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TÉCNICAS RETROSPECTIVAS I

Prof. Edgard Tadeu Dias do Couto

MEMÓRIA E IDENTIDADE

Nossas memórias íntimas, ou pessoais, fazem parte de nossa memória individual.


Já a memória coletiva é o sentimento de pertinência a um grupo de passado
comum, que compartilha memórias. Ela garante o sentimento de identidade do
indivíduo calcado numa só memória compartilhada, não só no campo histórico do
real, mas sobretudo no campo simbólico.
A memória dos grupos se referencia, também, nos espaços e nos objetos
(artefatos).

Os lugares são importantes referências na memória dos indivíduos, donde se


segue que as mudanças empreendidas nesses lugares acarretam mudanças
importantes na vida e nas memórias das pessoas.

Ao entrar em contato com a história do local (ou país) onde vive, o homem entra
em contato com sua própria história. Ao preservar a sua história, preserva a
história de seu grupo social, desenvolvendo um processo de identidade social e
cultural. Reconhecendo-se enquanto cidadão.

Quando se preserva legalmente e na prática o patrimônio cultural, conserva-se a


memória do que fomos e do que somos: a identidade da nação. Patrimônio,
etimologicamente, significa "herança paterna” - na verdade, a riqueza comum que
nós herdamos como cidadãos, e que se vai transmitindo de geração a geração.

PATRIMÔNIO CULTURAL

Pode ser sintetizado pelos elementos significativos da memória social de um povo.


Compreende três categorias:

. Elementos da Natureza; do meio ambiente;


. A Produção Intelectual, a acumulação de conhecimento e do saber humanos;
. Bens Culturais ou produtos concretos feitos pelo homem, resultantes da sua
capacidade de sobrevivência no meio ambiente.

BEM CULTURAL

São artefatos, construções, obras de arte, objetos produzidos artesanalmente ou


industrialmente pela humanidade, expressando uma época ou até contribuindo
para transformações na sociedade.

O que é o Patrimônio Cultural?

A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que o poder público,

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com a cooperação da comunidade, deve promover e proteger o "patrimônio
cultural brasileiro".
Dispõe ainda que esse patrimônio é constituído pelos bens materiais e imateriais
que se referem à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, como sejam:

• as formas de expressão
• os modos de criar, fazer, viver;
• as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
• as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados
às manifestações artístico-culturais;
• os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

Esses bens materiais e imateriais que formam o patrimônio cultural brasileiro


são, portanto, os modos específicos de criar e fazer (as descobertas e os
processos genuínos na ciência, nas artes e na tecnologia); as construções
referenciais e exemplares da tradição brasileira , incluindo bens imóveis
(igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos) e bens móveis (obras de arte ou
artesanato); as criações imateriais como a literatura e a música; as
expressões e os modos de viver, como a linguagem e os costumes; os locais
dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia, a paleontologia e
a ciência em geral, assim como as paisagens e as áreas de proteção
ecológica da fauna e da flora.
O QUE É PRESERVAÇÃO?
P reservar significa um conjunto de ações desenvolvidas pelo poder público
com o objetivo de identificar, recuperar e conservar o patrimônio cultural de
um município, estado ou país, assegurando à população o acesso a este
patrimônio e impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Nas instâncias municipais (DPH/COMPRESP), estaduais (Condephaat) e
federal (IPHAN), o termo utilizado é Tombamento.

QUAL É A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL?


A preservação permite à população o acesso à memória coletiva,
conhecendo e interpretando o passado para constituir no presente a

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identidade da comunidade. Assim passa a compreender melhor a sua cidade
atribuindo-lhe novo valor, e intervindo positivamente nela.

patrimônio cultural brasileiro

Os bens de natureza material e imaterial, tombados individualmente ou em


conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes
grupos da sociedade brasileira, nos quais se incluem os conjuntos urbanos e sítios
de valor histórico, paisagístico, arqueológico, paleontológico e científico
(Constituição Brasileira, 1988).

patrimônio da humanidade ou patrimônio mundial Um local de patrimônio


mundial é um local especificamente classificado pela UNESCO, organização das
Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (exemplos: florestas,
cordilheiras, lagos, desertos, edifícios, complexos ou cidades).
reserva do patrimônio mundial a Conservação Internacional para a Proteção do
Patrimônio Cultural (Unesco-1972) prevê a designação de áreas de valor universal
como reserva do patrimônio mundial. ...
patrimônio ambiental: abrange tanto o meio natural, como qualquer
manifestação material ou imaterial que seja representativa do homem e da cultura.

A Unesco promove a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio


cultural e natural de todo o mundo, por mandato conferido por um tratado
internacional firmado em 1972 e ratificado até agora por 164 países. A
Unesco promove a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio cultural
e natural de todo o mundo, por mandato conferido por um tratado internacional
firmado em 1972 e ratificado até agora por 164 países.
1- O que é patrimônio cultural e natural, segundo a Unesco?
Patrimônio cultural inclui monumentos, grupos de edifícios e áreas que têm valor
histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. Patrimônio
natural compreende formações físicas, biológicas e geológicas excepcionais,
hábitat de espécies animais e vegetais ameaçadas e zonas que tenham valor
científico, de conservação ou estético.

2- Em que o patrimônio mundial se difere do patrimônio nacional?


Os locais de patrimônio mundial pertencem a todos os povos do mundo,
independente do território em que estejam. Segundo a Convenção sobre a
Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural (1972), os países reconhecem
que as áreas localizadas em seu território nacional e inscritos na Lista do
Patrimônio Mundial, sem prejuízo da soberania ou da propriedade nacionais,
constituem um patrimônio universal “em cuja proteção toda a comunidade
internacional tem o dever de cooperar”. Sem o apoio de outros países, algumas
áreas teriam se deteriorado ou, pior ainda, desaparecido.
3- Quem determina se um local deve ou não entrar na lista?
O pedido de inscrição de uma área na Lista do Patrimônio Mundial deve partir dos
próprios estados. O Comitê do Patrimônio Mundial se reúne uma vez por ano e

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examina as candidaturas, com base em avaliações técnicas, fornecidas por dois
órgãos assessores: o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS)
e a União Internacional para a Conservação da Natureza e seus Recursos (UICN).
Uma vez selecionado um sítio, seu nome e localização são incluídos na Lista do
Patrimônio Mundial.

4- Quais são os critérios de seleção?

Os bens culturais devem, por exemplo, ser a manifestação de um intercâmbio


considerável de valores humanos durante um determinado período ou em uma
área cultural específica, no desenvolvimento da arquitetura, as artes
monumentais, o planejamento urbano ou o desenho paisagístico. Os bens naturais
devem conter fenômenos naturais extraordinários, ou áreas de uma beleza natural
e uma importância estética excepcionais, ou, ainda, conter o hábitat natural mais
representativo para a conservação in situ da diversidade biológica, incluindo
aqueles que abrigam espécies ameaçadas que tenham um valor universal
excepcional.

• Fonte: www.unesco.org

PATRIMÔNIO CULTURAL: SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA


LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE SALVAGUARDA DOS BENS HISTÓRICOS

Cronologia das Iniciativas Públicas

. Arquiteto Ricardo Severo: conferência na Sociedade de Cultura Artística de São


Paulo, em 20 de junho de 1920, defendendo a proteção e a valorização do
patrimônio arquitetônico.

. Primeiro anteprojeto de lei em defesa do patrimônio histórico e artístico nacional,


aproveitando diversas legislações internacionais, de autoria do Prof. Bruno Lobo,
Presidente da Sociedade Brasileira de Belas Artes.

. Projeto de lei nº 350-1923, de autoria de José Mariano Filho e Luís Cedro,


propondo a criação da Inspetoria dos Monumentos Históricos. Mais tarde, em
1930, será apresentado novo projeto de lei de nº 230-30, de autoria do Deputado
Federal José Wanderley de Araújo Pinho, ampliando as atribuições e
competências do projeto anterior.

. Fechamento do Congresso Nacional, em 1930, por Vargas.

. Criação do Departamento da Cultura do Município de São Paulo, em 1934, por


Sérgio Milliet, Mário de Andrade e Rubens Borba de Morais, entre outros.

. Projeto de lei executado por Mário de Andrade, em 1936, que culminará com a
criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, vinculado ao
então Ministério da Educação e Saúde, dirigido pelo Ministro Gustavo Capanema.

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. Em 1937, com o advento do Estado Novo, Mário de Andrade será afastado da
direção do Departamento de Cultura do Município de São Paulo, quando o órgão
será fechado.

. 1937: Decreto-lei nº 25 criará o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico


Nacional, vinculado ao governo federal.

. 1968: Criação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,


Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT, pela Lei nº 10.247,
de 22 de outubro.

. Década de 70: criação, em diversas cidades do interior de São Paulo, de órgãos


voltados à preservação do patrimônio.

. 1975: Reorganização do Departamento do Patrimônio Histórico, da recém-criada


Secretaria Municipal de Cultura do Município de São Paulo.

. Década de 70: criação de zonas especiais de preservação (Z-8 2000)


incorporadas a Lei de Zoneamento Municipal - Lei nº 7.805 de 1972.

. 1985: criação do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico,


Cultural e Ambiental de São Paulo – COMPRESP, órgão colegiado de
assessoramento cultural integrante da estrutura da Secretaria Municipal de Cultura
(Lei nº 10.032, de 26.12.1985 durante a gestão municipal de Mário Covas).

.1986: Alteração da composição do colegiado e de algumas atribuições do


COMPRESP (LEI Nº 10.236, de 16.12.1986, durante a gestão municipal de Jânio
Quadros).

O DESENVOLVIMENTO DAS TEORIAS DE RESTAURO

Restauração Arqueológica (início do século XIX): participação de vários


arquitetos, entre eles Valadier e Stern. Com o início das obras de recuperação
arqueológica de várias ruínas italianas, entre elas a do Fórum Romano e das
cidades de Pompéia e Herculano.

As intervenções no Coliseo, com a utilização do recurso ao non-finito, ou da


recuperação incompleta (valorização da imagem atual do monumento).

Valadier recupera o Arco de Tito com base do recurso da analogia, ou semelhança


entre edifícios com a mesma tipologia (Unidade Formal não Mimética),
preocupando-se em realçar os locais das intervenções, diferenciando-os
sutilmente.

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Surge a Escola Italiana de Restauro, trabalhando com o conceito de recuperação
do monumento do passado enfrentando a impossibilidade de sua reintegração
integral.

Restauração historicista ou estilística: arquiteto francês Viollet-le-Duc (1814-


1879).

1841: primeiro decreto francês voltado á conservação e restauração dos


monumentos.

Utilização do recurso denominado REPRISTINO ou retorno ao original.

Tentará recuperar um monumento como este deveria ter sido em sua completa
identidade formal. Recriará, ou idealizará, o monumento (realização do chamado
FALSO HISTÓRICO, ou reinvenção do monumento).
Pontos positivos: utilização de materiais modernos na restauração dos
monumentos.

Conflitos entre os seguidores de Viollet e os de Ruskin e Morris.

Na Inglaterra: John Ruskin e William Morris (contra a industrialização, para


eles, destruidora da cultura, da beleza e do equilíbrio social), contrários à
prática de restauração defendida por Viollet.

Para eles, toda a restauração prejudica a autenticidade do monumento.

Eram contra as cópias fiéis, consideradas feias imitações.

Todo o monumento é finito.

Antes, conservar o monumento para não ter que restaurar.

Criam, em 1877, a Sociedade para a Proteção dos Edifícios Antigos.

Livro de Ruskin, tratando desse conceito de conservação: AS SETE LÂMPADAS


DA ARQUITETURA, 1877.

Alois Riegl (austríaco – 1858-1905): contribui para o desenvolvimento da teoria


de restauro, com a reflexão sobre as categorias de monumento.

CAMILO BOITO (1836-1914): surgimento do Restauro Científico.


Procurará compatibilizar as posições, consideradas por ele positivas, de Ruskin,
Morris e Viollet.
Antes conservar que restaurar, já que qualquer restauração gera uma
transformação inevitável no monumento.

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O restauro só deve acontecer enquanto última possibilidade de salvação para o
monumento. Portanto é favorável a uma mínima ação restauradora, admitindo-se
adições novas enquanto meio extremo para a consolidação do edifício.

Todas as intervenções restauradoras deveriam estar sempre claramente


percebidas e diferenciadas do conjunto original (preferencialmente, utilizando-se
de materiais contemporâneos, como fazia Viollet).

Condenará a criação de cópias.


Sua teoria de restauração será apresentada no III Congresso de Arquitetos e
Engenheiros Civis de Roma, no ano de 1883. Conceitos pioneiros que darão
origem à Primeira Carta de Restauro.

Pontos de destaque da teoria boitiana de restauro:

Estudos pormenorizados sobre o monumento (documentação histórica), com a


valorização de todas as intervenções ocorridas no decorrer de sua trajetória.

Não à reconstrução e sim à responsabilidade da sociedade pela conservação dos


monumentos.

A noção da diferencia identificável – diferenciação estilística entre as partes


originais e as partes restauradas do monumento (a defesa do estilo neutro).

Contradições da teoria boitiana: a defesa de um estilo neutro, para se demarcar as


partes restauradas, implicava em uma certa ambigüidade unidade formal final do
monumento restaurado.

CARTA DE VENEZA, DE 1964:

A TEORIA DO RESTAURO CIENTÍFICO só será totalmente assimilada pelos


restauradores após 1964, com a promulgação da Carta de Veneza. Um conjunto
de recomendações apoiadas pela Unesco, que incorporará os conceitos de Boito
e servirá enquanto uma espécie de guia para as restaurações de monumentos em
todo o mundo.

“CARTA DE VENEZA”
www.iphan.gov.br clicar em coletânea virtual

ALGUMAS MODALIDADES DE PRESERVAÇÃO

1. RECONSTRUÇÃO, REPRODUÇÃO E RÉPLICAS;

2. REUTILIZAÇÃO DE EDIFÍCIO – RECONVERÇÃO E/OU REMODELAÇÃO;

3. MUSEU ARQUITETÔNICO AO AR LIVRE;

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4. REGENERAÇÃO DE DISTRITOS URBANOS SIGNIFICATIVOS;

5. RESTAURAÇÃO E/OU CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE PAISAGENS


HISTÓRICAS;

6. RESTAURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CIDADES HISTÓRICAS;

7. RESTAURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SÍTIOS GEOGRÁFICOS DE


INTERESSE;

8. PRESERVAÇÃO DE RUÍNAS E SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS.

LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO PATRIMONIAL

OS TRÊS NÍVEIS DE PRESERVAÇÃO

Preservação: âmbito federal


IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Criação do SPHAN, atual IPHAN: DECRETO-LEI N° 25 de 1937.

Registro de Bens – Os “Livros do Tombo”

1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas


pertencentes às categorias de arte arqueológicas, etnográfica, ameríndia e
popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado

2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras de


arte histórica;

3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou


estrangeira;

4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na


categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.

Preservação: âmbito estadual

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CRIAÇÃO DO CONSELHO DE DEFESA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO,
ARQUEOLÓGICO, ARTÍSTICO E TURÍSTICO DO ESTADO DE SÃO PAULO:
CONDEPHAAT, LEI Nº 10.247 de 1968.

O INSTITUTO DO TOMBAMENTO

O INSTITUTO DO TOMBAMENTO NÃO É UM INSTRUMENTO


DISCRICIONÁRIO. ELE PODE SER CARACTERIZADO ENQUANTO MAIS UMA
DAS VÁRIAS LIMITAÇÕES URBANÍSTICAS APLICADAS AOS
PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS, COMO OCORRE, POR EXEMPLO, COM AS
TAXAS DE OCUPAÇAO E OS COEFICIENTES DE APROVEITAMENTO DO
LOTE PRESENTES NO ZONEAMENTO. A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988,
TRATANDO DO DIREITO DE PROPRIEDADE, IMPORÁ MAIORES
LIMITAÇÕES A ESTE DIREITO. UMA DESTAS LIMITAÇÕES DIZ RESPEITO À
MANUTENÇÃO DA OBRIGATORIEDADE DE PROTEÇÃO DE UM BEM
IMÓVEL DE INTERESSE, QUE POR SEU VALOR HISTÓRICO OU ARTÍSTICO,
ADQUIRE SIGNIFICAÇÃO E EXCEPCIONALIDADE SIMBOLIZANDO
VALORES CULTURAIS DE UMA COLETIVIDADE DE CIDADÃOS, SEJA NO
ÂMBITO FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL. NESTE CASO, PORTANTO,
O DIREITO DA SOCIEDADE SE SOBREPORÁ AO DIREITO DE PROPRIEDADE
INDIVIDUAL.

Abaixo, algumas perguntas e respostas compiladas do site do Departamento do


Patrimônio Histórico de São Paulo / DPH.

O que é Tombamento?

O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público com o objetivo de


preservar, por intermédio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico,
cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população,
impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

O ato do tombamento é igual à desapropriação?

Não. São atos totalmente diferentes. O Tombamento não altera a propriedade de um


bem, apenas proíbe que venha a ser destruído ou descaracterizado. Logo, um bem
tombado não necessita ser desapropriado.

Um bem tombado pode ser alugado ou vendido?

Sim. Desde que o bem continue sendo preservado. Não existe qualquer impedimento
para a venda, aluguel ou herança de um bem tombado. No caso de venda, deve ser
feita uma comunicação prévia à instituição que efetuou o tombamento, para que esta
manifeste seu interesse na compra do mesmo.

O Tombamento preserva?

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Sim. O Tombamento é a primeira ação a ser tomada para a preservação dos bens
culturais, na medida que impede legalmente a sua destruição. No caso de bens
culturais, preservar não é só a memória coletiva, mas todos os esforços e recursos já
investidos para sua construção. A preservação somente se torna visível para todos
quando um bem cultural se encontra em bom estado de conservação, propiciando sua
plena utilização.

Existe algum incentivo fiscal para proprietários de bens tombados?

Sim. No imposto de Renda de Pessoa Física, podem ser deduzidos 80% das
despesas efetuadas para restaurar, preservar e conservar bens tombados pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Para tanto, é necessária aprovação prévia
do orçamento, pelo IPHAN, e certificado posterior de que as despesas foram
efetivamente realizadas e as obras executadas. Essa dedução foi limitada, em 1994, à
10% da renda tributável. No caso de Pessoa Jurídica, podem ser deduzidas 40% das
despesas. Essa dedução foi limitada, no mesmo ano, a 2% do imposto de renda
devido. Existem alguns municípios que dão incentivos fiscais específicos para
conservação dos bens tombados, ou isentam seus proprietários do IPTU.

O Tombamento é a única forma de preservação?

Não. A Constituição Federal estabelece que é função da União, do Estado e dos


Municípios, com o apoio das comunidades, preservar os bens culturais e naturais
brasileiros. Além do Tombamento, existem outras formas de preservação. O inventário
é a primeira forma para o reconhecimento da importância dos bens culturais e
ambientais, por meio do registro de suas características principais. Os Planos Diretores
também estabelecem formas de preservação do patrimônio, em nível municipal, por
intermédio do planejamento urbano. Os municípios devem promover o
desenvolvimento das cidades sem a destruição do patrimônio. Podem ainda criar leis
específicas que estabeleçam incentivos à preservação.

O que é necessário para aprovação de um projeto para execução de obras em


imóveis tombados ou localizados em áreas de entorno?

OBS: as exigências abaixo não corresponderão, obrigatoriamente, as normas


aplicadas no âmbito estadual e municipal.

Os projetos deverão ser encaminhados à apreciação das equipes técnicas dos órgãos
responsáveis pelo tombamento dos mesmos. O IPHAN faz as seguintes exigências:
Estudo preliminar ou Projeto definitivo:

1- planta de situação e localização, com escala e endereço completo;

2- plantas baixas, cortes e fachadas, com especificação de revestimentos externos,


desenhos das esquadrias e da cobertura;

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3- desenho das fachadas voltadas para a via pública, do imóvel tombado e das
edificações vizinhas;

4- em caso de reforma, solicita-se usar nas cópias as convenções:

• amarelo -a demolir,
• vermelho -a construir;

5- fotos abrangendo o terreno e seu entorno imediato;


6- projeto elaborado de acordo com os códigos municipais vigentes e atendendo às
exigências específicas para o local;
7- definição do uso da edificação;
8- identificação e endereço do responsável técnico.

Aprovado o estudo preliminar, deverão ser encaminhadas quatro cópias de projeto


definitivo para registro e controle.

O CASO PAULISTANO: LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS ESPECÍFICAS

Em São Paulo, com a promulgação da Lei de Zoneamento Municipal em 1972 – lei Nº


7.805, se observou à necessidade de uma legislação específica de proteção do
patrimônio de interesse municipal. Naquela ocasião, ainda, o município não dispunha
de uma Lei Municipal de Tombamento. Assim, foi criada a Z8 – 200, instituindo zonas
específicas de preservação do patrimônio dentro do perímetro municipal. A Z8 - 200, no
caso da preservação de edifícios, instaurou 3 categorias de preservação, a saber:

1: P1- preservação integral do imóvel;

2: P2 – preservação de fachadas de interesse;

3: P3 – possibilidade de edificação de nova edificação com características


arquitetônicas contemporâneas mantendo-se, entretanto, a volumetria e as
características anteriores de implantação no lote no qual se encontrava o edifício
derrubado ou descaracterizado.

Tal disposição visa o resgate da harmonia volumétrica e estética do novo edifício


frente aos edifícios do entorno (exemplo: quando o imóvel participa de uma
determinada mancha de preservação – imóvel descaracterizado, ou demolido, dentro
de uma vila operária preservada).

Em 1986 – Lei Nº 10.032, será instituída a Lei Municipal de Tombamento (DPH /


COMPRESP – Conselho Municipal de Preservação de São Paulo).

Com a promulgação do NOVO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO,


em 2002, as antigas Z8 – 200 serão transformadas nas ZEPECs – zonas especiais de
preservação cultural, singularizados em 3 sub-grupos:

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1. Bens Imóveis Representativos (BIR): imóveis ou conjuntos de imóveis de caráter
histórico ou de excepcional valor artístico, cultural ou paisagístico, inclusive aqueles de
valor referencial à comunidade;

OBS: possibilidade de transferência do Potencial Construtivo e isenção de IPTU,


quando os imóveis forem restaurados; persistirão os níveis de preservação (P 1, 2 e
3), das antigas Z8 – 200).

2. Áreas de Urbanização Especial (AUE): conjuntos urbanos com características


homogêneas de traçado viário, vegetação e índices urbanísticos, que constituem
formas de urbanização de determinada época, que devem ser preservados por suas
qualidades ambientais;

3. Áreas de Proteção Paisagística (APP): sítios e logradouros com características


ambientais, naturais ou antrópicas, tais como: parques, jardins, praças, monumentos,
viadutos, pontes, passarelas e formações naturais significativas, entre outras.

MÉTODO DE ELABORAÇÃO DO PROJETO DE RESTAURAÇÃO

ROTEIRO CIENTÍFICO

Orientação à aplicação de um roteiro científico de procedimentos para o


desenvolvimento de projeto de restauração, desde as fases preliminares até o
projeto final, destacando-se:

FASES

1. coleta e pesquisa de informações preliminares;


2. Pesquisa histórica;
3. Vistoria técnica;
4. Levantamento cartográfico;
5. Levantamento gráfico (métrico, arquitetônico, qualitativo);
6. Documentação fotográfica;

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7. Diagnóstico arquitetônico;
8. Análise de programa de uso;
9. Anteprojeto;
10. Projeto arquitetônico e demais projetos complementares (projeto executivo);
11. Integração com projetos específicos (arqueologia e etc.);
12. Memorial descritivo do projeto.

ALGUMAS DIFICULDADES PARA O TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS


CONSTRUTIVAS NO ÂMBITO DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DOS
BENS ARQUITETÔNICOS DE INTERESSE NO BRASIL

. Carência de conhecimento técnico-científico e falta de literatura específica;


. Resultados deficientes resultando em pouca durabilidade das intervenções
conservativas e de restauração;
. Diminuição crescente do conhecimento das técnicas construtivas antigas
(métodos empíricos), com a carência de profissionais tradicionais no âmbito da
construção;
. Carência de técnicos especializados em restauro.

METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO DE RESTAURO

DIAGNÓSTICO: determinação das causas, dos mecanismos de formação e da


gravidade potencial de um problema patológico, com base na observação dos
sintomas (formas de manifestação) e na eventual realização de estudos
específicos.
PROGNÓSTICO: avaliações ou conjecturas baseadas no diagnóstico acerca da
duração, evolução ou término do problema.
TERAPIA: conjunto de medidas (de conservação e de restauro) destinadas a
sanar o problema patológico.
AGENTES: causa imediata que deu origem ao problema patológico (recalques de
fundação, vibrações externas, infiltrações de água e etc).

AGENTES E FATORES DE DEGRADAÇÃO – PATOLOGIAS CONSTRUTIVAS

Os agentes de deterioração física em edificações são muitos. Temos as


ações fotoquímicas e eletroquímicas resultando da colaboração de
processos físicos e químicos. Observamos, ainda, a presença de agentes
biológicos que usam de meios físico-químicos para ingerir e digerir matéria.
O envelhecimento natural promovido pela ação conjunta de muitos, mas não
necessariamente todos os agentes ambientais, é uma alteração gradual das
propriedades e estado químico da matéria, sendo caracterizado por
mudanças de volume e de cor e, também, de força coesiva e adesiva dos
materiais construtivos.

1.0. PAREDES EXECUTADAS EM ARGILA (ADOBES, TIJOLOS E TAIPAS)

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1.0. Água e Chuva:

Processo de lixiviação (escorrimento da água pelas paredes);


Exemplo: esboroamento da taipa.

Umidade ascendente (lençol freático) e descendente (chuva);

Por capilaridade [reação da água como os sais solúveis presentes na composição


do maciço construído (umidade ascendente e descendente), com a ocorrência de
cristalizações e/ou eflorescências]. Exemplo: “talquificação” das superfícies nos
tijolos, adobes e taipas.

Vazamentos hidráulicos ou lesões;

Condensação de umidade com o surgimento de “manchas que vão e vêm”.

1.1. Temperatura (sol, frio e fogo): erosão decorrente da expansão e contração


do material (plasticidade).

1.2. Biodegradação: vegetais superiores (raízes – ação mecânica) e insetos


(cupins e traças e formigas); microorganismos (bactérias, fungos, algas,
líquens e musgos);

1.3. Ação Eólica: abrasão decorrente da agressão de elementos como poeira,


areia, maresia e demais elementos particulados (poluição, por exemplo)
encontráveis na atmosfera;

1.4. Vandalismo: ação humana (mau uso);

1.5. Matéria em movimento: desgaste mecânico, impacto, ondas ou vibrações


mecânicas (trepidação ocasionada pelo tráfego de veículos, por exemplo).

2.0. MADEIRA

2.1. Ação Biológica:

Fungos e bactérias (infestação);


Insetos isoptéros (térmitas ou cupins);
Insetos coleópteros (besouros);
Brocas marinhas (moluscos e crustáceos);
Animais roedores (ratos).

2.2. Ação Física:

Umidade constante; lixiviação; fogo; vandalismo e poluição.

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3.0. MACIÇOS E DEMAIS ELEMENTOS DE PEDRA

3.1. Ataque de anidridos de poluição – CO2 (dióxido de carbono);

3.2. Infiltração de água de chuva e umidade;

3.3. Mudanças bruscas de temperatura;

3.4. Mau uso ou conservação (ação humana)

Fenômenos decorrentes: abrasão (desgaste por atrito) e friabilidade


(“esfarinhamento” ou desagregação da estrutura molecular da pedra).

4.0. CONCRETO

4.1. Processos extrínsecos (de fora para dentro)


Falhas humanas (projeto); falhas humanas durante a utilização do edifício
(alterações estruturais, sobrecargas exageradas, alterações nas fundações);

4.2. Ações físicas: variação de temperatura com contração e dilatação térmica,


gerando diferentes estágios de tensão na estrutura;

4.3. Ação do fogo: colapso das armaduras metálicas;

4.4. Ações químicas: carbonatação do concreto (ação dissolvente do anidrido


carbônico (CO2) presente na atmosfera);

4.5. Ataque biológico.

Processos Intrínsecos

4.6. fissuração em decorrência, entre outros, da perda de aderência entre as


barras de aço das armaduras e o concreto ou movimentação das estruturas de
escoramento e/ou fôrmas;

4.7. Retração e contração plástica (evaporação rápida da água utilizada em


excesso);

4.8. Corrosão das armaduras: por ação química ou aliada aos esforços
mecânicos;

4.9. Desgaste e fadiga do concreto, com a desagregação do seu monolitismo.

5.0. METAIS

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5.1. Corrosão (mudança de textura) com formação de pós e crostas e
aparecimento de pequenos orifícios (agentes: água, elementos químicos*,
elementos atmosféricos* e etc);
* substâncias alcalinas mudando o PH – potencial de hidrogênio do metal.

5.2. Ataque ou ação biológico: dejetos corrosivos (fezes de pomba, por exemplo).

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INVENTÁRIO

QUANTIFICAÇÃO, ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DO PATRIMÔNIO


CULTURAL

OBJETIVO: o inventário do patrimônio cultural é indispensável ao planejamento


das políticas preservacionistas devendo, em hipótese, antecede-las, seja no
âmbito nacional, estadual e/ou municipal, se fazendo necessário para a
quantificação, análise e classificação dos bens a serem preservados.

Os inventários configuram-se apenas como classificadores de bens, e devem ser


completados em curto tempo, servindo aos objetivos da consecução de um
mapeamento dos bens, seguindo uma metodologia de trabalho mais ou menos
padronizada.

Caracteriza-se operacionalmente na criação de uma equipe multidisciplinar de


profissionais (antropólogos, arquitetos, historiadores e etc.), que empregam,
geralmente, um formulário impresso para cada edifício cobrindo dados básicos:
nome, proprietário, localização, data de construção, arquiteto, planta de
localização, alguma descrição escrita, fotos do imóvel (no mínimo da fachada
principal).

As fichas do inventário devem ser formuladas de modo a poderem ser


processadas de maneira ágil, apoiando-se nos benefícios da informática, e mesmo
sendo uma atividade-meio devido ao processo explosivo de urbanização, no caso
dos grandes centros urbanos, qualifica-se enquanto um documento importante à
preservação dos testemunhos físicos da história.

Para edifícios de maior importância o relatório assumirá uma característica distinta


na qual estejam contemplados históricos mais aprofundados, dados relativos à
transformação sofridas pelo edifício, assim como uma documentação gráfica e
fotográfica exaustiva.

O CASO DE SÃO PAULO: OBJETIVOS CENTRAIS DO IGEPAC-SP

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1. Constituir um acervo documental que subsidie uma política de preservação e
que também forneça conhecimento técnico-científico para projetos do
Departamento do Patrimônio Histórico, bem como para consulta pública.

2. Propor a preservação e a valorização do patrimônio ambiental urbano


identificado através de projetos urbanísticos e arquitetônicos integrados.

3. Servir de base ao planejamento da cidade, através de sua inclusão em


políticas e planos de desenvolvimento urbano, no que diz respeito às áreas a
serem preservadas e àquelas sujeitas a renovação urbana.

4. Educar e sensibilizar a opinião pública com vistas a renovação urbana.

6. Promover a divulgação sistemática do seu acervo através dos vários meios


de comunicação.

Devido à singularidade que reveste o desenvolvimento histórico de São Paulo,


relativamente às algumas cidades brasileiras que ainda dispõem de um vasto
acervo edificado do período colonial, optou-se aqui pela eleição, para efeito de
catalogação, do patrimônio ambiental urbano, muitas vezes camuflado na malha
urbana, estratificada por restos de demolições dos vários períodos de sua
existência e escondidos por detrás de todo aparato publicitário que poluem a
paisagem paulistana.
ESTRATÉGIA ADOTADA

Extrapolar a elaboração de planos de preservação de imóveis isolados ou


simplesmente listagens, com uma ótica pontual voltada quase que exclusivamente
para o edifício, sem considerar a importância da ambiência. No IGEPAC-SP a
primeira preocupação é a leitura da paisagem urbana, o geral no sentido de
compreender sua conformação e organização, para entender as particularidades e
especificidades dos elementos definidores deste ambiente urbano, desta forma
atingir uma visão orgânica entre ambos.

ETAPAS DE TRABALHO

PRIMEIRA ETAPA: tem um caráter global e quantitativo, tratando de detectar o


repertório básico que constitui o patrimônio ambiental urbano.

PRODUTO FINAL: levantamento e indicação das manchas urbanas mais


significativas do ponto de vista da proteção deste patrimônio ambiental urbano.

A primeira etapa compreenderá as seguintes fases:

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. ESTUDO DA EVOLUÇÃO URBANA – compreensão da formação e história do
lugar, características socioeconômicas, urbanísticas, transformações marcante
e/ou iminentes.

. LEVANTAMENTO DE NORMAS LEGAIS – levantamento e mapeamento das


legislações urbanísticas vigentes, tais como zoneamento, existência de bens
tombados e de propriedade do poder público, entre outros.

. TRABALHO DE CAMPO – percurso de reconhecimento com a finalidade de


detectar as conformações gerais do bairro, com o apoio de registros fotográficos e
verbais (história oral) compreendendo:

1. identificação dos usos predominantes no bairro, na medida que constituem os


indicadores que definem as características da área; levantamento das
características morfológicas, tipologia dos logradouros públicos e privados,
características das construções (quanto à tipologia e volumetria),
equipamentos urbanos, mobiliário urbano, transformações de usos, estado de
conservação, estado de salubridade e indicação de marcos de referência
visual.

2. registro das informações coletadas em fichas de campo.

3. Sistematização, em texto, das informações obtidas com a execução de


relatório analítico, plantas e fichas dos imóveis selecionados.

4. diretrizes preliminares de preservação.

DIRETRIZES PRELIMINARES DE PRESERVAÇÃO

Compreenderá os seguintes objetivos:

Propostas preliminares de proteção de visuais significativas com o


estabelecimento de limites de gabaritos, controle de uso e ocupação do solo,
controle na colocação de equipamentos urbanos e manutenção de áreas livres;

Propostas preliminares de proteção ambiental. Além das acima citadas,


estabelece diretrizes para manutenção e criação de áreas verdes, manutenção e
alteração do traçado viário, recuperação e preservação das fachadas e volumetria
dos imóveis, manutenção e preservação de logradouros públicos e incentívo à
manutenção ou transferência de uso.

Propostas preliminares de utilização das legislações de proteção existentes


(tombamento municipal, estadual e federal e/ou ZEPECs) à preservação dos bens
e/ou manchas de interesse detectados.

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Segunda etapa:

Esta etapa tem um caráter específico e qualitativo. Objetiva o aprofundamento dos


estudos efetuados nas etapas anteriores especificamente sobre as manchas e os
imóveis que deverão vir a ser preservados ou já protegidos, com base em
legislação apropriada, compreendendo os seguintes trabalhos:

Seleção final e definição dos perímetros das manchas urbanas que contenham
núcleos históricos, conjuntos arquitetônicos, traçados urbanos, edifícios isolados,
logradouros públicos de interesse, marcos naturais ou construídos de referência.

Aprofundamento da pesquisa histórica das manchas urbanas de interesse


indicadas.

Detalhamento do trabalho de campo, com o aprofundamento da análise geral da


área e/ou do edifício a ser preservado.

Sistematização do acervo, com a elaboração de um relatório pormenorizado e


conclusivo sobre cada mancha e/ou imóvel selecionado.

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