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CELSO ARAUJO DA SILVA

PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA


DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS

MANAUS
2006
2

CELSO ARAUJO DA SILVA

PROCESSO DE COMPROVAÇÃO METROLÓGICA


DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS

Projeto de Pesquisa apresentado ao


Curso de Pós-graduação em Exatas e Tecnológicas
da Universidade Gama Filho
Engenharia da Qualidade

Orientador : PROF°. JANDECY CABRAL LEITE, M.Sc

MANAUS
2006
3

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 3

2 REFERÊNCIAL CONCEITUAL ...................................................................................... 4


2.1 TEMA......................................................................................................................... 4
2.2 PROBLEMA .............................................................................................................. 4
2.2.1 ANTECEDENTES DO PROBLEMA ............................................................... 5
2.2.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA................................................................... 5
2.2.3 ALCANCES E LIMITES................................................................................... 5

3 HIPÓTESE ......................................................................................................................... 7

4 JUSTIFICATIVA DA INVESTIGAÇÃO ......................................................................... 8


4.1 CONTRIBUIÇÃO DA INVESTIGAÇÃO ................................................................ 8

5 DEFINIÇÃO DOS TERMOS ............................................................................................ 9


5.1 CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS EM METROLOGIA................................. 9

6 OBJETIVOS..................................................................................................................... 15
6.1.1 Geral ................................................................................................................. 15
6.1.2 Específicos........................................................................................................ 15

7 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................. 16

8 REFERENCIAL METODOLÓGICO.............................................................................. 24
8.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 24

9 REFERENCIAL CONCEITUAL .................................................................................... 25


9.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA ......... 25
9.2 RECURSOS NECESSÁRIOS.................................................................................. 26

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 27
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1 INTRODUÇÃO

Vamos supor que você tenha uma empresa no Pólo Industrial de Manaus
(PIM). Que você precisa dela para sobreviver. É dela que vem seu sustento.
O Governo Impõe que no prazo Maximo de 24 meses sua empresa deverá
implantar um sistema da qualidade baseado nas normas da série 19000 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Caso o requisito citado não seja implementado terá como conseqüência
o corte sumário de todos os benefícios fiscais do PIM. Aliado a isso os seus
correntes exploram a exposição da mídia e a nova avalanche da onda
“Qualidade” como diferencial do mercado.
O que acontece se sua empresa não reagir, não procurar também a
certificação para competir em igualdade com estas empresas concorrentes?
Tenho certeza de que a sua resposta foi trágica: – Irei à falência, terei de
fechar as portas.
O processo descrito foi exatamente o que aconteceu nos anos seguintes
a publicação do Decreto nº 783, de 25 de março de 1993. Quando as
empresas do PIM realizaram uma corrida histórica para obtenção de
certificação e adequação as normas da qualidade. É bem verdade que
algumas empresas utilizaram a oportunidade para melhoria de seus
produtos e processos. Entretanto observa-se em alguns casos que a
preocupação do atendimento aos requisitos das normas está relacionada
apenas ao cumprimento destas e a manutenção dos incentivos fiscais da
Zona Franca de Manaus (ZFM).
Talvez levados pelo ritmo imposto pela concorrência ou o pouco
conhecimento das normas alguns Itens foram menosprezados ou colocados
em níveis baixos de importância. Dentre estes o que se refere a Controle de
Equipamento de Medição, Inspeção e Ensaios o grau de importância foi
colocado tão baixo que até hoje após a versão 2000 das normas ISO 9000,
já implantada na maioria das empresas do PIM, estas confundem um
processo de confiabilidade metrológica com um simples controle de
calibrações periódicas dos instrumentos de medição do chão de fabrica.
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2 REFERÊNCIAL CONCEITUAL
Desde que foi introduzido o controle estatístico da qualidade aos
processos produtivos ficou claro que assim como “navegar” é preciso medir
e medir da melhor e mais confiável forma possível.
O assunto deste projeto de pesquisa exige que as empresas do PIM
revejam seus conceitos em relação à metrologia e até mesmo seus métodos
de medição e comprovação da qualidade de seus produtos.
Conceitos como globalização ampliam as exigências dos consumidores
que procuram produtos com índices de qualidade cada vez maiores a preço
menores.
O fato que diversas empresas utilizam unicamente os requisitos básicos
da norma ISO 9000 para criação de seus procedimentos internos,
desconhecendo em alguns casos quase que totalmente os guias e
referencias normativas para a comprovação metrológica e em particular a
NBR ISO 10012, surge o interesse e as razões para a realização deste
projeto.

2.1 TEMA

O trabalho tem como tema “PROCESSO DE COMPROVAÇÃO


METROLÓGICA DAS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS”.

2.2 PROBLEMA

O desconhecimento de requisitos específicos a metrologia dentro das


normas da série ISO 9000 e o fato de que comprovação metrológica seja
tarefa inferior e apenas consumidora de recursos.
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2.2.1 ANTECEDENTES DO PROBLEMA


A forma de gestão de um Programa de Calibrações Periódicas (PCP)
limita-se a manter as calibrações dentro do estabelecido em um cronograma
de calibração, com preocupações apenas quanto à etiquetação e lacre dos
Equipamentos de Medição (EM).
Na grande maioria os processos de calibração são controlados por
setores como manutenção e utilidade.
Os processos em geral são engessados não tendo oportunidades de
melhoria ou analise criticas, os EM são vistos de forma momentânea como
conformes ou não-conformes e ações são tomadas somente na ocorrência
da não-conformidade.
A confirmação metrológica é função que exige recursos humanos,
materiais e financeiros de monta substancial, e requer atenção especial,
embora ainda exista o mito de que a confirmação metrológica seja tarefa
inferior, a ser atribuída aos níveis de menor responsabilidade e autoridade
[Bureau Veritas do Brasil, 1994].

2.2.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA


Como conscientizar as Industrias, os técnicos da qualidade e/ou
metrológistas da importância e eficácia de se ter e manter um Processo de
Comprovação Metrológica dentro de um Sistema de Qualidade Total?

2.2.3 ALCANCES E LIMITES


Serão objetos de estudos somente as industrias do PIM de médio e
grande porte, com um numero de EM superior a 20 unidades e utilizam
laboratórios externos (terceiros) para as calibrações periódicas.
O que se buscará dentro desta pesquisa será definir um retrato da
situação atual dos processos metrológicos do PIM tabulando e identificando
o número de empresas que desconhece, ou não faz uso, de qualquer outro
guia ou norma de orientação nos processos metrológicos utilizado tão
somente um Processo de Calibrações Periódicas para atender os requisitos
básicos das Normas NBR ISO 9000:2000.
As empresas que utilizam requisitos adicionais ou que possuam um
Sistema de Comprovação Metrológica bem definido, servirá para elucidar e
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apoiar o uso dessa ferramenta como um elemento de Qualidade Total e


Melhoria continuam.
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3 HIPÓTESE
De um modo geral Empresas pertencentes ao PIM, estão mais
preocupadas em atender os requisitos básicos da norma ISO 9000 e manter
a certificação que considerar a metrologia como uma ferramenta
impulsionadora e de suporte a Qualidade Total.
Assim é formado um PCP, que em primeiro momento atendiam e
atendem os ditos requisitos básicos. Mas se torna uma armadilha que gera
dados cada vez menos confiáveis dentro do sistema da qualidade e é
mantido de uma forma tão básica que simplesmente não agrega valor ou
não é capaz de gerar oportunidades de melhorias ao Sistema da Qualidade.
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4 JUSTIFICATIVA DA INVESTIGAÇÃO
Tanto nas normas da série ISO 9000 como na QS 9000 e mais
recentemente na ISO TS 16949, o assunto Metrologia tem espaço próprio,
na primeira o enfoque é o controle dos dispositivos de medição e
monitoramento e, nas outras duas a análise de sistemas de medição
visando a melhoria contínua. Assim fica clara a importância da Metrologia
Científica e Industrial, pois ela se torna uma ferramenta fundamental no
crescimento e inovação tecnológica, promovendo a competitividade e
criando um ambiente favorável ao desenvolvimento científico e industrial em
todo e qualquer país (THEISEN, 1997).
Para Beckert e Beckert (2002) a indústria hoje precisa ser rápida
para ser competitiva. Um dos processos importante para a indústria é o
controle de dispositivos de medição e monitoramento utilizados na
produção, que deve ser executado de forma sistemática para controlar
efetivamente os sistemas de medição utilizados para garantir a qualidade de
seus processos produtivos.
Apoiado nas citações acima, este trabalho tem como justificativa fazer
um levantamento dos processos metrológicos utilizados na maioria das
industrias do PIM e promover dados e métodos para que a metrologia possa
deixar de ser vista meramente como um fornecedor do serviço de calibração
periódica para o processo produtivo. E tornando-se uma parte deste, onde
as análises críticas baseadas em comportamento e incertezas dos EM
servirão como uma forma de aumentar a lucratividade e confiabilidade do
produto.

4.1 CONTRIBUIÇÃO DA INVESTIGAÇÃO


Passar a investigar um processo que se tem uma certa consciência
de controle é quase que um desconforto para a maioria das pessoas, ao
mesmo tempo em que são levantadas dúvidas se o que se tem realmente é
um processo sob controle ou um desconhecimento dos problemas
potenciais.
A proposta é mais que melhorar o processo metrológico é torná-lo
uma atividade de suporte ao sistema da qualidade garantindo a
confiabilidade dos dados referentes ao controle das características que
determinam a qualidade do produto.
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5 DEFINIÇÃO DOS TERMOS

5.1 CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS EM METROLOGIA


Os principais conceitos utilizados na Metrologia são apresentados a
seguir. Esses conceitos estão baseados nas definições da norma NBR ISO
10012 – 1 - Requisitos de Garantia da Qualidade para Equipamento de
Medição (Nov/1993) e Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e
Gerais de Metrologia – VIM Portaria Inmetro 029 de 1995.

COMPROVAÇÃO METROLÓGICA: conjunto de operações necessárias para assegurar que


um dado equipamento de medição está em condições de conformidade com os requisitos
para o uso. [NBR ISO 10012 – 1]
Nota: 1-Comprovação metrológica normalmente inclui, entre outras atividades, calibração,
algum ajuste ou manutenção necessária e subseqüente reaferição, bem como alguma
lacração ou etiquetagem necessária.

MEDIÇÃO: Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma
grandeza. [VIM 2.1]
Observação: As operações podem ser feitas automaticamente.

METROLOGIA: Ciência da medição[VIM 2.2]


Observação: A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às
medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou da tecnologia.

MENSURANDO: Objeto da medição.Grandeza específica submetida à medição. [VIM 2.6]


Exemplo:
Pressão de vapor de uma dada amostra de água a 20oC.
Observação: A especificação de um mensurando pode requerer informações de outras
grandezas como tempo, temperatura ou pressão.

GRANDEZA DE INFLUÊNCIA: Grandeza que não é o mensurando, mas que afeta o


resultado da medição deste. [VIM 2.7]
Exemplos:
a) A temperatura de um micrômetro usado na medição de um comprimento;
b) A freqüência na medição da amplitude de uma diferença de potencial em corrente
alternada;
c) A concentração de bilirrubina na medição da concentração de hemoglobina em uma
amostra de plasma sangüíneo humano.
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EXATIDÃO DE MEDIÇÃO: Grau de concordância entre o resultado de uma medição e um


valor verdadeiro do mensurando. [VIM 3.5]
Observações
1) Exatidão é um conceito qualitativo.
2) O termo precisão não deve ser utilizado como exatidão.

INCERTEZA DE MEDIÇÃO: Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que


caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentadamente atribuídos a um
mensurando. [VIM 3.9]
Observações:
1) O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou um múltiplo dele), ou a
metade de um intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido.
2) A incerteza de medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes
componentes podem ser estimados com base na distribuição estatística dos resultados das
séries de medições e podem ser caracterizados por desvios padrão experimentais. Os
outros componentes, que também podem ser caracterizados por desvios padrão, são
avaliados por meio de distribuição de probabilidades assumidas, baseadas na experiência
ou em outras informações.
3) Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando, e
que todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos
sistemáticos, como os componentes associados com correções e padrões de referência,
contribuem para a dispersão.
Nota: Esta definição foi extraída do “Guia para Expressão de Incerteza de Medição”, no qual
sua fundamentação é detalhada (ver, em particular, o item 2.2.4 e o anexo D(10)).

ERRO (DE MEDIÇÃO): Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do


mensurando. [VIM 3.10]
Observações:
1) Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um
valor verdadeiro convencional (ver os itens 1.19 e 1.20).
2) Quando for necessário distinguir “erro” de “erro relativo”, o primeiro é, algumas vezes,
denominado erro absoluto da medição. Este termo não deve ser confundido com valor
absoluto do erro, que é o módulo do erro.

CORREÇÃO: Valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de uma medição


para compensar um erro sistemático. [VIM 3.15]
Observações:
1) A correção é igual ao erro sistemático estimado com sinal trocado.
2) Uma vez que o erro sistemático não pode ser perfeitamente conhecido, a compensação
não pode ser completa.
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INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO: Dispositivo utilizado para uma medição, sozinho ou em


conjunto com dispositivo(s) complementar(es). [VIM 4.1]
AJUSTE (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO): Operação destinada a fazer com que um
instrumento de medição tenha desempenho compatível com o seu uso. [VIM 4.30]
Observação:
O ajuste pode ser automático, semi-automático ou manual.

REGULAGEM (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO): Ajuste, empregando somente os


recursos disponíveis no instrumento para o usuário. [VIM 4.31]

AMPLITUDE DA FAIXA NOMINAL: Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma


faixa nominal. [VIM 5.2]
Exemplo:
Para uma faixa nominal de -10V a +10V a amplitude da faixa nominal é 20V.
Observação:
Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa.

FAIXA DE MEDIÇÃO:
FAIXA DE TRABALHO: Conjunto de valores de um mensurando para o qual range se
admite que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites
especificados[VIM 5.4]
Observações:
1) “Erro” é determinado em relação a um valor verdadeiro convencional.
2) Ver observação do item 5.2.

CONDIÇÕES DE REFERÊNCIA: Condições de uso prescritas para ensaio de desempenho


de um instrumento de medição ou para intercomparação de resultados de medições. [VIM
5.7]
Observação:
As condições de referência geralmente incluem os valores de referência ou as faixas de
referência para as grandezas de influência que afetam o instrumento de medição.

RESOLUÇÃO (DE UM DISPOSITIVO MOSTRADOR): Menor diferença entre indicações de


um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. [VIM 5.12]
Observações:
1) Para dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos
significativo varia de uma unidade.
2) Este conceito também se aplica a um dispositivo registrador.
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ESTABILIDADE: Aptidão de um instrumento de medição em conservar constantes suas


características metrológicas ao longo do tempo. [VIM 5.14]
Observações:
1) Quando a estabilidade for estabelecida em relação a uma outra grandeza que não o
tempo, isto deve ser explicitamente mencionado.
2) A estabilidade pode ser quantificada de várias maneiras, por exemplo: - pelo tempo no
qual a característica metrológica varia de um valor determinado; ou em termos da variação
de uma característica em um determinado período de tempo.

ERROS MÁXIMOS ADMISSÍVEIS (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO):


LIMITES DE ERROS ADMISSÍVEIS (DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO): Valores
extremos de um erro admissível por especificações, regulamentos, etc., para um dado
instrumento de medição [VIM 5.21].

PADRÃO: Medida materializada, instrumento de medição,material de referência ou sistema


de medição destinado a definir, realizar, conservar oureproduzir uma unidade ou um ou
mais valoresde uma grandeza para servir como referência. [VIM 6.1]
Exemplos:
a) Massa padrão de 1 kg;
b) Resistor padrão de 100 Ω;
c) Amperímetro padrão;
d) Padrão de freqüência de césio;
e) Eletrodo padrão de hidrogênio;
f) Solução de referência de cortisol no soro humano, tendo uma concentração certificada.
Observações:
1) Um conjunto de medidas materializadas similares ou instrumentos de medição que,
utilizados em conjunto, constituem um padrão coletivo.
2) Um conjunto de padrões de valores escolhidos Que, individualmente ou combinados,
formam
uma série de valores de grandezas de uma mesma natureza é denominado coleção padrão.
PADRÃO INTERNACIONA: Padrão reconhecido por um acordo internacional para servir,
internacionalmente, como base para intemational estabelecer valores de outros padrões da
grandeza a que se refere. [VIM 6.2]

PADRÃO NACIONAL: Padrão reconhecido por uma decisão nacional para servir, em um
país, como base para atribuir valores a outros padrões da grandeza a que se refere. [VIM
6.3]
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PADRÃO PRIMÁRIO: Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as


mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões de
mesma grandeza. [VIM 6.4]
Observação:
O conceito de padrão primário é igualmente válido para grandezas de base e para
grandezas derivadas.

PADRÃO SECUNDÁRIO: Padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrão


primário da mesma grandeza. [VIM 6.5]

PADRÃO DE REFERÊNCIA: Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica


disponível em um dado local ou em uma dada organização, a partir do qual as medições lá
executadas são derivadas. [VIM 6.6]

PADRÃO DE TRABALHO: Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar


medidas materializadas, instrumentos de medição ou materiais de referência. [VIM 6.7]
Observações:
1) Um padrão de trabalho é geralmente calibrado por comparação a um padrão de
referência.
2) Um padrão de trabalho utilizado rotineiramente para assegurar que as medições estão
sendo executadas corretamente é chamado padrão de controle.

PADRÃO DE TRANSFERÊNCIA: Padrão utilizado como intermediário para comparar


padrões. [VIM 6.8]
Observação:
A expressão “dispositiva de transferência” deve ser utilizada quando o intermediário não é
um padrão.

PADRÃO ITINERANTE: Padrão, algumas vezes de construção especial,para ser


transportado entre locais diferentes. [VIM 6.9]
Exemplo:
Padrão de freqüência de césio, portátil, operado por bateria.

RASTREABILIDADE: Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão


estar relacionado a referências estabelecidas, geralmente a padrões nacionais ou
internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
estabelecidas. [VIM 6.10]
Observações:
1) O conceito é geralmente expresso pelo adjetivo rastreável;
2) Uma cadeia contínua de comparações é denominada de cadeia de rastreabilidade.
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CALIBRAÇÃO: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a


relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição
ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os
valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. [VIM 6.11]
Observações:
1) O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do
mensurando para as indicações como a determinação das correções a serem aplicadas.
2) Uma calibração pode, também, determinar outras propriedades metrológicas como o
efeito das grandezas de influência.
3) O resultado de uma calibração pode ser registrado em um documento, algumas vezes
denominado certificado de calibração ou relatório de calibração.
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6 OBJETIVOS

6.1.1 Geral
Verificar a situação atual dos processos metrológicos do PIM de forma
a identificar os fatores e causas para que as industrias permaneçam
unicamente a manter apenas os requisitos básicos da norma ISO 9000
deixando de lado ou ignorando recomendações da própria norma para
elaboração e implementação de processos de comprovação metrológica.
Mantendo e utilizando-se tão somente do ultrapassado Programa de
Calibrações Periódicas.

6.1.2 Específicos
- Analisar as mudanças dos sistemas de qualidade que exigem das
empresas um processo mais complexo de calibração.
- Checar as verdadeiras condições dos ditos processos metrológicos do PIM.
- Registrar dados referentes às condições e aos recursos utilizados pelas
empresas do PIM para manutenção e melhoria dos processos internos de
metrologia e calibração de EM.
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7 REFERENCIAL TEÓRICO
Porque o termo melhoria continua é tão claro e forte em diversos
processos do sistema da qualidade, e embora existam normas e guias
específicos para a garantia de um processo metrológico, este parece
totalmente descriminado e condenado na maioria das organizações a
manter-se com recursos mínimos. Muitas empresas, além de não tratar a
metrologia com a devida importância, a implantação de um sistema de
comprovação metrológica tem seu custo x benefício constantemente
questionado. De acordo com Prado (2003) a decisão de implantar um
controle metrológico está condicionada ao ambiente em que a empresa
opera. Em áreas de atuação com ambientes de baixa tecnologia, esta
relação poderá ser desvantajosa. Sturion (2003) completa que ainda existem
empresas que consideram a necessidade de um controle metrológico
adequado como uma obrigação e não como uma ferramenta para garantir a
qualidade de seus serviços.
Para Sturion (2003), mesmo após a nova revisão da ISO 9000,
algumas empresas continuam cultuando a velha prática do atendimento dos
requisitos das normas apenas no papel. Isso acontece o mesmo autor,
porque a mente empresarial ainda está voltada para satisfazer apenas a
documentação perante o sistema da qualidade.
No Comércio Internacional, à medida que caem as barreiras tarifárias,
recrudescem as barreiras não-tarifárias, isto é, barreiras técnicas. Os países
desenvolvidos criam obstáculos para o consumo de produtos dos países em
desenvolvimento, questionando a confiabilidade de seu sistema metrológico
e, em última análise, a própria qualidade do produto.
Ao esclarecer e definir o “Sistema de Comprovação Metrológica para
Equipamentos de Medição” fica definido de forma significativa o real papel
da metrologia dentro de uma empresa. Dando a elas recursos tecnológicos e
competitivos através da maior precisão do processo produtivo e da redução
dos índices de incerteza.
Para as Industrias de Manaus além da política e metodologia de cada
companhia e processo produtivo. O panorama atual é em grande parte
reflexo do contexto histórico e da formação educacional do Distrito Industrial
17

Do ponto de vista histórico as normas ISO tiveram sua primeira


revisão em 1994 e a última em 2000. As normas da série ISO 9000 foram
desenvolvidas para apoiar organizações, de todos tipos e tamanhos, na
implementação e operação de sistemas da qualidade eficazes.
Com a primeira revisão da ISO 9000 entra em vigor no Brasil o
Decreto nº 783, de 25 de março de 1993. Gerando assim a obrigatoriedade
para que todas as empresas do PIM sejam certificadas.

Decreto nº 783, de 25 de março de 1993.


Fixa o processo produtivo básico para os produtos industrializados
na Zona Franca de Manaus e dá outras providências.
Art. 2º As empresas fabricantes de produtos industrializados na
Zona Franca de Manaus deverão implantar, no prazo de 24 meses, contado
da publicação deste decreto, sistema da qualidade baseado nas normas da
série 19000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Parágrafo único. Para as empresas com projetos industriais ainda
não implantados, o prazo de que trata este artigo deverá ser contado a
partir do início da produção. (Revogado pelo Decreto nº 4.401, de
1º.10.2002)

“O trabalho de calibração requer profissionais com habilidades e


conhecimentos das normas, com consciência dos procedimentos para
calibração e bons padrões de referencia” FLORENTINO(2003). O fato é que
o agente educacional é um grande diferencial entre as diversas empresas do
PIM, uma vez que a região não oferece oportunidades para o
desenvolvimento de pessoal. Assim a clareza do processo fica centralizada
em poucas companhias que disponibilizaram recursos para o treinamento de
pessoal que muitas vezes chegam a números impraticáveis para as
industrias de médio porte devido aos custos de deslocamentos e
hospedagem em outras regiões do país ou exterior somando-se ainda a
ausência por longos períodos muitas vezes do pessoal técnico ou gestor da
Qualidade.
A Metrologia, definida como a ciência da medição, tem, de acordo
INMETRO (2002), recebido muita atenção devido ao interesse de se atingir
níveis de qualidade elevados nos produtos ou serviços gerados. O controle
metrológico dos equipamentos de medição (EM) é um dos requisitos para
se obter um credenciamento do sistema de qualidade, além disso, os
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benefícios causados por um correto controle, aquisição, manuseio,


calibração e manutenção destes EM são motivos suficientes para que a
empresa implante um controle metrológico eficiente.Até pouco tempo a
Metrologia atuava no silêncio dos bastidores, provendo o endosso técnico
sem o qual a qualidade não é assegurada. Ela traduz em números a
adequação de um produto às exigências das normas ou das necessidades
do consumidor. Com a importância destacada pelas normas e pelos
governos dos países, a metrologia ganha uma nova expressão,
indispensável à decodificação do conhecimento em produtos e serviços de
qualidade. Da mesma forma, a metrologia é indispensável a qualquer
processo de controle da qualidade e está diretamente relacionada ao grau
de competitividade de um país (ALBERTAZZI, 1999; FROTA, 1999).

Norma relacionada a este tema tem papel fundamental. Neste


sentido, as nações preocupam-se em unificar conhecimentos técnicos que
envolvem a Metrologia também através de normas. Estas normas fornecem
diretrizes de trabalho para as organizações no campo da Metrologia.
Dentre as normas que estão relacionadas com a Metrologia no
contexto deste trabalho pode-se citar as que seguem:
NBR ISO 9001:2000 : De acordo com ABNT (2000), a NBR ISO 9001:2000
especifica os requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde uma organização
precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam os requisitos do
cliente e os requisitos regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do
cliente.
A versão 2000 da norma promove a adoção de uma abordagem de processo para o
desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da
qualidade para aumentar a satisfação do cliente pelo atendimento aos requisitos do cliente.
A NBR ISO 9001:2000 é divida em 4 grandes seções, que por sua vez são
subdivididas em vários requisitos, aplicando-se a metodologia conhecida como PDCA -
Plan, Do, Check, Action
A metrologia é tratada através do item 7.6 que define o controle de dispositivos de
medição e monitoramento, utilizados e necessários para evidenciar a conformidade do
produto com os requisitos determinados.
QS 9000:1998: Esta norma foi desenvolvida com o objetivo de atender
necessidades específicas da indústria automotiva (Ford Motors Company, General Motors
and DaimlerChrysler).
Ela apresenta um conjunto de requisitos dados pelas montadoras, capazes de
definir critérios para a relação com seus fornecedores.
19

Durante o desenvolver da QS 9000 foi decido que a norma ISO 9001:1994 seria
base da definição do manual QS-9000, e, portanto, adotada integralmente, reconhecendo,
assim este sistema internacional. Esta decisão é exposta no próprio manual QS-9000, que
apresenta em caracteres itálicos o conteúdo da norma ISO 9001:1994 na íntegra e em
caracteres normais os requisitos adicionais oriundos das três montadoras. A unificação e
padronização das normas e manuais de referência foram concluídas em 1994 com a
publicação da primeira edição dos “Requisitos do Sistema da Qualidade QS-9000” (HARO,
2001).
Para a metrologia o manual que se aplica é o MSA – Measurement Analisys System
- Análise de Sistemas de Medição. O manual MSA faz o seguinte questionamento: se um
processo de produção é analisado com resultados fornecidos por um determinado sistema
de medição, será o sistema de medição estatisticamente viável para essa análise?
O objetivo do manual MSA é tratar somente da influencia do processo de medição.
Então, assim como na análise de um processo de produção qualquer, no processo de
medição são utilizadas ferramentas estatísticas, pois com elas pode-se ter uma estimativa
muito próxima do resultado real da medição (INFOMETRO, 2002).
A análise dos sistemas de medição, de acordo com o MAS (2002), é feita através de
estudos da discriminação do sistema de medição, da estabilidade, da tendência, da
linearidade, da repetitividade e da reprodutibilidade.

ISO/TS 16949:2002: A principal característica da TS é que a sua


aprovação depende de um número menor de envolvidos e possui menor
número de estágios para seu desenvolvimento. Dessa forma, perde-se em
consenso, mas ganha-se em velocidade. Esse documento tem uma vida
definida. Três anos após sua publicação é necessária uma revisão, para
confirmar sua continuidade, ou não, e fazer os ajustes necessários. Uma
vez mantida, a TS terá mais três anos e uma segunda e última revisão.
Neste momento será avaliado se as condições de consenso permitem
transformá-la numa Norma Internacional (IS), ou se a mesma deve ser
desativada (MIKLOS, 2000).

Em 2002 a ISO/TS 16949 foi revisada, com o intuito de alinhar-se com a ISO
9000:2000, e também para dirimir as diferenças entre os requisitos das montadoras que
fazem parte da sua criação.
A ISO/TS 16949:2002 usa uma estrutura similar a ISO 9001:2000, com seus
respectivos requisitos suplementares.
Em relação à metrologia, além dos requisitos da ISO 9001:2000 também apresenta
a análise dos sistemas de medição.
NBR ISO/IEC 17025:2001: A norma NBR ISO/IEC 17025, que especifica os
requisitos gerais para a avaliação da competência de laboratórios de ensaios e calibrações,
20

surgiu como resultado da implementação do Guia ISO 25 e da norma EM 45001 e contém


todos os requisitos que os laboratórios de calibração e ensaios devem atender para
demonstrar que possuem um sistema de qualidade implantado e implementado, são
competentes tecnicamente e são capazes de produzir resultados válidos tecnicamente.
Ressalta-se o fato de que a certificação por meio das normas de série NBR ISO
9000 não é suficiente para que haja a garantia de que os laboratórios realizem serviços com
resultados tecnicamente válidos, portanto, para os laboratórios é necessário que seu
sistema de qualidade seja implementado em consonância com a norma NBR ISO 17025.
A norma NBR ISO/IEC 17025 possui como objetivos especificar os requisitos para a
realização de ensaio, análises ou calibrações, sendo aplicável a todas organizações que
realizem estes serviços de laboratórios de 1.ª, 2.ª ou 3.ª parte, independente do número de
pessoas ou de extensão do escopo das atividades de ensaio ou calibração.

NBR ISO 10012-1:1993: Contém os requisitos de garantia da


qualidade para uma empresa assegurar que medições sejam realizadas
com a exatidão pretendida, bem como orientações quanto à implementação
destes. Especifica as principais características do sistema de comprovação
a ser utilizado para os EM da empresa. É aplicada apenas a EM utilizados
na demonstração da concordância com a especificação (ABNT, 1993).

A NBR ISO 10012-1:1993 é citada na ISO 9001:2000 como orientação para


realização da comprovação metrológica. Os requisitos da NBR ISO 10012-1:1993 são os
seguintes:
- Generalidades;
- Equipamentos de medição;
- Sistema de comprovação;
- Auditoria periódica do sistema de comprovação;
- Planejamento;
- Incerteza de medição;
- Procedimentos de comprovação documentados;
- Registros;
- Equipamentos de medição não-conforme;
- Etiqueta de comprovação;
- Intervalos de comprovação;
- Lacre de integridade;
- Uso de serviços e produtos de terceiros;
- Armazenamento e manuseio;
- Rastreabilidade;
- Efeito cumulativo das incertezas;
- Condições ambientais;
21

- Pessoal.

Utilizando a mecânica do Processo de Calibrações Periódicas e dos


requisitos da NBR ISO 10012-1:1993 é descrita a seguir na forma de uma
tabela as principais diferenças entre os dois processos

Tabela 1: Processo de Calibração

Itens Processo de Calibrações Periódicas Comprovação Metrológica


Equipamentos -Determinar o numero de EM é -Inventar todos os EM
de Medição determinado no numero de existentes e determinada as
(EM) instrumentos utilizados dentro do incertezas (Precisão e
processo metrológico da empresa Exatidão) de cada EM.
-Identificar de forma única os EM. -Determinar quais EM serão
considerados críticos ao
processo
-Identificar, alocar e localizar
cada EM.
Monitoramento Criar planilha ou alimentar sistemas Para cada EM é designado
com informações para controle do um membro competente da
período de calibração com base em equipe para definir a
experiência ou informação do freqüência de comprovação.
fabricante. Considerando: condições
ambientais; manuseio;
armazenamento; normas
técnicas e informações do
fabricante.
Ciclo de Ciclos fixos baseados nos dados do Ciclos com períodos
Calibração monitoramento. variados que dependem das
condições atuais e
comportamento dos EM, em
relação ao histórico de
calibração ou desvio-padrão
em da incerteza do
instrumento nas ultimas
calibrações.
Seleção do Critérios técnicos e preços Critérios técnicos e preços
Laboratório de competitivos competitivos
Calibração Na grande maioria dos casos o Ulitizar criterios da norma
(Fornecedor) custo do serviço é o item NBR ISO/IEC 17025.
determinante
Critérios de Utilizar os erros máximos do Criar e utilizar erros
aceitabilidade processo produtivo ou o permissíveis de acordo com
determinado pelo próprio fornecedor o processo envolvido
de serviço utilizando métodos
estatísticos e a incerteza
total das medições.
22

A palavra mecânica é usada intencionalmente de forma a evidenciar


um processo rígido e engessado que ocorre muitas vezes de maneira
impensada, que realizado apenas para cumprir um requisito da norma.
Uma das “armadilhas” do PCP é fato do laboratório de calibração ser
selecionado por uma pessoa que não participa do processo metrológico
onde na grande maioria dos casos preocupa-se unicamente com o valor
monetário da transação não levando em contas pontos técnicos decisivos na
definição do fornecedor como qualidade, rastreabilidade, padrões de
trabalho, credenciamentos, certificações, pessoal técnico e outros.
Na finalização do processo o certificado é recebido e o processo de
calibração torna-se algo pontual a qualidade a que o EM esta relacionada é
banalizada considerando apenas o que o laboratório externo determina EM
Conforme ou Não-Conforme e as condições do instrumento não levando em
conta o histórico deste EM e a Incerteza das medições no processo.
Na Comprovação metrológica as necessidades do cliente vão além de
simplesmente calibra seu instrumento é necessário avaliar as grandezas que
estão sendo medidas e determinar a incerteza (precisão e exatidão) do EM.
No momento da implantação do sistema deve-se prever a sistemática
para aquisição ou inclusão de novos EM.
Pode-se afirmar que muitas etapas do processo não foram descritas,
mas o simples fato de nomear um processo de comprovação ou
comprovação metrológica com o termo calibração, por si só já demonstra um
claro desconhecimento da norma ou do vocabulário atual.

A grande questão é que, ainda hoje, encontramos algumas


pessoas em indústrias e em vários laboratórios entendendo que a
calibração significa "ajustar" o instrumento, de modo que este passe a medir
com erro zero. O que é um grave equívoco. A calibração e o ajuste são
conceitos distintos e não podem ser confundidos. O ajuste é realizado
somente depois da realização da calibração. Outra questão é que nem
todos os instrumentos podem ser ajustados. Da mesma forma, algumas
medidas materializadas podem ser ajustadas e outras não. Existem
massas-padrão que podem ser ajustadas, acrescentando-se ou retirando-se
massa da mesma. Outras, no entanto, não podem ser ajustadas. Isto posto,
verificamos que todos os padrões de comprimento podem ser calibrados,
23

mas em geral não podem ser ajustados; pois como vamos alterar o
comprimento de um padrão de comprimento?
O importante é entendermos que um ajuste pode, por melhor que
o mesmo tenha sido realizado, "deixar" erros de indicação residuais nos
instrumentos de medição. Estes erros são relatados nos certificados de
calibração e podem ser significativos para o usuário, conduzindo-o a
correção dos mesmos.Medeiros (2005)
24

8 REFERENCIAL METODOLÓGICO
Este trabalho será desenvolvido por meio de uma pesquisa no PIM
com utilização de questionários tendo como publico alvo técnico da
qualidade, metrologistas ou pessoas responsáveis pelo processo
metrológico ou de calibração.
O questionário será elaborado com 11 questões com respostas do
tipo "fechadas" e uma questão do tipo "aberta". Este estudo inédito será a
base de dados para um registro do perfil claro de como é a situação atual do
processo de calibração das industrias de PIM e o que pensam os usuários
dos Laboratórios de Calibração de Manaus (LBM)
Serão abordos pontos como critérios para seleção de laboratórios de
calibração, conhecimento das normas técnicas, utilização de sortware para
manutenção e controle dos EM e o que desejam os usuários dos LMB.

8.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


O presente trabalho monográfico desenvolve-se fundamentado em
uma pesquisa de campo envolvendo:
Levantamento de dados através de questionários com uma
formulação baseada nos Itens de atendimento as normas ISO 9000 e
Requisitos de garantia da qualidade para EM.
A análise e tabulação dos dados coletados, contendo as informações
que foram obtidas e a averiguação das questões envolvendo as instituições,
professores e
25

9 REFERENCIAL CONCEITUAL
Abaixo, seguem-se o cronograma de execução e apresentação da
pesquisa e previsão de recursos necessários à execução do projeto de
pesquisa.

9.1 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

Tabela 2: Cronograma de execução e apresentação da pesquisa

PERÍODO
ATIVIDADES OUTUBRO
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
PREPARAÇÃO DO
X X X
PROJETO DE PESQUISA
REFORMULAÇÃO DO
X
PROJETO DE PESQUISA
LEVANTAMENTO E
SELEÇÃO DA X X
BIBLIOGRAFIA
LEITURA DA
X X
BIBLIOGRAFIA
FICHAMENTO DA
X
BIBLIOGRAFIA
ANÁLISE CRÍTICA DA
X
BIBLIOGRAFIA
ELABORAÇÃO DO
REFERENCIAL X
CONCEITUAL
ELABORAÇÃO DO
X
REFERENCIAL TEÓRICO
ELABORAÇÃO DO
REFERENCIAL X
METODOLÓGICO
ELABORAÇÃO DA
APRESENTAÇÃO E
ANÁLISE DE X X
RESULTADOS/
CONCLUSÃO
ELABORAÇÃO DO
X X
RESUMO E ANEXOS
ELABORAÇÃO DA
X X
INTRODUÇÃO
ELABORAÇÃO DO
QUESTIONÁRIO PARA X X
PESQUISA
DIGITAÇÃO X X X X X

REVISÃO X X

APRESENTAÇÃO FINAL X
26

9.2 RECURSOS NECESSÁRIOS


Devido ao caráter puramente didático os recursos necessários à execução
do projeto de pesquisa não serão listados ou contabilizados.
27

REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Decreto nº


783, de 25 de março de 1993.

Bureau Veritas do Brasil. Confirmação Metrológica Aplicada à Série ISO


9000, Divisão de Consultoria em Qualidade (DCQ), 1994.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO


10012 – 1: Requisitos de garantia da qualidade para equipamentos de
medição – Parte 1: Sistema de comprovação metrológica para equipamento
de medição 1993.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO


9001 - Sistema de gestão da qualidade – Requisitos, 2000.

THEISEN, A.M.F., Fundamentos da Metrologia Industrial: Aplicação no


processo de certificação ISO 9000. Porto Alegre, 1997, 204p.

BECKERT, S. F. & BECKERT, J. I. Gerenciando os instrumentos de


medição. Revista Metrologia e Instrumentação, n. 14, p. 14-21, out/2002.

STURION, W. Qualidade industrial: Uma questão de valores. Revista


Metrologia e Instrumentação, n. 18, fev/2003.

INMETRO. Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de


Metrologia – VIM Portaria Inmetro 029 de 1995.

HARO, D. G. Sistemas da qualidade na indústria automobilistica: uma


proposta de auto-avaliação unificada. Dissertação de Mestrado. Programa
de Pós -Graduação em Engenharia de Produção. UFRGS. Porto Alegre,
2001. 134p.
28

MSA - Measurement Systems Analysis, 3 ed.,DaimierChrysier Corporation,


Ford Motor Company and General Motors Corporation, 2002, 225 p. (parte
integrante da QS 9000)

INFOMETRO. Disponível em:


http://www.infometro.hpg.ig.com.br/PD1A.htm/>. Acesso em
23/10/2002.

MIKLOS, M. Verdades e mitos dessa nova norma, Revista Banas Qualidade,


nº 97, p.60, Jun/2000.

NBR ISO/IEC 17025: Requisitos gerais para a competência de laboratórios


de ensaio e calibração. Rio de Janeiro, 2001.

PIZZOLATO, MORGANA & CATEN, CARLA S. TEM. - Comprovação


metrológica de empresas da região, Revista METROLOGIA-2003, set/2003

MORAIS, MICHELE SANTOS DE. O processo de ensino-aprendizagem de


pessoas portadoras de deficiência visual na nova concepção de inclusão do
ensino médio. 2006. Projeto de pesquisa (Licenciatura Plena em Letras)
Centro Universitário Nilton Lins. 2006

BORCHARDT, MIRIAM - Implantação de um sistema de confirmação


metrológica. 1999. Dissertação (Programa de Pós-graduação em
Engenharia de Produção) Universidade federal do Rio grande do Sul -
Escola de Engenharia 1999

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