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PESQUISA DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL

SOBRE FURTO
PRIVILEGIADO_PENA_SUBSTITUIÇÃO:
Com a leitura do §2º do artigo 155 CP, a interpretação é no
sentido de que se o réu for primário e o objeto furtado for de pequeno
valor, é permitido ao juiz que substitua a pena de reclusão pela de
detenção ou a diminua de um a dois terços ou ainda, aplique somente
a pena de multa.

A lei exige apenas que o agente seja primário, isto é, que não
seja reincidente.

Para Rogério Greco, pequeno valor significa que o bem gira em


torno de um salário mínimo mais ou menos.

A aplicação do §2º beneficia o agente, sendo possível o


raciocínio por exemplo, do agente primário que furte objeto de
pequeno valor, rompendo um obstáculo, deverá ser responsabilizado
pelo furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, aplicando-se
também uma das conseqüências do §2º do artigo 155 CP, surgindo o
furto qualificado-privilegiado.

Os tribunais superiores posicionam-se contrariamente à


possibilidade de aplicação do §2º do artigo 155 CP e substituição da
pena no caso de furto qualificado-privilegiado, conforme HC 158887 /
SP, julgado pela quinta turma do STJ em 22/06/2010, Vejamos:

PENAL. HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. CONCURSO DE AGENTES E


ESCALADA. AFASTAMENTO. REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE NA VIA ELEITA. FURTO PRIVILEGIADO.
INCOMPATIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ. DOSIMETRIA. AUMENTO DA
PENA-BASE. CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. AUSÊNCIA DE REPARAÇÃO DO
DANO. VALORAÇÃO NEGATIVA. IMPOSSIBILIDADE. QUALIFICADORA
UTILIZADA COMO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL. APLICAÇÃO DO ART. 44 DO
CÓDIGO PENAL. NÃO CABIMENTO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA.

1. Incabível o afastamento das qualificadoras de concurso de agentes

e escalada, pois tal exigiria um minucioso exame do acervo

fático-probatório, providência incabível na via estreita do habeas

corpus.

2. É firme a orientação deste Tribunal no sentido de que, para a

incidência do privilégio inscrito no § 2º do art. 155 do Código


Penal, é imperativo não incidir, na espécie, nenhuma das hipóteses

qualificadoras do crime de furto, em que prevalece o desvalor da

ação.

O STF também é contrário, porém já começa a ser mostrar mais


flexível e disposto às mudanças ao iniciar o julgamento do HC
98265/MS , tendo como relator o Ministro Carlos Britto, 25/08/2009.
Ao que parece, o ministro tende a mudar o seu posicionamento sobre
o tema, haja vista que o voto do relator, no que foi acompanhado
pelos Ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, reconhece o
posicionamento pacífico do tribunal quanto à conciliação entre o
homicídio objetivamente qualificado e, ao mesmo tempo,
subjetivamente privilegiado, nos termos expostos acima. Ainda, o que
é mais importante, o julgado aduz que a mesma regra deve ser
aplicada ao furto, em hipótese na qual o rompimento de obstáculo
(qualificadora de natureza objetiva) esteja conjugado à primariedade
do réu e ao pequeno valor da coisa (privilégios de natureza
subjetiva). Nas palavras do ilustre Ministro Relator:

... a jurisprudência do STF é assente no sentido da conciliação entre


homicídio objetivamente qualificado e, ao mesmo tempo,
subjetivamente privilegiado. Dessa forma, salientou que, tratando-se
de circunstância qualificadora de caráter objetivo (meios e modos de
execução do crime), seria possível o reconhecimento do privilégio, o
qual é sempre de natureza subjetiva.

Mais a frente, ele preceitua que:

Entendeu o relator que essa mesma regra deveria ser aplicada na


presente situação, haja vista que a qualificadora do rompimento
de obstáculo (natureza nitidamente objetiva) em nada se
mostraria incompatível com o fato de ser o acusado primário e a
coisa de pequeno valor. Reconheceu, assim, a possibilidade de
incidência do privilégio do § 2º do art. 155 do CP, cassando, no
ponto, a sentença penal condenatória. Ademais, considerando a
análise das circunstâncias judiciais (CP, art. 59) realizada pelo juízo
monocrático, a qual revelara a desnecessidade de uma maior
reprovação, reduziu a pena em 1/3, para torná-la definitiva em 8
(oito) meses de reclusão, o que implicaria a ocorrência da prescrição
da pretensão punitiva em caráter retroativo, tendo em conta a
ausência de recurso da acusação, bem como a menoridade do
paciente (menor de 21 anos na data do fato). Assim, o prazo
prescricional de 1 ano já teria transcorrido entre a data do
recebimento da denúncia e a data da publicação da sentença penal
condenatória. Em suma, concedeu a ordem para reconhecer a
incidência do privilégio do § 2º do art. 155 do CP, inobstante a
qualificadora, e assim julgar extinta a punibilidade do paciente
pela prescrição retroativa. Após, pediu vista dos autos o Min. Marco
Aurélio (Grifo nosso). (HC 98265/MS, rel. Min. Carlos Britto,
25.8.2009 )

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