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AULA 1
INCIDENTES PROCESSUAIS
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
Uma vez decidida no cível a questão prejudicial, a sentença terá efeito erga
omnes e, somente após o seu trânsito em julgado poderá voltar a correr o
processo penal.
CASO CONCRETO 1
2.5 Prejudicial como causa suspensiva do curso prescricional (art. 116,
inciso I, do CP)
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
2.6 Impugnações
3.1 Incidência
3.3 Prazo
O prazo de suspensão deverá ser fixado pelo juiz, dentro de seu prudente
critério. É preciso utilizar a razoabilidade e procurar evitar a prolação de
decisões contraditórias.
CASO CONCRETO 2
3.4 Condições
3.6 Impugnações
PROCESSO PENALII
AULA 2
QUESTÕES PRELIMINARES
EXCEÇÕES PROCESSUAIS
Em geral as exceções podem ser decididas de plano pelo juiz, até nos autos
principais, mas se houver recusa pelo magistrado ou dificuldade para
reconhecimento de plano, será a exceção autuada em apenso em um
procedimento incidente.
5.1 Suspeição
Se a parte entender que o juiz não tem a necessária imparcialidade para
julgar em razão de interesses ou sentimentos pessoais que lhe retiram a
necessária isenção, poderá recusá-lo através da exceção de suspeição.
O Juiz pode se dar por suspeito de ofício e, não o fazendo, a parte poderá
recusá-lo, desde que esteja presente um dos motivos expressos no art. 254,
do CPP.
Na doutrina muitos autores consideram o rol do art. 254 do CPP como
sendo taxativo (numerus clausus), mas a jurisprudência vem abrandando tal
entendimento e aceitando interpretação extensiva.
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
6. Incompetência
A exceção deve ser apresentada no prazo para defesa, podendo ser oposta
oralmente ou por escrito. Feita daquela forma, será tomada por termo.
Da decisão que recusa a incompetência não cabe recurso, o que não impede
a impetração de HC ou a argüição em preliminar de recurso.
7. Ilegitimidade da parte
Da decisão que acolhe a exceção cabe recurso em sentido estrito (art. 581,
inciso III, do CPP), mas se não for acolhida não caberá recurso, o que não
impede a impetração de HC.
CASO CONCRETO 1
Além dos juízes envolvidos, o conflito pode ser suscitado pela parte
interessada e pelo Ministério Público (art. 115, do CPP).
Quando for suscitado pelos juízes, o instrumento próprio é a
REPRESENTAÇÃO, mas sendo suscitado pela parte ou pelo MP, o
instrumento adequado será o REQUERIMENTO.
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
PROCESSO PENALII
AULA 3
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS E PROCESSOS INCIDENTES
Constituem-se em:
• Seqüestro;
• Arresto;
• Especialização de hipoteca legal.
1.2.1 Sequestro
CASO CONCRETO 1
Art. 128 – após sua realização, o seqüestro deve ser inscrito no Registro
de Imóveis.
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
Art. 132 – também é possível o seqüestro de bens móveis, desde que: a
aquisição do bem com os proventos da infração e não seja cabível a
busca e apreensão, nos casos do art. 91, inciso II, do CP.
Art. 135 – a hipoteca legal não é requerida, mas sim sua especialização
(individualização dos imóveis que ficarão hipotecados), pois, a prática da
infração penal já faz com que os bens imóveis do agente fiquem,
automaticamente, indisponíveis.
1.2.3 Arresto
O arresto também pode incidir sobre bens imóveis de origem lícita e TEM
POR OBJETIVO ASSEGURAR A EFETIVIDADE DE POSTERIOR
ESPECIALIZAÇÃO DE HIPOTECA.
1.3 Procedimento
2.1 Exame das Coisas que Podem Ser Restituídas e Daquelas que
Devem Ser Confiscadas
Art. 118 – todos os objetos que sejam úteis à apuração da infração penal,
ou que, posteriormente podem vir a ser confiscados, são passíveis de
apreensão e, enquanto forem úteis ao processo, não poderão ser restituídos.
Ex.: Uma arma de fogo de uso permitido, que tenha sido utilizada em um
homicídio, quando a acusação entende como necessária sua apresentação
em plenário para análise dos jurados.
Não havendo dúvida, uma simples petição para a autoridade policial poderá
resolver a questão, não sendo necessária a instauração do incidente.
CASO CONCRETO 2
Art. 123 – fora dos casos de coisas que sejam instrumentos do crime ou
que sejam produtos ou proventos da infração, se não forem reclamados
dentro de 90 dias a contar do trânsito em julgado da sentença,
CONDENATÓRIA ou ABSOLUTÓRIA, ou não pertencerem ao réu,
serão vendidos em leilão público.
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
PROCESSO PENALII
AULA 4
PROCESSOS INCIDENTES
§ 1º. Quando for atestado que a doença mental sobreveio à infração penal,
o juiz poderá determinar a internação do acusado. Tal situação, atualmente,
é criticada pela doutrina majoritária que afirma haver ofensa ao princípio
da presunção de inocência. Outros, no entanto, admitem a internação
justificando com o fato de que será melhor para o acusado, pois lhe
proporcionará tratamento “adequado” para sua doença. Além disso, não
haveria ofensa à presunção de inocência, pois a finalidade não é a de
segregar, mas a de proporcionar tratamento ao acusado.
CASO CONCRETO 1
Art. 153 do CPP: Embora o incidente de insanidade mental provoque a
suspensão do processo, deve ser autuado em autos apartados, somente
sendo apensados ao processo principal após a prolação do laudo.
Nos casos de semi-imputabilidade o réu será condenado, mas terá sua pena
diminuída em razão da menor culpabilidade apresentada, podendo, ainda, o
juiz determinar a substituição da sanção em medida de segurança, caso se
convença ser mais adequado ao condenado.
No caso do art. 45, o juiz deverá absolver o réu e poderá determinar seu
encaminhamento para tratamento médico adequado.
CASO CONCRETO 2
PROCESSO PENALII
AULA 5
TEORIA DA PROVA NO PROCESSO PENAL
Camargo Aranha vai mais longe e diz que, às vezes, além de fatos, também
é necessário provar o direito como o que ocorre quando se invoca direito
estadual, municipal, consuetudinário ou alienígena.
1.4 Meios (Fontes) de Prova
Dessa forma, desde que os meios de prova não sejam indignos, imorais,
ilícitos ou ilegais, respeitando a ética e o valor da pessoa humana,
poderão ser admitidos no processo, mesmo que não sejam legalmente
relacionados no Código de Processo Penal.
O ônus de produzir a prova pertence a cada parte que tenha interesse, mas,
uma vez produzida a prova, existirá sua comunhão.
1.8.4 Oralidade
1.8.5 Concentração
1.8.6 Publicidade
A regra é que a produção da prova, assim como qualquer ato judicial, seja
pública, somente podendo ser restringida a publicidade em casos
expressamente previstos em lei.
O Código de Processo Penal permite que, havendo dúvida que não tenha
sido dirimida pela produção probatória das partes, possa o juiz determinar
diligências ou a produção de provas de ofício.
Por fim, existem alguns autores que entendem que a inovação do art. 156,
inciso I, do CPP, trazida pela Lei 11.690/08, ofende o princípio acusatório
e, portanto, o dispositivo deve ter interpretação conforme a Constituição no
sentido de somente ser admissível ao juiz determinar a produção de provas
na fase investigatória quando houver pedido de uma das partes.
CASO CONCRETO 1
Fora dos casos acima, não sendo o meio de prova indigno, imoral, ilícito ou
ilegal, deve ser aceito pelo juiz, desde que respeitados a ética e os valores
da pessoa humana.
Existem dois sistemas que regem a admissão e aquisição das provas, sendo
o chamado sistema das provas taxativas, onde só podem ser utilizadas
provas previstas expressamente em lei, e o sistema das provas
exemplificativas, ou seja, a lei processual indica as mais comum, mas não
fica a parte impedida de utilizar outras provas, sendo este último utilizado
no Brasil.
CASO CONCRETO 2
Uma importante questão a ser analisada é aquela que diz respeito às provas
ilícitas por derivação. A Suprema Corte dos Estados Unidos da América
formulou a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada que basicamente
consiste em que, havendo origem ilícita toda a prova decorrente desta,
mesmo que não seja ilícita em si, não poderá ser admitida, pois já estará
contaminada – exemplo: através de tortura a autoridade policial obtém
informação sobre o local onde se encontra a res furtiva e, de posse de tal
informação, consegue mandado de busca e apreensão. A apreensão do bem,
embora amparada por mandado, estará contaminada pela origem.
QUESTÃO OBJETIVA 1
PROCESSO PENALII
AULA 6
TEORIA DA PROVA NO PROCESSO PENAL
CASO CONCRETO 1
Há, ainda, quem entenda que mesmo não havendo nexo de causalidade
entre o crime investigado e o que foi descoberto fortuitamente, será
possível a utilização da prova em relação ao último aplicando-se o
princípio da proporcionalidade.
Constituindo-se como meio de prova lícito, seria mais lógico não haver
limitação de dias sob pena de se frustrar a busca da verdade, além de se
frear a atividade persecutória lícita.
O STF já se posicionou no sentido de serem possíveis sucessivas
prorrogações, especialmente quando se tratar de fato complexo, que exija
investigação diferenciada e contínua.
CASO CONCRETO 2
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
Verdade Real – deve prevalecer no processo penal onde o juiz deve buscar
se aproximar o máximo possível daquilo que realmente aconteceu de fato.
Assim, o magistrado não deve se contentar exclusivamente com as provas
trazidas pelas partes, principalmente se detectar outras fontes possíveis de
buscá-las. Por exemplo: o réu, em seu interrogatório, afirma que estava
viajando para outro País no dia do crime, mas a defesa, por desídia, não
apresentou provas de tal situação. Não deve o juiz ficar inerte devendo
requisitar informações para confirmar tal fato.
A adoção da verdade real no processo penal tem por fim fomentar no juiz
um sentimento de busca, contrário à passividade, pois estará em jogo um
dos mais importantes direitos individuais, qual seja, a liberdade de
locomoção, além de outros.
Porém, a adoção do princípio da verdade real não significa que haja sempre
a plena correspondência entre os fatos e o que é apurado no processo, pois
o sistema probatório tem um valor relativo.
Além disso, a busca da verdade real também encontra limites e não permite
a busca ilimitada de provas. Há vedações como a proibição de provas
ilícitas.
Imparcialidade do Juiz – não obstante buscar a verdade real, o juiz não
deve perder sua imparcialidade. Assim, permite-se que aja de ofício, sendo
uma decorrência natural do impulso oficial que rege o processo.
PROCESSO PENALII
AULA 7
MEIOS DE PROVA
1. INTERROGATÓRIO
CASO CONCRETO 1
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
1.3 Confissão
Ao ser interrogado, o réu poderá confessar o crime, o que poderá ser feito
até fora do interrogatório.
Para Tourinho Filho trata-se de prova inválida, pois não se terá respeitado o
contraditório e a ampla defesa. Porém, caso seja ratificada por outras
provas colhidas sob o crivo do contraditório, pode ser elemento válido para
embasar o convencimento judicial.
Tudo deve ser avaliado de forma razoável e, por exemplo, se o acusado
confessar o delito e delatar um co-autor de que não se tem notícia nos
autos, a delação terá um valor menor do que teria se fosse proferida em
relação a outro agente que já figura nos autos.
CASO CONCRETO 2
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
PROCESSO PENALII
AULA 8
MEIOS E FONTES DE PROVA
1. PROVA PERICIAL
Por outro lado, a prova pericial não poderá ser suprida quando os vestígios
desaparecerem por inércia dos organismos estatais responsáveis pela
persecução penal. Dessa forma, existindo meios para se realizar a perícia,
mas não sendo a mesma promovida por culpa ou causas imputáveis ao
Estado, não se pode impor ao acusado o suprimento da prova por meio de
testemunhas.
Por fim, há delitos nos quais a prova pericial não pode ser suprida por
nenhuma outra. Um exemplo é o porte de substância entorpecente, quando,
não havendo a apreensão da droga ficará bastante difícil sustentar a
acusação apenas com base em prova testemunhal.
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
CASO CONCRETO 2
Vem previsto no art. 168, do CPP, justamente pelo fato de muitas provas
periciais serem elaboradas na fase extrajudicial, quando ainda não há
contraditório, nem ampla defesa.
Por tais razões, nos casos de lesão corporal, pode ser necessária a
realização de um exame complementar para melhor apurar a modalidade de
lesão, mormente nos casos do art. 129, §1°, inciso I, do CP, quando deverá
ficar comprovada a incapacidade para as ocupações habituais por mais de
30 dias.
CASO CONCRETO 1
O perito será considerado oficial quando investido na função por lei e não
simplesmente por nomeação do juiz. No processo penal a perícia é
realizada, normalmente, por peritos pertencentes aos quadros do Estado.
Conforme prevê o art. 177, do CPP, todo o exame pericial, cujo objeto ou
material a ser analisado se encontre em Comarca diversa daquela onde se
situa a autoridade policial ou o juiz pode ser realizado por meio de carta
precatória.
Guilherme de Souza Nucci entende que, embora o art. 177, do CPP, faça
referência apenas à autoridade judiciária, é possível fazer interpretação
extensiva a fim de que possa também ser aplicado a autoridades policiais.
PROCESSO PENALII
AULA 9
MEIOS E FONTES DE PROVA
1. Declarações do Ofendido
Deverá ser ouvido como informante, pois, como dito, não é testemunha
(tem interesse no deslinde da causa). Dessa forma, o fato de não ser ouvido
não gera nulidade, já que o valor de suas declarações é relativo. Não
obstante, em certos crimes, a versão do ofendido tem um grande valor,
como nos delitos em que a clandestinidade é um fator essencial – exemplo:
os crimes sexuais.
CASO CONCRETO 1
3. Acareação
• Acusados;
• Acusado e testemunha;
• Testemunhas;
• Testemunha e ofendido;
• Acusado e ofendido;
• Ofendidos.
CASO CONCRETO 2
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
4. Documentos
De acordo com o que estabelece o art. 231, do CPP, salvo nos casos
expressos em lei, os documentos podem ser apresentados em qualquer
fase do processo.
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
PROCESSO PENALII
AULA 10
MEIOS E FONTES DE PROVA
1. Prova Testemunhal
Pode ser direta, quando a testemunha fala sobre um fato que presenciou,
reproduzindo a sensação obtida de ciência própria.
Marcellus Polastri Lima ainda aponta uma terceira característica, qual seja,
a retrospectividade, que significa que a testemunha irá se referir sempre a
um fato pretérito.
CASO CONCRETO 1
Caso o relato da testemunha possa vir a ser usado contra ela mesma, poderá
haver recusa em depor com base no princípio do nemo tenetur se detegere.
Não se pode esquecer o art. 208, do CPP que determina não ser deferido
compromisso aos doentes e deficientes mentais, aos menores de 14 anos e
às pessoas a que se refere o art. 206.
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
1.10 Contradita
Nos casos em que a testemunha for suspeita, seja pela idade, por doença
mental ou por qualquer outra causa, cabe à parte interessada contraditá-la
e o juiz, indagando a causa da suspeição, poderá tomar o depoimento e
depois irá valorá-lo de acordo com o princípio do livre convencimento
motivado.
Além disso, permite-se que os jurados façam perguntas, mas devem faze-
las por intermédio do juiz, não lhes sendo permitido perguntar diretamente
às testemunhas.
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
PROCESSO PENALII
AULA 11
PRISÃO NO CURSO DA INVESTIGAÇÃO OU DO PROCESSO
A prisão de natureza civil, por outro lado, tem por finalidade compelir
alguém a cumprir um dever civil, sendo cabível, constitucionalmente, no
caso de descumprimento de obrigação alimentar. Apesar de haver previsão
constitucional para a prisão do depositário infiel, nossa jurisprudência não
tem mais admitido tal modalidade de prisão por ferir o “Pacto de São José
da Costa Rica” (Dec. 678/92), que entrou em nosso ordenamento com
status de regra constitucional (trouxe normas materialmente
constitucionais).
1. Prisão em flagrante;
2. Prisão temporária;
3. Prisão preventiva;
4. Prisão decorrente de pronúncia;
5. Prisão decorrente de sentença condenatória recorrível.
EXERCÍCIO OBJETIVO 1
7.1.1 Fundamentos
CASO CONCRETO 1
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
CASO CONCRETO 2
EXERCÍCIO OBJETIVO 3
PROCESSO PENALII
AULA 12
PRISÃO NO CURSO DA INVESTIGAÇÃO OU DO PROCESSO
1. Prisão em Flagrante
CASO CONCRETO 2
EXERCÍCIOS OBJETIVOS 1 e 2
CASO CONCRETO 1
Não obstante ser possível a prisão em flagrante nos crimes de ação penal
privada ou pública condicionada, soa estranho afirmar que é possível
aguardar a manifestação da vítima por até 24 horas. Assim é pois, caso esta
não se manifeste no referido prazo ou se a manifestação for negativa, como
se poderá justificar a coação da liberdade de locomoção do autor do fato
por período tão longo? Não seria razoável exigir-se a manifestação
imediata da vítima sob pena de liberação do indivíduo?
1. Evitar a fuga;
2. Resguardar a sociedade;
3. Servir de exemplo a outras pessoas;
4. Acautelar provas.
Se o detido não quiser, não souber ou não puder assinar o auto, este será
assinado por duas testemunhas que tenham ouvido sua leitura na presença
do conduzido (testemunhas de leitura). Trata-se de providência que tem
por finalidade assegurar a lisura do ato. Esta providência permite a
lavratura do APF até mesmo nos casos em que o preso não esteja presente
na Delegacia Policial – exemplo: preso é baleado em troca de tiros com a
polícia no momento de sua prisão e é encaminhado para o hospital em
estado de inconsciência.
Caso não haja testemunhas do fato, o APF deve ser assinado por duas
testemunhas que tenham presenciado a apresentação do preso à autoridade
(testemunhas de apresentação).
PROCESSO PENALII
AULA 13
PRISÃO NO CURSO DA INVESTIGAÇÃO OU DO PROCESSO
1. Prisão Temporária
Dispõe o art. 2°, da Lei 7.960/89, que a prisão temporária será decretada
pelo juiz em face de REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE
POLICIAL ou de REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
Assim, não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Também não cabe
requerimento de prisão temporária pelo ofendido, nos casos de ação penal
privada.
CASO CONCRETO 2
A prisão temporária, assim define o art. 2°, da Lei 7.960/89, terá prazo
de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.
É possível que o magistrado decrete a prisão por qualquer prazo, desde que
respeitado o limite máximo, ou seja, não há limite mínimo, podendo haver
decretação até por 1 (um) dia.
Interessante notar ainda que a prorrogação, caso permitida, será por igual
período, ou seja, se a prisão temporária foi decretada por 3 (três) dias,
poderá ser prorrogada, no máximo, por mais três.
Assim, caso a autoridade policial perceba que o prazo vai se esgotar sem
que tenha sido possível concluir as investigações, deverá representar pela
prorrogação, pois, caso contrário, findo o prazo, o preso será
obrigatoriamente liberado.
CASO CONCRETO 1
PROCESSO PENALII
AULA 14
PRISÃO NO CURSO DA INVESTIGAÇÃO OU DO PROCESSO
1. Prisão Preventiva
De acordo com o que dispõe o art. 311, do CPP, a prisão preventiva pode
ser decretada em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução
criminal (já na fase processual).
1.3 Legitimidade
Ainda conforme o art. 311, do CPP, a prisão preventiva pode ser decretada
de ofício pelo juiz, a REQUERIMENTO do Ministério Público ou do
Querelante, ou mediante REPRESENTAÇÃO da Autoridade Policial.
CASO CONCRETO 2
Tal entendimento ficou ainda mais forte após a revogação do art. 594, do
CPP pela Lei 11.719/2008, até porque, a decretação de prisão preventiva
tão somente pelo fato de ter sido o réu condenado em sentença recorrível,
constituía verdadeira execução provisória de pena, o que é inadmissível.
Atualmente, com sua nova redação, o art. 387, parágrafo único determina
que o juiz, ao proferir a sentença condenatória, decida de forma
fundamentada se irá decretar ou não a prisão, bem como, já estando preso o
réu, se manterá ou não a medida.
Caso opte por decretar ou manter a prisão, deverá o juiz justificar sua
decisão apresentando fundamentos cabais da existência dos requisitos
previstos no art. 312, do CPP. Assim, pouco importa se o réu é primário,
reincidente, de bons ou maus antecedentes como estabelecida o revogado
art. 594, do CPP para permitir a apelação em liberdade. Atualmente, a
prisão antes do trânsito em julgado somente se justificará pela existência do
fumus comissi delicti e do periculum libertatis.
Tal entendimento é o que se extrai do art. 413, §3°, do CPP, que, não
obstante mantenha a possibilidade de decretação de prisão cautelar, não
basta que haja pronúncia por si só, mas deve ser verificado se estão
presentes os motivos que caracterizam o periculum libertatis, uma vez que
o fumus comissi delicti estará presente pelo simples fato de ter sido
pronunciado o acusado.
PROCESSO PENALII
AULA 15
LIBERDADE NO CURSO DO PROCESSO (LIBERDADE
PROVISÓRIA)
1. Liberdade Provisória
Além disso, a Lei 9.034/95, que trata das organizações criminosas (art. 7°),
a Lei 7.492/86, que cuida dos crimes contra o sistema financeiro punidos
com reclusão, e a Lei 7.291/84, que trata das corridas de cavalos, também
estabeleceram regras de proibição da concessão de fiança.
CASO CONCRETO 1
O mesmo ocorrerá nos casos em que, de acordo com o art. 310, p. único, do
CPP, o magistrado se convencer de que não estão presentes os motivos que
autorizam a privação cautelar da liberdade do indivíduo. Tal hipótese,
segundo parte da doutrina, é aplicável tanto para os crimes afiançáveis,
quanto para os inafiançáveis, embora, como já mencionamos, se a lei veda
o mais (fiança), estará, automaticamente, vedando o menos (sem fiança).
CASO CONCRETO 2
Nos casos em que se conceda a liberdade provisória com base no art. 310,
caput e parágrafo único, do CPP, embora o agente não pague fiança, ficará
obrigado a comparecer a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
Estabelece o art. 321, do CPP que, não sendo cominada ao delito pena
privativa de liberdade, de forma isolada ou cumulativa, ou se a pena
privativa de liberdade não ultrapassar os 3 (três) meses, o agente “se livra
solto”, independentemente do pagamento de fiança, salvo se for vadio ou
reincidente em crime doloso.
Por outro lado, segundo o mesmo autor, ainda que o indiciado/réu seja
vadio ou reincidente, embora lhe seja vedada a liberdade provisória
com fulcro no art. 321, do CPP, será plenamente admissível a
concessão do benefício na forma do art. 69, da Lei 9.099/95.
EXERCÍCIO OBJETIVO 3
3. Fiança
Fiança é a garantia prestada pelo preso ou por terceira pessoa para que se
responda ao processo em liberdade, quando a lei admitir.
EXERCÍCIO OBJETIVO 2
O valor deve ser fixado pela autoridade com base nos critérios previstos
no art. 326, do CPP, sendo permitido reduzir ou aumentar o valor levando
em conta a situação econômica do réu/indiciado (art. 325, §1°, do CPP).
EXERCÍCIO OBJETIVO 1