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Porto Alegre
2011
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Porto Alegre
2011
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SUMÁRIO
1 TEMA........................................................................................................................ 04
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA.................................................................................... 04
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA................................................................................... 04
1.3 HIPÓTESES.............................................................................................................. 04
1.4 OBJETIVOS.............................................................................................................. 05
1.4.1 Objetivo Geral ….................................................................................................. 05
1.4.2 Objetivo Específico ….......................................................................................... 05
1.5 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 06
2 REFERECIAL TEÓRICO.................................................................................... 07
3 METODOLOGIA....................................................................................................... 12
4 AMOSTRAGEM …................................................................................................... 14
5 RECURSOS................................................................................................................ 14
6 CROOGRAMA........................................................................................................ 14
7 REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA.......................................................................... 15
8 AEXOS …................................................................................................................. 16
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1 TEMA
O objeto de estudo neste projeto será o Jornal da Escola José Maurício na cidade de
Gravataí. Será feita uma análise do conteúdo do jornal, e de seus públicos: professores,
funcionários, alunos e comunidade.
1.3 HIPÓTESES
pode representar uma oportunidade para o desenvolvimento de notícias relevantes que abranja
esta comunidade, promovendo saúde e prevenção, educação, inserção social, participação
escolar, inserido no comércio local a questão de responsabilidade social por meio de cotas de
patrocínio para a sua impressão, aumentando a visão de mundo dos participantes, sendo
desenvolvido no tripé: Escola – aluno – Comunidade priorizando outro tripé: Saúde –
Comunicação – Educação.
1.4 OBJETIVOS
1. 5 JUSTIFICATIVA
2 REFERECIAL TEÓRICO
Por fim, temos a terceiridade, que é a síntese intelectual do que ocorre entre o
primeiro e o segundo, é a camada de pensamentos em forma de signos, que nos possibilita a
interpretação dos fenômenos no mundo. Como exemplo, temos o céu, como aqui agora, que é
a primeiridade; o azul observado nele é a secundidade; e a síntese, que é um signo, pelo qual
elaboramos - o azul do céu - é a terceiridade.
Dentro desta lógica, é possível perceber que o nosso olhar já está carregado de
interpretações, pois ele é o resultado da cognição. Dentro da mediação, quer dizer que
possibilita nossa orientação e reconhecimentos das próprias coisas do signo. O homem
conhece o mundo porque ele o representa e interpreta essa representação por meio de outra,
que é a interpretante da primeira, segundo Peirce. Assim, quando o homem interpreta esses
signos, ele os traduz em outros signos - o signo é o primeiro; o objeto, um segundo; e o
interpretante, um terceiro. Então, o significado está sempre em deslocamento: cada vez que
analisamos algo, esse algo se transforma num signo, e esse, novamente, em outro,
sucessivamente. O que influencia no resultado da interpretação dos signos se relaciona a
nossa bagagem cultural, bem como limitação de nosso repertório. Nesse caso (a limitação do
repertório), pode produzir um signo com um potencial maior ou menor.
A tríade de Peirce é a referência para reconhecer o mundo dos signos. É possível por
meio de sua semiótica descrever, analisar e interpretar linguagens. Os conceitos servem de
ferramentas para o pensamento, para o aumento da percepção. Aliados à pesquisa científica,
os conceitos podem ser eficazmente empregados e com resultados surpreendentes.
Quanto à imagem, explica Umberto Eco (1993), ela é vista como um signo de
transferência analógica. Quando uma pessoa entende que descobriu uma similaridade, então
surge outra, e assim sucessivamente. De certa maneira, todas as coisas têm relação analógica,
de contiguidade e similaridade.
Torna-se necessário perceber todo o texto em seu contexto social, evitando, assim,
análise de significados diferentes e respeitando o pano de fundo cultural e linguístico. Essa
análise é importante porque, assim, é possível perceber os fenômenos dentro de seus
contextos históricos.
A segunda parte deste universo visual corresponde ao mundo imaterial das imagens
em nossa mente. São as visões, fantasias, imaginação, esquemas, modelos, os quais,
geralmente, são representações mentais. Estas duas partes são intrínsecas, determinadas por
signo e representação, que constituem a produção de sentido na sociedade.
Em relação ao jornalismo verificamos que a maioria dos veículos oficiais e de
grande porte, estão comprometidos com o mercado, seus anunciantes e coma parcela
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dominante da população. São estes veículos que hoje pautam o que deve e o que não deve ser
notícia. Neste cenário ocorre a exclusão social, onde as camadas menos favorecidas não têm
acesso e nem voz as suas demandas.
Os jornais comunitários são neste aspecto, uma oportunidade de romper com esta
dominação do grande veículo de comunicação, pois permite uma maior proximidade do
jornalista e seu público, as pautas são definidas coletivamente e os problemas são passados ao
conselho comunitário. Estes jornais são de extrema relevância desde que não estejam
veiculados ao governo local, empresários ou pessoas interessadas em promoção pessoal.
Conforme artigo de Pedro Celso campos, “Jornalismo Comunitário, é o sentido de
“comum-unidade”, isto é, pessoas que vivem em determinado local, que vivenciam problemas
específicos, que têm lutas em comum a serem travadas e vencidas”, que pode ser uma escola,
rua, bairro, empresa.
O Jornal escolar, como voz comunitária, pode ser um instrumento de transformação
social, porém não pode cair no problema grave que muitas vezes ocorre, quando as fontes
tentam manipular o jornal em proveito próprio. Outras vezes é o jornalista que se aproveita do
jornal para se promover e ainda em outros casos alguns lideres comunitários.
Quando inserido na comunidade pode ser um veículo que identifique as questões
culturais deste local, sua religiosidade, costumes, formas de lazer, de cultura, de diversão,
mostrando para esta mesma comunidade o que muitas vezes ela mesma não enxerga. Neste
aspecto o jornalista é um observador deste cenário. Conforme Ferreira Goulart, “o jornalismo
comunitário estará contribuindo para a formação da cidadania, para que o desconforto das
pessoas contra a desigualdade social gerada pela política neoliberal não se transforme em
mero sentimento de constrangimento ou de vergonha, mas que se afirme como o
inconformismo que leva à luta por uma situação de justiça, de igualdade, de solidariedade”.
Desta Forma deve estar voltado para esta parcela da população mais esquecida pelos
grandes jornais, abraçar as causas populares e usar a força do veículo comunitário junto aos
que têm poder de decisão para forçar a solução dos problemas que afligem a comunidade, no
seu dia-a-dia.
O jornalista comunitário não pode se limitar a perceber que tem nas mãos o dever
social de mudar o mundo, de torná-lo melhor e mais justo. Ele precisa assumir, na prática,
esse discurso, colocando seu trabalho, seu jornal, seu veículo, a serviço da coletividade em
toda e qualquer circunstância.
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Quando o Sujeito não se reconhece como produtor das obras e como sujeito da
história, mas toma as obras e a história como forças estranhas, exteriores, alheias a
ele e que o dominam e perseguem, temos o que Hegel designa como alienação. Esta
é a impossibilidade do sujeito histórico identificar-se com sua obra, tomando-a
como um poder separado dele, ameaçador e estranho”. (CHAUÍ, 1980)
Hoje se fala muito em caos na saúde, hospitais sem vagas, atendimento ineficiente
em postos de saúde, poucos recursos, demanda superior a capacidade de atendimento, assim,
o jornal escolar pode contribuir para promover a saúde e qualidade de vida da população, por
meio de mudança de hábitos, conscientização das partes envolvidas, divulgando notícias de
interesse coletivo que no final irá permitir que a mudança de comportamento desta
comunidade tenha também impacto no serviço de saúde, com menos necessidade de uso de
serviços que a prevenção poderia resolver.
Finalizando o tripé saúde, comunicação e educação, como referencial teórico será
abordada a educação como fator fundamental na promoção da saúde preventiva. A escola é
uma instituição promotora de educação, cultura e conscientização. Por meio da educação se
possibilita a cidadania e cidadãos conscientes e atuantes. A escola não deve fornecer somente
a educação formal aos seus alunos, é necessário também promover práticas educativas de
aproximação comunitária, onde as pessoas se conhecem e se reconhecem em suas angustias e
suas alegrias, assim, a educação é um fator de promoção de conscientização, contribuindo
com a formação de cidadãos mais ativos e conhecedor de seus direitos.
Por meio da educação é possível uma melhora considerável na qualidade de vida da
comunidade. A conscientização, o esclarecimento, o pensar sobre si mesmo, a observação da
realidade em que a comunidade está inserida, o questionar, o mostrar, promoverá mudança de
hábitos, diminuindo o risco de doenças, possibilitando mais oportunidades e menos
investimento em saúde por parte dos governantes. A Educação, por meio do instrumento mais
eficiente, a escola, a comunicação, por meio do jornal escolar, o diálogo com seu público que
é a comunidade, pode ser fator gerador de saúde. Muitas práticas, hábitos e atitude das
pessoas são resultados de sua falta de informação, de conscientização, do questionar.
Tendo o jornal Escolar o olhar voltado para estas questões é possível promover a
saúde por meio da prevenção, através de notícias relevantes, potencialmente transformadora
da realidade em que a comunidade escolar está inserida. Não se pode falar de saúde, sem falar
de comunicação, não se pode falar de saúde sem falar de educação, não se pode falar de
qualidade de vida sem a presença destes três elementos. Assim, o que se questiona é: será que
estes três elementos relacionados é possível promover transformações numa determinada
comunidade?
Diversos autores falam de jornal comunitário, educação para a saúde, mas o tripé
saúde, educação e comunicação é um desafio que ao longo do trabalho vai ser verificado
quanto a sua relevância, suas possibilidades e também quais as dificuldades de implantação e
se é um projeto que possa ser replicado par as demais comunidades.
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3 METODOLOGIA
O método a ser utilizado na monografia será o semiótico, onde será analisado três
jornais da escola José Maurício. Os instrumentos de análise de pesquisa serão de natureza
bibliográfica e documental.
Em relação à verificação de natureza bibliográfica, o campo de análise será o
jornalismo no sentido geral, o jornalismo comunitário e o Jornal escolar. Em relação à
pesquisa de natureza documental, será feita uma análise semiótica dos elementos que
compõem os três exemplares do jornal da Escola José Maurício.
Apesar do estudo das linguagens e dos signos ser bastante antigo, sendo utilizada no
mundo grego, através da análise das enfermidades onde o diagnóstico médico é descrito como
a “parte semiótica” da medicina. O médico grego Galeno de Pérgamo (139-199), por
exemplo, classificou o diagnóstico médico como um processo de semêiosis. Aquilo que os
antigos designaram como semeiótica, portanto, ainda não era a teoria geral dos signos, mas
uma de suas áreas específicas, a saber, o aprendizado médico dos sintomas.
No século XX, houve uma expansão da semiótica sendo o seu uso diversificado e sua
natureza e significação se tornam mais abrangente. Para este projeto, será utilizado o método
semiótico desenvolvido por Charles S. Peirce, pois melhor se ajusta a análise que está sendo
proposta.
Ao contrário de uma ciência especial, a semiótica peirceana é uma das peças de uma
ampla arquitetura filosófica concebida como ciência. Segundo Buczynska- Garewicks (apud
Santaella, 2002, p.12-13) “todos os aspectos do universo sígnicos podem ser analisados sob a
ótica da obra de Peirce”, apesar de ser grande a crítica do uso desta semiótica para estudos
empíricos.
Para Santaella, (2002, p.12-13) a teoria dos signos "é capaz de explicar e interpretar
todo o domínio da cognição humana", nos alertando a necessidade de usá-la buscando uma
apreensão mais completa de seu sentido profundo e multidimensional.
Santaella, (2002, p.15), reforça o uso desta corrente de análise dos signos de Peirce,
apesar da Semiótica por ele abordada ser considerada mais filosófica que científica, por
entender que os signos e suas interpretações vêm crescendo no mundo.
Para analisar o Jornal da escola José Maurício, sob esta abordagem é fundamental
observar a natureza triádica do signo em Peirce. Este pode ser analisado partindo por sua
existência como signo e seu poder de significar (significação), pelo ponto de vista do objeto
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com o qual o signo se relaciona (objetivação) e pelo ponto de vista do seu interpretante, sejam
dos efeitos que é capaz de gerar em seus receptores (interpretação), assim, ao se utilizar desta
linha de pensamento é possível ter uma relação completa com a mensagem: textual,
imagética, e suas inter-relações, os processos de referência e o papel dos receptores e suas
reações com o signo escolhido.
Seguindo estes princípios, ainda, encontramos através dos estudos de Santaella o
caminho metodológico mais claro para analisar o referido jornal:
O conceito de imagem se divide num campo semântico determinado por dois polos
opostos. Um descreve a imagem direta perceptível ou até mesmo existente. O outro
contém a imagem mental simples, que, na ausência de estímulos visuais, pode ser
evocada. Essa dualidade semântica das imagens como percepção e imaginação se
encontra profundamente arraigada no pensamento ocidental. (SANTAELLA, 2005)
4 AMOSTRAGEM
Para este projeto de monografia, o tipo de amostragem que será utilizada será a
amostragem não-probabilística.
A amostra a ser utilizada serão os três exemplares do Jornal da escola José Maurício,
de Dezembro de 2009, Setembro de 2010, Dezembro de 2010 e de Maio de 2011, onde serão
analisados os elementos semióticos presentes, desde as matérias, diagramação, imagens,
textos, entre outros elementos.
Além das amostragens indicadas, será feita uma análise de uma pesquisa do jornal
sobre como a comunidade da escola visualiza o seu próprio jornal.
5 RECURSOS
6 CROOGRAMA
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTAELLA, Lúcia; NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. São Paulo:
Iluminuras 2005, 222 p.
TRAVANCAS, Isabel Siqueira. O mundo dos jornalistas. São Paulo: Summus, 1992
RIBEIRO, Alex. Caso escola-base – Os abusos da imprensa. São Paulo: Ática, 1995.
KARAN, Francisco José. Jornalismo, ética e liberdade. São Paulo: Summus, 1997.
CALLADO, Ana Arruda; ESTRADA, Maria Ignez Duque. Como se faz um jornal
comunitário. Petrópolis: Vozes, 1986.
PAIXÃO, Sandra. O jornal escolar: uma releitura da comunicação. São Paulo: Edicon,
2000.
MARTINS, Carla Macedo (Org.) Educação e saúde. / Organizado por Carla Macedo Martins
e Anakeila de Barros Stauffer. Rio de Janeiro: EPSJV / Fiocruz, 2007.
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8 AEXOS
AEXO A
Imagens referentes ao Jornal da Escola José Maurício - Edição nº 4
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