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SÃO PAULO
BRUNO MAGALHÃES BONFIM
SITES DE RELACIONAMENTO
INTERNET E A NOVA SOCIABILIDADE
CONTEMPORÂNEA
SITES DE RELACIONAMENTO
INTERNET E A NOVA SOCIABILIDADE
CONTEMPORÂNEA
1. Introdução....................................................................................................9
2. Objetivos....................................................................................................10
3. Justificativa ................................................................................................11
4. Metodologia ...............................................................................................12
5. Fundamentos Teóricos ..............................................................................13
5.1. O que a internet mudou em nossas vidas? ............................................13
5.2. O Hoje Tecnológico .............................................................................15
5.3. Tribo Digital..........................................................................................15
5.3.1. A tecnologia é quem manda?........................................................17
5.4. Oralidade, escrita e computador: Três tecnologias da inteligência......18
5.5. Histórico Computacional ......................................................................21
5.5.1. O Groupware.................................................................................22
5.6. Homem – Máquina ..............................................................................23
5.6.1. A consciência da máquina – Simulação e terminais inteligentes ..24
5.7. O On-line .............................................................................................27
5.7.1. As características de um mundo conectado..................................27
5.7.2. Princípio de Metamorfose .............................................................28
5.7.3. Princípio da Heterogeneidade.......................................................28
5.7.4. Princípio de Multiplicidade e de encaixe das escalas....................28
5.7.5. Princípio de Exterioridade .............................................................29
5.7.6. Princípio de Topologia...................................................................29
5.7.7. Princípio de Mobilidade dos centros..............................................30
5.8. As várias faces da Identidade..............................................................31
5.9. Sites de Relacionamento .....................................................................37
5.9.1. Tipos de sites de relacionamento..................................................38
5.9.2. Audiência/Usuário .........................................................................39
5.9.3. O Orkut..........................................................................................40
5.9.4. Todos os usuário são iguais?........................................................41
6. Estatísticas ................................................................................................43
7. Conclusão..................................................................................................45
Referencial Bibliográfico ...................................................................................47
Referencial Complementar ...............................................................................48
Lista de Ilustrações
9
2. Objetivos
10
3. Justificativa
11
4. Metodologia
12
5. Fundamentos Teóricos
13
comunicação, existe outra barreira, o alto custo para se falar com um amigo ou
até mesmo com um cliente internacional.
14
Em razão da grande diversidade de informação a respeito das mudanças que
aconteceram nesta atual Sociedade de Rede, esta pesquisa procura selecionar
apenas fatores relacionados ao âmbito social, ou seja, as mudanças
comportamentais que a internet e os sites de relacionamento podem acarretar
na sociedade brasileira contemporânea.
Após estar situada a evolução das técnicas até a atualidade pode-se começar
a tratar do tema propriamente dito, os sites de relacionamento. Liga-se a TV
para assistir um programa jornalístico, tenha certeza que aquela informação já
esta sendo discutida em algum site de relacionamento ou algum fórum de
discussão e até mesmo em chats casuais nas salas de bate papo virtual.
Exemplificando esta afirmação, pesquisei um caso recente que a mídia no
geral tratou de forma excessivamente sensacionalista, o caso Isabella Nardoni.
15
No site de relacionamento de mais destaque no Brasil, o orkut (www.orkut.com) já
foi criado mais de mil comunidades a respeito do caso Isabella Nardoni. Na
soma de todos os usuários cadastrados em cada uma das comunidades
existentes, tem-se o montante de aproximadamente duzentas mil pessoas e
outros numerosos setecentos mil tópicos de discussão (posts) sobre este caso.
Este é um exemplo dos vários outros que temos atualmente, outro exemplo
atual, é o caso do Padre que voava com balões, que sumiu e ainda não foi
encontrado. O fator que atrai a atenção é a nova maneira que o usuários/ator
social discute o assunto. Com gostos e pensamentos conflitantes ou não criam
e entram nessas comunidades a fim de discutir, dar opinião, sugerir uma nova
maneira de ver o fato e até mesmo expressar o seu desinteresse pelo assunto.
Outro motivo que faz com que as pessoas criem comunidades, em sites de
relacionamento, são os mesmos gostos para determinados assuntos, que
variam de música, filmes, seriados até mesmo a cores prediletas.
Características de Tribos Urbanas cabem nesta discussão. O sociólogo Michel
Maffesoli caracteriza-as como:
16
Este entrelaçamento que a tecnologia força acontecer está presente até
mesmo nas empresas mais modernas. Imagine que ao invés de usarem
telefones de ramal as empresas se apropriaram de programas de mensagens
instantâneas para baratear as despesas, na maioria são empresas na área de
comunicação, mais já é um começo, uma mudança muito significativa. A
maneira de se relacionar tanto pessoalmente quanto corporativamente esta em
transição. E este trabalho nos ajudará a entender melhor estas novas
maneiras, direcionados a sites de relacionamento e blogs.
Ou seja, o que definirá a tecnologia como boa ou ruim é o uso que faremos
dela. Um computador, por exemplo, é formado por diversos aparatos diferentes
em seu tamanho, cor, função, softwares e etc. A junção ou a inter-relação entre
esses “micro-atores” (referência ao termo micropolítica citado logo abaixo) gera
um resultado, a forma de inter-relação pode ser alterada pelo usuário para ter
um resultante diferenciado do obtido anteriormente, o poder de mudar o
resultado é o usuário que possui. A tecnologia não dita regra. Ela apenas gera
oportunidades de escolhas.
18
sentido. Por exemplo, após a descoberta do fogo, os homens não deixaram de
usá-lo, para cozinhar, para caçar, para cultuar à seus deuses, o fogo marcou a
história daqueles indivíduos, criou-se uma “trava” que impossibilitava que o
tempo voltasse atrás, o homem já possuía o fogo, porque então eles deveriam
voltar a não utilizá-lo? Não há este sentimento nostálgico para com o passado
“sem fogo”, o mesmo acontece com o homem que aprende uma nova técnica
de trabalho, ele não voltará mais a antiga técnica utilizada a menos que algo na
nova técnica se mostre inferior. Este processo de desenvolvimento é uma
maneira de inscrição temporal, ela pode ser escrita, forjada, criada ou
modelada na argila. O objeto conta uma história, a maneira de ele ser criado já
dizia muito da sociedade que tinha produzido, ali estava um pedaço da sua
história, ali estava um passo a mais em seu desenvolvimento.
Assim acontece com boa parte das tecnologias. A cada nova criada, torna-se
impossível viver num mundo sem a ação ou a presença desta. Ela modifica a
forma de pensar e agir no meio social. “A transmissão oral é simultaneamente
uma tradução, uma adaptação e uma traição”. (LÉVY, 1998: p.89)
Por causa das sementes que a escrita foi inventada e reinventada em diversos
lugares. Com a necessidade de contabilizar as transações comerciais e
identificar os bens materiais a agricultura requer uma maneira de se organizar,
tanto o estoque quanto o plantio. Na Antiguidade, os escribas talhavam na
argila, sinais referentes ao estoque do plantio colhido. Por volta de 3000 a.C.
19
na Mesopotâmia os Sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme que
necessitava de argila e uma espécie de estilete para gravar traços horizontais,
verticais e oblíquos na argila, e cada um desses traços possuía um valor
simbólico, com um único instrumento o indivíduo poderia talhar uma grande
variedade de signos. Na escrita primitiva, a palavra “página” vem do latim
pagus que significa o campo do agricultor, segundo Pierre Lévy (1998).
Para W. Ong (1998) a oralidade é natural e a escrita é artificial, pois não existe
maneira de se escrever “naturalmente”. O papiro teria a tarefa de “dizer” ao
mundo, de informar, de armazenar e catalogar. Pierre Lévy (1998) acredita que
a escrita aposta no tempo. O ato de escrever pode significar que o indivíduo
tem vontade de registrar historicamente um determinado fato em sua vida ou
em seu meio social. A vontade de imortalizar aquele momento, ou vacinar o
próximo com o erro que já foi cometido, gabar-se para o futuro dos seus feitos,
sejam eles grandes ou não. Escrever é apostar no tempo literalmente, de outra
forma, por que alguém escreveria um diário se não para registrar seu cotidiano,
para expressar seus sentimentos, desabafar suas aflições. O hoje pode
parecer sem sentido histórico, mais quem sabe daqui a cem anos, este diário
sendo encontrado não se tornará objeto de estudo de uma outra sociedade,
uma sociedade mais moderna, que talvez já tenha evoluído tanto, que se
esqueceu de como eram seus antepassados, ai esta o valor da escrita, o valor
de deixar registrado.
O Estado também se utilizou desta nova técnica, a escrita, para se firmar como
Estado. Além de altos muros e monumentos de mármore e bronze que
marcavam o fim do tempo nômade e a fixação no espaço, às leis e feitos
históricos dos deuses, reis e padres eram escritas reforçando assim a
20
mensagem, recapitulando, incansavelmente, o textual inscrito nos
monumentos, reafirmando sua soberania e poder estatal, pois ao comandar os
signos eles comandariam os homens.
21
radicalmente seu significado e uso. Esta metamorfose que facilitou o seu
desenvolvimento não apenas para setores administrativos que utilizavam
cálculos diários, mais também a indivíduos comuns, sem nenhuma ligação com
o empresarial.
5.5.1. O Groupware
22
passou esta sendo solucionado ou ao contrário, se os alunos estão com
dificuldade em desenvolvê-lo, o professor pode dar uma orientação on-line.
Facilitando assim o desenvolvimento do exercício. Este hipertexto é uma
grande teia que apenas espera para ser preenchida com informação dos mais
diversos temas, uma maneira de interagir coletivamente. Acima eu utilizei um
exemplo acadêmico, mas podemos exemplificar de diversas maneiras a
utilização do groupware, que também pode ser chamado de software
colaborativo. Alguns termos serão novamente abordados mais a frente deste
trabalho.
23
Porque mesmo sendo digitais e fazendo o trabalho praticamente sozinho, a
máquina ainda necessita de um operador, seja ele humano ou um computador
que tenha sido alimentado com inteligência artificial humana. O profissional
pós-moderno deve se reciclar e se auto-atualizar a cada nova tecnologia, para
que ele não se “torne obsoleto”. Creio que obsoleto seja um adjetivo muito
pejorativo para ser usado para tratar do ser humano, porém é assim que os
seres humanos estão sendo tratados, como homens-máquinas, dispostos a se
enquadrar na tecnologia para que tenha ainda valor de mercado, verdadeiros
homens-coisas, homens-objetos. Uma coletividade pensante, segundo Pierre
Lévy (1998). O “eu” já não se destaca sem estar ligado socialmente e incluído
tecnologicamente.
24
acesso completo a todos os resultados de sua busca. Um site não poderia
abrir, pois faltaria um determinado dispositivo, outro não poderia ser visitado
por excesso de nova tecnologia, e assim por diante, o desenvolvimento
tecnológico esta ligada a padronização e compatibilidade dos softwares
(estrutura desenvolvida para ser utilizada para desempenhar determinada
função. Um editor gráfico, um editor sonoro, um editor de texto e etc.) e
interfaces (o “rosto” do software, a maneira mais didática de utilização, a
plataforma que deve ser feita para que um usuário comum tenha acesso à
informação desejada) entre si e entre outras tecnologias.
25
ainda no solo, sem prejudicar ou comprometer o foguete espacial. É um
exemplo digno da tecnologia que temos atualmente.
Ao longo dos tempos, houve sempre uma técnica mediando às relações entre
os homens e, atualmente, não é diferente, apenas o tipo da técnica mudou não
mais apenas a oralidade e a escrita servem de guia para o relacionamento
social. Os sites de relacionamento e blogs que ajudam na interação de
diferentes indivíduos, não importando sua raça, classe social, Q.I., escolaridade
e etc. regem esta nova modalidade de se relacionar, sem barreiras geográficas
e culturais.
26
5.7. O On-line
O on-line anuncia um ritmo novo que não mais o da história, não tem mais
tempo de virar história de livro, é imediato, aconteceu agora em cinco minutos
já se tornou história, já virou notícia, não há vestígios de surgimento, pois é
imediato, é on-line.
“Uma cultura digital, capacidade de relação dos indivíduos com
os inúmeros ambientes de informação que os cercam.”
(COSTA, Rogério da. 2002: p.13).
27
Pierre Lévy (1998) cita seis princípios interessantes que podemos utilizar como
base de análise e misturar com o pensamento de cultura digital de Rogério da
Costa.
28
uma enorme repercussão na vida de milhares de pessoas. Nos dois casos o
erro seria o mesmo, a vírgula, mais qual geraria mais repercussão? Com
certeza o caso do Tratado Internacional, o que nos explica que as escalas de
impacto são diferenciadas, mesmo que causadas pelo mesmo erro. Assim
também funciona a internet, mesmo pensando que ninguém esta lendo o que
esta sendo escrito em um blog ou site de relacionamento qualquer, a partir do
momento que postamos esta informação on-line deve-se ter o mínimo de
consciência ética com o assunto abordado, pois pode repercutir muito além do
esperado.
A rede depende do exterior (algo de fora) para aumentar, pois não tem motor
interno. Por exemplo, se você lê uma notícia em determinado site, significa que
alguém foi responsável por postar (adicionar) esta notícia neste site, ou seja, é
necessário um fator externo. A rede trabalha por acumulação de informações,
se ninguém adicionar informação não haverá informação, por isso existe essa
necessidade de um fator externo. Um exemplo clássico deste princípio são os
portais de informação (Uol, Aol, Yahoo e etc.) que possuem um acumulo de
informação de vários nichos de interesses diferentes, e se o usuário tem a
atenção captada de alguma forma, tem grande possibilidade de que o seu
acesso naquele portal se mantenha por vários minutos. Portais de informação
são muito focados em desenvolver hipertextos, por exemplo, ao final de uma
informação há outras opções de assuntos relacionados que possibilitam o
aprofundamento em determinado tema ou até mesmo o desdobramento de
temas diferentes.
29
problema de pesquisa, por isso devem-se fazer procuras refinadas, com
detalhamento de informação e precisão na hora da busca.
O que eles procuram? A sociabilidade que há tempos lhes foi tirada, por uma
sociedade cada vez com menos tempo de se relacionar, cada vez mais
individual. Procuram desesperadamente se encontrar, após a desintegração
das instituições que lhes dava segurança, seguindo o pensamento de Bauman
(2001).
30
5.8. As várias faces da Identidade
Para analisar o tema identidade, que esta no coração desta pesquisa, fui desde
a mais primária fonte de pesquisa, o dicionário, até a comparação de autores
que tratam deste assunto, Pierre Lévy, Manuel Castells e Stuart Hall.
Lévy e Castells têm por semelhança o otimismo com que tratam os avanços
tecnológicos. Nenhum deles demoniza o desenvolvimento caótico da
tecnologia. Eles escrevem sobre a identidade e os possíveis caminhos que a
internet pode seguir, caminhos estes, que serão determinados pelos usuários,
atores sociais e a sociedade.
31
Na visão de Stuart Hall (1992), a identidade distingue três concepções muito
diferentes:
Para Castells “no que diz respeito a atores sociais, entendo por identidade o
processo de construção de significado com base em um atributo cultural, ou
ainda um conjunto de atributos culturais inter-relacionados, o(s) qual (ais)
prevalece(m) sobre outras fontes de significado” (1999). Ele também acredita
que o ator coletivo pode possuir múltiplas identidades, mas esta pluralidade
tem como fonte a tensão e a contradição do ato de auto representar-se e na
32
forma de interação social. Por este motivo os indivíduos usam como artifício os
Papéis. Um indivíduo pode desempenhar diversos papéis sociais (por exemplo,
ser pai, vizinho, fumante, sindicalista, jogador de futebol e militante político, ao
mesmo tempo). Estes papéis nas palavras de Castells “são definidos por
normas estruturadas pelas instituições e organizações da sociedade”.
(CASTELLS, Manuel. 1999: p.23).
33
É uma espécie de ciclo, pois a identidade de resistência pode acabar tornando-
se uma de Projeto, ou até mesmo tornando-se dominantes nas instituições da
sociedade, transformando-se assim em identidades legitimadoras para
racionalizar sua dominação (1999). Manuel Castells trabalha em cima dessas
três formas de identidade e suas variações e transformações. Ele crê que
“cada tipo de processo de identidade leva a um resultado distinto no que tange
à constituição da sociedade” (1999).
34
tecnologias fazem as maneiras de interação social mudarem. É este tipo de
interação que esta em jogo atualmente, o on-line é realidade. Para tentar
entender a definição de Lévy, decidi reler o livro e me deparei com a seguinte
questão: A interação social muda conforme a identidade? Com certeza sim,
pode-se re-utilizar os exemplos de análise de Stuart Hall, o Sujeito Iluminista,
Sociológico e Pós Moderno, três diferentes maneiras de interagir interna e
externamente, catalogadas por suas diferentes concepções de identidade.
35
No espaço Terra, o nome marca a identidade juntamente com outros
signos (tatuagens, brasões, totens ou máscaras).
36
5.9. Sites de Relacionamento
Com base nas definições acima, pode-se afirmar que site de relacionamento
engloba uma enorme área na internet. O blog também esta incluído neste
significado. Blogs são indicados por Francisco Slade (2007) como bancos de
afeto. Ele defende que a cada clique, a cada passagem por um determinado
blog, para ler e opinar sobre os assuntos ali tratados, não é mais do que a
37
identificação com aquele personagem que está no blog, narrando sua vida, ou
até mesmo narrando um fato qualquer do dia-a-dia.
38
não ser real, o que diferencia cada usuário e cada perfil para o sistema são os
seus logins e senhas diferentes.
“Para convencer e deixar um registro” esta foi à resposta dada para a pergunta
“Por que os blogueiros blogam?”. Quem a respondeu foi Hugh Hewitt (2007),
um especialista em blogs políticos. O blog é o terceiro exemplo de relação que
pode ser citado.
Esta resposta esta parcialmente correta, porém deveria constar também que o
homem bloga (ato de adicionar informação a um blog) para se relacionar.
Muitos usuários dos blogs fazem uma espécie de diário virtual, contam o seu
dia-a-dia, as suas aventuras e desventuras, romances, perdas, vitórias,
testemunham sobre algo ou alguém e expõe as suas opiniões de forma aberta,
sem censura, o que muitas das vezes pode gerar alguns problemas
relacionados à ética, que já invade um outro tema diferente do qual estamos
tratando.
5.9.2. Audiência/Usuário
39
(16,2 milhões), tinha entre 30 a 39 anos (5,8 milhões), 13,9 milhões eram
estudantes, 20 milhões integravam a população ocupada e 4,2 milhões era de
trabalhadores de serviços administrativos.
Para aumentar esta última porcentagem o Governo Federal postou em seu site
que já levou acesso para mais de 5 mil municípios em todo o Brasil, também
informam que os Telecentros além do acesso a internet gratuito, também
oferecem atividades sócio-culturais para mobilização social; divulgar o
conhecimento; participar de oficinas de alfabetização digital, entre outras
atividades.
5.9.3. O Orkut
40
“Os programas interativos ainda oferecem ao navegador a
possibilidade de mudar de identidade e de papel numa
multiplicidade de pontos de vista. Os programas são formas de
elaborar pensamentos, e levam o usuário a incorporar
identidades geradas no ciberespaço.”
(SANTAELLA, Lúcia. In: LEÃO, 2003. p.34.)
e-mail: este item diz respeito a sua vida virtual, creio que este seja o
primeiro fator de interação com o virtual que um indivíduo possa ter, e-
mail seria um endereço eletrônico, lugar que o indivíduo terá acesso a
informações individuais e particulares, local onde você acessa as suas
correspondências de maneira imediata, interativa e personalizada.
Login e senha: login será o seu “novo” nome, no mundo virtual, muito
mais importante do que o seu próprio nome de batismo. Se o usuário
perder a memória e se lembrar apenas de seu login e senha ele terá
acesso ao conteúdo total de sua vida on-line. Mas, se ele apenas não
lembrar de seu login e senha ele perderá sua identidade virtual e se
desejar novamente seu acesso on-line será obrigado a começar outra do
início.
Após este cadastro o usuário terá de acessar o seu e-mail para validar a sua
existência virtual, o site envia um e-mail de confirmação que quando recebido e
respondido dará acesso a um micro mundo virtual, mais especificamente dará
acesso ao site e seu conteúdo.
Essas micropolíticas se interagem para permitir que o usuário tenha uma base
de dados de cadastro para começar a utilizar o conteúdo virtual do site. O ato
42
de se cadastrar em algo já induz o usuário a ceder informações pessoais ou
não pessoais para um estranho. Por detrás daquele site existe uma outra
micropolitica, outros indivíduos que também se utilizam de outros sites e
programas específicos e técnicos para gerir o serviço oferecido para o usuário
que acabou de se cadastrar. Pode-se identificar que existe uma gestão
individual e impessoal, sem provas de veracidade reais, tudo depende de um
login e uma senha, informação virtual que qualquer usuário com o mínimo de
treinamento é capaz de obter.
6. Estatísticas
43
As práticas de uso na internet são realizadas por usuários de diferentes idades,
o gráfico abaixo informa as diversas atividades em relação à idade média dos
indivíduos:
44
7. Conclusão
Este trabalho de conclusão de curso foi apenas a base sobre este assunto tão
atual e interessante, que envolve questões amplas de discussão, como
identidade, interatividade e sociedade. No percurso do trabalho, vários
especialistas foram estudados, com o objetivo de localizar um vínculo, um sinal
de igualdade ou diferenciação quanto ao tema estudado. Por se tratar de um
tema, não muito decorrente no meio acadêmico, houve o cuidado de analisar e
descrever a opinião desses especialistas, Pierre Lévy, Manuel Castells,
Zygmunt Bauman, Stuart Hall, entre outros.
45
Física quântica, pode-se utilizar o conceito de “complementaridade”,
resumidamente:
“Uma partícula pode, ao mesmo tempo, ser partícula e ser
onda eletromagnética. A complementaridade quântica matou o
conceito de exclusão mútua e nos faz buscar sempre a
Unidade na diversidade. Melhora-se o conceito de unidade
(união de coisas diferentes), passando-se a falar em unicidade
(união de coisas que no seu âmago são a mesma coisa). O
conceito de complementaridade e unicidade nos fazem pensar
em harmonia das coisas: integração.”
(ROBERTO, Cláudio – Site: Infobase)
O que pode ser afirmado é que o meio social já foi tocado por sites de
relacionamentos e blogs, e atualmente fazem parte do cotidiano de milhões de
pessoas, pessoas conectadas numa grande teia informacional, interagindo em
escala mundial, expressando-se, socializando-se e ao mesmo tempo excluindo
os analfabetos digitais. Assunto este que pretendo aprofundar futuramente em
outra pesquisa.
46
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