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2.5.1 relógio:
Muito mais do que apenas fornecer a hora certa, o relógio na atividade de
mergulho é visto como mais um item de segurança e não pode ser deixado de
lado; o controle do tempo no fundo, bem como o das paradas de descompressão, entre
outras coisas, seria impossíveis sem o relógio apropriado. Alguns relógios mais
sofisticados são dotados de alarmes que indicam quando a subida do mergulhador está
sendo muito rápida, memória que permite programar até 30 mergulhos ou retransmitir os
dados para um computador.
2.5.2 profundímetro:
São manômetros graduados em metros ou pés, destinados a registrar a
profundidade durante o mergulho; é requisito para cada dupla de
mergulhadores, pelo menos um profundímetro no rol dos equipamentos durante
o mergulho. Existem dois tipos de profundímetros: os de coluna d’água, que não são os
mais precisos, principalmente em profundidades superiores a 20 metros, mas com a
vantagem de apresentarem baixo custo, e os de tubo de Bourdon, que têm maior precisão,
além do fato de possuírem ponteiros que indicam a maior profundidade atingida.
2.5.3 manômetro:
Destinado a registrar a pressão do ar do cilindro. Existem os de tipo
submersível, que está conectado diretamente a uma saída de alta pressão do
primeiro estágio do regulador, e o de superfície, que aplica-se diretamente na
torneira do cilindro, antes de se acoplar a válvula reguladora, fornecendo a
pressão somente no início do mergulho.
2.5.4 consoles:
Destinados a integrar um número determinado de instrumentos, são conectados
à saída de alta pressão da válvula reguladora, quando dispõe de manômetro;
facilitam muito o controle de tempo de fundo, ar no cilindro, orientação através
de bússola, etc.
3. As equipes de mergulho:
Levando-se em conta que a segurança nos trabalhos subaquáticos
sempre será a preocupação maior, é necessário o emprego de uma
equipe básica para o mergulho com ar comprimido, dimensionada de tal forma a possuir
a quantidade suficiente de mergulhadores (incluindo os reservas), os equipamentos
indispensáveis, bem como todo o apoio de superfície.
Um método eficiente para se determinar a equipe mínima para o mergulho é o critério da
profundidade; dessa forma poderemos estabelecer duas faixas de trabalho: trabalhos em
até 50 pés e trabalhos entre 50 e 130 pés de profundidade.
• 3.1 Trabalhos em até 50 pés de profundidade
A equipe mínima será composta por três mergulhadores, com as seguintes funções:
- mergulhador base: aquele que irá executar o trabalho;
- mergulhador reserva: deverá permanecer na superfície, equipado e pronto para atuar imediatamente
em caso de emergência. Além disso, é sua obrigação manter contato com o “base”, através da linha
de vida, comunicando-se pelos sinais padrão de mergulho;
- mergulhador auxiliar: permanece na superfície, desequipado, efetuando todas as anotações,
registros e controle do mergulho. Se estiverem embarcados, é o responsável pelo controle da
embarcação.
Como os três componentes da equipe são mergulhadores, poderá ocorrer um revezamento das
funções, com o objetivo de evitar a sobrecarga de mergulhos para um só indivíduo.
• 3.2 Trabalhos entre 50 e 130 pés de profundidade
Além do efetivo mínimo estipulado para o item anterior, farão parte desta equipe mais dois componentes:
- supervisor do mergulho: deverá ser o mergulhador mais experiente ou mergulhador qualificado e
designado pelo Comandante (chefe) imediato para supervisionar a operação de mergulho;
- mergulhador auxiliar: deverá assumir a incumbência de contato com o “base”, através da linha de vida,
liberando o mergulhador reserva dessa função. Além disso poderá ser remanejado para outros afazeres, a
critério do supervisor.
Observações:
1) Em qualquer operação de mergulho em que, para a realização do trabalho, for previsto o emprego
simultâneo de 2 ou mais mergulhadores na água, deverá existir, no mínimo 1 mergulhador de reserva
para 2 mergulhadores submersos.
2) O mergulho com equipamento autônomo a ar comprimido está limitado à profundidade de 40 metros
ou 130 pés.
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Enquanto o mergulhador continua descendo, a pressão externa exercida pela água vai comprimindo o tórax. Desta
forma a pressão mantém uma PO2 relativamente alta dentro dos alvéolos, apesar da quantidade de oxigênio ser
reduzido, porque penetra continuamente na corrente sangüínea.
Essa pressão externa que comprime o tórax, mantém a PO2 adequada para saturar a hemoglobina enquanto o
mergulhador continua descendo.
No retorno à superfície, ocorre uma inversão brusca nas duas pressões, aumentando a PCO2 e diminuindo aPO2,
(lei de Boyle, quanto menor a pressão maior o volume), o volume pulmonar se expande e a PO2 cai violentamente
não proporcionando condições de saturar a hemoglobina, o O2 volta para dentro dos alvéolos, como a PCO2
aumentou da mesma forma que a PO2 abaixou, o mergulhador pode perder a consciência, o SNC desliga
literalmente o mergulhador antes de chegar à superfície.
Segundo McArdle,
“Outros dois aspectos fisiológicos devem ser considerados ao determinar os riscos da hiperventilação”:
a) Uma quantidade normal de dióxido de carbono arterial é necessária para manter o equilíbrio ácido-básico do
sangue. Isso é mediado pela liberação de H+ (íons de hidrogênio) quando o ácido carbônico é formado por
dióxido de carbono e água. Ao reduzir o dióxido de carbono do sangue pela hiperventilação, a concentração de
H+ diminui, acarretando um desvio do Ph do sangue na direção de uma maior alcalinidade.
b) A manutenção de um nível menor da PCO2 arterial proporciona um estímulo contínuo para a dilatação das
pequenas artérias cerebrais. A redução significativa do dióxido de carbono arterial durante a hiperventilação pode
reduzir o fluxo sangüíneo cerebral e causar vertigem ou até mesmo a perda da consciência, criando assim uma
situação perigosa na água.
Autor: Christian Dequeker - profissional de Educação Física e Apneísta
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MERGULHO LIVRE
Uma vez que o homem é um ser bípede terrestre, a adaptação eficiente ao mundo subaquático requer uma
série de equipamentos acoplados ao nosso corpo, formando um só conjunto. Esses equipamentos podem
variar muito em formas, modelos e sobretudo em função do tipo de mergulho a ser executado. A seguir
serão apresentados os equipamentos básicos para o mergulho livre.
1. O equipamento básico de mergulho:
1.1 Máscara semi-facial:
Sendo nossos olhos adaptados à visão no ar atmosférico, quando estão abertos
debaixo d’água, vemos as imagens distorcidas devido ao fenômeno físico da
refração da luz. Para corrigir tal deficiência criamos uma camada de ar à frente dos olhos
proporcionada pela armação da máscara, permitindo-nos enxergar quando submersos e
ainda conferindo proteção aos olhos do mergulhador; contudo, este espaço adicional está
sujeito à pressão externa da água, que deve ser igual à interna. Por esta razão, o nariz é
envolto de modo a permitir que o ar seja exalado para dentro, igualando assim as
pressões durante o mergulho. A curvatura do olho funciona como uma lente convergente
de maneira que os raios na atmosfera incidem sobre a retina; já na água não ocorre a
mesma coisa devido à refração, ou seja, os raios de luz não sofrem o mesmo desvio. As
imagens são formadas depois da retina, e nossos olhos têm uma visão hipermétrope, não
enxergando co nitidez os objetos. Ocorre também devido à refração da luz um aumento
aparente no tamanho dos objetos, ou seja, eles parecem sêr maiores e estarem mais
próximos de que os vê, aproximadamente um quarto ou 25%.
1.2 Respirador:
O respirador ou “snorkel” é um tubo curvado similar à letra “J”, cuja
extremidade menor ou bocal encaixa-se na boca do mergulhador e a outra passa
pelo lado da cabeça, indo até a superfície, de modo a permitir a retirada, por
sucção, do ar necessário à respiração. Permite ao mergulhador respirar enquanto nada na
superfície sem erguer a boca para fora da água, possibilitando o deslocamento com maior
desenvoltura e facilidade. No mergulho autônomo, durante o deslocamento na superfície,
auxilia o mergulhador a economizar ar do cilindro até o ponto de imersão, ou saindo
deste de retorno ao barco ou margem.
1.3 Nadadeiras:
As nadadeiras são equipamentos em forma de barbatanas que os mergulha dores
adaptam aos pés para auxiliar o movimento sobre a superfície da água ou
embaixo dela. Na realidade, elas aumentam artificialmente a área do pé,
permitindo que este impulsione uma quantidade maior de água para trás. A utilização da
nadadeira visa proporcionar o máximo de rendimento com o mínimo de esforço; para
tanto, o mergulhador estando em deslocamento na superfície, deverá evitar que as
nadadeiras saiam fora da água, pois assim estará prejudicando o rendimento.
1.4 Cinto de lastro:
A tendência da maioria das pessoas é ter flutuabilidade positiva, ou seja,
mantêr-se na superfície da água, flutuando; somando-se a este fato, os demais
equipamentos de mergulho contribuem ainda mais para essa condição, principalmente o
uso de roupas isotérmicas. Para vencer esta deficiência, o mergulhador necessitará de
grande esforço para nadar para o fundo, e lá permanecer, consumindo assim a energia
que deveria ser utilizada no trabalho propriamente dito. O uso de lastros, dimensionados
para a flutuabilidade de todo o conjunto ( mergulhador e equipamentos), é, então,
condição essencial para execução racional do mergulho. O lastreamento deve ser
graduado de maneira a tornar o mergulhador com uma leve flutuação positiva para
garantir que, estando o corpo abandonado (sem movimento) na profundidade de trabalho,
suba lentamente à superfície. Existem muitos modelos de cintos de lastro no mercado; as
principais recomendações feitas como medidas de segurança são: a de que possua um
fecho de desengate rápido, essencial em caso de emergência para subidas rápidas e a de
que, na sequência de equipagem seja colocado por último e por sobre eventuais outras
cintas e arreios.
1.5 Faca:
O tempo em que a faca de mergulho era vista como arma para defesa contra
seres marinhos já passou; hoje é sabido que tal instrumento tem a função de
ferramenta e seu uso está relacionado com os fatores de segurança do mergulhador.
Como instrumento de uso geral, podemos destacar os seguintes empregos: cavar, cortar,
alavancar, bater, medir, etc.
1.6 Roupas isotérmicas:
Têm a função principal de reduzir a perda de calor corporal para a água.
Secundariamente, acabam também protegendo o mergulhador contra ferimentos
leves como arranhões e arestas de pedras, cracas ou corais. Podem sêr divididas
em:
1.6.1. roupas molhadas:
É assim chamada por permitir a entrada de água, aprisionando-a em sua parte
interna, que é aquecida pelo corpo do mergulhador e reduzindo as perdas caloríferas. É
constituída de um tecido de borracha chamado “neoprene”, impregnado de pequenas
células ou bolhas que aumentam a capacidade isolante da borracha, conferindo também
grande flutuabilidade ao material.
1.6.2. roupas secas:
Foram concebidas para isolar totalmente o mergulhador do contato com a água, sendo
recomendadas para mergulhos em águas extremamente frias ou muito poluídas. Sua
fabricação evita a entrada de água, sendo possível até usar agasalhos de lã sob ela;
também são confeccionadas em neoprene, apresentando vedação de borracha em volta do
pescoço, punhos e tornozelos. Possuem um inflador na altura do peito para ajuste de
flutuação; o isolamento térmico é feito pela camada de ar entre a pele e a roupa.
TEMPERATURA DA ÁGUA ROUPA APROPRIADA
0° a 10° C roupa seca
10° a 15° C neoprene de 5 a 7 mm
15° a 22° C neoprene de 3 a 5 mm
22° a 25° C roupa de lycra ou de surfe
Acima de 25° C desnecessário o uso
No litoral brasileiro, a temperatura da água é de 22º a 25º
1.7 Acessórios:
Como o próprio nome diz, são equipamentos acessórios aqueles que, embora não sejam
essenciais, tornam a atividade de mergulho mais agradável, facilitando determinadas
tarefas; podemos tomar como exemplo luvas, botas, capuz de neoprene, lanternas e
sacola molhada (destina-se a guarda e transporte dos equipamentos de mergulho, sendo
constituída de material resistente e grande o suficiente para acomodar todo o material).
2. Mergulho livre ou mergulho em apnéia:
O mergulho livre é aquele em que o mergulhador realiza em apnéia, isto é, prendendo a
respiração, utilizando tão somente o ar contido nos pulmões e um rol limitado de
equipamentos.
Apnéia é a suspensão temporária da atividade respiratória, podendo ser voluntária (caso
da imersão subaquática sem equipamento de ar), ou involuntária, sendo neste caso de
natureza patológica.
Muitas pessoas podem reter a respiração por um curto espaço de tempo, mas em geral,
em algum momento durante a tentativa de segurar a respiração, o desejo de respirar virá,
e se tornará tão intenso que não haverá possibilidade de prolongamento. Essa demanda é
assinalada pelo centro respiratório, respondendo ao aumento dos níveis de dióxido de
carbono e ácidos no sangue, provocados pela correspondente queda do teor de oxigênio
em função do consumo de tecidos.
A técnica empregada para a imersão em apnéia consiste basicamente na prática de
movimentos respiratórios amplos e lentos, no fim dos quais, após uma inspiração
profunda, o indivíduo mergulha, terminando a apnéia com o retorno à superfície.
O efeito da expiração profunda é duplo e assim apresentado:
a) consiste basicamente no armazenamento de oxigênio em uma certa quantidade;
b) manter na corrente sanguínea um certo volume de difusão alveolar de anidrido
carbônico, aumentando assim o período de duração da apnéia.
A inspiração profunda permite também aumentar a profundidade máxima de imersão,
sem o perigo da exposição do mergulhador a um barotrauma pulmonar. Ao término da
apnéia, o mergulhador deverá executar atos respiratórios amplos e lentos, procurando
expirar profundamente para remover o ar saturado dos alvéolos, de modo a restituir aos
pulmões volume e percentuais normais, seja de oxigênio, ou de gás carbônico que vinha
sendo acumulado durante a suspensão da respiração.
A duração do tempo da apnéia é extremamente variável de indivíduo para indivíduo, mas
de modo geral podemos afirmar que atinge de alguns segundos a dois minutos
aproximadamente, e depende de numerosos fatores, sendo os principais os seguintes:
- composição inicial do ar alveolar, dependendo da condição momentânea do indivíduo
(esforço recente, ventilação pulmonar correta);
- consumo de O2 (oxigênio) e produção de CO2 (gás carbônico) em resposta à
combustão celular que é aumentada por fatores externos, como frio, trabalho executado,
condição emocional do mergulhador, etc.;
- resistência do centro nervoso respiratório aos estímulos induzidos pela alteração do pH
do sangue, provocado pelo aumento da taxa de CO2;
- outros fatores representados pela constituição individual, pela posição do corpo, pela
alimentação, etc.
Todos esses fatores agem determinando diferenças individuais na duração da apnéia
voluntária e também diferenças substanciais no mesmo indivíduo dia para dia, e até
mesmo, de hora para hora.
Acompanhe no quadro abaixo, como os valores de apnéia podem variar de acordo com
cada situação:
INDIVÍDUO SEM INDIVÍDUO COM
TREINAMENTO TREINAMENTO
ATIVIDADE TEMPO ATIVIDADE TEMPO
EXECUTADA (S) EXECUTADA (S)
depois de expiração forçada 15 depois de inspiração forçada 110
depois de expiração normal 20 com exercício físico 60
depois de inspiração normal 35 com a cabeça submersa 80
depois de inspiração forçada 60 em imersão total em repouso 100
depois de hiperventilação 110 em imersão total com 70
exercício
Como se pode observar, a atividade muscular diminui a duração do tempo de apnéia,
devido ao aumento do consumo de O2 e uma produção maior de CO2. Para compensar
isso, é natural que o mergulhador menos experiente use o artifício da hiperventilação; no
entanto, a intensidade dela não deve ultrapassar 30 segundos, sendo que uma sensação de
“formigamento” nas extremidades ou tonturas são sinais evidentes que houve excessiva
hiperventilação e essa condição pode propiciar o surgimento do acidente “apagamento”.