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SOMOS JOVENS...

QUE SONHAMOS ...


QUE AMAMOS...
QUE LUTAMOS...
QUE DEFENDEMOS
A VIDA...

QUE SOFREMOS...

QUE GRITAMOS JUNTOS...

CHEGA DE VIOLÊNCIA
E EXTERMÍNIO DE
JOVENS!
SOMOS PASTORAL DA JUVENTUDE!
“O MEU DESEJO É A VIDA DO MEU POVO.” (Es 3, 7)

PARA COMEÇO DE CONVERSA...

As Pastorais da Juventude de todo o Brasil iluminadas pelo Evangelho


estão unidas construindo um novo mundo possível, alicerçados na proposta de
Jesus Cristo.
O Jovem Jesus, exemplo de protagonismo, lutou e defendeu a vida de seu
povo, e através da sagrada escritura nos orienta à sermos sinais de vida em meio
a tanto sinais de morte, presentes em nosso dia a dia. Jesus nos convoca a
assumir a missão de sermos presenças atuantes na sociedade, agindo como
promotores, geradores e defensores da VIDA, em especial da juventude.
Sermos operários na construção de uma sociedade justa, fraterna onde
reine a PAZ não é uma tarefa fácil, é como navegar num pequeno barco em dias
de grandes tempestades, é como dirigir na contra mão em grandes rodovias, é
como ser negro, pobre e morar nas periferias.
Construir a civilização do amor é correr riscos, é acreditar fielmente num
outro mundo possível. Defender a vida, é assumir o anúncio, é afirmar a fé
encarnada em Jesus Cristo, é ser Jovem Protagonista, é amar o Jesus
Ressuscitado na pessoa de cada jovem, indiferente da sua classe, etnia, raça,
orientação sexual, gênero, seja ele do campo ou cidade, da periferia ou dos
bairros nobres. TODOS TEMOS DIREITO A VIDA.
É PRECISO TRABALHAR...

A Campanha Nacional Contra Violência e Extermínio de Jovens nasce a


partir da constatação que no Brasil a violência juvenil está em ascensão e
evidencias indicam que a violência tem raça, classe social e endereço
estabelecidos. Essa campanha converge gritos de todos os cantos desta terra,
manchada por sangue juvenil.
“A violência [...] longe de ser um tema teórico, de uma
maneira assustadoramente concreta, entra pelas casas e corpos,
ameaça a vida em todas as dimensões e vai deixando, por onde
passa, um rastro de morte e destruição.” 1 (M. Cl. L. Bingemer)

Face a uma realidade de violência que mata, marginaliza e exclui uma


expressiva parcela de jovens brasileiros, é necessário fazer acontecer essa
campanha nas nossas comunidades eclesiais, bem como nas nossas cidades, onde
atuamos como grupos de base da Pastoral da Juventude, numa percepção que o
reino de Deus , reino de vida e justiça é de todos e para todos.
Queremos convocar todos os segmentos da Igreja, Movimentos Sociais,
Sociedade Civil e Poder Público para juntos lutarmos em defesa da vida e contra
qualquer tipo de violência, no sentido de garantir o direito dos jovens a vida
digna e ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
É preciso levar a sociedade a uma reflexão aprofundada sobre violência
juvenil, suas causas e conseqüências, contrapondo a realidade nacional com a
realidade local, salientando os mais diversos tipos de violência que os jovens são
constantemente submetidos.

Podemos destacar algumas:

1
Texto extraído do livro: Jovens em tempo de pós-modernidade – considerações socioculturais e pastorais. J.B
LIBANIO. 2004. p.77
 Violência Cultural  Violência de Gênero
 Violência Política  Violência Econômica
 Violência Policial  Violência Midiática
 Violência no Trânsito  Violência na Escola
 Violência Racial  Etc...

A população precisa conhecer a realidade para sensibilizar-se e perceber


que a violência, pode morar ao lado, bem como estar presente na própria casa.
Infelizmente, perceber que ela está nos mais diversos espaços pelos quais
transitamos e fixamos todos os dias.

“Um olhar mais profundo sobre as causas da violência atinge


as dimensões sociais e civilizatórias. Críticos mais contundentes
não se acanham de denunciar uma decomposição da
civilização, dos valores, do sentido da existência. A instância
econômica é uma das geradoras de tal decadência. E nela
denunciam os dois extremos desestruturantes da vida humana.
Por um lado, a carência de bens materiais fundamentais para a
sobrevivência, por causa do modelo de desenvolvimento em
vigor. Para as vítimas do sistema, a fome, a miséria produzem
efeitos devastadores para toda a vida.”2 (J. B. LIBANIO, 2004).

Como já havíamos falado, a violência tem como principal vítima a pessoa


do jovem, como aponta a pesquisa – Mapa de Violência 2011: Os jovens no Brasil
- traz como dado quantitativo que : duas em cada três mortes de cunho
violento se concentra na fase juvenil, seja ela homicídio, suicídio ou acidente de
transporte.
Durkheim3(1996), em fins do século passado, escreveu um tratado sobre o
tema do suicídio no qual ressaltava que as taxas de suicídio representam um
excelente indicador da situação social, e que seus movimentos se encontram
fortemente relacionados a problemas gerais que afetam a conjuntura social.

2
Texto extraído do livro: Jovens em tempo de pós-modernidade – considerações socioculturais e pastorais. J.B
LIBANIO. 2004. p.85
3
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo sociológico. Lisboa: Presença, 1996.
Entendia ele que a sociedade não é simplesmente o produto da ação e da
consciência individual. Pelo contrário, as maneiras coletivas de agir e de pensar
resultam de uma realidade exterior aos indivíduos que, em cada momento, a elas
se conformam. O tratamento do crime, da violência e do suicídio como fato
social permitir-lhe-ia reabilitar cientificamente esses fenômenos e demonstrar
que a prática de um crime depende não tanto do indivíduo, senão das diversas
formas de coesão e de solidariedade social. Sendo assim há indicativos que as
diversas formas de violência configuram “tendências” que encontram sua
explicação nas situações sociais, políticas e econômicas que o país atravessa.
(DURKHEIM, 1996) e (Mapa de Violência 2011 – Os jovens no Brasil).
A partir da tabela abaixo podemos olhar para a realidade do Regional
Leste 2 (região pastoral da CNBB composta pelos Estados de Minas e Espírito
Santo) , os dados estatísticos apontam que 76,7% da mortalidade juvenil no
estado do Espírito Santo foram conseqüências de algum tipo de violência e em
Minas Gerais esse mesmo dado revela que a mortalidade juvenil de forma
violenta atinge 63%.

Estrutura da Mortalidade: Participação (%) das Diversas Causas.


Por UF e Região. População Jovem. Brasil 20084

Morte Natural Externa Total Homicídios Suicídios Acidentes Mortes


Estado transporte violentas
Espírito Santo 16,8 83,2 100 57,7 1,3 17,7 76,7
Minas Gerais 27,5 72,5 100 36,0 4,6 22,4 63,0
Fonte: SIM/SVS/MS

4
Dados extraídos da tabela: Estrutura da Mortalidade: Participação (%) das Diversas Causas. Por UF e Região
População Jovem e não jovem no Brasil, 2008. – Mapa de Violência 2011: Os jovens do Brasil. p.20.
Estrutura da Mortalidade: Participação (%) das Diversas Causas.
Por UF e Região. População Não Jovem. Brasil 20085

Morte Natural Externa Total Homicídios Suicídios Acidentes Mortes


Estado transporte violentas
Espírito Santo 84,8 15,2 100 3,9 0,1 1,2 5,2
Minas Gerais 91,3 8,7 100 1,4 0,2 0,9 2,4
Fonte: SIM/SVS/MS

Ao comparar os dados estatísticos da mortalidade da população jovem e


não jovem no Regional Leste 2, fica evidente a importância e a necessidade de
uma campanha eficiente contra violência e extermínio de jovens.

JUVENTUDE ORGANIZADA NA LUTA PELA VIDA...

Assim como a PJ é constituída através das redes dos grupos de jovens, os


quais são espaços de estímulo a formação integral da pessoa humana. Motivados
pela nossa metodologia e mística, neste momento histórico somos chamados a
“avançar para águas mais profundas” buscando ampliar e estabelecer novas
redes visando a concretização efetiva da campanha contra violência e extermínio
de jovens.
Precisamos levar nosso ardor missionário, nosso grito por vida
alimentados pela fé de Jesus, para além da nossa casa (igreja). Necessitamos
romper as barreiras, afinal ir ao encontro do diferente faz parte da construção
da civilização do amor.
Nossas iniciativas se pautam no direito e na vida da juventude.

Projeto a Juventude Quer Viver – Regional Leste 2


Texto: Bruna Monalisa Ramalho Gomes

5
Dados extraídos da tabela: Estrutura da Mortalidade: Participação (%) das Diversas Causas. Por UF e Região
População Jovem e não jovem no Brasil, 2008. – Mapa de Violência 2011: Os jovens do Brasil. p.20.

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