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Cap.

4
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
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Hidrometria

4. O CONCEITO DE VAZÃO

a) Descarga (D) de uma Grandeza (G) através de uma Superfície (A).

volume
D=
G 
Grandeza(G)massa
t
peso

b) Descarga ou Descarga Volumétrica ou Vazão (Q)
V
Q= ; V = A.L
t
L
Q=A = A.v (m3.s-1)
t
4.1 MÉTODOS

4.1.1 Medição Direta

Consiste na determinação do tempo necessário para encher um determinado


recipiente de volume conhecido. Este método é aplicável a pequenas vazões (Q ≤ 10 L.s-1);
devem ser feitas pelo menos três medições do tempo e trabalhar com a média.
Para que toda a água aflua para o recipiente, às vezes torna-se necessário a
construção de um pequeno dique de terra a fim de que o recipiente possa entrar livremente
à jusante do dique; neste caso a água é conduzida ao recipiente através de uma calha
qualquer (telha, pedaço de tubo, bambu, etc.). A Figura 26 ilustra a medição direta da
vazão.

Figura 26 – Ilustração do método direto.

4.2.2 Método do Vertedor

a) Conceito: é uma passagem feita no alto de uma parede por onde a água escoa
livremente (apresentando, portanto, a superfície sujeita à pressão atmosférica).
b) Emprego: são utilizados na medição de vazão de pequenos cursos d’água,
canais, nascentes (Q ≤ 300 L.s-1)
c) Partes componentes:

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Hidrometria

Faces

Soleira ou crista

Corpo ou parede

Figura 27 – Partes constituintes de um vertedor.

d) Classificação: vários são os critérios para classificação dos vertedores.

d.1) Quanto à forma : retangular, triangular, trapezoidal, circular, etc.

d.2) Quanto à espessura (natureza) da parede (e):

Figura 28 – Espessura da parede do vertedor.

• - Parede delgada: a espessura (e) não é suficiente para que sobre ela se
estabeleça o paralelismo das linhas de corrente (e < 2/3 H)

• - Parede espessa: a espessura é suficiente para que sobre ela se


estabeleça o paralelismo das linhas de corrente (e ≥ 2/3 H)
d.3) Quanto ao Comprimento da Soleira (L):

L = B Vertedor sem contração lateral

Figura 29 – Vertedor sem contração lateral.

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L < B - Vertedor com contração lateral


Uma contração lateral

Figura 30 – Vertedor com contração lateral.


Duas contrações laterais

Figura 31 – Vertedor com duas contrações.

O Vertedor com duas contrações laterais é o mais usado na prática.

d.4) Quanto à relação entre o nível de água à jusante (p') e a altura do vertedor (p):

descarga

Figura 32 – Nível d’água à jusante e altura do vertedor.

p > p'
Vertedor livre:

O lençol cai livremente à jusante do vertedor, onde atua a pressão atmosférica. Esta
é a situação que tem sido mais estudada e deve por isso ser observada quando na
instalação do vertedor.

p<p
Vertedor afogado:
Situação que deve ser evitada na prática; poucos estudos sobre ela.

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Hidrometria

e) Equação Geral da Vazão para Vertedores de Parede Delgada

Considere-se um vertedor de parede delgada e seção geométrica qualquer


(retangular, triangular etc), conforme a Figura 33.

Figura 33 – Perfil longitudinal da lâmina d´água sobre um vertedor.

Para a dedução da equação geral, as seguintes hipóteses são feitas:

1- Pressão na cauda é nula;

2- P suficientemente grande para se desprezar a velocidade de aproximação (vo);

3- Distribuição hidrostática das pressões nas seções (0) e (1);

4- Escoamento ideal entre as seções (0) e (1), isto é, ausência de atrito entre as
referidas seções e incompressibilidade do fluido. Sendo o escoamento permanente e
considerando a seção (1) localizada ligeiramente à jusante da crista do vertedor
(onde a pressão é nula) e empregando a equação de Bernoulli entre as seções (0) e
(1), para a linha de corrente genérica AB, com referência em A, vem:
2 2
p0 v 0 p v
+ + Z 0 = 1 + 2 + Z1
γ 2g γ 2g

2 2
v v
H 0 + 0 + 0 = 0 + th + ( y + H o − H)
2g 2g

0 = v th + y − H à v 2th = 2g (H − y ) à
2g

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v th = 2g . (H − y ) à (dist.parabólica) .....................................................(1)

A vazão teórica através da área elementar dA é dada por:

dQ th
= v dA à dA = x.dy à dQ th = 2v dA = 2v xdy ...........................................(2)
2
(1) em (2):

dQ th = 2 2g (H − y )xdy
sendo x = f (y)

H
Q th = 2 2g ∫ x (H − y )1/ 2 dy ......................................................................(3)
0

Na equação (3) deve ser introduzido um coeficiente (CQ) determinado


experimentalmente, o qual inclui o efeito dos fenômenos desprezados inicialmente. Para um
escoamento real sobre um vertedor de parede delgada a expressão geral para a vazão é
dada por:
H
Q th = 2 2g . C Q ∫ 0
x ( H − Y ) 1 / 2 dy ......................................................................(4)

e.1) Vertedor Retangular de Parede Delgada Sem Contração Lateral

Figura 34 – Vertedor retangular de parede delgada.

x = f ( y ) = L 2 .........................................................................................................(5)
Substituindo (5) em (4):

L H
∫ 2g . CQ . L ∫ (H − y )1 2 dy ................. (A)
H
Q = 2 2 g . CQ ( H − y )1 2 dy à
0 2 0

Fazendo: H − y = u ∴ −dy = du

Quando: 
y = 0 → H = u
y = H → u = 0
H
u3/ 2  2
∫ ∫ ∫
H 0 H
(H − y) 1 2
dy = u 1 2
( − du ) = u 1 2
du =   = H 3 2 .................(B)
0 H 0
 3 2 o 3

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(B) em (A):

2
Q= . 2g . CQ .L . H3 2 ....................................................................................................(6)
3

O valor de CQ foi estudado por vários pesquisadores como: Bazin, Rehbock,


Francis, etc sendo encontrado em função de H e de P (Tabela apresentada adiante).

e.2) Vertedor Retangular de Parede Delgada Com Contração Lateral


(Correção de Francis)

Quando o vertedor possui contração lateral é necessário fazer correção no valor de


L, ou seja:

Figura 35 – Vertedor com contração lateral (correção).

O valor de L' é usado na fórmula anterior no lugar de L, sendo CQ o mesmo para os


casos de vertedores sem contração lateral.
Na falta de maiores informações pode-se tomar CQ = 0,60, valor este dado por
Poncelet, ficando a fórmula para vertedores com duas contrações laterais escrita como:

Q = 1,77 . L . H3 2 .................................................................................................................(7)

Não sendo necessária a correção das contrações laterais.

(Q = m3.s-1; L = m; H m)

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3
Valores de C da fórmula Q = C ⋅ L ⋅ H 2 de vertedores retangulares em paredes delgadas
sem contrações laterais.  C = 2 2 g ⋅ C 
Q
 3 
Altura do Carga H (m)
Fórmula Vertedor
0,05 0,10 0,15 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50
p (m)

Bazin 0,20 2,03 2,03 2,07 2,17 2,28 2,42 2,46 2,50 2,54
Rehbock 0,20 1,86 1,89 1,98 2,13 2,44 2,88 3,23 3,55 4,02
Francis 0,20 1,81 1,84 1,90 1,95 2,02 2,13 2,16 2,18 2,22
Soc. 0,20 1,85 1,90 1,99 2,10 2,23 2,36 2,40 2,45 2,48
Suíça
0,50 1,99 1,95 1,94 1,97 2,08 2,14 2,22 2,27 2,32
Bazin 0,50 1,83 1,82 1,88 1,93 2,04 2,12 2,21 2,28 2,39
Rehbock 0,50 1,82 1,81 1,87 1,91 1,99 2,02 2,05 2,06 2,10
Francis 0,50 1,82 1,81 1,88 1,94 2,06 2,12 2,20 2,24 2,30
Soc.
Suíça 1,00 1,99 1,92 1,90 1,90 1,94 2,03 2,10 2,15 2,21
1,00 1,83 1,79 1,84 1,86 1,91 2,00 2,08 2,13 2,20
Bazin 1,00 1,82 1,79 1,85 1,86 1,89 1,95 1,99 2,02 2,04
Rehbock 1,00 1,82 1,79 1,85 1,87 1,93 2,02 2,09 2,14 2,18
Francis
Soc. 1,50 1,99 1,92 1,90 1,88 1,89 1,90 1,96 2,01 2,06
Suíça 1,50 1,82 1,78 1,84 1,85 1,86 1,88 1,94 1,99 2,03
1,50 1,81 1,78 1,86 1,86 1,87 1,87 1,91 1,94 1,97
Bazin 1,50 1,82 1,78 1,84 1,88 1,89 1,90 1,96 2,01 2,05
Rehbock
Francis ∞ 2,06 1,93 1,88 1,86 1,82 1,81 1,81 1,80 1,79
Soc. ∞ 1,83 1,80 1,80 1,80 1,79 1,79 1,79 1,78 1,78
Suíça ∞ 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84 1,84
∞ 1,89 1,82 1,82 1,82 1,82 1,81 1,81 1,81 1,81
Bazin
Rehbock
Francis
Soc.
Suíça

e.3) Vertedor Triangular (Isósceles)

Só é usado o de parede delgada.

Figura 36 – Vertedor triangular.

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θ
x = ytg .............................................................................................................................(8)
2
(8) em (4), fica:
H θ
Q = 2 2g . CQ ∫ y tg (H − y )1 2 dy
0 2
θ H
Q = 2 2 g . CQ tg
2 ∫
0
y ( H − y )1 2 dy ........................................................(A)

Fazendo:

(H − y )1 2 = u ( )2

H − y = u2 ∴ H − u 2 = y
− dy = 2 u du

Trocando os limites de integração, vem:

y = 0 → u = H1 / 2
Para: 
y = H → u = 0
H O
∫O
y (H − y )1 2 dy = ∫ H1 / 2
(H − u 2 ) u ( −2udu )

H1 / 2 H1 / 2
−2 ∫ (H − u 2 ) u 2 du = 2 ∫ (Hu 2 − u 4 ) du
0 0

H1 2
 u3 u5  H H5 2   5H 5 2
3H 5 2  4 .....(B)
2 H −  = 2 H3 2
−  = 2 −  = H5 2
 3 5 
0  3 5   15 15  15

(B) em (A):
8 θ
Q= . 2 g . C Q . ( tg ) . H 5 2
15 2

CQ pode ser encontrado em tabelas, em função de θ , H e P. Na falta de maiores


θ
informações pode –se adotar como valor médio CQ =0,60. Se θ = 90 , tg
0
= 1, a formula
2
acima se simplificada para:

Q = 1,40 . H5 2 à Fórumla de Thompson

Obs: Para pequenas vazões o vertedor triangular é mais preciso que o retangular (aumenta
o valor de H a ser lido quando comparado ao retangular). Para maiores vazões o
triangular passa a ser menos preciso, pois qualquer erro de leitura é afetado pelo
expoente 5/2.

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e.4) Vertedor Trapezoidal (Cipolletti) - Parede Delgada

Não é tão interessante quanto os outros dois (retangular e triangular). Pode ser
usado para medição de vazão em canais, sendo o vertedor de Cipolletti o mais empregado.
Esse vertedor apresenta taludes de 1:4 (1 na horizontal e 4 na vertical) para compensar o
efeito da contração lateral da lâmina ao escoar sobre a crista.
A vazão pode ser calculada como a soma das vazões que passam pelo vertedor
retangular e pelos vertedores triangulares, ou seja:

2 3 8 θ 52
Q= 2g C Q1L H 2 + 2 g C Q 2 tg H
3 15 2

2  4H θ 3
Q= 2g C Q1 + C Q2 tg LH 2
3  5L 2

CQ

Figura 37 – Vertedor trapezoidal.

2 3
Q= . 2g . C Q . L . H 2
3

A experiência mostra que CQ = 0,63, ficando a fórmula acima simplificada:

3
Q = 1,86 . L . H 2
à Vertedor de Cipolletti

e.5) Vertedor Retangular de Parede Espessa

Neste vertedor, a espessura da parede (e) é suficiente para que se estabeleça o


paralelismo entre os filetes, ou seja: as linhas de corrente sejam paralelas (o que confere
uma distribuição hidrostática das pressões).

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Figura 38 – Vertedor de parede espessa.

Princípio de Bélanger: a altura sobre a soleira se estabelece de maneira a produzir uma


vazão máxima. Assim, aplicando Bernoulli entre (0) e (1) para a linha de corrente AB, tem-
se:

2 2
po v o p v
+ + Zo = 1 + 1 + Z2
γ 2g γ 2g
2
v th
H+0+0 = h+ à v th = (H − h) . 2g
2g

Q th = Av th = L . h . v th = L . h . 2g . (H − h)

( 1
Q th = L . 2g . Hh 2 − h 3 ) 2 ............................................................................... (A)

Bélanger observou que quando o escoamento se estabelece sobre a soleira


2
h= H ...............................................................................................................................(B)
3
Substituindo (B) em (A):

Q th = L . 2g . [H . ( 23 H) − ( 23 H) ]
2 3 12

1
4 8  2
Q th = L . 2g .  . H 3 − .H3 
9 27 
1
 12 . H 3 8  2

Q th = L . 2 g .  − .H3 

 27 27 
1 1
 4  2 3 2 1 2 3
Q th = L . 2g .   .H 2
= .  . 2g . L . H 2

 27  3 3
Levando-se em conta o coeficiente CQ, tem-se:

3
Q = 0,385 . 2g . C q . L . H 2

Experiências realizadas levam a conclusão de que CQ=0,91, podendo a expressão


anterior ser escrita como:

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3
Q = 1,55 . L . H 2
à Vertedor retangular de parede espessa
(para Q = m³.s-1; L = m e H = m)
Obs:
1) o ideal é calibrar o vertedor no local (quando sua instalação é definitiva) para a
obtenção do coeficiente de vazão CQ.
2) o vertedor de parede delgada é empregado exclusivamente como medidor de
vazão e o de parede espessa faz parte, geralmente, de uma estrutura hidráulica
(vertedor de barragem por exemplo) podendo também ser usado como medidor
de vazão.

f) Instalação do Vertedor e Medida de Carga Hidráulica (h).

É suficiente atentar para as deduções das fórmulas que a determinação da altura da


lâmina H não é feita sobre a crista do vertedor e sim a uma distância à montante do mesmo
suficiente para evitar a curvatura da superfície líquida.
Os seguintes cuidados devem ser tomados na instalação na medida de H:

• - Escolher um trecho do canal retilíneo à montante e com pelo menos 20 H de


comprimento; na prática, pelo menos 3 metros.

• - A distância da soleira ao fundo deve ser superior a 3 H ( ≅ 0,50 cm ) e de face à


2
margem, superior a 2 H ( ≅ 0,3 cm ). P ≅ 3 H permite tomar v ≅ 0
2g

• - Deve ser instalado na posição vertical, devendo estar a soleira na posição


horizontal.

• - Não permitir que haja qualquer escoamento lateral ou por baixo do vertedor.

• - A ventilação sob a cauda deve ser mantida para assegurar-se do escoamento


livre.

• - O valor de H deve ser mantido a uma distância da soleira de 10 H (1,5m).

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A maneira de medir H é ilustrada nas figuras abaixo:

Figura 39 – Medição da carga hidráulica em um vertedor.

4.2.3 Método do Flutuador

De pouca precisão, sendo usado normalmente em cursos d'água onde é


impraticável a medição pelos métodos vistos anteriormente.
Consiste em medir a velocidade média de escoamento da água em um trecho do
curso d'água previamente escolhido, com o auxílio de um flutuador e determinar a seção
média do referido trecho. A vazão é dada pela equação da continuidade (Q=A.v).

a) Determinação da velocidade média (v)

Feita com o auxílio de uma garrafa parcialmente cheia de água (flutuador) de forma
que somente o gargalo fique fora da superfície livre de água. A tendência do flutuador é ser
levado pela região de escoamento de maior velocidade.

Figura 40 – Esquema de um flutuador.

Escolhe-se um trecho retilíneo do curso d'água, de pelo menos 10 metros de


comprimento e procede-se a limpeza do mesmo. Para marcar essa distância colocam-se
duas varas transversalmente à direção do escoamento. Lança-se o flutuador a uma
distância de ± 5 metros à montante do primeiro ponto.

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Figura 41 – Medição da velocidade da água com um flutuador.

Um observador aciona um cronômetro quando o flutuador passar pelo primeiro


ponto e o tranca quando passar pelo segundo ponto. Com isso, tem-se o tempo gasto para
percorrer a distância conhecida (10 metros) e consequentemente a velocidade máxima (v1).
Essa determinação do tempo deve ser feita pelo menos três vezes, usando-se a média.
A velocidade média (v) é conseguida através dos seguintes coeficientes corretivos:

• Para canais com paredes lisas


(cimento) ⇒ v = 0,85 a 0,95 v1
• Para canais com paredes pouco lisas
(terra) ⇒ v = 0,75 a 0,85 v1
• Para canais com paredes irregulares e vegetação no fundo
v = 0,65 a 0,75 v1
b) Determinação da seção média do curso d'água

Deve ser considerada como a média da medição pelo menos três seções, no trecho
considerado (seção A, seção B e seção D entre A e B).
Os cursos d'água naturais apresentam-se com seções muito irregulares. Quando se
tratar de um pequeno córrego, pode-se enquadrar a figura numa seção geométrica
conhecida (retângulo, trapézio, etc.).
No caso da seção ser avantajada, pode-se subdividi-la em subseções, para se ter uma
maior precisão. O esquema abaixo elucida a questão.

A = A 0 + A 1 + A 2 + L + A n −1 + A n

A =
(h 0 + h1 ) L (h1 + h 2 ) L
+
(h + h n ) L
+ L + n −1
2 n 2 n 2 n

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Figura 42 – Determinação da seção média de um curso d’água.

5.2.4 Molinete

São aparelhos que permitem o cálculo da velocidade mediante a medida do tempo


necessário para uma hélice ou concha dar um certo número de rotações. Através de um
sistema elétrico, o molinete envia um sinal luminoso ou sonoro ao operador em cada N
rotações efetuadas. O tempo “t” decorrido entre os finais de toques ou sinais é marcado, de
modo a permitir o cálculo do número de rotações por segundo: n = N/t.

Figura 43 – Esquema de um molinete.

A equação associando a velocidade angular “n” à velocidade da corrente líquida é


dada por fórmulas individuais, do tipo: v = a + b.n , onde “a” e “b” são as constantes do
aparelho e de cada aparelho individualmente, valores dados pelos fabricantes.
Mede-se a velocidade em verticais pré-fixadas numa seção, de forma que, com uma
única vertical, pode-se obter várias velocidades. Em uma mesma vertical a velocidade
média (vm) pode ser obtida pelos seguintes métodos:

Ponto Único v mv = v (0,6h )


Dois Pontos v ( 0,2h )+ v (0,8 h )
v mv =
2
Três Pontos v ( 0,2h ) + 2.v ( 0,6h ) + v ( 0,8h )
v mv =
4

Obs.: 0,6.h = corresponde à distância a partir da superfície.

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4.2.5 Venturi

O medidor Venturi ou venturímetro é uma peça especial, colocado em linha na


canalização, utilizado para medir vazão em condutos forçados. É uma aplicação prática da
equação de Bernoulli. Divide em três partes: uma parte convergente, a outra, divergente e
outra intermediária, denominada garganta. No venturi, a parte convergente é constituída por
um bocal. A porção divergente tem a finalidade de trazer progressivamente o diâmetro ao
seu valor inicial, e diminuir a perda de carga no aparelho.
A instalação do Venturi deve ser precedida de um trecho retilíneo de pelo menos 15
vezes o diâmetro. Aplicando a equação de Bernoulli nas seções 1 e 2 da Figura 44, tem-se:

12,35
Q=k 1/ 2
. h1/ 2
 1 1 
 4 − 4 
D 
 2 D1 

em que k é um coeficiente da perda de carga, cujo valor está em torno de 0,98.

Figura 44 – Medidor Venturi.

4.2.6 Tubos de Pitot

Permitem a determinação da velocidade em um ponto da seção do escoamento, ou seja, ao


longo de uma linha de corrente. Foi idealizado por Henri Pitot em 1732, quando introduziu no rio
Sena um tubo recurvado no sentido contrário ao do escoamento. Foi verificado que a água subia até
um nível h acima do nível do rio, a qual foi relacionada com a velocidade, utilizando a equação de
Bernoulli.
Assim, aplicando Bernoulli entre (0) e (1) (Figura 45) vem:

p0 v2 p v2
+ 0 + Z 0 = 1 + 1 + Z1
γ 2g γ 2g

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como: Z 1 = Z 2
; v 0 = v th , v 1 = 0 , tem-se:

Figura 45 – Esquema de um tubo de Pitot.

p 0 v 20 p1 p1 − p 0 v 2th
+ = à = .....................................(A)
γ 2g γ γ 2g
Mas,
p0 p1
= x e, portanto: = x+h
γ γ

Ficando a equação (A) escrita como:

v 2th v2
( x + h) − x = ∴ h = th à v th = 2gh
2g 2g

Para corrigir o efeito das perturbações ocasionadas pela haste do aparelho na linha
de corrente, tem-se:

v = C V 2gh

No caso de tubo Pitot instalado em condutos forçados, tem-se:

Figura 46 – Esquema de um tubo de Pitot e piezômetro.

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53
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
Hidrometria

Obs:
a) os pontos (0) e (1) estão suficientemente próximos para que se possa desprezar a
perda de carga entre eles; e
b) o piezômetro deve ser instalado sempre a montante do Pitot, para evitar influência
da haste do Pitot sobre a carga (x) do manômetro.

p 0 v 2th p1
+ =
γ 2g γ

p1 − p 0 v 2th
= .....................................................................................................................(A)
γ 2g
onde:
p0 p1
=x e = x+h
γ γ

e a equação (A) pede ser escrita como:

v = C V 2gh

A disposição a seguir é mais cômoda que a anterior:

Figura 47 – Tubo de Pitot e piezômetro numa disposição fechada.

Equação de Bernoulli entre (0) e (1):

p 0 v 20 p1 p1 − p 0 v 2th
+ = ∴ =
γ 2g γ γ 2g
Equação manométrica:

p 0 − ( x + h)γ + γ 1h + γx = p1

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54
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
Hidrometria

p1 − p 0 γ
= −x − h + 1 h + x
γ γ
p1 − p 0  γ 1 
=  − 1 . h
γ  γ 
v 2th  γ 1 
=  − 1 . h
2g  γ 

γ 
v = C V . 2g .  1 − 1 . h
 γ 

Obs: a pressão em (0) é chamada de pressão estática (P0); a pressão em (1) é chamada de
pressão de estagnação ou pressão total (Pt) e a pressão medida por h é chamada de
pressão dinâmica. Em uma linguagem matemática pode-se escrever:

p t p 0 v 20
= +
γ γ 2g
(em energia por unidade de peso, uma alusão ao princípio de Torricelli)

4.2.7 Orifícios e bocais

Orifícios são perfurações (geralmente de forma geométrica conhecida) feitas abaixo


da superfície livre do líquido em paredes de reservatórios, tanques, canais ou tubulações,
com a finalidade de medição de vazão.

a) Classificação:

• Quanto a forma geométrica: retangular, circular, triangular, etc.

• Quanto as dimensões relativas:

Pequeno: quando suas


dimensões forem muito menores
que a profundidade (h) em que
se encontram. Na prática, d ≤ h/3
- Grande: d > h/3
d = altura do orifício.
h = altura relativa ao centro de
Figura 48 – Dimensões de um orifício. gravidade do orifício

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55
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Hidrometria

• Quanto a natureza das paredes:

a) Parede delgada: ( e < d ): a veia líquida toca apenas a face interna da


parede do reservatório.

b) Parede espessa: ( e ≥ d ): nesse caso a veia líquida toca quase toda a


parede do reservatório. Esse caso será enquadrado no estudo dos
bocais.

Figura 49 – Orifícios de parede espessa e delgada.

• Quanto ao escoamento:

Figura 50 – Orifícios de descarga livre e afogado.


• Quanto a contração da veia:

Figura 51 – Diferentes tipos e contração da veia líquida.

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56
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
Hidrometria

• Seção contraída (vena contracta)

As partículas fluidas afluem ao orifício vindas de todas as direções, em trajetórias


curvilíneas. Ao atravessarem a seção do orifício continuam a se mover em trajetórias
curvilíneas (as partículas não podem mudar bruscamente de direção), obrigando o jato a
contrair-se um pouco além do orifício (onde as linhas de corrente são paralelas e retilínea);

L = 0,5 a 1d
L = 0,5 d - para orifício circular
Ac = C –coef. de contração
C
A
Ac = área contraída.

Figura 52 – Área contraída de um orifício.

b) Fórmula para cálculo da vazão

• Orifícios afogados de pequenas dimensões em paredes delgadas

Neste caso, admite-se que todas as partículas que atravessam o orifício tem a
mesma velocidade (d < h/3). Consideremos níveis constantes nos dois reservatórios.
Apliquemos a equação de Bernoulli entre os pontos (0) e (1), situados na linha de corrente
0-1, com referência em (1).

Figura 53 – Orifício afogado de parede delgada.

p 0 v 02 p v2
+ + Z 0 = 1 + 1 + Z1
γ 2g γ 2g

p 0 p atm
Sendo: = ; vo - desprezível e v1 = vth,
γ γ

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57
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
Hidrometria

tem-se que: 0 + 0 + h 0 = h1 +
v 2th
+0
2g

v 2th
= h0 − h1
2g
v th = 2g(h0 − h1 ) ........................................................................................................(1)
(vth = velocidade teórica na seção contraída)

Na prática a velocidade real (v) na seção contraída é menor que v th, devido às
perdas existentes (atrito externo e viscosidade).

Chamando de CV (coeficiente de velocidade) a relação entre v e vth, vem:

v
CV =
v th
v = C V v th .........................................................................................................................(2)

(1) em (2):

v = C V . 2g . (h 0 − h1 ) → (velocidade real na seção contraída).................................(3)

CV é determinado experimentalmente; CV = f (d, h0 - h1 , e forma do orifício); CV é tabelado


(na prática pode-se adotar CV = 0,985).
A vazão (Q) que atravessa a seção contraída (e também o orifício) é dada por:

Q = A C . v = C V . A C . 2g . (h 0 − h1 ) ............................................................................(4)

Chamando de CC (coeficiente de contração) a relação entre AC e A (área do


orifício), vem:

CC =
AC
∴ A C = CC ⋅ A ..............................................................................(5)
A
(5) em (4):

Q = C V . C C . A . 2g . (h 0 − h1 ) .....................................................................................(6)
Definindo como coeficiente de descarga (CQ) o produto:
C Q = C V ⋅ C C ....................................................................................................................(7)
(Na prática pode-se adotar CC =0,62)
(7) em (6), sendo:

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58
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
Hidrometria

CQ = f (CV , CC e forma do orifício) e ainda:


CQ = f (d, h0 - h1)

Q = C Q . A . 2g . (h 0 − h1 ) .............................................................................................(7)

que é a vazão volumétrica para orifícios de pequenas dimensões praticados em parede


delgada.
Na prática pode-se tomar o valor de CQ como:

CQ = C V ⋅ CC = 0,62 ⋅ 0,985 = 0,61

• Orifícios com escoamento livre, de pequenas dimensões e paredes delgadas, nesse


caso h1 = 0 e a fórmula (8) se escrevem como; chamando h0 de h.

Q = CQ . A . 2 . g . h

Em iguais condições de altura de lâmina d'água acima do orifício - (h) ou (h0 - h1),
CQ é um pouco maior para escoamento livre. Em casos práticos podem-se adotar os
mesmos valores para CQ.
Bocais ou tubos adicionais são constituídos por peças tubulares adaptadas aos
orifícios, com a finalidade de dirigir o jato. O seu comprimento deve estar compreendido
entre 1,5 e 3,0 vezes o diâmetro. De um modo geral, e para comprimentos maiores,
consideram-se comprimentos de 1,5 a 3,0D como bocais, de 3,0 a 500D como tubos muito
curtos; de 500 a 4000D (aproximadamente) como tubulações curtas; e acima de 4000D
como tubulações longas.
O estudo de orifícios em parede espessa é feito do mesmo modo que o estudo de
bocais. A Figura seguinte mostra diferentes tipos de bocais, os quais podem ser
classificados como cilíndricos ou cônicos.

Figura 54 – Diferentes tipos de bocais.

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59
__________________________________________________________MEDIÇÃO DE VAZÃO
Hidrometria

Valores de “CQ” no caso de orifício retangular em parede delgada vertical.

Carga na Altura do orifício


borda
superior do ≥ 0,20m 0,10m 0,05m 0,03m 0,02m 0,01m
orifício (m)

- - - - 0,705
0,005 -
- - - - 0,701
0,010 -
- 0,593 0,632 0,660 0,697
0,015 0,612
0,572 0,596 0,634 0,659 0,694
0,020 0,615
0,578 0,600 0,638 0,659 0,688
0,030 0,620
0,582 0,603 0,640 0,658 0,683
0,040 0,623
0,585 0,605 0,640 0,658 0,679
0,050 0,625
0,587 0,607 0,640 0,657 0,76
0,060 0,627
0,588 0,609 0,639 0,656 0,673
0,070 0,628
0,589 0,610 0,638 0,656 0,670
0,080 0,629
0,591 0,610 0,637 0,655 0,668
0,090 0,629
0,592 0,611 0,637 0,654 0,666
0,100 0,630
0,593 0,612 0,636 0,653 0,663
0,120 0,630
0,595 0,613 0,635 0,651 0,660
0,140 0,630
0,596 0,613 0,634 0,650 0,658
0,160 0,631
0,597 0,615 0,634 0,649 0,657
0,180 0,630
0,598 0,615 0,633 0,648 0,655
0,200 0,630
0,599 0,616 0,632 0,646 0,653
0,250 0,630
0,600 0,616 0,632 0,644 0,650
0,300 0,629
0,602 0,617 0,631 0,642 0,647
0,400 0,628
0,603 0,617 0,630 0,640 0,644
0,500 0,628
0,604 0,617 0,630 0,638 0,642
0,600 0,627
0,605 0,616 0,629 0,637 0,640
0,700 0,627
0,605 0,616 0,629 0,636 0,637
0,800 0,627
0,605 0,615 0,628 0,634 0,635
0,900 0,626
0,605 0,615 0,628 0,633 0,632
1,000 0,626
0,604 0,614 0,627 0,631 0,629
1,100 0,625
0,604 0,614 0,626 0,628 0,626
1,200 0,624
0,603 0,613 0,624 0,625 0,622
1,300 0,622
0,603 0,612 0,622 0,622 0,618
1,400 0,621
0,602 0,611 0,620 0,619 0,615
1,500 0,620
0,602 0,611 0,618 0,617 0,613
1,600 0,618
0,602 0,610 0,616 0,615 0,612
1,700 0,616
0,601 0,609 0,615 0,614 0,612
1,800 0,615
0,601 0,608 0,613 0,612 0,612
1,900 0,614
0,601 0,607 0,612 0,612 0,611
2,000 0,613
0,601 0,603 0,608 0,610 0,609
≥ 3,000 0,606

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Hidrometria

Valores de “CQ” no caso de orifício circular em parede delgada vertical.

Carga no Diâmetro do orifício


centro do
orifício (m) 0,30m 0,18m 0,06m 0,03m 0,015m 0,006m

0,12 - - - 0,618 0,631 -


0,15 - 0,592 0,600 0,615 0,627 -
0,18 - 0,593 0,601 0,613 0,624 0,655
0,21 0,590 0,594 0,601 0,611 0,622 0,651
0,24 0,591 0,594 0,601 0,610 0,620 0,648
0,27 0,591 0,595 0,601 0,609 0,618 0,646
0,30 0,591 0,595 0,600 0,608 0,617 0,644
0,40 0,593 0,596 0,600 0,605 0,613 0,638
0,60 0,595 0,597 0,599 0,604 0,610 0,632
0,90 0,595 0,598 0,599 0,603 0,606 0,627
1,20 0,596 0,597 0,599 0,602 0,605 0,623
1,80 0,596 0,598 0,598 0,600 0,604 0,618
2,40 0,596 0,596 0,598 0,600 0,603 0,614
3,00 0,595 0,596 0,597 0,598 0,601 0,611
6,00 0,594 0,596 0,596 0,596 0,598 0,601
30,00 0,592 0,592 0,592 0,592 0,592 0,592

Para se determinar a vazão nos bocais, se aplica a fórmula geral deduzida


anteriormente para os orifícios pequenos.

4.2.7 Calhas Medidoras

a) Medidor Parshall

É um medidor que adota o princípio de Venturi para a medição de vazão em canais


abertos. Consta basicamente de três seções: uma seção com paredes laterais convergentes
e o fundo nivelado, uma seção com paredes paralelas e o fundo com declividade, e uma
seção (à jusante) com paredes laterais divergentes e o fundo em aclive (Figura 55).
Pode ser construído de vários tamanhos, podendo medir vazões desde 0,5 L.s-1 até
80.000 L.s-1. A largura da garganta (W) é indicada para designar o tamanho do Parshall, o
qual vai depender da vazão a ser medida.
As dimensões padronizadas e a capacidade máxima e mínima de vazão dos
diversos tamanhos de Parshall estão apresentados no Quadro 4.4.
A descarga através de um medidor Parshall, pode ocorrer sob duas condições
diferentes de escoamento: quando não há submersão (descarga livre) e quando o
nível d’água a jusante do medidor atinge uma altura suficiente, de modo a retardar o fluxo
(descarga afogada). Sob as condições de descarga livre, a vazão do Parshall depende da
largura da garganta e da altura de carga medida em um ponto, na seção convergente,
afastado da entrada da garganta de 2/3 de A. Esta carga pode ser medida com uma régua
junto à parede ou através de um poço lateral de medição que se comunica com o Parshall.

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Hidrometria

Figura 55 - Planta e corte de um Parshall mostrando suas partes constituintes

b) Medidor WSC

É um tipo de medidor que se adapta muito bem para a medição d’água em sulcos
de irrigação ou canais. Podem ser construídos de folhas de metal e também de cimento
ou madeira. A Figura seguinte apresenta as partes componentes do WSC Flume. Consiste
basicamente em quatro seções: seção de entrada, seção convergente, seção contraída e
seção divergente.
Este tipo de medidor deverá ser instalado dentro do sulco de irrigação, de modo que
o seu fundo permaneça na horizontal, quer longitudinalmente, quer transversalmente. Seu
fundo deve ficar no mesmo nível do fundo do sulco.
Estará corretamente instalado quando a altura d’água na saída for menor que na
entrada, o que normalmente acontece. Para a medição de vazão, somente uma leitura na
régua graduada em milímetro é necessária. Esta régua deve estar encostada na parede
lateral de entrada. Mediante calibração prévia, os valores de carga hidráulica (cm) são
-1
convertidos em vazão (L.s ).

Figura 56 – Planta e corte de um medidor WSC.

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