Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Julho – 2009
Joaçaba - SC
EUDISLAINE FONSECA DE CARVALHO
Joaçaba
2009
2
AGRADECIMENTOS
Ao Promotor de Justiça Dr. Márcio Conti Junior por ter viabilizado as coletas no Rio
do Tigre.
3
RESUMO
4
apresenta-se em estado critico na zona urbana do município de Joaçaba, estando mais
controlada na zona rural. Esta situação é devida ao lançamento de esgotos domésticos in
natura, principalmente na região da Avenida XV de Novembro.
5
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
6
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Valores de IQA para os seis pontos nas sete amostragens realizadas...............28
Gráfico 3 Média dos valores de DBO nos seis pontos amostrados ..................................35
Gráfico 8 Média da concentração de óleos e graxas nos seis pontos amostrados ............39
7
LISTA DE TABELAS
Tabela 7 Índice pluviométrico no dia anterior, no dia da coleta e após a coleta .............26
8
LISTA DE MAPAS
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................11
3 METODOLOGIA ...............................................................................................................23
5 CONCLUSÃO .....................................................................................................................41
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................42
10
1 INTRODUÇÃO
O Rio do Tigre nasce no município de Catanduvas – SC, passa pela zona rural do
município de Joaçaba e deságua no Rio do Peixe, na área urbana da cidade de Joaçaba. Sua
bacia possui uma área de 58,55 km2, com extensão de 29,6 km. Em sua trajetória recebe
efluente doméstico, agrícola e industrial (AZZOLINI, 2002).
O Índice de Qualidade das Águas (IQA) tem como objetivo comunicar a qualidade de
um determinado corpo hídrico aos atores institucionais de uma bacia hidrográfica sejam eles a
população, as prefeituras, os órgãos de controle ambiental, os comitês das bacias
11
hidrográficas, as organizações não-governamentais, entre outros. Desse modo, o índice de
qualidade das águas colabora na construção de um sistema de suporte à tomada de decisão em
uma bacia hidrográfica (CETESB apud da SILVA, JARDIM, 2006).
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
O Rio do Tigre apresenta uma altitude máxima de 1.013 m e mínima de 472 m e uma
extensão em linha de 17 km.
Uma segunda consideração refere-se às edificações rurais dentro das zonas ripárias,
13
em localização irregular são doze pocilgas (3.895 m²), vinte e oito aviários (30.097 m²),
quarenta e nove casas (6.400 m²) e sessenta e oito edificações (8.491 m²).
Até 2007, o Rio do Tigre era classificado como classe 3 de acordo com a Portaria 24
de 1979 do Governo do Estado de Santa Catarina. Esta portaria foi revogada pela Resolução
CERH No 003/2007, ficando o rio como classe 2.
Com o intuito de desenvolver um indicador que, por meio dos resultados das análises
físicas, químicas e biológicas, pudesse fornecer ao público em geral um balizador da
qualidade das águas de um corpo hídrico, foi desenvolvido o Índice de Qualidade de Água
(IQA).
14
O IQA foi desenvolvido pela National Sanitation Foundation (NSF), dos Estados
Unidos, através de pesquisa de opinião junto a vários especialistas da área ambiental, quando
cada técnico selecionou, a seu critério, os parâmetros relevantes para avaliar a qualidade das
águas e estipulou, para cada um deles, um peso relativo na série de parâmetros especificados.
O tratamento dos dados da mencionada pesquisa definiu um conjunto de nove parâmetros
considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas: oxigênio
dissolvido, coliformes fecais, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrato, fosfato total,
temperatura da água, turbidez e sólidos totais. A cada parâmetro foi atribuído um peso, de
acordo com a sua importância relativa no cálculo do IQA, conforme tabela 1, e traçadas
curvas médias de variação da qualidade das águas em função da concentração do mesmo
(REIS, 2007). Sendo assim o IQA é um facilitador na interpretação geral da condição de
qualidade dos corpos de águas indicando o grau de contaminação das águas devido aos
materiais orgânicos, fecais, nutrientes e sólidos, que são geralmente indicadores de poluição
causada pelos dejetos.
15
Tabela 2: Classificação da qualidade das águas
52 – 79 Boa Verde
20 - 36 Ruim Vermelha
16
preponderante nos rios.
17
Carvalho et al. (2000), por meio do Índice de Qualidade de Água, avaliaram os riscos
da intensa atividade pecuária e agrícola na potabilidade e balneabilidade de corpos aquáticos,
nas microbacias do Ribeirão da Onça e do Feijão na região oeste do Estado de São Paulo. As
coletas de água foram feitas sazonalmente, com duas amostragens durante o verão e duas
amostragens durante o inverno. Esta variação revelou melhor qualidade de água no período de
inverno, tendo a precipitação como principal fator de alteração da qualidade de água nos
ribeirões. As análises estatísticas dos parâmetros físico-químicos foram feitas com a média
das variáveis para representar a porção final de cada ribeirão, já que análises por pontos de
amostragens não apresentam resultados estatísticos significativos. Também foi considerado
que o IQA ainda é um índice aproximado, cujo cálculo não considera outros contaminantes
potenciais e, portanto não atinge uma abordagem multidimensional, limitando seu poder de
discriminação.
Bilich e Lacerda (2005) avaliaram a qualidade da água nos trinta pontos de captação
do Distrito Federal. Para cada ponto de captação, por ano e por mês calculou-se a média
aritmética simples dos valores do IQA, utilizando os seguintes parâmetros e seus respectivos
pesos: coliformes fecais (0,2), turbidez (0,15), cor (0,1), amônia (0,15), ferro (0,15), cloreto
(0,1), pH (0,05) e Demanda Química de Oxigênio- DQO (0,1). O padrão de qualidade foi
considerado Bom com poucas alterações ao longo dos dez anos estudados. Os autores
verificaram piora na qualidade da água na estação verão, que compreende o período de chuva.
18
comparar o desempenho das estações por meio de uma metodologia que transcenda o simples
atendimento ao padrão de potabilidade. Os parâmetros incluídos no índice foram divididos em
seis grupos conforme processo ou operação unitária do tratamento convencional de água:
mistura rápida, floculação, sedimentação, filtração, desinfecção e operação. A partir dos
pesos atribuídos aos parâmetros foi determinado o peso de cada grupo para o desempenho
eficiente do tratamento. O motivo desta divisão em grupos foi a possibilidade de se ter um
índice para o tratamento como um todo, formado a partir de índices de cada processo ou
operação.
19
objetivo avaliar a qualidade da água de irrigação do arroz pré-germinado, realizando-se a
determinação de parâmetros físico-químicos da qualidade da água, na entrada e na saída das
áreas, tais como: turbidez, pH, condutividade, oxigênio dissolvido, demanda química de
oxigênio (DQO), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), fosfatos e nitrogênio total.
Calculou-se o índice de qualidade de águas de Bascarán (IQA b ), que proporciona o valor
global de qualidade da água, ao incorporar valores individuais de uma serie de parâmetros
(Rizzi, 2001). Observou-se de modo geral, que a qualidade da água de irrigação variou de
desagradável à imprópria.
Com o objetivo de estudar a qualidade das águas do ribeirão Ubá, que esta sendo
afetada pelas atividades antrópicas, Carvalho, Ferreira e Stapelfeldt (2004), procuraram
avaliar o grau de poluição hídrica causada pelas indústrias de móveis, principal atividade
industrial da cidade de Ubá, tendo como base a analise dos parâmetros físico-químicos
quantificados. A determinação de outros parâmetros além dos estabelecidos pelo IQA é muito
importante, pois eles podem indicar um grau de poluição não observado pelo cálculo de IQA.
Assim, por exemplo, a análise de zinco é importante, pois um dos constituintes utilizados para
o acabamento da madeira possui, em sua formulação, esse elemento. Constatou-se que, a
partir da entrada da cidade, bem como à montante desta, a água do ribeirão Ubá é de má
qualidade, sofrendo tanto a poluição por esgotos domésticos quanto por efluentes industriais.
Onde o IQA PVA corresponde ao índice de qualidade das águas para proteção da vida
aquática, Amônia total n é a concentração normalizada da amônia total e o OD n é a
concentração normalizada do oxigênio dissolvido. Nesta equação o valor numérico do
IQA PVA é o menor valor normalizado das variáveis amônia total e oxigênio dissolvido.
Tabela 4: Curvas de normalização para amônia total e oxigênio dissolvido, com os respectivos valores de
normalização e estados da qualidade.
Estados da
Ótima Boa Regular Ruim Péssima
qualidade
Fator de
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
normalização
Amônia total
<0,01 <0,05 <0,10 <0,20 <0,30 <0,40 <0,50 <0,75 <1,0 <1,25 >1,25
(mgNH 3 .L-1)
OD* (mg.L-1) ≥7,5 >7,0 >6,5 >6,0 >5,0 >4,0 >3,5 >3,0 >2,0 ≥1,0 <1,0
*OD = Oxigênio Dissolvido
Fonte: da SILVA e JARDIM (2006)
Os estados de qualidade foram estabelecidos com base nas faixas usadas pela
CETESB para seu IQA, Tabela 1.
21
(comprimento e peso), o comportamento, os tecidos (mudanças patológicas nos tecidos das
brânquias, rins e fígados dos peixes) e alterações bioquímicas e fisiológicas (da SILVA e
JARDIM, 2006).
Os autores consideram que o índice proposto, IQA PVA , mostrou-se capaz de comunicar
a qualidade das águas do Rio Atibaia quando em comparação com os índices utilizados pela
CETESB (IQA e IVA), revelando, contudo, uma capacidade de refletir de modo mais
acentuado a presença poluidora do esgoto doméstico na bacia do Rio Atibaia.
22
4 METODOLOGIA
Pontos de Amostragem
23
Tabela 6: Parâmetros físicos-químicos e microbiológicos e metodologias utilizadas.
pH Método potenciométrico
O cálculo do Índice de Qualidade de Água (IQA) foi realizado de acordo com IQA-
NSF modificado pela CETESB e o Índice de Qualidade de Água para Proteção da Vida
Aquática (IQA PVA ) de acordo com da Silva e Jardim (2006).
Para organização dos dados e realização dos cálculos dos índices utilizou-se o
programa EXCELL.
24
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
25
Tabela 7: Índice pluviométrico no dia anterior, no dia da coleta e após a coleta
Índice pluviométrico, mm
Data da coleta Dia anterior Dia da coleta Após a coleta
3/12/2009 0 13,6 3,2
4/2/2009 2,1 6,4 5,5
2/3/2009 6,1 0,3 5,5
1/4/2009 0 0 0
22/4/2009 0 23,5 4,4
22/5/2009 0 0 0
17/6/2009 28 9 0
Fonte: SIMAE
O IQA PVA e IQA-NSF foram calculados para os seis pontos. Os valores médios
utilizados para o cálculo do IQA são apresentados no Apêndice 1. Os conceitos utilizados
para a qualificação do IQA e do IQA PVA foram determinados de acordo com as Tabelas 2 e 4,
respectivamente.
Na Tabela 8 são apresentados as concentrações de amônia e de oxigênio dissolvido
(OD) e seus respectivos fatores de normalização (FN), valor de operador mínimo, e valores de
IQA PVA e IQA.
26
Tabela 8: Comparação entre os índices de qualidade IQA PVA e IQA para os seis pontos amostrados no Rio do
Tigre.
Ponto dez/08 fev/09 mar/09 abr/09 abr/09 mai/09 jun/09
Amônia (mgNH 3 .L-
1
) 0 0 0 0,1 0 0 0,12
FD - amônia 100 100 100 80 100 100 70
-1
OD (mg.L ) 4,82 4,18 4,95 6,36 5,47 5,66 5,53
1 FD - OD 50 50 50 70 60 60 60
Operador mínimo 50 50 50 70 60 60 60
IQAPVA regular regular regular boa boa boa boa
63 64 60 54 57 63 68
IQA
boa boa boa boa boa boa boa
Amônia (mgNH 3 .L-
1
) 0,05 0,1 0,07 0,05 0,25 0,05 0,2
FD - amônia 90 80 80 90 60 90 70
-1
OD (mg.L ) 8,97 8,31 7,88 8,1 7,56 9,39 7,29
2 FD - OD 100 100 100 100 100 100 100
Operador mínimo 90 80 80 90 60 90 70
IQAPVA ótima ótima ótima ótima boa ótima boa
62 66 58 ------ 53 64 56
IQA
boa boa boa ------ boa boa boa
Amônia (mgNH 3 .L-
1
) 0,05 0,3 0,07 0,06 0,12 0,07 0,3
FD - amônia 90 60 80 80 70 80 60
-1
OD (mg.L ) 8,89 8,51 7,85 8,03 7,63 9,38 7,45
3 FD - OD 100 100 100 100 100 100 100
Operador mínimo 90 60 80 80 70 80 60
IQAPVA ótima boa ótima ótima boa ótima boa
------* 57 61 ------ 56 65 54
IQA
------ boa boa ------ boa boa boa
Amônia (mgNH 3 .L-
1
) 4,8 1,5 0,7 6 1 11 5,5
FD - amônia 0 0 30 0 20 0 0
-1
OD (mg.L ) 9 8,52 7,8 7,12 7,15 8,97 7,47
4 FD - OD 100 100 100 90 90 100 90
Operador mínimo 0 0 30 0 20 0 0
IQAPVA péssimo péssimo ruim péssima ruim péssimo péssimo
------ 42 50 ------ 41 30 44
IQA
------ regular regular ------ regular regular regular
*------ Não obteve-se resultados.
Fonte: o autor.
27
Tabela 8 (continuação): Comparação entre os índices de qualidade IQA PVA e IQA para os seis pontos amostrados
no Rio do Tigre.
Ponto dez/08 fev/09 mar/09 abr/09 abr/09 mai/09 jun/09
Amônia (mgNH 3 .L-
1
) 1,2 2 0,27 0,3 0,4 1 4
FD - amônia 10 0 60 60 50 20 0
-1
OD (mg.L ) 8,45 8,31 7,61 7,7 7,08 8,92 7,23
5 FD - OD 100 100 100 100 90 100 90
Operador mínimo 10 0 60 60 50 20 0
IQAPVA péssimo péssimo boa boa regular ruim péssimo
------ 51 43 ------ 40 50 42
IQA
------ regular regular ------ regular regular regular
Amônia (mgNH 3 .L-
1
) 1,2 2,5 3 6 2 25 4
FD - amônia 10 0 0 0 0 0 0
6 OD (mg.L-1) 7,9 7,27 4,46 2,38 5,09 6,03 7,21
FD - OD 100 90 50 20 60 70 70
Operador mínimo 10 0 0 0 0 0 0
IQAPVA péssimo péssimo péssimo péssimo péssimo péssimo péssimo
43 43 30 20 30 30 35
IQA
regular regular ruim ruim ruim ruim ruim
*------ Não obteve-se resultados.
Fonte: o autor.
Pelos dados da tabela 8 e dos gráficos 1 e 2, os índices IQA PVA e IQA, de modo geral,
apresentaram um comportamento similar no que se refere ao estado de qualidade. Os
resultados apontam para índices de menores valores à medida que se caminha da nascente
para a foz do Rio do Tigre.
28
Gráfico 1: Valores de IQA para os seis pontos nas sete amostragens realizadas
Gráfico 2 – Valores de IQA PVA para os seis pontos nas sete amostragens realizadas
Para os pontos 1, 4, 5 e 6 observou-se maior degradação indicada pelo índice IQA PVA .
De acordo com da Silva e Jardim (2006) a maior degradação da qualidade da água mostrada
pelo IQA PVA pode ter sua justificativa na ausência do efeito eclipse e pelas variáveis que o
compõem, permitindo com isto uma resposta mais sensível desse índice à forte presença do
esgoto doméstico in natura, rico em amônia e matéria orgânica.
Para os pontos 2 e 3 não se observou esta relação. Estes resultados podem ser devido a
uma boa oxigenação do rio nesta região, associado a baixa concentração de nitrogênio
amoniacal.
29
Constatou-se que o ponto 1, localizado na nascente do rio do Tigre, apresentou
menores valores de IQA PVA que os pontos 2 e 3. O responsável por estes resultados foi a
baixa concentração de oxigênio dissolvido, devido a nascente estar protegida, como pode ser
observado na Fotografia 1. A caixa que protege a mesma apresenta-se fechada durante todo o
tempo, a água armazenada escorre por uma abertura na parte inferior. Devido a pequena
quantidade de água escoada a coleta não pode ser realizada fora desta caixa.
17-6-2009 03-12-2008
30
Nesta região se localizam vários suinocultores, e em algumas coletas realizadas,
principalmente no ponto 3, pode-se constatar um odor característico de suínos. A presença de
espumas também foi observada (fotografia 3 - direita), podendo estar associada a presença de
detergentes e uma maior turbulência do rio neste ponto.
21-5-2009 17-6-2009
31
Fotografia 4: Ponto 4 – Vila Pedrini. 17-6-2009
O ponto 5 apresentou, em média, maiores valores de IQA e IQA PVA que os pontos 4 e
6, o que pode ser devido a sua maior largura e vazão neste ponto, o que auxilia na auto
depuração do Rio do Tigre. A fotografia 5 apresenta o local da coleta no ponto 5.
Neste trabalho, verificou-se que o ponto 6, localizado após a prefeitura, obteve um alto
índice de coliformes totais e termotolerantes, DBO, surfactantes aniônicos, óleos e graxas e
fósforo total. Em toda Avenida XV de Novembro, existe grande número de moradias, postos
de gasolina, restaurantes e lojas nas margens do Rio do Tigre, como pode ser observado na
Fotografia 6 (à direita).
32
22-4-2009 17-6-2009
Nos anos de 2005 e 2007 um levantamento nos bairros de Joaçaba foi realizado para
identificar quem estava lançando esgoto nos rios do Tigre e do Peixe. Em maio de 2009 um
técnico da vigilância sanitária da prefeitura de Joaçaba e um técnico da Simae retomaram este
trabalho, com um destaque para o centro da cidade, onde se localiza o pior ponto de
lançamento (atrás do prédio da prefeitura). De acordo com a folha Expresso (2009), o mau
cheiro que exala dos fundos da prefeitura se torna mais forte nos dias de calor, principalmente
no verão, quando diminui o volume de águas.
33
Ponto 4 - 22-4-2009 Ponto 4 - 17-6-2009
34
Dos valores analisados, somente os parâmetros pH, turbidez e sólidos dissolvidos
encontram-se em conformidade com a Resolução Conama 357 (2005) e Decreto Estadual
14.250 (1980) para todos os pontos amostrados.
Os maiores aumentos em termos de DBO, num corpo d'água, são provocados por
despejos de origem predominantemente orgânica. A presença de um alto teor de matéria
orgânica pode induzir à completa extinção do oxigênio na água, provocando o
desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática.
www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice.asp
35
Gráfico 4: Média dos valores de Oxigênio Dissolvido (OD) nos seis pontos amostrados
36
total maior que o permitido pela legislação para rios de classe. Com destaque para o ponto 6
que apresentou valor quase cinco vezes maior, como pode ser observado no Gráfico 5.
O fósforo, de acordo com Guimarães e Nour (2001), tem origem natural pelos
processos de intemperismo das rochas e decomposição da matéria orgânica. Por atividade
antrópica, o aporte de fósforo nos corpos d’água pode ocorrer por lançamento de despejos
domésticos e industriais, fertilizantes e lixiviação de criatórios de animais (LIBÂNIO, 2005).
As águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas também podem provocar a presença
excessiva de fósforo em águas naturais. Ainda por ser nutriente para processos biológicos, o
excesso de fósforo em esgotos sanitários e efluentes industriais, também conduz a processos
de eutrofização das águas naturais.
37
― VMP Conama 357 (2005)
Gráfico 6: Média do Número mais provável (NMP) de coliformes totais e termotolerantes em 100 mL de
amostra nos seis pontos amostrados.
Surfactante aniônico é o princípio ativo dos detergentes que, de acordo com Amigo
(1998), podem ser encontrados nos sabões, e, detergentes sintéticos mais usados a nível
doméstico, que possuem alta propriedade redutora de tensão superficial. Os detergentes tem
sido os responsáveis pela aceleração da eutrofização, além da maioria dos detergentes
comerciais empregados serem ricos em fósforo, sabe-se que exercem efeito tóxico sobre o
zooplâncton, predador natural das águas (http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/variaveis).
38
― VMP Conama 357 (2005)
Gráfico 7: Média da concentração de surfactantes aniônicos nos seis pontos amostrados
No gráfico 8 são apresentados os valores para o parâmetro óleos e graxas. Para rios de
classe 2, o parâmetro óleos e graxas deve ser virtualmente ausente.
39
Na determinação do parâmetro óleos e graxas grupos de substâncias com
características físicas similares são determinadas quantitativamente baseadas na solubilidade
em um solvente orgânico. Os solventes orgânicos não tem habilidade para dissolver somente
óleos e graxas, mas também outras substâncias orgânicas, caracterizadas como interferentes
(APHA, 2005). A concentração de óleos e graxas no ponto 1 pode ser devida a matéria
orgânica aderida na superfície da caixa de proteção (Fotografia 1), a qual foi extraída pelos
solvente e quantificada como óleos e graxas.
40
6 CONCLUSÃO
Os valores de IQA indicam que as amostras coletadas da nascente a zona rural (pontos
01, 02 e 03) apresentam boa qualidade. Os valores de IQA PVA classificam as águas de ótima a
regular, nos mesmos pontos. Os estados mais degradados, regular, ruim e péssimo, foram
encontrados na zona urbana (pontos 04, 05 e 06), com destaque para os pontos 04 (Vila
Pedrini) e 06 (Avenida XV de Novembro).
Para os pontos 01, 04, 05 e 06 observaram-se maior degradação indicada pelo índice
IQA PVA, o que não ocorreu para os pontos 02 e 03. A menor degradação indicada pelo
IQA PVA pode ser devido a uma boa oxigenação do rio nesta região, associado à baixa
concentração de nitrogênio amoniacal.
41
REFERÊNCIAS
BRASIL. CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos
de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições
e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.. Brasília, DF, Conselho
Nacional do Meio Ambiente, Resolução. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf >. Acesso em: 6 de Agosto de
2009.
da SILVA, G. S., JARDIM, W. de F. Um novo índice de qualidade das águas para proteção
42
da vida aquática aplicado ao Rio Atibaia, Região de Campinas/Paulinia – SP. Química
Nova, v. 29, n. 4, 689-694, 2006.
LEVANTAMENTO para identificar quem está lançando esgoto nos rios. Jornal Expresso, 9
de jul. 2009, Geral, p. 3.
43
LOPES, V. C., LIBÂNIO, M. Proposição de um índice de qualidade de estações de
tratamento de água (IQETA). Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v.10, n. 4, 318-
328, 2005.
44
RINO, C. A. F.; SAGGIORO, N. J.; HERCULIANI, L. A. Avaliação da qualidade das águas
do rio Bauru - determinação do IQA. 21° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e
Ambiental. 2001, João Pessoa - PB. Disponível em:
<http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/saneab/brasil/iv-030.pdf>. Acesso em: 6 de Agosto de
2009.
45
APÊNDICE
46
Apêndice 1 – Valores médios dos parâmetros utilizados no cálculo do IQA e IQA PVA
Oxigênio Dissolvido mgO 2 .L-1 4,18 8,31 8,51 8,52 8,31 7,27
Fósforo Total mg.PO 4 -P.L-1 0,09 0,11 0,16 0,15 0,16 0,29
50
Apêndice 5 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 01/04/2009
51
Apêndice 6 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 22/04/2009
52
Apêndice 7 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 22/05/2009
53
Apêndice 8 – Parâmetros determinados e valores obtidos para os sete pontos amostrados na coleta realizada em 12//06/2009
54