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Introdução

O problema do déficit habitacional já é muito antigo no Brasil. Apesar do número de


moradias aumentar a cada ano, o déficit não abaixa, devido os altos custos de uma
obra.

Visando atenuar este déficit, fez-se necessário buscar alternativas econômicas e


simples com baixo investimento. Assim, surgiu o tijolo ecológico como forma de
reduzir os custos, pois não requer mão-de-obra especializada tanto na fabricação
como na construção da obra, e diminuir o impacto ambiental em cada região.

Histórico

Segundo o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação, o solo como material


de construção tem sido utilizado há pelo menos dez mil anos, sendo registrado em
culturas antigas como a grega e a romana. O uso de aglomerantes hidráulicos como
estabilizador de solo para construções, só ocorre mais tarde por volta de 1800.

A solo-cimento é uma evolução de materiais de construção do passado, como o


barro e a taipa. Só que as colas naturais, de características muito variáveis, , foram
substituídas por um produto industrializado e de qualidade controlada: o cimento.

Os primeiros estudos de solo-cimento em grande escala foram feitos nos EUA em


1932 e foram rapidamente estendidos a Europa, principalmente na Alemanha e
Inglaterra.

Em 1945 foi construída a primeira obra de solo-cimento que se tem notícia no Brasil,
uma casa de bombas para abastecer as obras do aeroporto de Santarém no Pará,
com 42m².
Composição

O tijolo ecológico como é conhecido hoje, é uma mistura íntima e bem proporcional
entre solo, aglomerante hidráulico (cimento portland) e água, de tal modo que haja
uma estabilização do solo pelo cimento, melhorando as propriedades da mistura.

Figura 1 – Componentes da mistura de solo-cimento

Vários fatores podem influir nas características do produto final, entre eles podemos
citar: a dosagem de cimento, natureza do solo, teor de umidade e compactação ou
prensagem.

Tipos de solo

Sendo o solo o principal componente da mistura, a qualidade dele pode influenciar


no produto final.

Os solos mais adequados para a fabricação dos tijolos ecológicos são os que
apresentam as seguintes características:

Passando na peneira 4,8 mm (Nº 4) 100 %


Passando na peneira 0,075 mm (Nº 10% a 50 %
200)
Limite de liquidez ≤ 45%
Índice de plasticidade ≤18%

O solo arenoso, que tem uma parte maior de areia e outra menor de argila, é
considerado um solo adequado.
O solo argiloso, que contém mais argila do que areia não é considerado adequado,
pois requer uma quantidade maior de cimento, e é difícil de misturar e de compactar.
Mas ele pode ser corrigido, com a adição de areia.

Um tipo de solo não recomendado é o solo orgânico, pois é formado de muita


matéria orgânica em decomposição. Um exemplo é a terra preta.

Ensaio

Como há dificuldade em diferenciar um solo arenoso de um solo argiloso, há a


necessidade de se fazer um ensaio com o material a ser utilizado. Um dos testes
mais utilizados neste tipo de ensaio é o teste da caixa, que segue os seguintes
passos:
Retirar uma amostra de aproximadamente 4kg do solo que vai ser avaliado,
tomando o cuidado de eliminar a camada superficial, que contém matéria orgânica;
- Passar a amostra do solo por uma peneira de malha (abertura) de 4mm a 6mm;
- Misturar a água aos poucos, até que o solo fique com a aparência de uma
argamassa de assentamento de tijolos, ou seja, até que o solo, ao ser pressionado
com uma colher de pedreiro, comece a grudar em sua lâmina;
- Colocar o solo umidecido em uma caixa de madeira com as dimensões internas
indicadas na figura. A parte interna da caixa deve ser previamente untada com óleo;

- Encher a caixa até a borda,


pressionando e alisando a superfície com
a colher de pedreiro. Tomar cuidado para
que não fique nenhum espaço vazio no
seu interior;

- Deixar a caixa guardada em ambiente fechado, protegida do sol e da chuva


durante 7 dias. Após esse período, fazer a leitura da retração (encolhimento) do
solo, no sentido do comprimento da caixa, e somar as
medidas feitas nos dois lados da caixa. Se a soma não ultrapassar 2cm e se não
aparecerem trincas na amostra, o solo é adequado e pode ser usado na produção
de solo-cimento.

O uso do solo do local da obra é sempre a solução mais econômica. Entretanto, se


ele não servir, é preciso procurar um solo mais adequado em outro local,
denominado jazida. Por questões econômicas, a jazida deve ficar o mais próximo
possível da obra.

Fabricação

No processo de fabricação dos tijolos, o solo deve conter baixa umidade,


recomendando-se que sua armazenagem seja feita nessa condição.

Rápido e limpo

O processo de fabricação do tijolo ecológico é muito simples. Primeiro o solo passa


por um triturador, para se fazer a quebra dos grãos e depois é peneirado.

Após adicionada a quantidade proporcional de cimento, a mistura é levada para a


prensa, sofrendo compactação.

Em seguida, o tijolo já prensado é molhado com água e armazenado em local


coberto durante 7 dias para sofrer o processo de cura, mas de acordo com as
normas da ABNT, só depois de 14 dias é que os tijolos poderão ser aplicados na
construção.

O Tijolo
Além de rápida, a fabricação do tijolo ecológico dispensa o uso de forno, que diminui
o impacto ambiental causado pela emissão de gases de efeito estufa.

Outra vantagem ecológica é a matéria prima, que pode ser o solo do próprio local de
obras e também pode ser incorporado outros materiais em sua fabricação, como
escória de alto forno, pó de pedra e até entulho reciclado de obras.

O tijolo ecológico é auto encaixável, pois possui dois furos que permitem o
assentamento rápido de paredes sem a necessidade de quebrar nada para fazer
instalação elétrica e hidráulica, além de propiciar um ambiente arejado e com bom
isolamento acústico.

Figura 2 – Tijolo ecológico mod. 25 x 12,5 x 6,25 cm

Figura 3 – Preparação da alvenaria para colocação da instalação elétrica

Conclusão

Devido aos seu baixos custos de fabricação e fácil manuseio para a construção de
habitações populares cabe as autoridades governamentais junto com as
associações de moradores, estudar o uso do tijolo como uma nova alternativa para o
barateamento das obras das casas populares, com a utilização de mão-de-obra em
mutirões dos futuros moradores.
A exemplo a ser seguido é o projeto Condomínio Social da ONG Lua Nova em
parceria com a FACENS, onde foi utilizada a mão-de-obra das próprias mulheres
que no final, seriam as moradoras das residências.

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