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I.Introdução
I.I.Objetivos
2. Revisão Bibliográfica
2.I. Princípios Gerais da Transmissão Vertical
A transmissão materno-fetal da infecção pelo HIV pode se dar em três
estágios: na gestação, no trabalho de parto e parto e durante o aleitamento materno.
Durante a gestação, o risco de transmissão gira em torno de 25%-35%,
especialmente se não instituída profilaxia antes das últimas semanas de gestação. O
trabalho de parto e parto são responsáveis por 60%-65% das infecções. O
aleitamento materno, embora de menor risco de transmissão de infecção ao recém-
nato, pode representar um risco adicional exponencial a cada exposição da criança
ao peito, podendo ter um risco de transmissão em torno de 7 a 15%2,10.
Pacientes com CD4 entre 200 e 350 céls/mm3 devem ter considerado o início
de TRATAMENTO com HAART, segundo trabalhos mais recentes que indicam
melhor sobrevida com o início mais precoce de TARV1,2,10.
Em 2 estudos mais recentes o evento de mortalidade por eventos não
relacionados à AIDS foi maior no grupo que iniciou TARV com CD4 < 350 céls/ mm3
em relação ao grupo que iniciou TARV com CD4 < 500 céls/mm3, podendo vir a ser
indicada a TARV em recomendações futuras a pacientes com níveis de CD4 mais
elevados (< 500 céls/mm3)1,2,10.
Observações:
Pacientes com CD4 entre 200 e 350 céls/mm3 devem ter considerado o início
de TRATAMENTO com HAART, segundo trabalhos mais recentes que indicam
melhor sobrevida com o início mais precoce de TARV.
2.8. Acompanhamento Laboratorial da Gestante Infectada pelo HIV:
Os exames a serem realizados durante o Pré-natal de pacientes com o HIV
devem obedecer aos preconizados habitualmente a todas as pacientes além de
exames de avaliação do estado imunológico e controle virológico com 24 a 28
semanas de gestação para adaptação de esquema ARV utilizado se necessário e a
exame de carga viral para definição de via de parto com 34 semanas de
gestação1,2,10.
O quadro 4 (anexo) define os exames a serem realizados no
acompanhamento pré-natal de pacientes com sorologia reagente para o HIV1,2,10.
Observações:
Quando em uso de nevirapina, o estudo de enzimas hepáticas deve ser
quinzenal até 18 semanas de uso da droga e mensalmente após isto.
O hemograma deve ser mensal ou no máximo a cada 2 meses em esquemas
que contenham zidovudina.
2.9. Imunizações em Gestante Infectadas pelo HIV:
É indicada vacinação às gestantes portadoras de HIV quando o risco de
infecção for alto, quando o risco de exposição for considerado alto e quando não
houver risco de danos à saúde da mãe e do concepto1,2,10.
Em geral, vacinas de vírus ou bactérias vivas atenuados devem ser evitadas
em portadores de HIV, podendo apenas ser utilizadas em pacientes com grau de
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3. Conclusão
Em virtude da crescente demanda de gestantes infectadas pelo HIV e de
necessidade de atenção integral a estas pacientes, torna-se necessário que
obstetras tenham melhor conhecimento para adequar as medidas que permitam um
atendimento pré-natal, de parto e puerpério imediato satisfatório.
Quanto mais rápido são instituídas medidas profiláticas específicas visando à
profilaxia da transmissão vertical do HIV, melhores são as expectativas de sucesso
na diminuição do risco desses conceptos tornarem-se portadores da infecção pelo
HIV.
O presente estudo visa tornar mais claro os aspectos principais da indicação
e acompanhamento da terapia antirretroviral na gestação, proporcionando desta
forma que o obstetra esteja em contínuo contato com o infectologista para traçar as
melhores estratégias para controle da infecção pelo HIV e as consequências desta
na taxa de transmissão da doença aos recém-nascidos.
Pelo exposto fica claro também que o acompanhamento pré-natal e
principalmente do parto e trabalho de parto pode ser feito com procedimentos de
baixa complexidade, sem necessidade de existirem centros de referência
específicos para o acompanhamento destas gestantes e parturientes, facilitando
com isto que medidas eficazes e em tempo apropriado possam ser instituídas com o
intuito de tornar cada vez menor o risco de transmissão materno-fetal do HIV.
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Referencias Bibliográficas
4-Sande MA, Eliopoulos GM, Moelering RC, Gilbert DN, The Sanford Guide to
HIV/AIDS Therapy, 15th Edition, 2006-2007.
5-Branson, BM. Rapid tests for HIV antibody. AIDS Rev 2000; 2: 76-83.
8-Eastman OS, Shapiro DE, Coombs RW et al. Maternal Viral zidovudine resistance
and infrequent failure to zidovudine therapy to prevent perinatal transmission of
human immunodeficiency virus type 1 in Pediatric AIDS Clinical Trials Group
Protocol 076. J Infectious Dis 1998, 177: 557-564, 20.
10-Garcia PM, Kalish LA, Pitt J et al. Maternal levels of plasma human
immunodeficiency virus type 1 RNA and the risk of perinatal transmission. N Engl J
Med, 1999, 341 (6):394-402.
13-Minkoff H. (G.E.). HIV and Pregnancy. Clin Obst Gynecol, 2001; 44-2;137.
16-Thea DM et al. The effect of maternal viral load on the risk of perinatal
transmission of HIV-1. J Infect Dis, 1997, 175:707-711.
17-Tess BH et al. Breastfeeding, genetic, obstetric and other risk factors associated
with mother-to-child transmission of HIV-1 in São Paulo, Brazil. AIDS, 1998,
12(5):513-520.
18-The International Perinatal HIV Group. The mode of delivery and the risk of
vertical transmission of human immunodeficiency virus type 1: A meta-analysis of 15
prospective cohort studies. N Engl J Med. 1999; 340; 977.
19-João EC, Cruz MLS et al. Vertical transmission of HIV in Rio de Janeiro, Brazil.
AIDS 2003, 17: 1853-1856.
Anexos
Anexo 1 e 2 - Flluxograma para o diagnóstico sorológico convencional e por testes
rápidos
Fl
Test
Fonte:Ministério da Saúde
Fl
Fonte:Ministério da Saúde
24
Fonte:Ministério da Saúde
A falha
realiza
Fonte:Ministério da Saúde
25
Anexo 4 - Quadro 1
Anexo 5 - Quadro 2
Anexo 6 - Quadro 3
Idade Exames
gestacional
1ª consulta Tipagem sanguínea
Coombs indireto, se necessário
EAS e urinocultura
VDRL e/ou FTA-Abs
Sorologia para toxoplasmose
Marcadores virais hepatites B e C
Glicemia de jejum e Teste de tolerância à glicose
Bacterioscopia de secreção vaginal
Pesquisa de clamídia e gonococo de secreção vaginal
Citologia oncótica de colo de útero de acordo com
indicações do Programa de Prevenção do Câncer Cérvico-
Uterino
Reação de Mantoux ( PPD )
Contagem de linfócitos CD4 e Carga Viral para o HIV1
Perfil lipídico ( colesterol e triglicerídios )
Provas de função renal ( uréia e creatinina )
Hemograma e enzimas hepáticas com intervalos de 15 a
60 dias de acordo com o esquema antirretroviral em uso*
24 a 28 semanas VDRL
Sorologia para toxoplasmose
Bacterioscopia de secreção vaginal
Glicemia de jejum
EAS
CD4 e CV para adequar TARV
Perfil lipídico - Função renal
34 semanas Carga viral – Indicar via de parto
Anexo 8- Quadro 5
IMUNIZAÇÂO RECOMENDAÇÂO
Vacina contra pneumococo Recomendada
Vacina contra tétano e difteria 3 doses se não vacinada
(dT) Reforço se última dose há mais de 5 anos
Vacina contra a hepatite B Geralmente recomendada para todas gestantes
suscetíveis ( anti-HBs negativo )
4 doses de 2 ml ( 0/1/2/6 meses )
Vacina contra a hepatite A Recomendada em gestantes anti-HAV não
reagente com doença hepática subjacente ou
portadora de HCV ou HBV
2 doses ( 0 e 6 meses )
Imunoglobulina contra Recomendada dentro de 96 horas de exposição
varicela-zoster ( VZIG ) aérea a pessoas por período prolongado ( mais
de 1 hora ) com doença ativa
Imunoglobulina contra vírus Recomendado em exposição sexual ou
da hepatite B ( HBIG ) compartilhamento de seringas a pessoas
HBsAg positiva ou violência sexual
Fazer vacinação até 14 dias após HBIG
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Anexo 9 - Quadro 6
Anexo 10 - Quadro 7