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Aprendendo a aprender

Escrito por Raúl Candeloro


Qua, 21 de Janeiro de 2009 18:47 -

Já aconteceu de você ligar o carro e sair andando, só para descobrir mais tarde que o freio de
mão estava puxado? O sociologista Kurt Lewin desenvolveu um conceito chamado “Análise
das Forças de Campo”. Desta forma, ele descreve dois tipos de força: forças de freio (que
desencorajam avanços) e forças de aceleração (que encorajam o avanço).

Algumas pessoas passam pela vida com o freio de mão puxado, presas, com atitudes de
procrastinação, medo e pensamentos negativos. Outras pessoas soltam o freio e avançam –
de maneira positiva, lógica e confiante. Destes dois tipos, quem você acha que é mais feliz e
vitorioso?

Al Siebert, autor de The Survivor Personality (A Personalidade do Sobrevivente, ainda sem


tradução no Brasil), descobriu que os sobreviventes (pessoas que se envolvem sem querer em
grandes desastres) ganham forças com a adversidade. “É a forma que uma pessoa reage às
situações que determina sua sobrevivência”, diz Siebert. As características de alguém com
grandes chances de sobreviver num desastre são:

1 - Flexibilidade: a capacidade de se adaptar sem quebrar.


2 - Senso crítico: uma grande vontade de que as coisas funcionem corretamente. Pouca
tolerância a coisas que estão erradas.
3 - Empatia: capacidade de identificar os sentimentos, pensamentos e atitudes das outras
pessoas.
4 - Criatividade: a habilidade de resolver problemas usando a imaginação.
5 - Resistência: o poder de voltar a ficar em pé, mesmo quando derrubado várias vezes.
6 - Curiosidade: vontade de saber, aprender e compreender.

Note que estas mesmas características podem perfeitamente descrever uma pessoa de
sucesso. Aliás, todo mundo concorda que o mundo está mudando, mas o que é realmente
necessário saber para obter o sucesso? Além da resistência (já falamos antes sobre o
“Quociente de Adversidade”), talvez o mais importante de tudo seja a curiosidade – o aprender
a aprender. Como disse James Michener, “os mestres na arte de viver fazem poucas distinções
entre emprego e diversão, entre trabalho e lazer, entre mente e corpo. Eles simplesmente
perseguem a visão de excelência no que quer que seja que decidam fazer, deixando os outros,
espectadores, decidir se estão trabalhando ou se divertindo. Para os mestres, essas duas
coisas estão sempre juntas.”

Vejamos então algumas dicas para você checar seu freio de mão, desenvolver o “aprender a
aprender”, e tornar-se um mestre no que faz:

- Valorize conhecimentos ‘não técnicos’: Se o futuro é menos previsível do que era antes,
habilidades lógicas e analíticas já não são mais suficientes para garantir o sucesso. Num
ambiente de incertezas, a imaginação e a flexibilidade passam a ter cada vez mais valor. Por
isso, estudos ‘sociais’ são cada vez mais relevantes: assuntos com filosofia, história e literatura
nos ensinam a interpretar uma informação e argumentar a favor ou contra um ponto de vista.
Na verdade, ‘pensar diferente’ muitas vezes não é nada mais do que reagrupar conhecimento
de novas formas. Mas para isso é necessário ter esse conhecimento antes.

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- Questione – procure novos ângulos: Ser curioso e questionador é algo pouco enfatizado nas
escolas – e muito menos nas empresas. Sindri Anderson, que já foi diretora de treinamento e
desenvolvimento da Levi Strauss & Co., cita casos em artigo da revista Fast Company de
treinamento em boates, galerias de arte, onde quer que seus clientes estivessem. Armados de
câmeras digitais e gravadores, os gerentes de produto da empresa coletavam informações
diretamente na fonte. Não dá para pedir criatividade dos seus funcionários se o treinamento é
feito sempre igual, quadradinho, numa sala sem janelas, com ar-condicionado e luz artificial.
Como diria um filósofo empresarial, você tem que sair e deixar as oportunidades atingi-lo.

- Sintonia fina constante: Aprender deixou de ser um evento. Tanto que os departamentos de
RH antes pensavam em número de bundas na cadeira, em alguma sala de treinamento da
empresa ou hotel. O treinamento era dado e pronto – que venha a próxima turma.
Continuidade, nem pensar – não havia nem tempo nem dinheiro para isso. Mensuração de
resultados práticos somente em casos raríssimos.

Numa fábrica você não fica esperando que um produto defeituoso chegue ao final da linha de
produção para ser rejeitado. Existem vários controles de processo que avisam ao menor sinal
de desvio. Mas nossa educação não tem sido assim. Na empresa, o treinamento estará
diretamente vinculado a resultados. Assim, a forma de medir o sucesso do treinamento estará
diretamente relacionada a resultados financeiros ou de performance. Cursos que não se
traduzam em satisfação do cliente, lucro, crescimento ou retenção de talento (diminuição do
turn over) serão cada vez menos estimulados.

- Prefira a substância: Você tem que entender de tecnologia. Sem dúvida alguma, grandes
novidades serão lançadas nos próximos anos que revolucionarão a maneira pela qual
aprendemos – a forma em que processamos, arquivamos e posteriormente utilizamos as
informações arquivadas. Mas cuidado: todos temos a tendência a apaixonar-nos pelo ‘brilho’ –
pelo que está na moda, pelo que todo mundo está comentando. Todavia, na hora de trabalhar
realmente, as pessoas não querem brilho – querem conteúdo, substância, conhecimento – de
preferência, organizado de forma que a informação sendo procurada seja encontrada de
maneira fácil e rápida.
Muita gente enfatiza mais as ferramentas caras do que os resultados. O segredo é aproveitar
a quantidade enorme de ‘consultores’ disponíveis gratuitamente: seus colegas, a Internet, listas
de discussão. E o melhor de tudo é que essas ferramentas gratuitas permitem a atualização
contínua – é fácil saber o que está funcionando e o que não está. Importante mesmo é
aprender.

- Comunicação eficaz: Quando problemas surgem numa empresa, raramente é porque não
existia informação suficiente, e sim porque ela não foi comunicada corretamente. Por isso é
fundamental saber trabalhar em grupo: além de saber trabalhar com a informação e usá-la para
tomar decisões, você precisa também entender as perspectivas das outras pessoas - como
elas se comunicam e como tomam decisões

- Conhece a ti mesmo: Você conhece suas fraquezas? Você está disposto a aceitá-las e
admiti-las? O que tem freado sua vida, impedindo-o de viver exatamente da forma que
gostaria? Quando você é honesto consigo mesmo sobre suas fraquezas, e está disposto a

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dedicar-se a trabalhar para melhorá-las, você acaba trilhando o caminho para o sucesso. Faça
as perguntas certas, entenda o problema completamente e explore o máximo de soluções
possíveis que puder.

Para terminar, uma lista de máximas, retiradas de “An Incomplete Manifest for Growth, de
Bruce Mau”, publicadas originalmente na revista Fast Company (www.fastcompany.com):

1 - Deixe os eventos mudarem você: Você deve estar disposto a crescer. Crescer é diferente
de algo que acontece com você: você produz o crescimento. O pré-requisito para o
crescimento é estar aberto para as experiências de novos eventos e a disposição para ser
transformado por eles.
2 - Capture acidentes: a resposta errada é uma resposta certa procurando uma pergunta
diferente. Colecione respostas erradas como parte do processo de aprendizagem. Depois faça
perguntas diferentes.
3 - Faça perguntas estúpidas: O crescimento é alimentado pelo desejo e pela inocência. O
importante é a resposta, não a pergunta. Imagine passar pela vida aprendendo na velocidade
em que aprendem as crianças.
4 - Coloque-se nos ombros de alguém: Você pode viajar muito mais longe carregado pelas
conquistas daqueles que vieram antes de você. E a vista é muito melhor.
5 - Repita-se: Se gostou, faça de novo. Se não gostou, experimente mais uma vez.
6 - Crie novas palavras: Novas condições exigem novas maneiras de pensar. Novos
pensamentos exigem novas formas de expressão. Novas expressões criam novas condições.
7 - A criatividade não depende de artefatos: Esqueça tecnologia. Pense com seu cérebro.
8 - Viaje: O mundo é muito maior do que a tela da sua TV, ou a Internet.
9 - Cometa erros mais rapidamente: Esta idéia é emprestada, provavelmente do Andy Grove.
10 - _____________________ : Esta nós deixamos intencionalmente em branco. Deixe
sempre um lugar para suas novas idéias, e as novas idéias das outras pessoas também.

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