sul ou foram assassinados.
Atualmente, há quatro igrejas na cidade -
duas protestantes, uma católica e outra
ortodoxa -, mas são basicamente "igrejas de
fachada", servindo à propaganda política.
Quase todos os cristãos na Coréia do Norte
pertencem a igrejas não-registradas e
clandestinas. O culto deles se constitui de um
encontro "casual" de dois ou três deles em
algum lugar público. Lá eles oram
discretamente e trocam algumas palavras de
encorajamento.
A perseguição
A perseguição aos cristãos foi intensa
durante o período de dominação japonesa,
especialmente devido à pressão exercida
pelos dominadores para a adoção do
xintoísmo como religião nacional. Desde a
instalação do regime comunista, a
perseguição tem assumido várias formas. Em
um primeiro momento, os cristãos que
lutavam por liberdade política foram
reprimidos. Depois, o governo tentou obter
o apoio cristão ao regime, mas como não teve
êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um
esforço sistemático para exterminar o
cristianismo do país. Edifícios onde
funcionavam igrejas foram confiscados e
líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao
serem derrotados na Guerra da Coréia,
soldados norte-coreanos em retirada
frequentemente massacravam cristãos com a
finalidade de impedir sua libertação.
Ser cristão é perigoso na Coreia do Norte;
por isso o país ocupa, pelo sexto ano
consecutivo, a primeira posição na
Classificação de países por perseguição. O
Estado não hesita em torturar e matar
qualquer um que possua uma Bíblia, esteja
envolvido no ministério cristão, organize
reuniões ilegais, ou até que tenha contato
com outros cristãos (na China, por exemplo).
Os cristãos que sobrevivem às torturas são
enviados para os campos de concentração.
Lá, as pessoas recebem diariamente alguns
gramas de comida de má qualidade para
sustentar o corpo que trabalha por 18 horas.
A menos que aconteça um milagre, ninguém
sai desses gigantes campos com vida.
Em setembro de 2007, a revista Newsweek
destacou o drama dos cristãos norte-
coreanos. Um desertor, Son Jong-Nam,
converteu-se quando fugiu para a China,
onde conheceu um grupo de missionários
cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu
país como missionário. Lá, foi detido e
acusado de ser espião. Atualmente, ele está
no corredor da morte em Pyongyang.
Son cresceu em boas circunstâncias por ser
filho de um alto oficial. De acordo com a
O cristianismo é visto como uma das
maiores ameaças ao poder do regime,
segundo o relatório da Classificação de
2005.É difícil obter números exatos, mas
estima-se que dezenas de milhares de
cristãos estão sofrendo nos campos de
trabalho forçado da Coréia do Norte e,
pelo menos 20 cristãos foram
assassinados no ano passado enquanto
estavam detidos.
A lista anual classifica os países de
acordo com a intensidade da
perseguição que os cristãos enfrentam
enquanto seguem ativamente sua fé.
Cinco dos dez primeiros países são de
maioria islâmica, em quatro o governo é
comunista e um país, o Butão, é de
maioria budista.
Novamente a Arábia Saudita ficou com
o segundo lugar na lista, seguido do
Vietnã, Laos, Irã, Ilhas Maldivas,
Somália, Butão, China e Afeganistão. O
reino da Arábia Saudita exige que todos
os cidadãos sejam muçulmanos. As
conseqüências podem ser severas para
um saudita que se converta a outra
religião. O sistema legal é baseado na
sharia (lei islâmica) em que a apostasia –
conversão para outra religião – é punível
com morte. Até cristãos estrangeiros
foram presos e deportados por
praticarem sua fé silenciosamente –
mesmo o governo garantindo que
estrangeiros podem adorar
privativamente. Em 2004, o cidadão
indiano Brian O'Connor foi sentenciado
a 10 meses de prisão e 300 chibatadas.
Ele foi solto e deportado depois de sete
meses preso.
A situação piorou para os cristãos da
Eritréia, país do leste da África onde
mais de 400 evangélicos estão presos por
sua fé. Eles são submetidos a duras
condições, incluindo ser trancados em
containers de metal sob calor intenso.
A Somália subiu 4 posições e alcançou o
sétimo lugar. A razão primária é porque
“cristãos convertidos do islã estão
pagando um alto preço pela sua nova fé,
especialmente em partes rurais do país.”
Enquanto os cristãos no Iraque –
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
classificado em 21.o. lugar – desfrutam “mais
liberdade” do que debaixo do regime anterior, eles
experimentam maior pressão devido à falta de
ordem que permite uma ação quase irrestrita dos
fundamentalistas islâmicos. Ameaças escritas,
seqüestros, bombardeios e assassinatos continuam a
forçar dezenas de milhares da minoria cristã da
população para fora do país.
Do lado positivo, cristãos no Sudão esperam que o
novo acordo de paz libere acesso a um maior número
de produtos e serviços negados anteriormente.
Debaixo do último acordo, o sul do país (de maioria
animista e cristã) permanecerá autônomo por seis
anos. Estima-se que mais de dois milhões de pessoas
morreram no Sudão durante os 21 anos de guerra
civil.
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
APOLOGÉTICA CRISTÃ: por uma
mentalidade doutrinada em Cristo
Quando o apóstolo Paulo defendia sua tese
sobre a justificação pela graça mediante a fé
na carta aos romanos, já no capítulo dez
precisou explanar a reação dos judeus sobre
tal tema; então declarou esta sentença:
“Porque lhes dou testemunho de que eles
têm zelo por Deus, porém não com
entendimento.” Um dos significados para o
termo zelo é “excitação de mente”.
Entendimento denota um conhecimento
preciso e correto. De grande relevância para a
apologética cristã é uma mente aguçada pelo
saber coerente. A esse respeito John Stott
declarou:
“Dou graças a Deus pelo zelo. Que jamais o
conhecimento sem zelo tome o lugar do zelo
sem conhecimento! O propósito de Deus
inclui os dois: o zelo dirigido pelo
conhecimento, e o conhecimento inflamado
pelo zelo.”
Fazer apologética cristã é cumprir o
propósito divino que este erudito destacou
acertadamente. No artigo “A fé cristã no
tribunal da razão” ressaltamos que este
oneroso serviço tem um acervo histórico
muito vasto. Também afirmamos ser um
estudo realizado por cristãos para cristãos.
Sendo assim o público alvo primário deve ser
os ir mãos na fé “com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação
do corpo de Cristo, até que todos cheguemos
à unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à
medida da estatura da plenitude de Cristo,
para que não mais sejamos como meninos,
agitados de um lado para outro e levados ao
redor por todo vento de doutrina, pela
artimanha dos homens, pela astúcia com que
induzem ao erro.” Percebemos que esta
preocupação vem desde o tempo da igreja
primitiva. Paulo foi notável entre aqueles que
tinham compromisso com a defesa da fé
cristã conforme as características destacadas
por Stott. Será que a igreja atual deve tirar de
seu arsenal de batalha essa indispensável
arma?
A integridade mental das ovelhas precisa ser
igualmente preservada. Assusta o número
cada vez maior de cristãos eufóricos com
experiências espirituais (experimentalismo)
face à minoria esclarecida (racionalismo) e a
uma ínfima quantidade de crentes que
exercitam a razão transformada na
experimentação da fé doutrinadora das
experiências espirituais (cristianismo vivo).
O problema maior se evidencia na postura de
COLUNISTAS
uma grande massa de líderes ávidos por
excitar as mentes desses irmãos, vitimados
por um sincero zelo de conhecer a Deus e
viver imaginariamente seus preceitos
acompanhados de uma dose de futurologia,
pragmatismo e alienação quase total. Contra
essa famigerada prática temos uma aula de
apologética de Paulo no texto acima citado. A
preocupação paulina tinha dois objetivos
norteadores. O primeiro sob o intróito “com
vistas ao”, culminava na identificação do
crente com a pessoa de Cristo. Os versículos
12 e 13 encontram sua conclusão no
versículo 23 do mesmo capítulo de Efésios:
“e vos renoveis no espírito do vosso
entendimento”. Não é novidade que a fé
cristã para o apóstolo envolvia o
assentimento racional das verdades cristãs
para que o crente experimentasse a vontade
de Deus em sua vida. Pensar de acordo com a
mente de Cristo era a grande experiência
sobrenatural que Paulo pregava.
O segundo objetivo norteador regia-se pelo
introdutivo “para que não sejais”. O
resultado seria uma imunidade contra toda
oposição a uma postura adulta moldada pela
mente de Cristo. A metáfora “meninos”
atribuída aos não doutrinados significa
“imaturos”. Estes por sua vez seriam
facilmente conduzidos para uma tempestade
mental em hesitação fatal mesmo em contato
com a doutrina cristã sem, contudo conhecê-
la sobriamente. Pois “artimanha”, metáfora
usada para indicar decepção, expressa que
Paulo se referia a um jogador de dados que
constantemente se valia do engano para
vencer seu público. Além dessa comparação,
tais mestres usavam tr uques para
demonstração de uma falsa sabedoria
indutora de desvio. Ao contrário do apóstolo
dos gentios. Comunicador de todo o desígnio
de Deus. Fazia os convertidos participantes
do conhecimento da doutrina e cheios de um
santo zelo, até vê-los adquirir uma
mentalidade doutrinada em Cristo para a
edificação do Seu corpo, a Igreja. Destaque-
se que Paulo não negava seu zelo pela fé,
conquanto que seu conhecimento
promovesse segurança para ele mesmo e para
os ouvintes (1Tm 4.16). Ele não pretendia
promover alguma novidade sobrenatural que
causasse excitações mentais sem contanto
obter um conhecimento preciso e correto da
doutrina cristã.
Nesse sentido, Norman Geisler explica que
existe uma linha apologética chamada
experimental, ou experimentalismo,
defensora da premissa de que a experiência
cristã serve como evidência da verdade do
cristianismo apelando à evidência interna
(sentidos), no lugar da externa (Escrituras).
Para ele tal posicionamento tem seus
aspectos positivos e eles podem ser assim
relatados:
Esse texto continua no portal...
www.icpb.com.br
11
A Fragilidade do Apostolado Moderno
É curioso observar como algumas igrejas
evangélicas têm facilidade em aceitar
novidades. E é triste verificar a falta de
empenho dos cristãos em observar as
Escrituras e analisá-las com sensatez e
cuidado. Triste também é saber que poucas
são as igrejas que motivam seus membros ao
estudo sistemático da Bíblia, ao
aprofundamento teológico, à formação de
grupos de estudo e discussão sobre as
doutrinas cristãs e que verifiquem na Bíblia se
as coisas realmente são como é pregado.
Aliás, não é pecado analisar se os ensinos e a
pregação estão em conformidade com as
Sagradas Escrituras (Atos 17.10,11).
Dentro desta miscelânea de revelações e
novidades que temos obser vado, é
importante expressar-se sobre o caráter das
revelações: 1) As revelações nunca deverão
ser colocadas acima da Bíblia. A Bíblia é a
palavra final e autoridade máxima, já que se
trata da inerrante Palavra de Deus; 2) Se a
revelação não está de conformidade com a
Bíblia, descarte imediatamente tal revelação.
Deus não é Deus de confusão (1 Coríntios
14.33). As experiências pessoais não podem
ser colocadas acima das Escrituras Sagradas,
pois estas já contêm a revelação do propósito
de Deus para o homem.
Nestes tempos de tantas novidades, algo
chama a atenção de maneira muito
preocupante na história recente da igreja:
trata-se do Apostolado Contemporâneo, ou
Restauração Apostólica. Muitos têm se
levantado como apóstolos nestes dias.
Apóstolos ungindo apóstolos e criando uma
hierarquia apostólica. Alguns pastores que,
talvez por se sentirem menores que seus
colegas de ministério que foram ungidos
como apóstolos, ungem-se a si mesmos e se
autoproclamam apóstolos. Não há
fundamento para o chamado ministério
apostólico contemporâneo pelo simples fato
do mesmo não possuir respaldo bíblico.
O termo
Segundo o Dicionário Bíblico Universal, o
termo apóstolo “significa mais do que um
'mensageiro': a sua significação literal é a de
'enviado', dando a ideia de ser representada a
pessoa que manda. O apóstolo é um enviado,
um delegado, um embaixador” (Buckland &
Willians, p. 35) . A Bíblia de Estudo de
Genebra também aplica esta descrição,
dizendo que apóstolo “significa 'emissário',
'representante', alguém enviado com a
autoridade daquele que o enviou” (Bíblia de
Estudo de Genebra, p. 1272).
10 CRIANÇADA
Quando se lê nos evangelhos o
ensino de Jesus com relação às crianças,
pode-se refletir: “A igreja está
cumprindo as palavras do Senhor?
Tem incluído de modo exclusivo os
pequeninos em seus espaços e em suas
programações?” Jesus importou-se
com as crianças e as abençoou. Essa sua
atitude fez grande diferença porque
ocorreu em meio a uma sociedade em
que elas quase não tinham valor nas
relações familiares e muitas, por
necessidades financeiras, eram
vendidas como escravas. A
invisibilidade dessas crianças, no
contexto social da época, tocou o
coração do Mestre que viu a
necessidade do pastoreio desses
pequeninos e fez daquele momento um
ensinamento aos discípulos. O ensino
de Jesus é uma reflexão para todas as
épocas: “O que fazer com as crianças?”
Esse pequeno rebanho,
formado por uma quantidade enorme
de ovelhas, tem muito a nos ensinar
quanto ao relacionamento com Deus.
As crianças são francas e humildes. As
oportunidades que surgem para
evangelizá-las e cuidar de sua vida
espiritual devem ser aproveitadas e
priorizadas. Elas participam dos
cultos, escola dominical, da
programação e vida da igreja e cada
uma delas precisa se sentir amada,
valorizada e acolhida. Com certeza, se
isso ocorrer, ela não se desviará
dos caminhos do Senhor (Pv.
22.6).
A valorização da
criança começa no investimento
financeiro que a igreja faz,
Esta coluna, escrita pela Profª Márcia G. de Freitas,
é um espaço direcionado a pais, professores e
crianças com reflexões, histórias e
passatempos bíblicos.
A Profª Márcia é educadora há 22 anos
e psicopedagoga.
blog: marciaarteva.blogspot.com
e-mail: marciaarteva@yahoo.com.br
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
adquirindo materiais apropriados para
cada idade, ambientes favoráveis e
decorados; também investimento em
pessoal, preparando professores que
geram experiências e vivências às
crianças as quais jamais são esquecidas
por elas. Será que se fosse preparar um
evento para empresários de sua região,
a sua igreja não investiria alto? Ou os
colocaria naquela salinha que ninguém
gosta de estar, pois falta ventilação e o
cheiro é desagradável? É preciso
repensar a visão, a metodologia de
ensino e colocá-las num lugar de
destaque como Jesus fez. As crianças
não são o “futuro da igreja”, porém o
“seu presente”. Elas participam da
adoração a Deus, evangelizam os
coleguinhas na escola e até trazem os
pais não-crentes a eventos
comemorativos na igreja.
Não só a igreja é responsável
pela educação cristã dos pequenos,
mas principalmente a família. A Bíblia
é clara quando ordena que a
responsabilidade do ensino das leis de
Deus pertencia aos pais: “... e as
ensinarás a teus filhos, e delas falarás
sentado em tua casa e andando pelo
caminho, ao deitar-te e ao levantar-
te...” - Dt 6.7. Os professores da EBD e o
pastor não estão
presentes 24 horas do
dia com as crianças,
no máximo duas ou
três horas por
semana, o que não é
suficiente para colocar
a Palavra de Deus em
suas mentes, num mundo em que a TV,
vídeo game, computador, internet
ocupam a maior parte do tempo delas.
O lar cristão é o local mais adequado
onde devem ocorrer as primeiras
experiências espirituais que as crianças
terão.
C o m p o r t a m e n t o s
inadequados vistos em muitos
pequeninos podem representar um
grito de socorro à falta de atenção, de
carinho e até mesmo à falta de alimento
espiritual. “Igrejas que não valorizam
suas crianças, provavelmente terão
crianças que não valorizarão sua
igreja”. É necessário aceitar o desafio
de alcançar os pequeninos onde
estiverem. Ao receber aquelas crianças
em seus braços, Jesus as abençoou, mas
não eram (provavelmente) apenas
crianças judias que frequentavam as
sinagogas e conheciam os
mandamentos. A igreja deve
preocupar-se também com a
evangelização das crianças de sua rua,
bairro, comunidades carentes,
condomínios e não restringir-se às que
já frequentam os cultos. Além dos
muros da igreja há pequenas vidas que
necessitam da salvação e do abraço de
Jesus. Como disse alguém: “É muito
mais fácil ensinar uma criança a nadar,
que salvar um adulto se afogando”.
Uma criança que aprende a Palavra de
Deus torna-se um adulto capaz de
desenvolver a fé, o testemunho e a
maturidade cristã.
Através do ensino de Jesus,
pode-se perceber que a pérola maior,
dentre os membros da igreja, é a
criança. Os melhores lugares, os
melhores professores, os melhores
investimentos devem ser feitos para
essas pérolas que Deus confiou à
família e à igreja.
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus? SEREP 7
CICLO EDUCACIONAL DA ICPB
NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA
OS DESCUIDOS NO DISCIPULADO CRISTÃO!
O Ciclo Educacional da ICPB (CEI) foi criado para educar paulatinamente o novo convertido na fé. Pensando nos passos que
se seguem após a pessoa ser alcançada por Cristo, mediante a ação do PROJETO EVANGELIZAI (projeto de evangelização realizado por toda a
igreja com o objetivo de alcançarmos 50000 pessoas em 2011), criamos um processo, onde etapas deverão ser vencidas, como: Meus Primeiros
Passos, Maturidade Cristã, CTL (Curso de Treinamento de Líderes) e o SETEPEB Estudos (Núcleos e o bacharelado).
A CONEXÃO INICIAL DO CEI É O GRUPO FAMILIAR: No Grupo Familiar (GF), o novo convertido será instruído por um líder preparado nos dois
passos iniciais, os Meus Primeiros Passos e o Maturidade Cristã. Nestas duas etapas o foco central é fundamentar, educar, alicerçar e discipular o novo
cristão em sua nova fé em Cristo. Não podemos esquecer que o novo convertido é semelhante a uma criança que precisa de paciência e acompanhamento
para que possa desenvolver-se através das etapas, sendo assim levada à maturidade cristã. Por isso, é FUNDAMENTAL que cada etapa e cada lição, sejam
dadas com muito cuidado, muito preparo e esmero. Não se pode preparar as pessoas em poucos dias, ou até mesmo fazer um curso intensivo para que as
mesmas possam se batizar! Isso não pode acontecer mais, pois o nosso objetivo é fazer das pessoas discípulos de Cristo, e que as mesmas possam conhecer
suas condições de pecadoras e que a salvação prometida vem a nós por meio de Cristo, e gerar nelas o desejo por conhecer a Escritura Sagrada, ensiná-las a
valorizar a piedade (oração, jejum, ofertas) e a se identificar com a história da ICPB (identificando-se com a denominação), mas, além de tudo isso, tendo a
sua mentalidade mudada pela ação soberana do Espírito Santo em sua natureza através do discipulado. Não há tempo para os descuidos no discipulado
cristão!
A CONEXÃO FINAL DO CEI É O TEMPLO DA IGREJA: Nesta fase final, a ideia central
é que o novo convertido na fé, que já fora batizado e já possui um conhecimento sólido sobre a
fé em Cristo adquirido nas fases anteriores, seja aqui preparado para também se tornar um
líder de GF (Grupo Familiar). Através do CTL (Curso de Treinamento de Líderes), eles
conhecerão toda a estrutura por trás de um GF, desde o perfil do líder, a importância dos
auxiliares, o funcionamento, a liderança e os demais elementos fundamentais para tornar o
Enviar
trabalho eficaz. É bom deixar claro que a pessoa não é automaticamente um líder após Discipular
concluir o CTL, mas se torna um auxiliar, até que possa ter experiência para futuramente se Consolidar
Ganhar
tornar um líder e ter também alguém como seu auxiliar. Neste período de auxiliar, ela verá na
prática o funcionamento do GF e as etapas que devem ser cumpridas nos encontros semanais.
Depois de participar por um tempo de aproximadamente 5 meses estará apto a liderar um
Grupo Familiar, ou segundo as observações de seu líder.
Depois do CTL, o novo na fé poderá realizar o curso de teologia oferecido pelo SETEPEB ESTUDOS (núcleo e
bacharelado).
A ICPB PRECISA, JUNTO COM TODOS OS LÍDERES E MEMBROS, NÃO MAIS PERMITIR QUE AS
PESSOAS SE BATIZEM SEM TER UM TEMPO HÁBIL DE DISCIPULADO E UMA PREPARAÇÃO
ADEQUADA PARA QUE O NOVO NA FÉ POSSA ENTENDER MINIMAMENTE OS RUDIMENTOS
DA FÉ CRISTÃ. Temos que nos preocupar tanto com a quantidade como com a qualidade de nossa gente! Não
podemos esquecer que isso já é uma prescrição constitucional no art. 70. Como diz a Escritura Sagrada: “Maldito
o que faz com negligência o trabalho do Senhor!” (Jr 48.10a).
ENTENDENDO O “GRUPO FAMILIAR”
O que é Grupo Familiar (GF)?
O Grupo Familiar é uma ferramenta que auxilia na edificação da igreja. Sabemos que em Atos 2 há relatos
claros da utilização desse método para a inserção do cristianismo.
O objetivo do Grupo Familiar é levar o indivíduo ao entendimento de forma pessoal e informal da Palavra
e adoração a Deus. Cada GF tem como responsável um líder e um auxiliar, que são supervisionados pela
equipe pastoral da igreja. Os encontros são realizados semanalmente na casa do novo convertido na fé ou
pessoa descrente para alicerçá-lo no entendimento e no proceder segundo as Sagradas Escrituras. O líder
do GF é o responsável espiritual pelo novo convertido, pois o alimentará direta e semanalmente durante
Grupos alguns meses, por isso a importância do líder ser bem instruído na Palavra e no relacionamento com Deus.
O Grupo Familiar tem dois focos gerais: a Edificação e o Evangelismo.
Familiares 1. Edificação (Grupos Familiares nas casas). No GF a edificação acontece através dos cuidados de
uns para com os outros, usando seus dons espirituais e se beneficiando dos sistemas de apoio. Cada GF está numa missão,
constantemente em contato com os não-alcançados buscando servi-los. É necessário que todos os membros da igreja
estejam engajados no ministério dos GF. O treinamento de cada cristão é necessário, pois é através do
treinamento oferecido pelo CTL (Curso de Treinamento de Líderes) que o mesmo obterá toda a informação
básica do funcionamento dos Grupos Familiares e liderança cristã. O GF não é somente “um pequeno
grupo” na igreja, mas um meio de “fonte de vida” para todo cristão, pois nele e por meio dele acontece a
edificação e o evangelismo através da presença de Cristo na vida do novo convertido.
2. Evangelismo (grupo de amizade). O grupo de amizade é formado pelo líder e auxiliar que ministram
na vida dos incrédulos. O objetivo desta extensão é alcançar os perdidos.
8 MATÉRIA DE CAPA
Em meio
à tragédia
onde está
Deus?
Em uma terra de abalos, o Japão,
terra do sol nascente, foi mais uma vez golpeado
pela natureza com o maior abalo sísmico de sua
história, de magnitude de 8,9 na escala Richter,
seguido de tsunamis com ondas de até dez metros de
altura. E se não bastasse, o risco de um vazamento
nuclear se torna cada dia maior.
O tremor foi seguido de outros 19 pequenos
tremores. Cidades e vilarejos distantes da costa leste
foram afetados pelos tremores que também
atingiram a capital Tóquio.
O pior de tudo são as vítimas. O número de mortos
ultrapassa a casa dos 11 mil, enquanto outras 17.339
pessoas estão desaparecidas, segundo a polícia
japonesa.
O Japão já viveu outras tragédias, como aquela que
ocorreu no dia 6 de agosto de 1945. Às 08h15min da
manhã, quando os moradores de Hiroshima
estavam começando o dia, um avião americano B-29
soltou uma bomba atômica em cima do Hospital
próximo ao centro da cidade. Como resultado do
ataque, calor e incêndios, a cidade de Hiroshima foi
destruída e 90 mil pessoas morreram naquele dia.
Três dias depois, outro avião B-29 atacou a cidade de
Nagasaki. Este ataque vitimou imediatamente 40
mil pessoas. No fim de 1945, haviam morrido 145 mil
pessoas em Hiroshima e 75 mil em Nagasaki.
Em meio à tragédia milhares de pessoas fazem a
pergunta: “Onde estava Deus quando aconteceu
essa tragédia?” Muitos estudiosos e formadores de
opinião tentam buscar respostas, mas suas respostas
ficam aquém, pois tudo isso foge da nossa
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus?
compreensão e reflexão.
Não sabemos lidar com as adversidades! Somos incapazes
e limitados frente à calamidade, a começar pela pergunta
que fazemos! Tentamos buscar o causador, a causa, e não
uma resposta que console, amenizando a dor. A pergunta
certa seria “Para quê?” e não “Por quê?”. Não conseguimos
ver as tragédias como uma oportunidade que nos conduz a
uma dimensão maior e sublime. Se olhássemos a dor e a
aflição como pontes, compreenderíamos que elas podem
ser luz em outras experiências existenciais.
A nossa mentalidade sempre está fixa nas “perdas”. A
exemplo disso, quando alguém morre choramos, sentimos
a perda, mas não damos a mesma intensidade de valor aos
que vivem ao nosso redor. É preciso nos desassociar da
crença reinante que assevera que a perda, a tristeza, a falta
não podem fazer parte da vida humana; “são sinais de
fracasso e de distanciamento de Deus”, argumentam seus
defensores. Todavia, é necessário que entendamos que
teremos esperança quando o ambiente em que estamos é de
desesperança, de conflito, de dor, de tragédia. A vida não é
apenas uma linha reta, mas há morros, subidas e descidas,
vales, atoleiros, momentos de espinhos... É nesse momento
tão peculiar ao ser humano que a graça de Deus,
imperceptível aos nossos olhos, nos envolve ao ponto de
termos força de dar um passo a mais! Paulo relatou aos
filipenses que sabia viver em fases que aparentemente
eram contrárias, mas a vivia com intensidade e alegria:
“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a
contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei
também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as
coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome;
Edição 02/2011 - Em meio à tragédia, onde está Deus? MATÉRIA DE CAPA 9
tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.
Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp
4.11-13).
Temos que entender uma coisa: Deus estava no Japão
antes, durante e depois da tragédia! Deus é o Deus
presente na angústia! O salmista louva o cuidado de
Deus: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda
que a terra se mude, e ainda que os montes se
transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas
rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem
pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a
cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já
ao romper da manhã. Os gentios se embraveceram; os
reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se
derreteu. O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus
de Jacó é o nosso refúgio (Sl 46. 1-7).” Certo escritor disse
após o terremoto no Japão que “Deus não está no
controle de tudo e acredita em um Deus de amor, sem
permitir ou interferir em uma tragédia”
(teologiaesociedade.com). Este é o argumento de uma
nova teologia que está sendo gestada dentro da igreja cristã brasileira, a Teologia do Teísmo Aberto. Eles afirmam que
Deus “não sabe de nada, que não vê nada, que não ouve nada, que não pode fazer nada e, o que é mais absurdo ainda,
que faz tudo isso por amor” (pulpitocristao.com).
Mas o Deus da Bíblia é um Deus soberano e está no controle de tudo! As pessoas que morreram estão em suas mãos.
As que estão vivas não conseguem fugir de seu controle! Os mares, os ventos, os rios e todos os elementos da criação se
submetem à vontade de Deus. Não há possibilidade de fatos históricos acontecerem sem que Deus saiba.
É aqui que repousa a nossa esperança! O mesmo Deus que estava no Japão durante a dor, é o mesmo que agora está
ressuscitando a esperança daqueles que perderam tudo, unindo pessoas que estavam distantes por razões tão pífias,
dando força aos familiares que perderam pessoas queridas para reconstruir suas vidas! Abrindo os olhos de pessoas
que antes da tragédia não percebiam o valor de Cristo em sua vida!
Há um propósito divino em tudo que acontece na vida humana! Não existe acaso! Mesmo que aparentemente a nossa
lógica não consiga captar nenhum propósito! Verdadeiramente, as tragédias mostram a nossa pequenez e limitação.
“Sem tragédias não podemos ser forjados para viver uma vida excelente!”
Este Deus que é excelso e magnífico dará esperança aos nossos irmãos japoneses que os levantará novamente depois
da tragédia. Eles serão ainda muito mais humanos, solidários e mais sábios. Não é isso que aconteceu com Jó depois
da experiência da tragédia? Ele, com todo o fôlego dado por Deus, disse: “Quem é aquele, como disseste, que sem
conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim,
coisas que eu não conhecia”. E continua a dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó
42.3,5). Com essas palavras Jó deixa claro que somos dependentes da suficiência divina.
Há uma resposta à nossa pergunta: “Onde estava Deus em meio à tragédia?” “Estava implica falar de um ser sujeito
ao tempo, e isso não cabe para Deus que é atemporal. Mas creio ser mais importante fazer a pergunta correta: Onde
Deus está? Ele está lá neste exato momento! Reconstruindo a esperança e a solidez humana diante da tragédia no
Japão” (leiabiblia.wordpress.com).
Que renovemos o nosso pacto com Deus, pois Ele soberanamente cuida de nós (2 Pe 5.7)!